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PROJETO INTEGRADOR DO 11º e 12º BIMESTRE São José dos Campos 1 SM

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RELATÓRIO DO PROJETO INTEGRADOR DO 12º BIMESTRE
“A produção de metodologias ou ferramentas para a melhoria do aprendizado de Ciências.”
Alessandra Maria Cruz Antonio - R.A 1400078
Bruno Santos de Souza - RA 1400367 
Natalia Martins - R.A 1402943
Maryellen Hallen Pereira Santos - RA 1500681
Pedro Vitor Chinaqui de Godoy Lima - R.A 1500453
	Link do vídeo no youtube: 
https://youtu.be/59ZoFVH0Yqo
São José dos Campos
2017
UNIVESP - UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Alessandra Maria Cruz Antonio - R.A 1400078
Bruno Santos de Souza - RA 1400367 
Natalia Martins - R.A 1402943
Maryellen Hallen Pereira Santos - RA 1500681
Pedro Vitor Chinaqui de Godoy Lima - R.A 1500453
 “Como estimular os alunos em relação ao conteúdo didático?”
Trabalho apresentado na disciplina de Projeto Integrador para o Curso de Licenciatura em Ciências Naturais e Matemática da Universidade Virtual do Estado De São Paulo (UNIVESP).
São José dos Campos
2017
​AGRADECIMENTOS
Agradecemos a todos os professores da UNIVESP pela transmissão de conteúdos e vivência didática.
Agradecemos a Direção da Escola Estadual “Mário Cardoso Franco” de Taubaté/SP, a professora de Biologia Reni de Oliveira Miranda e aos alunos envolvidos nesse Projeto que sem os quais não seria possível realizar.
Agradecemos a mediadora da UNIVESP Desiré Spada dos Santos Frangioni do Polo de São José dos Campos/SP por suas pontuações assertivas e direcionadas.
Agradecemos ainda, a Supervisora do Curso de Licenciatura em Biologia da UNIVESP Daniela Tathiana Soltys por suas observações e colaboração para esse Projeto.
RESUMO
Diante da proposta apresentada pela UNIVESP - A produção de metodologias ou ferramentas para a melhoria do aprendizado de Ciências - elaboramos o Projeto na Escola Estadual “Mário Cardoso Franco” de Taubaté/SP; onde através da metodologia do Design Thinking pudemos identificar claramente a falta de interesse por parte dos alunos ao aprendizado. Buscamos com esse Projeto despertar interesse em aprender, através de aulas mais participativas e dinâmicas envolvendo o espaço de área livre da escola na aulas de Biologia.
Palavras chaves: Design Thinking, falta de interesse, dinâmica e Biologia.
ABSTRACT
Faced with the proposal presented by UNIVESP - The production of methodologies or tools to improve the learning of Sciences - we elaborated the Project in the State School "Mário Cardoso Franco" of Taubaté / SP; Where through the methodology of Design Thinking we can clearly identify the lack of interest on the part of the students to the learning. We seek with this Project to arouse interest in learning, through more participative and dynamic classes involving the free space of the school. 
Key Words: Thinking design, lack of interest, dynamic and biology.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
	Analisando o campo educacional através do último século e suas grandes transformações significativas, há de considerar-se que o ensino ficou mais dinamizado, interativo, informatizado, por outro lado, essas mudanças fizeram surgir problemas merecedores de atenção, tais como o alarmante índice de evasão e repetência escolar, a distorção idade série, a violência na escola, à indisciplina, à falta de motivação para o estudo.
Contemporaneamente, várias discussões vêm centrando-se nestes problemas, no sentido de analisá-los atentamente para melhor compreendê-los e, se possível, auxiliar na resolução dos mesmos. Consciente da complexidade de tais problemas e da impossibilidade de estudar todos eles, buscamos com este Projeto a minimização da “apatia educacional” entre os alunos da escola em tese, uma tentativa de conciliar o conteúdo didático com vivências práticas e lúdicas. 
2. PROBLEMA E OBJETIVOS DA PESQUISA
O desenvolvimento deste projeto aconteceu na Escola Estadual “Mário Cardoso Franco” cito à rua Embaixador José Carlos de Macedo Soares, nº 745 - Jardim Bela Vista em Taubaté/SP. A metodologia empregada foi o Design Thinking e dentro do tema proposto, “A produção de metodologias ou ferramentas para a melhoria do aprendizado de Ciências e Matemática”, o desafio foi identificar no cotidiano desta escola, fatores que influenciam a aprendizagem.
Por meio de conversas com alunos e a Professora Reni de Oliveira Miranda (Biologia), foi possível identificar um problema, dentro do contexto proposto, a falta de interesse dos alunos em relação ao conteúdo programático, alegam “perda de tempo”, acomodam-se em um mundo de respostas prontas, considerando o estudo como algo supérfluo e desnecessário, diante do exposto, a questão problema que norteou o desenvolvimento deste projeto foi “Como estimular os alunos em relação ao conteúdo didático?”, uma vez que notamos o entusiasmo do professor pelos alunos, porém não notamos nos alunos o efeito desse ânimo.
 	A fim de atendermos a Ementa dessa Disciplina, ou seja, “o desenvolvimento de um projeto de resolução de problemas reais, articulados às disciplinas desenvolvidas nos bimestres anteriores do curso, tendo como referência o trabalho em grupo supervisionado e o uso de metodologias ativas de aprendizagem, como a ABPP e Design Thinking”, iniciamos a realização do Projeto com uma visita à escola Escola Estadual “Mário Cardoso Franco”, ocasião essa que conversamos com vários alunos do Ensino Médio e a docente de Biologia, onde foi possível identificar e destacar alguns tópicos interessantes:
Os alunos aprovam e possuem ligação afetiva com a professora;
A professora “gosta” de lecionar para adolescentes;
O conteúdo programático é ministrado de uma forma interessante, com aulas práticas de de “demonstrações” e experiências.
Os alunos não consideram importante aprender, são desestimulados;
Os alunos ressentem pelo tempo que “precisam” ficar na escola.
	Diante do quadro acima exposto, consideramos um desperdício que eles percam algo que muitas vezes não vemos dentro do Educação, ou seja, a relação de afetividade existente entre professor/aluno e um ambiente escolar favorável à aprendizagem significativa de fato, uma vez que a escola abriga um Projeto da Universidade de Taubaté/UNITAU, “Bípedes”, projeto esse realizado por estudantes de Biologia da referida Instituição em conformidade com o conteúdo da Disciplina, embora exista este “aparato” à parte do conteúdo programático, ainda persiste um certo dissabor entre os alunos, como reverter esse quadro? Como algo considerado “maçante e cansativo” pode se tornar algo atraente e divertido? 
