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Aula 1 Direito constitucional (1)

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Direito constitucional I
Introdução
É a ciência que propicia o conhecimento da organização fundamental do Estado.
Estruturação do poder, seus contornos jurídicos e limites de atuação.
O que é Poder?
Constituição
“Constituere” – estabelecer definitivamente. 
Uso jurídico: lei fundamental do Estado.
Conceito: segundo José Afonso da Silva “a constituição do Estado, considerada sua lei fundamental, seria a organização dos seus elementos essenciais, a saber: um sistema de normas jurídicas que regula a forma de Estado, governo, modo de aquisição e exercício de poder, estabelecimento de seus órgãos e limites de atuação.
Normas constitucionais são revestidas de supralegalidade e estão no seu grau máximo de eficácia.
Toda norma constitucional tem eficácia!
Norma positiva suprema.
Estrutura escalonada do ordenamento jurídico, pirâmide kelseniana.
Fundamento de validade das demais normas.
Alocação do Direito Constitucional
Introdução
Segundo José Afonso da Silva é um Direito Público Fundamental.
Unicidade do Direito
Código napoleônico
Supremacia constitucional 
Superação da dicotomia público-privado
Constitucionalismo
Introdução
É muito comum a confusão feita entre o termo Constitucionalismo e os diferentes meios para se atingir o ideal de Constituição. 
Confunde-se Constitucionalismo com a divisão de poderes, com aquela Constituição essencialmente normativa… Quando, na verdade, o termo Constitucionalismo engloba em seu estudo todos esses meios na busca do modelo constitucional mais próximo do ideal.
Constitucionalismo deve ser entendido como a análise dos diferentes meios utilizados pelo processo da evolução constitucional, partidos de uma vontade soberana, para se atingir o valor maior que se acha nos direitos da pessoa humana e nas garantias apresentadas para efetivar esses direitos.
O que pode ser feito é, a partir desse conceito, separarmos os diferentes ciclos do Constitucionalismo.
Apesar de a Constituição poder ser compreendida em seu sentindo material e formal, este último apenas encontrou sua afirmação no século XVIII.
Fases (ciclos) do constitucionalismo:
1) Constitucionalismo ANTIGO – idade clássica
A experiência ocorrida entre os Hebreus
A experiência ocorrida na Grécia antiga
A experiência ocorrida em Roma
A experiência ocorrida na Inglaterra
“rules of law”: 1) governo limitado e; 2) igualdade dos cidadãos ingleses perante a lei
Magna Charta de 1215
Petition of Rights (1628)
Habeas corpus act (1679)
Bill of Rights (1689)
Act of Settlement (1701).
Constitucionalismo CLÁSSICO ou LIBERAL ou moderno
Século XVIII
Revoluções liberais (revoluções Francesa e Americana)
Objetivo das revoluções
Primeiras constituições escritas
Revolução Norte-americana 
Entendimento
Contribuiu em 2 aspectos: 
garantismo judicial e
 supremacia da constituição.
A constituição norte americana, de 1776 (a atual é a de 1787).
Revolução francesa
Contribuiu com forte conteúdo normativo.
Constituição francesa (1791).
Outros ciclos constitucionalistas
- o 1° ciclo seria um Constitucionalismo do tipo DEMOCRÁTICO-RACIONALIZADO Conta com a presença destacada da Constituição de Weimar de 1919 que tem como grande mérito a incorporação dos direitos sociais ao corpo constitucional (apesar de uma forte corrente atribuir tal mérito à Constituição Mexicana de 1917). 
- o 2° ciclo constitucional é o SOCIAL-DEMOCRÁTICO e contém as Constituições francesas de 1946, italiana de 47 e a alemã de 49. Esse ciclo é muito importante pela ênfase nos direitos sociais e econômicos. O "estado social" é elevado na sua máxima expressão.
- o 3° ciclo compreenderia a experiência NAZI-FACISTA, e caracteriza-se por reformas às Constituições que modificaram seu núcleo em sua essência. Seriam "fraudes à Constituição".
- o 4° ciclo contaria com as CONSTITUIÇÕES SOCIALISTAS surgidas em 1917 com a Declaração dos Direitos dos Povos da Rússia. Dentre elas estão as Constituições deste povo de 1924 e de 36. Nestas Constituições era comum a prática política burlar a Constituição (democracia no papel).
- o 5° e último ciclo seriam as CONSTITUIÇÕES DO TERCEIRO MUNDO que caracterizam-se por uma tentativa de copiar as construções estrangeiras e que tombaram por terra diante de uma realidade que não condizia com as instituições copiadas.
