Buscar

Resumo sobre " Fontes do Direito, validade da norma jurídica e conflitos entre normas jurídicas". Intrdução ao Direito I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROJETO DE EXTENSÃO BASE
	Período Letivo: 2017.2
Disciplina: Introdução ao Direito I
Professor: Renato Cesar Carneiro
Aluno: Paloma de Lima Rodrigues 
1. Disposições preliminares; 2. Fontes do Direito 3. Limites de Validade da Norma Jurídica 4. Conflitos Entre Normas Jurídicas 5. Referências bibliográficas.
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Nesse terceiro estágio foram abordadas as fontes do direito, os limites de validade das normas e seus conflitos.
2. FONTES DO DIREITO
As fontes do direito são classificadas em fontes materiais( passam pelo processo legislativo de criação das normas) ou formais ( formais por que formulam o direito. Utilizada para construir a premissa maior do silogismo jurídico). No direito moderno, são utilizadas no sentido amplo ou material para indicar todas as normas que satisfazem a quatro requisitos - São escritas; entram em vigor por decisão das autoridades estatais competentes; foram estabelecidas em conformidade com o procedimento fixado em normas superiores e objetivam regulamentar direta ou indiretamente a organização da sociedade. Ficam excluídas do conceito de lei material as regras criadas por meio de costumes populares, das decisões do Judiciário ou de opiniões de juristas, tratadas posteriormente.
2.1 Fontes Materiais
Valores sociais; Necessidades humanas; Elementos culturais; Costumes sociais; Vontade do povo; Vontade de certas classes sociais; Vontade dos grupos de poder. Porém, o direito não se cria com base em valores ideais ou necessidades da sociedade em geral. E sim, exprime a vontade política dominante em determinado momento dentro das fontes formais. Assim, leis no sentido amplo ou material são fatores que criam o direito sem que passe pelo processo legislativo de criação de lei.
2.1 Fontes Formais 
2.1.1 Leis no sentido amplo ou material :
2.1.1.1 Leis no sentido estrito ou formal 
. Lei ordinária : São leis de cunho abstrato, tratam de normas gerais, ou melhor, de leis materiais. Necessita de aprovação pela maioria simples do Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República. 
 . Lei complementar: São leis que têm como propósito complementar, explicar e adicionar algo à lei ordinária. Sendo mais específica e diferenciando-se pela exigência de um quorum de maioria próprio. 
. Lei delegada: é um ato normativo elaborado pelo Presidente da República após específica autorização do Congresso Nacional.
2.1.1.2 Demais espécies normativas :
. Diretas:
 - Escritas: 
Leis no sentido estrito ou formal-
A constituição – Texto normativo superior a todos as outras normas. Fixa as regras básicas de organização do poder estatal e da vida social econômica. Constituinte originário e entra em vigor mediante uma decisão dos detentores do poder político.. 
Emenda à constituição – Altera o texto normativo da constituição criando novas normas ou revogando as exigentes (reforma constitucional).
Tratados internacionais – São normas criadas por acordo internacional com participação de autoridades brasileiras. Fazendo parte do ordenamento mediante lei ou ato equivalente a Emenda constitucional.
Leis no sentido estrito: Lei ordinária, complementar e delegada.
Medida provisória – Atos normativos criados pelo Presidente da República sem autorização do legislativo, mesmo assim, tem força de lei.
Decreto legislativo- Ato de criação de normas feito sobre matérias exclusivas do Congresso Nacional.
Resolução – Decisão emitida pelo Congresso Nacional(Câmara dos Deputados e Senado Federal).
Decreto e regulamento –Normas elaboradas pelo Presidente da República com o objetivo de concretizar as leis no sentido formal, providenciando o necessário para sua aplicação
 - Não escritas: 
Costumes jurídicos – Quando muitos membros da sociedade comportam-se da mesma forma, um hábito jurídico, que torna-se lei e é denominada costume jurídico. Ainda, podemos destacar que alguns costumes não podem ser acolhidos n direito brasileiro, esses são costumes contra legem(contra a lei) ou secundum legem (conforme a lei).
Princípios gerais de direito – Em falta de normas escritas recorre-se aos princípios gerais e abstratos.
Vontade dos particulares – A doutrina reconhece que a vontade dos particulares constitui fonte formal de direito e a denomina de normação privada ou poder negocial. 
2.1.1.3 Jurisprudência – 
 . Decisão Isolada – Decisão proposta por tribunais que possui força de coisa julgada e de natureza impositiva. Pode ser contestada. 
 . Jurisprudência Assentada – Um conjunto de decisões uniformes dos tribunais resultantes da aplicação dessas normas em casos semelhantes.