Diante das pontuações constatadas optamos pela elaboração do presente Projeto Integrador cujo objetivos disciplinares visam:
Desenvolver um trabalho de resolução de problemas reais, em grupos supervisionados, articulados às disciplinas desenvolvidas buscando uma interdisciplinaridade;
Propor análises, reflexões e soluções de problemas através da prototipação de ferramentas, métodos e modelos conceituais que contribuam para a solução do problema estudo localmente por cada grupo;
Aprender a buscar soluções para problemas reais considerando os princípios de desejabilidade, viabilidade e praticabilidade;
Adotar uma abordagem ativa e interdisciplinar de modo que os estudantes busquem soluções inovadoras para problemas reais e recorrentes, sob a supervisão do professor;
Favorecer uma participação ativa e autônoma dos estudantes que, tendo ao seu alcance um arsenal teórico propiciado pelas disciplinas do curso, buscarão soluções para problemas reais diante dos conhecimentos que desenvolvem em sua trajetória acadêmica.
A interdisciplinaridade do ensino de Ciências com a disciplina de História, demonstrando o quanto o meio ambiente pode influir no contexto histórico com fotos de “antes e depois” do município. 
3. JUSTIFICATIVA
	A escolha do tema tem propósito de contribuirpara que os alunos da comunidade escolar escolhida aprendam de forma mais participativa através da aprendizagem baseada em projetos, levando os alunos ao ambiente fora da sala de aula, demonstrando na prática como é biodiversidade terrestre (macro e microambientes), sua presença nos mais diversos lugares como praças, bosques, jardins, e principalmente dentro do ambiente escolar como esta diversidade está representada, embora alguns procedimentos educativos aparentemente sejam simples podem tornar as aulas mais interessantes, tornando o conteúdo mais atrativo, também instigando as habilidades dos alunos a fim de serem os protagonistas da construção de seus conhecimentos, com o auxílio do professor. Inclusive tendo um local dentro da escola que possibilite o desenvolvimento dessas estratégias diferenciadas de apresentação do conteúdo de Ciências, uma vez que a área verde da escola é ampla, bem cuidada e de livre acesso à todos.
Podemos pontuar que o interesse e o prazer em aprender demonstrado pelas crianças diminuem consideravelmente à medida que crescem e avançam nos anos escolares. O brilho nos olhos da criança em seus primeiros anos escolares, em sala de aula, reflete o sabor da conquista do novo.
A relação com a escola demonstra ser interessante e vibrante. Entretanto, com o passar do tempo, esta criança vai desanimando-se, desmotivando-se, desinteressando-se e a emocionante construção de novos conhecimentos parece tornar-se um pesado fardo.
”Nos primeiros anos, a maioria deles aprende com vontade, os poucos aprendizes relutantes destacam-se dos outros. A partir dos graus intermediários e da escola secundária até a universidade, a balança muda.” [...] (SIDMAN, 1995, p. 289).
Conhecimento implica responsabilidade e mudanças de comportamentos, além do viés didático do Projeto procuramos também despertar mudanças comportamentais, onde os alunos passem a olhar a natureza como algo pertencente e próximo, visando despertar seu papel de responsabilidade perante a mesma.
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A qualidade na Educação: A história da Educação no Brasil, sempre foi marcada por falta de estrutura e investimentos, que culminaram por mudanças no quadro educacional.
Apenas em meados de 1990, que houve uma redefinição do papel do Estado, sendo preconizado a ideia de que o Estado é o principal responsável pela crise que o capitalismo vem atravessando nas últimas décadas, tanto pela sua ineficiência, como pelo descontrole fiscal e o mercado e o privado, por sua vez, são sinônimos de eficiência, qualidade e equidade (OLIVEIRA: FERNANDES, 2009). 
Dentre muitas mudanças, foi criada LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996) que define, em seu art. 4° que o dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia, entre outros, de “padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem” (Inciso IX) (BRASIL, 1996), o que implica o atendimento ao direito à educação.
A qualidade educacional seria alcançada pela combinação de insumos escolares (pacotes diários, equipamentos, reformas), pelo repasse de dinheiro direto à escola e por um modelo de gestão capaz de utilizar esses insumos eficientemente. O PDE - escola, portanto, afirmava a pura racionalidade técnica, contradizendo o sentido político que os educadores requeriam para um projeto escolar de qualidade. (FONSECA, 2009, p.170). 
Desenvolver uma mentalidade onde a qualidade na Educação seja um tema que deve ser tratado de forma constante é uma das prerrogativas para que a escola seja um ambiente onde o saber possa ser difundido de forma que todos os envolvidos nesse processo participem ativamente dos assuntos mais importantes da escola.
Essa participação só será realmente efetivada quando os agentes envolvidos no processo educacional tenham motivação para aplicar as mudanças necessárias para a melhoria da qualidade seja realmente um objetivo a ser alcançado. Em alguns casos será necessário até uma intervenção no sentido de ensinar as pessoas a participarem, pois sem esse conhecimento, ideias importantes podem ser desperdiçadas. E, por fim, para qualquer mudança deve se empregar recursos no desenvolvimento de projetos, a fim de que a Educação realmente seja estendida à todos.
A implantação de um sistema de qualidade na Educação é um tema em constante atualização, pois por ser um processo a longo prazo, tem se que o processo educacional tende a abarcar os mais variados setores da sociedade, uma vez que, educação deve ser estendida a todos. (DONEL, et al., 2001, p.34).
Ofertar oportunidade de ensino à todos é algo não tão simples assim, porém possível, cabendo investimentos por parte do Poder Público com Políticas específicas, através dos gestores responsáveis bem como comprometimento das pessoas envolvidas, sendo a funcionalidade e a finalidade educacional uma questão que envolve todos os setores da sociedade, logo, a tarefa de educar é um compromisso social de todos.
