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RELATÓRIO DE ENSAIO DE COMPACTAÇÃO

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Fundação Edson Queiroz 
Universidade de Fortaleza – UNIFOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ENSAIO DE COMPACTAÇÃO 
PAVIMENTAÇÃO E DRENAGEM 
 
 
 
RAFAEL PAMPLONA E SOUZA 
MATRÍCULA: 1310892-7 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA 
2017 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Este relatório tem como objetivo, apresentar o resultado do ensaio de 
Compactação do Solo refeito no dia 25/08/17, que determinou a curva de 
compactação do solo, executado pelo Prof./Engenheiro: Jardel Andrade de Oliveira 
no Laboratório de Pavimentação e Drenagem da UNIFOR. A compactação é um 
método de estabilização de solos que se dá por aplicação de alguma forma de 
energia (impacto, vibração, compressão estática ou dinâmica), onde no ensaio foi 
utilizado o impacto para obtenção de energia. Seu efeito confere ao solo um 
aumento de seu peso específico e resistência ao cisalhamento, e uma diminuição 
do índice de vazios, permeabilidade e compressibilidade. Com esse ensaio, é 
possível obter a correlação entre o teor de umidade e o peso específico seco de um 
solo quando compactado com determinada energia. O ensaio mais comum é o de 
Proctor (Normal, Intermediário ou Modificado), que é realizado através de 
sucessivos impactos de um soquete padronizado na amostra. 
2. REFERENCIAL TEÓRICO E DESCRIÇÃO DO ENSAIO 
A compactação de solos consiste no procedimento de melhorar as 
propriedades do terreno através de processos manuais ou mecânicos. 
Geralmente, um solo quando é transportado e aterrado está num 
estado relativamente fofo e heterogêneo e, portanto, pouco resistente e muito 
deformável. Os procedimentos de compactação visam fornecer ao solo melhorias 
destes aspectos. 
A compactação é um processo que visa melhorar as propriedades do 
solo através da redução dos seus vazios pela aplicação de pressão, impacto 
ou vibração. Além disso, esse processo torna o maciço mais homogêneo. 
Esta operação resulta no aumento do peso específico aparente do solo. 
Com a diminuição dos vazios do solo, espera-se uma redução da 
variação dos teores de umidade, da compressibilidade e da permeabilidade e 
um aumento da resistência ao cisalhamento e à erosão. 
Os estudos geotécnicos de compactação tiveram início com a teoria de 
compactaçãodesenvolvida por Ralph Proctor. Em 1933, divulgou seu método de 
controle de compactação e concluiu que a densidade com que um solo é 
compactado, sob uma determinada energia de compactação, depende do teor de 
umidade do solo. 
A compactação dos solos é geralmente representada em um gráfico 
da variação do peso específico aparente seco (γd) versus o teor de umidade (w) 
correspondente durante o processo de compactação. 
 
Curva de Compactação 
 
O ramo ascendente da curva de compactação é denominado ramo seco e 
o ramo descendente de ramo úmido. No ramo ascendente, a água lubrifica 
as partículas e facilita o arranjo destas, ocorrendo, por esta razão, o acréscimo da 
massa específica aparente seca. Já no ramo descendente, a água amortiza a 
compactação e a amostra passa a ter mais água que sólidos, levando a um 
decréscimo da massa específica aparente seca. 
Durante o processo de compactação dos solos, o teor em água no 
solo mantém-se praticamente constante, sendo esta característica freqüentemente 
referida como a principal diferença entre a compactação e a consolidação de solos. 
 
Tabela 01 – Energias de Compactação 
 
Fonte: ABNT NBR 7.182:2016 
 
O teor de umidade da amostra é obtido segundo o seguinte procedimento: 
1. Ainda vazia, pesa-se a cápsula onde o solo será armazenado. 
2. Após isso, coloca-se uma parte da amostra de solo ensaiada na cápsula e 
pesa-se a massa de solo úmido, quer seja usando a função TARA que 
excluí o peso da cápsula, quer seja subtraindo o peso da cápsula mais 
solo úmido do peso da cápsula. 
3. Seca-se a amostra em estufa à 105ºC por 24 horas. 
4. Pesa-se a massa de solo seco, quer seja usando a função TARA que 
excluí o peso da cápsula, quer seja subtraindo o peso da cápsula mais 
solo seco do peso da cápsula. 
5. Calcula-se a diferença entre o peso úmido e o peso seco, que 
corresponde a massa de água na amostra. 
6. Divide-se a massa de água pela massa de solo seco e multiplica-se por 
100%, segundo a fórmula abaixo. 
 𝑤 % = 𝑚𝑤𝑚𝑠 	×100% 
Onde: 
w(%): Umidade em porcentagem. 
mw: Massa de água 
ms: massa de solo seco 
 