Neoconstitucionalismo
Introdução
Marco histórico
Três causas:
1ª – Consagração da dignidade da pessoa humana como valor supremo
2ª – Rematerialização das constituições, com rol extenso de direitos fundamentais.
3ª – Força normativa da Constituição. 
Resumo do neoconstitucionalismo
- mais princípios que regras.
- mais ponderação que subsunção. 
- onipresença da constituição. 
- onipotência do judiciário.
- normatividade da constituição.
- proteção dos valores civilizatórios (direitos fundamentais) e reaproximação entre direito e moral. 
Garantia de condições dignas mínimas.
Carga valorativa – dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais.
SUPREMACIA CONSTITUCIONAL
Espécies:
a) material:
b) formal:
Pirâmide normativa
Aspectos relevantes
Emenda constitucional
Tese de Otto Bachoff
Tratados de Direitos Humanos
Atos normativos primários
Há hierarquia entre leis federais, estaduais e municipais?
Sentidos tradicionais/acepções
Da CONSTITUIÇÃO
Sociológica (Ferdinand Lassalle)
“Qué es una Constitución?”
Diferenciação entre a constituição escrita (ou jurídica) e a constituição real (efetiva). 
Constituição real que seria a que é composta pela soma dos fatores reais de poder que regem uma determinada nação.
“A constituição escrita não passa de uma folha de papel”.
A constituição escrita só terá efetividade se ela se aproximar da constituição real.
Política (Carl Schmitt) 
Também faz diferenciação entre duas normas constitucionais: a constituição propriamente dita e as leis constitucionais.
O fundamento da constituição é ela ser decorrente, derivada, de uma decisão política que antecede a constituição.
A CONSTITUIÇÃO propriamente dita, são as normas decorrentes de decisão política fundamental, são normas referentes organização do Estado, organização dos poderes e direitos fundamentais 
Tudo o que não está nesse rol de leis materialmente constitucionais, seriam o que ele denomina de leis constitucionais.
Sentido formal.
Jurídica (Kelsen / Hesse) 
Para Kelsen também há 2 sentidos de constituição: o 1º seria o lógico-jurídico e o 2º seria o jurídico-positivo.
A constituição tem fundamento no próprio direito. 
No sentido lógico-jurídico constituição é a norma fundamental hipotética.
Fundamental porque ela é o fundamento da Constituição no sentido jurídico-positivo, e hipotética porque essa norma é apenas uma pressuposição por isso hipotética, ela não está em nenhum estatuto jurídico. 
O conteúdo dessa norma fundamental hipotética é “todos devem obedecer à constituição”, pois se não partirmos dessa pressuposição, ninguém teria que cumprir a constituição.
jurídico-positivo
Para Hesse, a CONSTITUIÇÃO possui uma força normativa capaz de conformar a realidade. 
A CONSTITUIÇÃO no sentido jurídico, ao contrário do sociológico de Lassalle, nem sempre sucumbe à realidade, logo, há casos em que a constituição escrita tem uma força normativa capaz de alterar a realidade. 
É preciso que haja uma “vontade de constituição”, que ela realmente seja cumprida. 
Culturalista 
Junção das três acepções (sentidos) anteriores, antes de serem antagônicas elas são complementares.
 Por que culturalista? 
Porque está ligada a cultura de um povo, ela é também condicionante desta cultura. Ao mesmo tempo ela é condicionada e condicionante de uma cultura. 
Lembra o conceito de constituição total, que influencia em todos os ramos. É uma constituição que mistura o prisma sociológico, político e jurídico.
Classificações da Constituição de relevância para o Direito Constitucional
Quanto à sua rigidez (processo de mudança)
a) imutáveis 
b) rígida
c) semi-rígida
d) flexível
Quanto à forma
Escrita:
Costumeira/ consuetudinária/ não escritas:
Quanto
à origem:
Democrática/ popular/ promulgada:
Outorgada: 
Pactuada:
-> Cesarista:
quanto a extensão
concisa:
prolixa:
Quanto ao conteúdo
Material
Formal
Quanto ao modo de elaboração
- dogmáticas
- históricas
Quanto à função
Garantia:
Programática /dirigente: 
A CF/88 pode ser classificada como:
- escrita
- codificada
- popular ou democrática
- dogmática
- rígida
- formal
- prolixa ou analítica ou regulamentar
- dirigente

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