Para Gadotti (2013), falar em qualidade social da educação é falar de uma nova qualidade, onde se acentua o aspecto social, cultural e ambiental da educação, em que se valoriza não só o conhecimento simbólico, mas também o sensível e o técnico. Segundo o autor alguns princípios básicos ao ser humano como o conhecimento sensível, recebido através dos sentidos, sendo analisado pela percepção, adquirindo assim um conjunto de informações, que nos subsidiarão e construirão nossas vivências/experiências sensoriais, formando nosso “patrimônio emocional”. A nova visão da escola implica em um olhar o todo, fugindo do tradicional, da mesmice; pois é sabido que as pessoas, a vida, comportamentos e até mesmo os conteúdos/conhecimentos estão em constante Evolução, o que cabia em nossa época de criança dentro de uma escola, se torna inconcebível na época atual, precisamos tratar Educação dentro de sua época, dentro de sua contemporaneidade.
Pensar em Qualidade nesse contexto implica em refletir sobre as mudanças ocorridas, algumas positivas outras nem tanto, mas de uma forma geral todas contribuíram para o novo cenário onde nos apercebemos o foco na pessoa, no ser humano de forma individualizada e na Educação com sentido de promoção de pessoas, promoção no sentido de inseri-las dentro desse novo contexto que implica olhar pelo e por o “TODO”, o ser social, racional, emocional, cultural, filosófico, é a “Visão Global”, buscar entender o aluno como um todo e suas implicâncias e não somente como parte de um todo, primando por qualidade ao invés de quantidade.
Para Paulo Freire (2002, p. 38): “[...] na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática”. Assim o professor será capaz de analisar , planejar e refletir sobre sua prática pedagógica e elaborar novas estratégias de ensino que alcancem à todos os alunos; fato esse que percebemos claramente que não está ocorrendo na escola em questão, embora saibamos que tal ocorre nas maiorias das escolas, a urgência existente no mundo moderno, onde tudo aparece quase que pronto, nos condiciona a sermos meros espectadores e não construtores do nosso conhecimento, dentro do contexto escolar não é diferente, acabamos por reproduzir o mesmo comportamento, o que não contribui em nada para uma aprendizagem significativa e importante no sentido pessoal, importante a ponto de encontrar ressonância no indivíduo que aprende.
De tudo, de qualquer situação, leitura ou pessoa podemos extrair alguma informação ou experiência que nos pode ajudar a ampliar o nosso conhecimento, para confirmar o que já sabemos, para rejeitar determinadas visões de mundo, para incorporar novos pontos de vista. Um dos grandes desafios para o educador é ajudar a tornar a informação significativa, a escolher as informaçõesverdadeiramente importantes entre tantas possibilidades, a compreendê-­las de forma cada vez mais abrangente e profunda e a torná-­las parte do nosso referencial. Aprendemos melhor quando vivenciamos, experimentamos, sentimos. Aprendemos quando relacionamos, estabelecemos vínculos, laços, entre o que estava solto, caótico, disperso, integrando ­o em um novo contexto, dando-­lhe significado, encontrando um novo sentido. Aprendemos quando descobrimos novas dimensões de significação que antes se nos escapavam, quando vamos ampliando o círculo de compreensão do que nos rodeia, quando, como numa cebola, vamos descascando novas camadas que antes permaneciam ocultas à nossa percepção, o que nos faz perceber de uma outra forma. Aprendemos mais quando estabelecemos pontes entre a reflexão e a ação, entre a experiência e a conceituação, entre a teoria e à prática; quando ambas se alimentam mutuamente. Aprendemos quando equilibramos e integramos o sensorial, o racional, o emocional, o ético, o pessoal e o social. Aprendemos pelo pensamento divergente, por meio da tensão, da busca, e pela convergência – pela organização, pela integração. Aprendemos pela concentração em temas ou objetivos definidos ou pela atenção difusa, quando estamos de antenas ligadas, atentos ao que acontece ao nosso lado. Aprendemos quando perguntamos, questionamos. Aprendemos quando interagimos com os outros e o mundo e depois, quando interiorizamos, quando nos voltamos para dentro, fazendo nossa própria síntese, nosso reencontro do mundo exterior com a nossa reelaboração pessoal. Aprendemos pelo interesse, pela necessidade. Aprendemos mais facilmente quando percebemos o objetivo, a utilidade de algo, quando nos traz vantagens perceptíveis. Se precisamos nos comunicar em inglês pela internet ou viajar para fora do país, o desejo de aprender inglês aumenta e facilita a aprendizagem dessa língua. Aprendemos pela criação/instalação de hábitos, pela automatização de processos, pela repetição. Ensinar torna-se mais duradouro, quando conseguimos que os outros repitam processos desejados. Exemplo: quando lemos textos com frequência, a leitura passa a fazer parte do nosso dia­ a ­dia. Dessa forma, nossa resistência a ler vai diminuindo. Aprendemos pela credibilidade que alguém nos merece. A mesma mensagem dita por uma pessoa ou por outra pode ter pesos bem diferentes, dependendo de quem fala e de como o faz. Aprendemos também pelo estímulo, pela motivação de alguém que nos mostra que vale a pena investir num determinado programa, num determinado curso. Um professor que transmite credibilidade facilita a comunicação com os alunos e a disposição para aprender. Aprendemos pelo prazer, porque gostamos de um assunto, de uma mídia, de uma pessoa. O jogo, o ambiente agradável, o estímulo positivo podem facilitar a aprendizagem. Aprendemos mais, quando conseguimos juntar todos os fatores: temos interesse, motivação clara; desenvolvemos hábitos que facilitam o processo de aprendizagem; e sentimos prazer no que estudamos e na forma de fazê-­lo. Aprendemos realmente quando conseguimos transformar nossa vida em um processo permanente, paciente, confiante e afetuoso de aprendizagem. Processo permanente, porque nunca acaba. Paciente, porque os resultados nem sempre aparecem imediatamente e sempre se modificam. Confiante, porque aprendemos mais se temos uma atitude confiante, positiva, diante da vida, do mundo e de nós mesmos. Processo afetuoso, impregnado de carinho, de ternura, de compreensão, porque nos faz avançar muito mais. ­ (MORAN, 2013).
	A necessidade de repensar a maneira de ensinar se faz presente em todas as disciplinas mas no ensino de Ciências/Biologia, onde nos deparamos com conteúdos e nomes distantes, embora o façam parte de nossa vida cotidiana, além de repensar as práticas já existentes, se faz também preciso motivar e direcionar o aluno num sentido em que o mesmo encontre o eco de suas perguntas dentro do conteúdo proposto, sem o qual a desmotivação se fará presente sempre, independente de qual seja o conteúdo.
