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1 
 
LAUDO PERICIAL 
 
Proc. Nº 1798/98 
Recte.: Valderick José da Siva 
Recda.: Trevo Banorte Seguradora S.A 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 Adriana Carneiro Leão de Moura, Contadora, inscrita no CRC sob. O nº 014497/0-
2, perita contábil, devidamente nomeada à fl.374 dos presentes autos, vem, respeitosamente, a 
presença de V.Exa., apresentar este laudo pericial, elaborado em perfeita consonância com 
elementos dos autos e com as determinações desse Douto Juízo, expressas na ata da audiência 
de fls.374/375. 
 
2. OBJETO DA PERÍCIA 
 
 Às fls. 374/375, este Douto Juízo determinou a realização de perícia contábil, 
apresentando os seguintes quesitos: 
 
 1ºQuesito) “verificar à luz dos relatórios de produção do autor os valores obtidos 
pela diferença entre o percentual de comissão ajustado no início do contrato de trabalho do 
autor na função de inspetor de produção, o oriundo de acordo com a redução de percentual de 
comissão firmado pela reclamada.Deverá apurar a diferença e em coluna apartada a dobra”; 
 
 2º Quesito) “Deverá quantificar, pela média indicada pelo autor, as comissões 
referentes à supressão de comissões”de DPVAT” a partir da “ supressão mês a mês”; 
 
 3º Quesito) “Deverá ainda, calcular a todos os valores indevidamente estornados a 
partir de junho de 1996, referente a estorno de comissões proporcional. Todos os cálculos 
devem considerar o relatório da gerência de produção para apuração de comissões; ““. 
 
 4º Quesito) “Deverá, ainda a Sra. Perita verificar no cotejo entre as comissões 
efetivamente pagas ao autor se há diferença entre os valores pagos e devidos.Na hipótese 
positiva deverá apurar a média percentual e proceder ao levantamento de todos os valores 
devidos em virtude desta diferença, mês a mês, em todo o período imprescrito e considerar esta 
base de cálculo em todos os demais itens.”. 
 
 Ainda na ata de audiência de fls.374/375, esse Nobre Juízo apresentou a seguinte 
determinação referente ás incidências pleiteadas na peça vestibular, in verbis: 
 
 Incidências) “Deverá ainda, proceder às incidências requeridas pelo autor nos 
termos dos pedidos retro aludidos.”. 
 
 A parte reclamante apresentou seus quesitos (vide fls.407/408). A parte reclamada 
não apresentou quesitos. 
 
 Logo, atendendo, plenamente e detalhadamente, às questões formadas, a perita 
espera estar alcançando o objetivo do laudo pericial, ou seja, servir como importante elemento 
probatório para a elucidação da lide. 
 
 
 2 
3. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO 
 
 Para elaboração do laudo pericial, visando o objetivo da perícia, esta perita apurou, 
minuciosamente, a documentação acostada aos presentes aos autos, inclusive no 04 (quatro) 
volumes apartados de documentos, bem como no “Extrato de Comissão Inspetor” - também em 
volume apartada. As respectivas planilhas de cálculo seguem nos demonstrativos anexos. 
 
4. DETERMINAÇÕES DO JUÍZO 
 
 Analisaremos, então cada uma das determinações de fls.374/375, acima transcritas. 
 
4.1 1º Quesito de fl.374 
 
 O percentual de comissão ajustado a partir do exercício, pelo autor, da função de 
inspetor de produção(julho/95) era de 1%(um por cento). 
 
 Desta forma, a diferença mencionada no quesito de nº 1 de fl.374 corresponde 
precisamente a 01(uma) vez o valor da comissão paga.Vez que a diferença de 0,5% para 1 % 
corresponde exatamente a 0,5%. 
 
 
 Ressalta-se que esta redução ocorreu após o mês de Setembro de 1995, ou seja, a 
partir de Outubro de 1995.Pois, conforme alegado na peça exordial, a redução do percentual 
das comissões ocorreu após “transcorridos quatro meses” (sic) – vide último parágrafo de 
fl.05.Considerando, então, que o autor passou a exercer a função de inspetor de produção a 
partir de Junho de 1995, transcorridos os meses de Junho, Julho, Agosto e Setembro do ano de 
1995, houve a redução mencionada na peça inicial.Assim sendo, as diferenças mencionadas no 
quesito de nº 1 de fl. 374 foram apuradas a partir de Outubro de 1995. 
 