 . Súmula – São proposições sobre a interpretação do direito que resultam de uma jurisprudência assentada no tribunal sobre temas controvertidos. 
Instrução – Emitida por um ministro de Estado para regulamentar a execução de leis, decretos e regulamento.
Portaria, circular, ordem de serviço – Criadas por autoridades do Executivo para orientar a atividade da administração na execução das leis.
Súmula vinculante: Em matérias constitucionais o Supremo Tribunal pode editar súmulas vinculando aos demais tribunais e o Poder executivo, por isso, súmula vinculante. Portanto, juízes não devem receber recurso de apelação quando a sentença estiver em conformidade com súmulas do Superior Tribunal ou Supremo Tribunal Federal.
Poder normativo da justiça do trabalho: ”Em caso de fracasso das negociações coletivas e da arbitragem entre os empregadores e os empregados, a justiça do trabalho pode regulamentar assuntos trabalhistas. Nesse caso o judiciário cria direito e não pode alterar dispositivos legais que protegem os interesses dos trabalhadores nem acordos anteriores em convenções coletivas.”
Declaração de inconstitucionalidade: O Poder Judiciário pode determinar a não aplicação de normas criadas pelos demais poderes.
Decisões do judiciário - súmulas vinculantes, exercício do poder normativo da justiça de trabalho e declarações de inconstitucionalidade.
. Indiretas:
Doutrina – São conjuntos de ensinamentos e entendimentos de pessoas que possuem formação jurídica e dedicam-se à análise de problemas de interpretação do direito. Existe algumas possíveis condições para se tornar doutrinador e participar da criação de leis: 
Prestígio institucional; qualidade da pesquisa; Formação de opinião dominante; atividade legislativa deles; e atividade de ensino e extensão. 
Precedentes judiciais e súmulas não vinculantes – São decisões judiciais já usadas em casos concretos.
2 LIMITES DE VALIDADE DA NORMA JURÍDICA
O limite da validade da norma (vigência) é determinada pelo tempo ou espaço. Por isso qualquer operador jurídico, antes de aplicar uma lei, deve fazer duas perguntas :
“. A partir de quando uma lei entrou em vigor?
. Até quando possui validade ? ’’
2.1 A Validade da Norma no Tempo
A validade no tempo é estabelecida, quase sempre, em seu último artigo. As fórmulas utilizadas são: “Esta lei entra em vigor na data de sua publicação” ( chamada norma de efeito imediato/ ex nunc ) – normalmente, ocorre com normas que terão pequeno impacto dentro da sociedade- ou “ este decreto entra em vigor no prazo de X dias, contado da data de sua publicação”(chamada norma de efeito diferido) – ocorre, geralmente, com normas de maior impacto na sociedade, criando a possibilidade para adaptação das pessoas à norma.
Esse período dado na norma de efeito diferido é chamado de vocatio legis (Vacância/ lapso temporal de vacância), baseado na Lei Complementar 95/1998. Além disso, chama-se caducidade a perda da validade da norma dentro das seguintes hipóteses: em normas transitórias; normas de direito financeiro e tributário; e normas de regulamento excepcionais (ex: estado de sítio, no qual existe um prazo de tempo de vigência que não deve ser ultrapassado). De outro modo, esse é o processo em que o transcorrer do prazo estabelecido provoca a saída da norma do ordenamento jurídico sem necessidade de edição de outra. Assim, aocontrário, quando há a criação de uma nova lei abolindo outra nomeia-se revogação. 
2.1.1 Espécies e Modos de Revogação
 Espécies de revogação: A revogação pode ocorrer abolindo o dispositivo totalmente, chamada ab-rogação ou parcialmente, derrogação. Mas os princípios da hierarquia das normas e da posterioridade indicam que para que a nova lei revogue a anterior deve ser de nível igual ou superior a anterior. 
 Modos de revogação : A revogação explícita e tácita. A primeira revoga uma norma anterior com uma cláusula de revogação nela, deixando claro a invalidade da lei. A tácita afirma a “revogação de normas contrárias”, assim, ficando ao critério do aplicador decidir quais normas e em qual medida será revogada. 
 Além disso, ainda sobre a vigência ex nunc, esta regra conhece duas exceções : a preservação parcial da norma anterior (ultratividade) ou a retroatividade(vigência ex tunc/as normas retroativas modificam a previsão legal sobre situações ocorridas no seguro). A primeira proíbe que as normas infraconstitucionais prejudiquem os direitos adquiridos(ex: uma nova norma não mudará o direito de aposentadoria adquirido anterior a ela ) , os atos jurídicos (ex: um contrato feito oralmente continuará valendo mesmo que uma nova norma surja e obrigue o contrato escrito ) e a coisa julgada (decisão judicial definitiva, então não sujeita a recursos).