A Ciência não começa com aparelhos; ela começa com os olhos, curiosidade e inteligência. Rubem Alves
Ao navegarmos pela história da Pedagogia, Ciência da Educação, encontraremos, entre todos os seus autores, a afirmativa de que “a Escola e a Educação são reflexos do mundo em que vivemos”. Há muito se fala em “Educar para a vida”. Na Grécia Antiga, berço da Pedagogia, o objetivo educacional foi a formação de guerreiros: homens fortes e sábios na arte da luta. No Brasil, na época do descobrimento, o propósito educacional foi a catequização dos índios, cujo objetivo era “aculturá-los”. Durante o processo de colonização, a educação do escravo constituiu-se de modo a atender às necessidades feudais. No período da Ditadura Militar, a finalidade do processo pedagógico foi a formação do soldado. E, a partir da Democracia, houve a busca da formação do sujeito crítico. Assim, com base em uma perspectiva histórica, podemos perceber o movimento dos fatos. E, que mesmo com tantos percalços evoluímos sempre! Estamos no século XXI: momento em que, muitas vezes, falta-nos tempo. A velocidade da história mudou e muda constantemente. Precisamos estar antenados, conectados, plugados, digitalizados, ATENTOS ao que nos rodeia. No que se refere à Educação, novos diferenciais estão sendo anunciados. As informações são transmitidas, obtidas, resgatadas, reformuladas em fração de segundos, em tempo real, de um lado ao outro do mundo. Vivemos num emaranhado de vozes, sons, imagens, efeitos e máquinas e convivemos com pessoas que constantemente se reciclam, reorganizam-se, aprendem e inovam. Nesse contexto, nasce o valor da CAPACIDADE e DO SABER FAZER PERGUNTAS INTELIGENTES e, com eles, a importância da reflexão, a ousadia centrada em fontes seguras, em conhecimentos que se tornam propriedade, competências. CRIATIVIDADE lança-se como a palavra do século! E as escolas? A Educação? A Pedagogia? A Ciência? Elas são, fazem, sentem, anunciam, promovem, conscientizam, pesquisam, oferecem, permitem, organizam, criticam, VIVEM todos esses elementos simultaneamente. Educar é viver. Citando Rubem Alves: “O objetivo da aprendizagem é viver, não é preparar um futuro a ser vivido”. Sendo assim, vamos deixar de lado o medo, a insegurança, a nossa zona de conforto e ousar, descobrir novas possibilidades, refletir, reaprender, crescer, CRIAR. As novas tecnologias não serão valiosas se não forem sentidas. Se nelas não colocarmos a criatividade (ato essencialmente humano) que as produz e promove, em benefício da História, da Ciência, da Educação, da qualidade do ato de aprender e ensinar, fazendo da escola a vida e da vida uma escola! (Luciane P. Cunha Rossi - Coordenadora Didático-Tecnológica do Colégio de Vinhedo, em Vinhedo (SP).
Relacionando o Projeto Integrador as disciplinas cursadas pela UNIVESP, podemos citar:
Morfologia Vegetal obtivemos todas as informações técnicas para o desenvolvimento das atividades que contempla a área verde da escola, com as especificações de tecidos vegetais à propriedades de certas espécies; 
Práticas da Biologia foi o embasamento para a atividade proposta, compactuamos da ideia de que a necessidade da prática em Biologia nos induz a investigação, a descobertas e a construção do conhecimento, advindo dessa Disciplina a idéia do presente Projeto.
Bioquímica, desafios à parte essa Disciplina nos leva à refletir sobre as interações químicas que ocorrem no meio ambiente, além do nosso próprio corpo, interações essas que muitas vezes sofrem influência negativa do ser humano resultando em degradação e destruição ambiental.
Células e Tecidos, todo organismo seja ele animal ou vegetal é composto por células e tecidos; essa disciplina nos direciona a um olhar mais apurado para o mundo interno aquilo que podemos ver, sabemos que meio ambiente sintetiza os macro e o micro ambientes, essa disciplina nos atenta ao micro ambiente que nos rodeia, embora tratar-se da parte interna dos organismos nos posiciona em um olharmais cuidadoso ao menor.
Didática para Ciências e Biologia podemos nos aprofundar na ética dentro do aprender a ensinar ciências, um norteamento dentro daquilo que é o certo e válido em relação ao processo de ensino e aprendizagem científico. Nos alerta no sentido de não nos julgarmos detentores absolutos desse saber, mas ao mesmo tempo sabiamente ele nos impulsiona a aprender a confiar em nosso conhecimento, quantificando no quanto isso impacta em nossa vida e na vida daqueles aos quais iremos transmitir esse saber; não somente ensinar por ensinar mas que antes de transformar essa vivência em significativa para outrem que ela tenha uma importância, uma significação para nós próprios; mais fácil encantar alguém por algo se eu mesma já estou encantado por isso. Tardif sabiamente nos orienta nesse viés com a “Coleção de Destaques”, Didática, Saberes Docentes (segundo Tardif), Alfabetização Científica, Ensino Contextualizado, Transposição Didática, Perfil Conceitual, Educação Ambiental, Sistema Filogenética no Ensino, História da Ciência no ensino, Temas controversos no ensino, Tecnologias da Informação e Comunicação no ensino (TIC), Ensino por investigação, Estratégia didática, Recurso didático, Metodologia dialética.
“Na Universidade, temos com muita freqüência a ilusão de que não temos práticas de ensino, que nós mesmos não somos profissionais do ensino ou que nossas práticas de ensino não constituem objetos legítimos para a pesquisa. Esse erro faz que evitemos os questionamentos sobre os fundamentos de nossas práticas pedagógicas, em particular nossos postulados implícitos sobre a natureza dos saberes relativos ao ensino. Não problematizada, nossa própria relação com os saberes adquire, com o passar do tempo, a opacidade de um véu que turva nossa visão e restringe nossas capacidades de reação. Enfim, essa ilusão faz que exista um abismo enorme entre nossas “teorias professadas” e nossas “teorias praticadas”: elaboramos teorias do ensino e da aprendizagem que só são boas para os outros, para nossos alunos e para os professores. Então, se elas só são boas para os outros e não para nós mesmos, talvez isso seja a prova de que essas teorias não valem nada do ponto de vista da ação profissional, a começar pela nossa”. - MAURICE TARDIF é pesquisador e diretor do Centre de Recherche Interuniversitaire sur la Formation et la Profession Enseignante (CRIFPE), Université Laval, Quebec, Canadá.