Já a densidade seca máxima é obtida da seguinte maneira: 
 
1. O cilindro vazio é pesado; 
2. Após serem adicionadas e compactadas todas as camadas de solo, 
pesa-se a massa de solo úmido, e que seja subtraindo o peso do 
cilindro mais solo úmido do peso da cilindro. 
3. O volume do cilindro padronizado pela NBR 7182. No caso do cilindro 
grande, ele possui 10 cm de diâmetro, altura de 12,73 cm e volume de 
1000 cm³. 
4. Divide-se a massa de solo úmido pelo volume do cilindro e obtém-se a 
massa específica úmida. Ver fórmula abaixo: 
𝛾+ = 	𝑃′+𝑉 
Onde: 
 𝛾+:	Masssa	específica	aparente	do	solo	úmido 𝑃′+:𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎	𝑑𝑜	𝑠𝑜𝑙𝑜	ú𝑚𝑖𝑑𝑜	𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎𝑑𝑜. 𝑉: 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 do solo compactado. 
 
 
5. Por fim, determina-se a massa específica aparente do solo seco, após 
cada compactação, pela fórmula: 𝛾M = 𝛾+× 100100 + 𝑤 
Onde: 𝛾M:𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎	𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎	𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒	𝑑𝑜	𝑠𝑜𝑙𝑜	𝑠𝑒𝑐𝑜. 𝛾+:	𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎	𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎	𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒	𝑑𝑜	𝑠𝑜𝑙𝑜	ú𝑚𝑖𝑑𝑜. 𝑤: 𝑡𝑒𝑜𝑟	𝑑𝑒	𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒	𝑑𝑜	𝑠𝑜𝑙𝑜	𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎𝑑𝑜, 𝑒𝑚	𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑎𝑔𝑒𝑚. 
 
3. IMAGENS DO ENSAIO 
 
Imagem 01–Técnico do laboratório dando golpes com o soquete para compactar o 
solo. 
 
Fonte: Acervo pessoal 
 
 
Imagem 02 – Alunos realizando homogeneização do solo após acréscimo de água. 
 
Fonte: Acervo pessoal 
Imagens 03 e 04 – Técnico regulariza o volume de solo compactado, raspando o excesso. 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
 
 
 
 
Imagem 06 – Cápsula com amostra de solo para ser seca em estufa e medir o teor de 
umidade. 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
 
 
Imagem 07 – Cilindro com anel complementar. 
 
 
Fonte: Acervo pessol. 
 
4. RESULTADO 
 
 
amostra 01
MASSA ESPECÍFICA APARENTE SECA MÁXIMA: 1,956 g/cm3
 
UMIDADE ÓTIMA: 10,8 %
cilindro n 3 VOLUME (cm³) = 2319 PESO (g) = 4034
No. DE GOLPES = 12 P.DA AMOSTRA (g) = 6000
P. DA AMOSTRA + CILINDRO (g) 8541 8796 9060 8978 8895
PESO DA AMOSTRA (g) 4507 4762 5026 4944 4861
MASSA ESPECÍFICA ÚMIDA (g/cm3) 1,944 2,053 2,167 2,132 2,096
CÁPSULA No. 1 2 3 4 5
P.BRUTO ÚMIDO (g) 48,54 49,96 71,95 77,90 69,87
P. BRUTO SECO (g) 46,25 46,98 66,34 70,95 62,35
P.DA CÁPSULA (g) 13,25 12,48 14,33 14,20 14,25
P. SOLO + ÁGUA (g) 35,29 37,48 57,62 63,70 55,62
ÁGUA (g) 2,29 2,98 5,61 6,95 7,52
SOLO (g) 33,00 34,50 52,01 56,75 48,10
UMIDADE ( % ) 6,94 8,64 10,79 12,25 15,63
MASSA ESP. SECA (g/cm3) 1,817 1,890 1,956 1,899 1,813
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO - PROCTOR NORMAL
Dados do Cilindro
Resultados
Valores coletados no ensaio
1.800
1.820
1.840
1.860
1.880
1.900
1.920
1.940
1.960
1.980
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
M
. E
SP
EC
ÍF
IC
A 
SE
C
A 
(g
/c
m
3)
U M I D A D E ( % )
CURVA DE COMPACTAÇÃO
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES 
– DNIT 172/2016 – ME Solos – Determinação do Índice de Suporte Califórnia 
utilizando amostras não trabalhadas – Método de ensaio. Rio de Janeiro. 
2016. 
 
PINTO, Carlos de Souza. Curso Básico de Mecânica dos Solos em 16 Aulas. 
3 ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2006. 354 p. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7182: Solo: 
ensaio de compactação. Rio de Janeiro, 2016. 9 p.

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