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Lawfare: Uso Indevido das Leis

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DEFINIÇÃO DE LAWFARE 
Lawfare é uma palavra inglesa que representa o uso indevido dos recursos jurídicos para fins de perseguição política. Nesse sentido, diz se que as leis seriam as “armas de guerra”, o que permite fazer uso das leis para perseguição política. Enquanto alguns estudiosos consideram haver tanto aspectos negativos quanto positivos no uso da lei como instrumento de guerra ( sobretudo no contexto das discussões sobre segurança internacional e contraterrorismo), outros entendem Lawfare como o uso ilegítimo da legislação nacional ou internacional) em manobras jurídicas com a finalidade de causar danos a imagem de alguém político. 
LAWFARE NO BRASIL : PT 
No Brasil o lawfare tem sido utilizado para manipular de forma constante a imagem do ex presidente Lula, que vão desde acusações por mera suposição até a manipulação de uma imagem negativa de Lula, essa manipulação da classe popular é uma das maiores estratégias do lawfare no Brasil. O PT foi durante um longo período aclamado pela população, pois deu a oportunidade para os menos favorecidos saírem da linha da pobreza. Com tantos programas de incentivo a educação, saúde, moradia, etc, o então governo se mostrava a favor da grande maioria da população brasileira o que gerou um conflito com a elite do dinheiro, que a cada dia planejava novas maneiras de deslegitimar o presidente Lula. O ensaio para o golpe de 2016 contra Dilma começou em 2006, onde a elite articulava com novas mentiras e manipulações a opinião popular com o intuito de procurar um meio de acabar com o governo de uma forma “ legal” ( como propõe o Lawfare ). Mas no ano de 2016 o golpe foi tão bem articulado pela elite e pela mídia ( principalmente pela emissora Rede Globo) que o governo não resistiu a tantos devaneios, que acabou resultando em um golpe sujo e antidemocrático contra uma presidente que foi eleita de forma legítima.
Nesse sentido, uma característica fundamental da lawfare seria o uso de acusações sem materialidade, incluindo-se também, entre suas táticas, as seguintes:
Manipulação do sistema legal, com aparência de legalidade, para fins políticos;
Instauração de processos judiciais sem qualquer mérito;
Abuso de direito, com o intuito de prejudicar a reputação de um adversário;
Promoção de ações judiciais para desacreditar o oponente;
Tentativa de influenciar opinião pública com utilização da lei para obter publicidade negativa;
Judicialização da política: a lei como instrumento para conectar meios e fins políticos;
Promoção de desilusão popular;
Crítica àqueles que usam o direito internacional e os processos judiciais para fazer reivindicações contra o Estado;
Utilização do direito como forma de constranger o adversário;
Bloqueio e retaliação das tentativas dos adversários de fazer uso de procedimentos e normas legais disponíveis para defender seus direitos;
Acusação das ações dos inimigos como imorais e ilegais, com o fim de frustrar objetivos contrários.
JOHN PERKINGS 
	Nascimento
	28 de janeiro de 1945 
Hanover
	Nacionalidade
	�� Norte-americano
	Principais trabalhos
	Confissões de um Assassino Econômico (2004)
O economista John Perkins disse: “Assassinos econômicos (AEs) são profissionais altamente remunerados cujo trabalho é lesar países ao redor do mundo em golpes que se contam aos trilhões de dólares. Manipulando recursos financeiros do Banco Mundial, da Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID), além de outras organizações americanas de ‘ajuda’ ao exterior, eles os canalizam para os cofres de enormes corporações e para os bolsos de algumas famílias abastadas que controlam os recursos naturais do planeta. Entre os seus instrumentos de trabalho incluem-se relatórios financeiros adulterados, pleitos eleitorais fraudulentos, extorsão, sexo e assassinato. Eles praticam o velho jogo do imperialismo, mas um tipo de jogo que assumiu novas e aterradoras dimensões durante este tempo de globalização. Eu sei do que estou falando; eu fui um AE.”