 Deve-se ressaltar, ainda, que os valores das comissões foram apurados a partir dos 
“relatórios de comissões”; considerando-se os valores dos prêmios líquidos registrados sob o 
código “31”.Conforme mencionado no primeiro parágrafo de fl.06 dos presentes autos. 
 
 Os valores devidos da diferença apurada seguem no anexo de nº 1 e do anexo de nº 
2. 
 
 Vale enfatizar que, conforme determinado à fl.374, a dobra da diferença apurada foi 
indicada em coluna apartada. As incidências pleiteadas no item 3 de fl. 15 são apresentadas nos 
anexos de nº 3 (Diferenças) e de nº 4 (Dobras). 
 
 Vale atentar para o fato de que na questão de nº 1 de fl. 374 não houve menção 
expressa quanto ao período de trabalho a ser apurado. 
 
 Deve-se observar que o pedido da peça exordial refere-se ao “período de junho/95 
até a data de sua saída” (vide fl.06). 
 
 Quanto ao início do período a ser apurado, conforme acima exposto de acordo com 
os próprios termos da peça inicial, a redução do percentual das comissões ocorreu em 
outubro/95.Logo, as diferenças só poderão ser consideradas devidas a partir do referido mês. 
 
 3 
 Com relação ao marco final, porém a apuração ficou restrita até o mês de Janeiro 
de 1997.Vez que a documentação acostada – relativa aos “extratos de comissões” – só abrange 
o período de trabalho até Janeiro de 1997. 
 
 Portanto, quanto ao período de fevereiro/97 até 15 de Maio de 1998 (data da 
recisão), não foi possível efetuar apuração dos valores das diferenças de comissões. Assim 
sendo, para este período será necessário um arbitramento por parte de. Exa; que tem 
competência jurisdicional para tanto.Esta perita sugere, então, a apuração das diferenças de 
comissões por um valor mensal médio, obtido a partir das diferenças apuradas para os demais 
meses. 
 
 A perita coloca-se, desde já, á disposição de V.Exa. para efetuar novo cálculo e/ou 
para o que esse Juízo houver por bem determinar. 
 
4.2- 2º Quesito de fl. 374. 
 
 Conforme acima exposto (vide item 2) esse MM Juízo determinou a apuração “pela 
media indicada pelo autor” as comissões referentes à supressão de comissões de DPVAT a 
partir da supressão mês a mês “(fl.374- sem grifos no original)”. 
 
 Em assim sendo, os valores devidos foram apurados a partir do valor médio de R$ 
250,00 (duzentos e cinqüenta reais), em face dos termos da peca vestibular – vide fl.44.Ressalta-
se que os cálculos foram apurados no período de Fevereiro96 ate 15 de Maio de 1998(data da 
recisão), também de acordo com os termos da peca exordial, a fl.14 dos presentes autos. 
 
 Os valores apurados são indicados no anexo de nº5. As incidências pleiteadas no 
item 15 de fl. 16 são apresentados no anexo de nº 6. 
 
4.3– 3º Quesito de fl.374. 
 
 Conforme determinação de fl.374, foram calculados todos os valores estornados a 
partir de Junho de 1996, referentes a estorno de comissões proporcional. Ressalta-se, porem, 
que, analisando os elementos dos autos, esta perita encontrou valores descontados apenas e tão 
somente no período de Marco a Setembro de 1997. Os valores apurados são indicados no 
Anexo de nº 7. 
 
 
4.4- 4º Quesito de fl. 374. 
 
 De fato, analisandoa documentação de fls. 2735, em conjunto com os extratos de 
fls.36-51 e de fls.58-172, constatou-se que existem diferenças entre os valores de “produção” 
indicados nos “acompanhamentos de produção” (fls.27-35) e os registrados “extratos” e nas 
“relações analíticos” acostadas (fls.36-51 e fls.58-172). 
 
 Conseqüentemente, existem diferenças de valores entre as comissões efetivamente 
pagas e as comissões devidas.As diferenças apuradas são indicadas no Anexo de nº 8. 
 
 Considerando a determinação de fl.374- acima transcrita – no presente laudo foi 
apurado a “media percentual” das diferenças de comissões acima mencionadas, bem como o 
levantamento de todos os valores devidos em virtude desta diferença, mês a mês, em todo o 
período imprescrito. 
 
 4 
 Ressalta-se porem, que a “media percentual” apurada no Anexo de nº 8 – supra 
mencionado – resultou no percentual de 26,63% porem, em sua peca vestibular, o autor 
postulou a diferença no percentual de 25 % (vide item 5 de fl. 15 argumentação de fl.08). 
 