5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Dentro da Metodologia proposta (Design Thinking) contempla-se uma postura colaborativa e interativa na abordagem de situações, buscando soluções inovadoras, a partir da aquisição de informações da necessidade do público, da análise e síntese de conhecimentos, da idealização e prototipagem de ações financeiramente interessantes e tecnicamente possíveis. 
Segundo Viana et al (2012, p.13), “é preciso abordar os problemas a partir de diversas perspectivas e ângulos. Assim, prioriza o trabalho colaborativo entre equipes multidisciplinares”. 
Embora apresente diversas fases, o Design Thinking não pode ser pensado como um processo linear, as etapas se perpassam e compõem um processo de inovação continuada; um emaranhado de ideias e soluções.
Uma dessas etapas é chamada de IMERSÃO, nesta fase aproxima-se do contexto do problema, ocorre a identificação da oportunidade de inovação ou de uma situação que necessita ser corrigida, busca-se detectar, de forma interdisciplinar e por intermédio de pesquisas, entrevistas, observações e conversas informais, o que as pessoas dizem, pensam, fazem, usam, sabem, sentem, desejam ou necessitam. É importante a definição das premissas iniciais para a elaboração de perguntas corretas, que podem ser resumidas em uma só sentença: no nosso caso, qual é a solução que os alunos necessitam para uma educação de qualidade? Essa fase foi realizada, numa forma preliminar, na primeira visita e, numa perspectiva mais aprofundada, na segunda ida à Escola Estadual “Mário Cardoso Franco” de Taubaté/SP.
Após a coleta dos dados, eles são estudados na fase de ANÁLISE e SÍNTESE utilizando-se ferramentas capazes de geração, desenvolvimento e teste de sugestões que podem conduzir à solução, esta é uma etapa gerativa, sugere que sejam partilhadas ideias e percepções entre as pessoas, compartilhamento de conhecimentos; pode-se utilizar alguns dos seguintes instrumentos: Cartão de Insight - cartões distribuídos ao grupo para estimular a exposição de ideias que depois são recolhidos e analisados; Diagrama de Afinidades - utilizado para organizar as ideias dos integrantes do grupo com o objetivo de conhecer o problema; Mapa Conceitual - visam organizar e representar, graficamente e através de um esquema, o conhecimento acerca do problema. 
Na etapa da IDEAÇÃO, o propósito é “gerar ideias inovadoras para o tema do projeto” (VIANNA et al, 2012, p. 99) utilizando além das ferramentas da fase de análise e síntese, o brainstorming - atividade para explorar a potencialidade criativa do grupo; workshop de cocriação - atividade prática para compreender o objetivo pontual do projeto e gerar solução, iniciando com um diagnóstico e finalizando com um plano de ação.
Na PROTOTIPAGEM ocorre a validade das ideias geradas, por meio de representações ilustrativas, filmes, cenários e protótipos, podem ocorrer ao longo do projeto, paralelamente à imersão e a ideação, nesse momento se mensura a ideia, mesmo que de maneira simplificada, mas que permite trazê-la para o mundo físico.
Dentro desse contexto definimos as seguintes etapas de desenvolvimento do PI descritas a seguir:
Definição da Escola Estadual “Mário Cardoso Franco” no município de Taubaté/SP, para desenvolver o projeto, em seguida foi elaborado um roteiro com as etapas que deveriam ser cumpridas para a confecção deste relatório.
Coleta de informações - Os dados foram coletados durante as visitas na escola com: Alunos, Professores, Direção. O instrumento de coleta de dados utilizada foi a entrevista, com um caráter informal.
Discussão em grupo: Após discussão em grupo foram listadas possíveis situações problemas, bem como alguns ensaios direcionados à solução.
 Retorno à escola para validação da questão problema: Após discussão em grupo retornamos à escola para confirmação da situação problema e coleta de informações e ideias para a construção do protótipo.
Ideias para o protótipo: Com base na discussão em grupo e das pontuações observadas nas entrevistas realizadas nas visitas elaboramos o protótipo inicial.
Discussão dos resultados: Como resultado desse trabalho apresentamos a construção de um novo Projeto, agora por parte da professora de Biologia; “Hortas Suspensas”, este projeto visa a construção de hortas confeccionadas com bambu gigante (colhidos da própria escola), para o cultivo de salsinhas, cebolinhas, manjericão, hortelã, etc. Sendo essas plantas mudas trazidas pelos próprios alunos, (ou compradas pela escola) que também são responsáveis por regar e manter a horta em ordem, sendo que a colheita será utilizada na cozinha da escola na preparação da alimentação dos alunos e servidores.
6. LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE DADOS
	A visita inicial a escola foi realizada em 24 de março de 2017, ocasião em que a professora de Biologia cedeu um espaço de sua aula no 1º ano do Ensino Médio para uma apresentação inicial do Projeto aos alunos, sendo observado que a escola possui um espaço adequado com salas são bem iluminadas, possuem ventiladores, janelas, carteiras e quadro negro bem conservados, a estrutura é excelente, limpa, ampla, possui banheiros e bebedouros; os professores possuem apoio e respaldo da Direção para, bem como é disponibilizado ferramentas auxiliares à aprendizagem como computadores com acesso à internet e livros.
Há televisão na sala dos professores, há um professor intérprete de Libras que oferece suporte aos alunos que precisa, sala de informática com acesso à internet e lousa digital, há cozinha para o preparo das refeições e uma ampla área verde, inclusive com espaço onde será desenvolvidoum projeto de “hortas suspensas”, projeto este idealizado pela professora de Biologia e que conta com total apoio da Direção. 
Ainda cumprindo a etapa de coleta de informações, foi realizada uma segunda visita a escola em 11 de abril de 2017, visando definir e aprimorar o desenvolvimento da atividade a ser realizada.
A escola abriga um projeto da Universidade de Taubaté/SP chamado “BÍPEDES”, embora não termos um acesso em detalhes ao projeto, pudemos perceber que não há um interesse significativo por parte dos alunos ao mesmo; confirmando a leitura inicial que pudemos fazer em relação à falta de interesse em aproveitar as oportunidades ofertadas. Passando à próxima etapa da proposta de desenvolvimento do projeto, o grupo se reuniu no encontro presencial para discutir os problemas identificados e as necessidades latentes de professores e alunos; decidimos por fim em um projeto de busque alcançar e resgatar o interesse dos alunos pelos estudos, no caso por já contarmos com o apoio e contato maior com a professora de Biologia, optamos por essa disciplina.