Na década de 1970, o governo militar no Brasil mantinha investimentos colossais em infraestrutura — rodovias, telecomunicações, usinas hidrelétricas, etc. O governo militar, sob o presidente Ernesto Geisel, tomou emprestado bilhões de dólares. O Brasil estava gozando um crescimento acelerado em investimentos que haviam avançado o crescimento anual do PIB para mais de dez por cento. Projetos de infraestrutura de grande escala, como as usinas hidrelétricas de Itaipu e Tucuruí, estimularam o crescimento, e o Brasil emergiu como o líder industrial incontestável da América Latina, ganhando o título de “milagre brasileiro.” Mas o crescimento acelerado se desintegrou. Em 1982, o Brasil parou de pagar sua principal dívida externa, que estava entre as maiores do mundo.
O Brasil era aparentemente o campo perfeito para as atividades dos assassinos econômicos. O governo militar, que fez investimento de bilhões de dólares em infraestrutura, terminou com dívidas colossais e tomando empréstimos. E essas dívidas não tinham nenhuma relação com corrupção, pois o governo militar era livre de corrupção. Provavelmente, na moderna história do Brasil, os brasileiros nunca tiveram um governo tão livre de corrupção quanto era o governo militar.
Se o trabalho dos assassinos econômicos (e seus colegas) era convencer os países a aceitar empréstimos de bilhões de dólares, muitas vezes para pagar projetos de infraestrutura que os próprios assassinos econômicos recomendam, como John Perkins escreveu em seu livro “Confissões de um Assassino Econômico,” então o Brasil foi provavelmente uma grande vítima.
Como o Brasil, muitas das nações que foram endividadas nas décadas de 1970 e 1980 eram governadas por militaristas direitistas e suas dívidas foram usadas por seus inimigos socialistas como razão para colocar suas nações numa rota socialista. As explorações econômicas deixaram esses aliados militares dos EUA vulneráveis diante dos socialistas.
O governo militar brasileiro na década de 1980 estava infestado de inflação, recessão e dívida externa enorme. O Fundo Monetário Internacional era um assunto diário no noticiário brasileiro. O socialista Luiz Inácio Lula da Silva, que em 2002 foi eleito presidente do Brasil, fazia agitações contra o governo. Sua arma principal era a crise econômica, que havia deixado o povo brasileiro descontente com os presidentes militares.
Caso similar ao do Brasil : Interferência dos EUA
Perkins também mostra como os EUA mudaram profundamente o Irã por meio de ações econômicas clandestinas. Ele disse:
“O momento decisivo ocorreu em 1951, quando o Irã se levantou contra uma empresa petrolífera britânica que estava explorando os recursos naturais e o povo iraniano. A empresa era uma precursora da British Petroleum, a atual BP. Em resposta, o primeiro-ministro iraniano, altamente popular e eleito democraticamente (além de ‘Homem do Ano’ de 1951, segundo a revista Time), Mohammad Mossadegh, nacionalizou todos os recursos petrolíferos iranianos. A Inglaterra, ultrajada, buscou a ajuda do seu aliado na Segunda (aterra Mundial, os Estados Unidos. No entanto, os dois países temiam que uma retaliação militar fizesse com que a União Soviética saísse em socorro do Irã. Em vez de mandar os fuzileiros navais, portanto, Washington despachou para lá o agente da CIA, Kermit Roosevelt (neto de Theodore). Ele teve uma atuação excepcional, aliciando pessoas por meio de subornos e ameaças. Em seguida insuflou essas pessoas a organizar uma série de tumultos nas ruas e violentas manifestações, criando a impressão de que Mossadegh seria tanto impopular quanto incompetente. No fim, Mossadegh foi deposto e passou o resto da vida em prisão domiciliar. O xá Mohammad Reza, favorável à política americana, tornou-se o ditador incontestável. Kermit Roosevelt abrira o caminho para uma nova profissão, aquela em cujas fileiras eu estava me alistando.”
Evidentemente, a estratégia dos EUA no Irã acabou virando um tiro pela culatra, e hojeo Irã tem um ódio mortal dos EUA.

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