 Assim sendo, em atenção aos princípios da economia e da celeridade processual, e 
ciente de que V. Exa. não proferirá um julgamento ultra-perita, no presente laudo pericial foi 
considerada a “media percentual” de 25% pleiteada pelo reclamante em sua inicial (vide Anexo 
de nº 9).As incidências pleiteadas no item 05 de fl. 15 são apresentadas no Anexo de nº 10. 
 
 Conforme acima exposto, esse nobre Juízo determinou “o levantamento de todos os 
valores devidos em virtude desta diferença, mês a mês, em todo o período imprescrito” (sem 
grifos no original). 
 
 Contudo de acordo com os contracheques acostados, o autor só veio a receber 
comissões a partir de Junho de 1995 (vide fl.55 dos presentes autos). 
 
 Vale enfatizar, inclusive, que com relação ao pedido em tela, o reclamante fez 
menção expressa à função de “Inspetor de Produção” (vide. Fl.07). Ocorre que a referida função 
só foi exercida pelo reclamante a partir de Junho de 1995 (vide fl.04). 
 
 Por esta razão, o levantamento de todos os valores devidos em virtude da diferença 
de comissões apurada – mencionada no quesito de nº 4 de fl. 374 – foi apurado no presente 
laudo pericial a partir de Junho de 1995. 
 
 Desde já, a perita pede desculpas a V. Exa. e às partes litigantes caso tenha excedido 
de suas atribuições.Ressalta, porém, seu intuito de colaborar com o bom andamento feito, bem 
como sua intenção de apresentar uma prova útil para o esclarecimento da lide. 
 
 Mais uma vez, a perita coloca-se desde já, à disposição de V.Exa. para efetuar novos 
cálculos e/ou para o que esse Juízo houver. 
 
 
5. QUESITOS DO RECLAMANTE (fls.407/408) 
 
 Inicialmente, deve-se ressaltar que algumas das indagações apresentadas pelo 
reclamante revestem-se na natureza eminentemente jurídica, além disso, algumas das questões 
apresentadas serão decididas tão somente com o proferimento da sentença de mérito, através do 
órgão jurisdicional investido de competência jurisdicional para tanto, ou seja: V. Exa. 
 
 Portanto, vale enfatizar que as respostas a seguir apresentadas estão limitadas às 
questões contábeis analisadas no presente laudo. 
 
1º Quesito 
 
Resposta: 
Vide item 4.1 do presente laudo. 
 
2º Quesito 
 
Resposta: 
Vide item 4.3 do presente laudo. 
 
 5 
3º Quesito 
 
Resposta: 
Vide item 4.4 do presente laudo. 
 
4º Quesito 
 
Resposta: 
Trata-se de matéria não delimitada na ata de audiência de fls.374/375, portanto, está fora do alcance 
do objeto do laudo pericial. 
 
5º Quesito 
 
Resposta: 
Vide item 4.2 do presente laudo. 
 
 
6. QUESITOS DA RECLAMADA 
 
Não foram apresentados. 
 
 
7. DOS HONORÁRIOS PERICIAIS 
 
Esta perita ressalta o vultoso trabalho executado com a elaboração do Laudo pericial no presente 
feito. Necessário lembrar as particularidades da realização da perícia.A execução da perícia 
representou um trabalho árduo em analisar a uma quantidade exorbitante de documentos (são 04 
volumes apartados, além dos 03 volumes dos autos principais, todos ocupados com 
documentação). 
 
Exigiu-se para tanto, uma dedicação de tempo quase que exclusiva, durante mais de 05 (cinco) 
meses. Tudo com inúmeras despesas – como contratação de pessoal para coleta de dados e 
digitação, excessivos gastos com computadores e material de impressão, gastos com transporte, 
e outros mais – o ônus exclusivo desta perita. 
 
Assim, REQUER que V.Exa. fixe seus honorários periciais num quantum correspondente a R$ 
25.500,00 (vinte e cinco mil e quinhentos reais). 
 
 
8. CONCLUSÃO 
 
Os valores apurados são apresentados nos demonstrativos em anexo. 
O “Resumo Geral”, com todos os valores atualizados, segue no Anexo de nº 11. 
É este o laudo pericial contábil. 
A perita manifesta seus votos de apreço e estima a V.Exa., colocando-se desde já á disposição para 
prestar eventuais esclarecimentos e/ou o que esta MM junta por bem determinar. 
 
Recife, 17 de Janeiro de 2000. 
 
Adriana Carneiro Leão de Moura 
CRC-PE 014497/0-2 
Perita do MM Juízo

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