6.1 Processo de Prototipação
Após a visita à escola e a sondagem inicial optamos por realizar atividades que contemplem aspectos práticos de vivências em meio ambiente, como aulas mais expositivas, cuja natureza entorno da escola servirá como material de apoio, onde através de investigações os alunos busquem aplicar, reconhecer e entender o conteúdo didático, não é uma aula prática e sim uma aproximação ao conteúdo que presumimos já o conheçam, seja de maneira formal ou informal.
Lembrando que a sistemática da Educação atual envolve outros tipos de comportamentos, tanto do docente quanto em relação ao aluno.
Imagem 1 - Sistemática da Educação
Fonte: http://info.geekie.com.br/aprendizagem-baseada-em-projetos/
 
6.1.1 Protótipo Inicial
O processo de ensino e aprendizagem passa a ter significado para o aluno, quando o educador propicia condições para que o estudante possa participar da construção de sua aprendizagem através da descoberta, curiosidade, paixão e a partilha. Para isso, o educador precisa estar disposto a desenvolver atividades simples, porém, indispensáveis como, por exemplo, incentivar a prática da observação, os registros, experimentos, saídas de campo, formulação de conceitos, socialização entre outros, contribuindo significativamente para o processo de construção do conhecimento científico.
Dessa forma propôs a seguinte sequência didática realizada em três etapas nas aulas de ciências.
 Duração: 4 aulas.
 Objetivo Geral: aprender sobre ecossistemas e conscientizar ambientalmente.
 
 Objetivos Específicos:
Conhecer e valorizar o ecossistema juntamente com a biodiversidade;
 Identificar seres vivos e não vivos;
Conscientizar sobre a importância do meio ambiente e como o homem está inserido neste meio;
Estimular para que perceba a importância do homem na transformação do meio em que vive e o que as interferências negativas têm causado à natureza;
Etapa 1 (1 aula) – Despertando os conhecimentos.
O professor irá pedir aos alunos para que façam um desenho sobre o conhecimento prévio deles sobre ecossistema e consciência ambiental, após a realização desta atividade o professor recolherá os desenhos e fará a solicitação de uma pesquisa sobre os temas propondo que os alunos em grupo utilizem fontes como textos, reportagens, entrevistas etc.
Proposta de atividade: Máquina fotográfica - Agrupar os alunos em pares, sendo que um participante faz o papel de máquina e o outro de fotógrafo. A máquina deverá manter os olhos fechados até que o fotógrafo tire uma foto de algum elemento natural interessante (exemplos: uma flor, um animal, um fruto, etc.) ou de um bela paisagem. Para isso, o fotógrafo deverá dar um leve toque no ombro da máquina que abrirá os olhos por um período de três a cinco segundos enquanto a Câmera abre seu obturador (olhos( para registrar a imagem.
Passado o período de três a cinco segundos o fotógrafo deverá dar outro leve toque no ombro de sua máquina para indicar que é hora de fechar os olhos e seguir para uma nova foto. As “máquinas vêem o mundo de uma perspectiva nova e interessante, pois o tempo de observação é curto o suficiente para não deixar a pessoa se distrair com pensamentos.
Etapa 2 (1 aula) – Reorganizando os conhecimentos.
Após as pesquisas os alunos farão uma visita à área verde com o desenho inicial em mãos. O professor fará o desenvolvimento do tema com a ajuda dos alunos que pesquisaram sobre o assunto, destacando que ecossistema é tudo aquilo que vemos em praças, bosques até mesmo no jardim de suas casas e não apenas em uma floresta, será explicado como ele funciona, o que faz parte dele, quais as ações do homem que podem causar danos a esse ecossistema e sendo discutido com eles como algumas atitudes podem melhorar tais danos causados.
Proposta de atividade: Trilha do Conhecimento - Escolha um local na natureza de forma que o grupo possa se espalhar e que cada pessoa sinta-se sozinha. O aluno deverá caminhar procurando na natureza algo particularmente significativo. Quando todos caminharam pela trilha, deixe que cada aluno revele suas descobertas.
Etapa 3 (2 aulas) – Comparação e apresentação.
A última etapa é comparar o conhecimento inicial dos alunos com o conhecimento final, dessa forma farão novamente um desenho, desta vez em grupo, junto com anotações sobre qual o papel do homem no contexto e farão a apresentação à turma as diferenças que o conhecimento e sofreu além da importância do homem no ecossistema. 
Proposta de atividade: Jogo dos Sons - Para praticá-la é preciso que os alunos participantes encontrem um lugar confortável para se sentar, não muito afastados uns dos outros. Então deverão fechar os olhos e as mãos. Cada vez que ouvirem um som vindo da natureza, deverão levantar um dedo. Deixe que permaneçam por cerca de dois minutos e depois que compartilhem e descrevam os sons que ouviram. Esta atividade desperta os participantes para os belos e inspiradores sons da natureza.
Fonte: Cornell Joseph Bharat - Vivências com a natureza - Editora Aquariana.
6.1.2 Fishbowl
Com a apresentação do protótipo inicial no Fishbowl ficou claro que o projeto deveria abranger mais a interdisciplinaridade como uma ferramenta somatória à sequência didática para despertar o engajamento dos alunos em seus aprendizados relacionados aos conhecimentos sobre ecossistema e para isso propomos um segundo projeto para ser desenvolvido com o apresentado anteriormente.
6.1.3 Protótipo Final
	Optamos utilizar a interdisciplinaridade pois diante desse mundo globalizado, que apresenta muitos desafios ao homem, a educação manifesta a necessidade de se romper com modelos tradicionais para o ensino. E o uso da interdisciplinaridade no ensino vem sendo amplamente mencionada já que a proposta é estabelecer ligações de complementaridade, convergência, interconexões e passagens entre os conhecimentos. A educação deve romper fragmentações para mostrar as correlações entre os saberes, a complexidade da vida e dos problemas que hoje existem. Caso contrário, será sempre ineficiente e insuficiente para os cidadãos do futuro (FORTES, 2012).
