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Ensaio de Fluência Discente: Gabriela Cuenca Gil Exercício extra: Detalhar os estágios de fluência e citar outras informações sobre o ensaio. Estágios: 1- Estágio primário (Também chamado de fluência primária): É caracterizado por apresentar uma taxa decrescente de fluência, em função do aumento de resistência devido ao encruamento, onde a inclinação da curva diminui com o tempo ( dε /dt ). Nesta etapa entende- se que o material apresenta um aumento da resistência à fluência por efeito de encruamento, onde a deformação se torna mais difícil na medida em que o material é deformado. A deformação instantânea total, Ԑ, deve-se ao carregamento inicial no CP e é formada pela deformação elástica, Ԑԑ, e plástica, Ԑp. 2- Estágio secundário (Fluência Secundária ou Estado Estacionário): Neste estágio, o processo de recuperação é suficientemente rápido para contrabalançar o encruamento. É caraterizado por uma velocidade de deformação constante, sendo este o estágio de maior duração. A característica da constante da fluência neste estágio é explicada com base no balanço entre os processos competitivos de encruamento X recuperação/recristalização. Ou seja, na medida em que o material é deformado, um grau de encruamento suficiente para ativar os mecanismos de recuperação e recristalização é atingido, lembrando que além de elevada temperatura a quantidade de deformação plástica acumulada é condição indispensável para a ocorrência destes fenômenos. O parâmetro mais importante (taxa mínima de fluência) consiste na inclinação da curva nesse estágio. A recuperação é realizada por meio de escalagem (cross-slip). A escalagem pode ocorrer pela saída de átomos da linha de discordâncias para a criação de intersticiais ou preenchimento de vazios ou pelo movimento contrário. 3- Estágio Terciário (Fluência Terciária) - É caracterizado pelo aumento da velocidade de deformação e fratura. Ocorre uma aceleração da taxa de fluência pela intensa movimentação de discordâncias, que culmina Ԑ = Ԑԑ + Ԑp com a ruptura do CP, muitas vezes com estricção. Ocorre principalmente em ensaios submetidos a cargas e/ou temperaturas elevadas. A falha é simplesmente denominada de ruptura e resultam de alterações metalúrgicas e/ou microestruturas, como por exemplo: Separação de contornos de grão. Formação de trincas internas, cavidades e vazios. Neste estágio tem início o processo de fratura, pela formação e propagação contínua de micro trincas nos contornos de grãos. Curva típica de fluência. Fonte: Callister (2002). - Algumas informações sobre o ensaio de fluência: Além dos estágios, temos alguns tipos de ensaio de fluência. O ensaio de fluência propriamente dito aplica-se uma determinada carga em um corpo de prova a uma determinada temperatura e avalia-se a deformação que ocorre durante o ensaio. Ensaio de ruptura por fluência, semelhante ao anterior, só que neste caso os corpos de prova são levados até a ruptura. Ensaio de relaxação é o mais simples e utiliza-se apenas um corpo de prova neste mantem-se constante a deformação através da redução da tensão aplicada no corpo de prova ao longo do tempo. Vários mecanismos teóricos foram propostos para explicar o comportamento em fluência de diversos materiais, estes mecanismos incluem: Difusão de lacunas induzidas por tensão; Difusão em contornos de grão (crescimento de grão); Movimentação de discordâncias; Deslizamento de contornos de grão. Entre os principais fatores que afetam a fluência podem ser citados: temperatura de fusão e tamanho de grão. Quanto maiores estes valores, melhor resistência à fluência. No efeito da temperatura e tensão aplicada temos três efeitos de cada um, Aumento da deformação inicial; Aumento da taxa na região secundária; Redução do tempo de vida; , onde um mantem o outro constante. Efeito da tensão e da temperatura no comportamento à fluência. Fonte: Callister (2002).
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