 
O ensino formal, todo estruturado e institucionalizado em torno de disciplinas e conteúdos delimitados que não tem nada a ver com o mundo real das pessoas, torna a aprendizagem do aluno artificial e desinteressante. E essa estrutura disciplinar hierarquizada severa do sistema escolar, muitas vezes acaba tornando difícil uma tentativa de atitude interdisciplinar (FORTES, 2012, p. 5).
 	
Nesse contexto o protótipo final visa ampliar a sequência didática realizando um trabalho junto à matéria de história.
 	Duração: 4 aulas.
Objetivo Geral: conhecer as principais características da cidade onde a escola se localizahoje e antigamente visando o ecossistema da região.
Objetivos Específicos:
Relacionar as características históricas com as modernas da cidade.
Comparar a cidade de antigamente com a cidade hoje.
Identificar as principais mudanças e motivos para elas.
Etapa 1 (1 aula)
Atividade 1.1 – Buscando os conhecimentos prévios
A aula será iniciada instigando os alunos para que eles possam expressar seus conhecimentos prévios sobre o que sabem da cidade que moram. Para isso serão lançadas perguntas como, por exemplo, “quais bairros moram”, “como é o bairro onde a escola está inserida”, “qual a história do bairro”, “como é o ecossistema” e “qual a história da cidade que vivem”.
Atividade 1.2 – Pesquisa
No segundo momento o professor propõe a pesquisa em grupo sobre a história da cidade, visando um contexto do ecossistema dos diferentes bairros fazendo um comparativo do que veem hoje e como era antes das modificações históricas.
Etapa 2 (2 aulas)
Com as pesquisas realizadas os alunos fazem apresentações sobre o tema.
A avaliação será constante sobre o empenho e participação dos alunos no desenvolvimento da pesquisa e da apresentação.
6.2 Discussão de Resultados
A metodologia do Design Thinking é uma metodologia que visa a colaboração multidisciplinar e a criação de produtos e sistemas inovadores ao usuário final, buscamos com esse projeto propagar uma postura mais interessada e responsável diante da aprendizagem, sabemos que a repetição de comportamentos conduz a instalação do mesmo, a satisfação do trabalho dentre os resultados são perspectivas relevantes ao desempenho e interesse dos alunos nas aulas futuras; sendo importante ressaltar que alguns modelos de projetos são operacionais e objetivam a maximização dos recursos da sala de aula, potencializando e facilitando a assimilação de conteúdo.
De tudo, de qualquer situação, leitura ou pessoa podemos extrair alguma informação ou experiência que nos pode ajudar a ampliar o nosso conhecimento, para confirmar o que já sabemos, para rejeitar determinadas visões de mundo, para incorporar novos pontos de vista. Um dos grandes desafios para o educador é ajudar a tornar a informação significativa, a escolher as informações verdadeiramente importantes entre tantas possibilidades, a compreendê-las de forma cada vez mais abrangente e profunda e a torná-las parte do nosso referencial. Aprendemos melhor quando vivenciamos, experimentamos, sentimos. Aprendemos quando relacionamos, estabelecemos vínculos, laços, entre o que estava solto, caótico, disperso, integrando-o em um novo contexto, dando-lhe significado, encontrando um novo sentido. Aprendemos quando descobrimos novas dimensões de significação que antes se nos escapavam, quando vamos ampliando o círculo de compreensão do que nos rodeia, quando, como numa cebola, vamos descascando novas camadas que antes permaneciam ocultas à nossa percepção, o que nos faz perceber de uma outra forma. Aprendemos mais quando estabelecemos pontes entre a reflexão e a ação, entre a experiência e a conceituação, entre a teoria e a prática; quando ambas se alimentam mutuamente. Aprendemos quando equilibramos e integramos o sensorial, o racional, o emocional, o ético, o pessoal e o social. Aprendemos pelo pensamento divergente, por meio da tensão, da busca, e pela convergência – pela organização, pela integração. Aprendemos pela concentração em temas ou objetivos definidos ou pela atenção difusa, quando estamos de antenas ligadas, atentos ao que acontece ao nosso lado. Aprendemos quando perguntamos, questionamos. Aprendemos quando interagimos com os outros e o mundo e depois, quando interiorizamos, quando nos voltamos para dentro, fazendo nossa própria síntese, nosso reencontro do mundo exterior com a nossa reelaboração pessoal. Aprendemos pelo interesse, pela necessidade. Aprendemos mais facilmente quando percebemos o objetivo, a utilidade de algo, quando nos traz vantagens perceptíveis. Se precisamos nos comunicar em inglês pela internet ou viajar para fora do país, o desejo de aprender inglês aumenta e facilita a aprendizagem dessa língua. Aprendemos pela criação de hábitos, pela automatização de processos, pela repetição. Ensinar torna-se mais duradouro, quando conseguimos que os outros repitam processos desejados. Exemplo: quando lemos textos com frequência, a leitura passa a fazer parte do nosso dia-a-dia. Dessa forma, nossa resistência a ler vai diminuindo. Aprendemos pela credibilidade que alguém nos merece. A mesma mensagem dita por uma pessoa ou por outra pode ter pesos bem diferentes, dependendo de quem fala e de como o faz. Aprendemos também pelo estímulo, pela motivação de alguém que nos mostra que vale a pena investir num determinado programa, num determinado curso. Um professor que transmite credibilidade facilita a comunicação com os alunos e a disposição para aprender. Aprendemos pelo prazer, porque gostamos de um assunto, de uma mídia, de uma pessoa. O jogo, o ambiente agradável, o estímulo positivo podem facilitar a aprendizagem. Aprendemos mais, quando conseguimos juntar todos os fatores: temos interesse, motivação clara; desenvolvemos hábitos que facilitam o processo de aprendizagem; e sentimos prazer no que estudamos e na forma de fazê-lo. Aprendemos realmente quando conseguimos transformar nossa vida em um processo permanente, paciente, confiante e afetuoso de aprendizagem. Processo permanente, porque nunca acaba. Paciente, porque os resultados nem sempre aparecem imediatamente e sempre se modificam. Confiante, porque aprendemos mais se temos uma atitude confiante, positiva, diante da vida, do mundo e de nós mesmos. Processo afetuoso, impregnado de carinho, de ternura, de compreensão, porque nos faz avançar muito mais. - (MORAN, 2013)
	Como resultado extremamente positivo destacamos o projeto desenvolvido pela professora de Biologia Reni “Hortas Suspensas”, houve uma reação efetiva ao Projeto proposto, com a implantação dessa atividade de horta podemos observar o quão proveitoso e rico foi o apontamento de um olhar de fora; ao tentarmos introduzir uma diferença didática com o nosso Projeto, acabamos por incitar algo já latente à escola; todo o material dessa horta é da própria escola, onde existe um bambuzal nos fundos, sendo a confecção realizada pelos alunos com supervisão da professora.	
Em 14/06/2017 fizemos uma última visita à escola a fim de conferir e prestigiar o projeto, porém como a escola estava sendo arrumada para um evento (festa junina) havia poucos alunos presentes, o que não interferiu no entusiasmo dos alunos em nos mostrar a construção da horta como podemos observar nas fotos em anexo; a experiência e oportunidade de construir essa horta em grupo está sendo bem recebida pelos alunos, bem como a professora está utilizando-se desse recurso para conciliar o conteúdo programático da disciplina de Biologia; quando retomamos ao nosso objetivo inicial “A produção de metodologias ou ferramentas para a melhoria do aprendizado de Ciências” e dentro da problemática diagnosticada através do Design Thinking, “Como estimular os alunos em relação ao conteúdo didático?” acreditamos ter obtido êxito em nosso intento, embora tenha ocorrido de forma paralelamente ao Projeto inicial; o que realmente importa é o resultado alcançado, é a aquisição educacional em termos de conhecimento e de crescimento individual e coletivo que o trabalho, notadamente conferiu à esses alunos, conforme pontuado pela professora Reni “Após a transmissão do conteúdo formal da disciplina não importo com a forma que meus alunos construirão esse conhecimento, pois só penso em quanto esse conhecimento poderá agregar e contribuir para a construção de novas aquisições futuras, bem como ajudá-los a se tornarem pessoas melhores, propiciando oportunidades de aprendizagem, transformação e crescimento pessoal”.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Sabiamente o grande Educador francês Vital Didonet (Filósofo e Pedagogo), define o espaço escolar, sendo: 
O espaço escolar não é apenas um “continente”, um recipiente que abrigaalunos, livros, professores, um local em que se realizam atividades de aprendizagem. Mas é também um “conteúdo”, ele mesmo é educativo. Escola é mais do que quatro paredes; é clima, espírito de trabalho, produção de aprendizagem, relações sociais de formação de pessoas. O espaço tem que gerar ideias, sentimentos, movimentos no sentido de busca do conhecimento; tem que despertar interesse em aprender; além de ser alegre, aprazível e confortável, tem que ser pedagógico. Há uma “docência do espaço”. Os alunos aprendem dele lições sobre a relação entre o corpo e mente, o movimento e o pensamento, o silêncio e o barulho do trabalho que constroem conhecimento (Didonet, 2002)
 
	Participamos também do conceito de que escola é muito além do que paredes e muros, já diz a sabedoria popular que tijolos fazem uma casa mas não constroem um lar; com a sistemática de uma escola é a mesma coisa, o que fará com que funcione ou não são os ocupantes daquele espaço, acreditamos que dentre os fatores contribuidores para um ambiente sadio e produtivo estão a motivação; essa chamada força interior que se modifica a cada momento durante toda a vida, onde direciona e intensifica os objetivos de um indivíduo de acordo com seu interesse, buscar conciliar essa motivação com a temática ensino/aprendizagem é o grande desafio dentro de qualquer escola. Não temos, portanto a pretensão de que iremos resolver o problema no todo mas podemos e esperamos plantar a sementinha da curiosidade em cada um; curiosidade essa que nos move em busca/construção de nosso conhecimento, bem como na resolução de conflitos e problemas pontuais que ocorrerem durante o processo.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DONEL, F. et al. Qualidade na Educação. in: CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA, 29., 2001, Porto Alegre. Anais eletrônicos.​.. Porto Alegre: PUCRS, 2001. Disponível em: 
<http://www.abenge.org.br/CobengeAnteriores/2001/trabalhos/ECO009.pdf>Acesso em: 07 abr. 2017.
GADOTTI, M. Qualidade na educação: uma nova abordagem. In: CONGRESSO DE EDUCAÇÃO BÁSICA, 2013, Florianópolis. Anais eletrônicos.​.. Florianópolis: Rede Municipal de Ensino, 2013. Disponível em:<http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/14_02_2013_16.22.16.85d3681692786
726aa2c7daa4389040f.pdf> Acesso em: 07 abr. 2017.
MORAN, J. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica: ​Caminhos que facilitam a aprendizagem, Papirus, 21a ed, 2013, p. 27­29. Disponível em: 
<http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/tecnologias_eduacacao/camin.pdf.> Acesso em 07 abr 2017.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 24a Ed.São Paulo, SP: Paz e Terra, 2002.
JUNIOR, J. O prazer na Educação.​ Disponível em: 
<http://www.educacional.com.br/articulistas/joseph_bd.asp?codtexto=475> 
Acesso em 07/04/2017.
ROSSI, L. A Educação no século XXI: um continuar fazendo história. Disponível em: http://www.educacional.com.br/articulistas/outrosOutros_artigo.asp?artigo=artigo0077,
Acesso em 07/04/2017.
Desmotivação em Sala de Aula: Um Desafio para os Educadores na Contemporaneidade; http://www.zemoleza.com.br/trabalho-academico/sociais-aplicadas/psicologia/desmotivacao-em-sala-de-aula-um-desafio-para-os-educadores-na-contemporaneidade/
Acesso em 25/05/2017.
Espaços escolares, 
http://escolapontocom2015.blogspot.com.br/2016/01/infraestrutura-escolar.html
Acesso em 25/05/2017.
9. ANEXOS
Imagem 2 - Portão de entrada da escola “Mário Franco Cardoso”
Fonte: Acervo do Grupo
Imagem 3 - Área verde da escola
Fonte: Acervo do Grupo
Imagem 4 - Área verde da escola com o prédio da administração ao fundo.
Fonte: Acervo do Grupo
Imagem 5 - Área verde e vista da lixeira seletiva no pátio da escola
Fonte: Acervo do Grupo
Imagem 6 - Armação de bambu para horta suspensa
Fonte: Acervo do Grupo
Imagem 7 - Armação pronta
Fonte: Acervo do Grupo
Imagem 8 - Vista da horta suspensa inserida na área verde
Fonte: Acervo do Grupo
Imagem 9 - Alunos junto a armação da horta
Fonte: Acervo do Grupo
Imagem 10 - Conversa final com os alunos.
Fonte: Acervo do Grupo

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