Dentro disso, “o legislador deve encontrar um equilíbrio entre a necessidade de evitar leis retroativas, para garantir a segurança jurídica, e a admitir a retroatividade, quando for necessária” (DIMOULIS, 2010). Então a proibição geral da lei não foi incluída na Constituição Federal de 1988, aplicando-se as seguintes regras : Proíbe a retroatividade quando prejudicar as situações citadas ou podem ser retroativas se isso foi expressamente previsto e seu texto para evitar surpresas e por segurança jurídica. Além do mais, no âmbito penal valem duas regras absolutas. Primeiro, permite-se quando favorecer o réu, segundo, é proibida quando prejudica o réu. 
2.1.2 Desuso
O desuso das normas podem ocorrer quando elas não correspondem às exigências atuais. Por isso, são derrogadas ou modificadas para se adaptarem às novas situações. Ademais, no ordenamento moderno a validade da norma não deve ser confundida com sua eficácia social, que depende do comportamento social e não da vontade do legislador. Tampouco podemos ter desuso simplesmente por falta de casos de aplicação da lei.
A única possibilidade de ab-rogação da norma por meio do desuso seria a formação de um costume ab-rogatório , quando as pessoas, além de deixarem de aplicar a lei, deixam de considerá-la obrigatória. Enfim, o longo desuso não influencia diretamente a validade da norma. Pode, porém, afetá-la diretamete. Isto ocorrerá se a pessoa, acusada de violar de violar uma norma há muito tempo não aplicada, alegar desconhecimento e for isenta de penalidade. Há casos em que a norma não deixa de valer formalmente, mas, devido ao desuso, não pode produzir seus efeitos.
2.2 Validade da Norma no Espaço
A validade da norma pode ocorrer também no espaço. Com princípio de territorialidade destaca que as normas emitidas no âmbito de um ordenamento jurídico possuem validade na área em que o respectivo Estado exerce sua soberania. Então o espaço de aplicação de lei é principalmente o geográfico que se situa entre as fronteiras terrestre do país(solo, subsolo, lagos, rios etc). Mas existe possibilidades do mesmo ordenamento valer em território de outro ordenamento, chamado Espaço Nacional de Ultraterritorialidade com: Princípio da nacionalidade( no qual usa-se a nacionalidade do indivíduo para definir a qual ordenamento ele responderá) ou o da territorialidade (No qual o ordenamento que se aplica será o que rege o território em que o indivíduo está situado). Além do mais, em casos de conflitos ou delito cada país pode decidir qual princípio, nacionalidade, territorialidade ou uma junção dos dois para resolução. 
3. CONFLITOS ENTRE NORMAS JURÍDICAS
3.1 O Princípio da Não Contradição no Direito
Uma lei não pode contradizer outra. Essa antinomia é a existência de duas ou mais normas jurídicas que apresentam três características indispensáveis: Fazem parte do mesmo ordenamento jurídico; são válidas e aplicáveis ao mesmo tempo e no mesmo caso; e revelam-se incompatíveis entre si porque uma obriga e a outra proíbe, uma permite e a outra proíbe. Mas há casos de contradição, em duas situações. “Primeiro, quando o legislador cria uma norma contrária à lei anterior e, por desconhecê-la, não prevê explicitamente sua revogação.. Segundo, quando uma autoridade estatal toma uma decisão que contraria normas jurídicas de força superior.” – DIMOULIS, 2010.
Além do mais, existe ainda antinomias aparentes, aquelas que aparentam se contradizerem na realidade, por erro de interpretação da lei ou por frequente uso em situações, dando a impressão de ser específica para uma só situação ou indivíduo. Mas, na verdade, dentro do ordenamento aplicam-se em diversas situações ou pessoas de forma geral.
3.2 Critérios de Solução de Atinomias Reais 
Quando realmente há conflitos entre normas pode-se adotar soluções de acordo com alguns critérios.
1-Critério de Superioridade ou Hierárquico: Prevalece a norma superior de acordo com a hierarquização padrão no âmbito de cada entidade federativa. 
2-Critério da Posterioridade ou Cronológico: Quando as normas conflitantes possuem a mesma força jurídica, mas foram promulgadas em temos diferentes, prevalece a norma mais nova.
3-Critério da Especialidade : Em casos de antinomia entre normas do mesmo escalão da pirâmide jurídica, prevalece a norma específica, isto é, aquela que regulamenta de forma particular determinados casos. A norma específica revoga a geral ( Lex specialis derogat legi gerali) 
4-Conflitos, Inaplicabilidade e Proporcionalidade dos Critérios : Quando há conflitos entre os critérios mencionados há uma prevalência absoluta do Critério da Superioridade. Outro caso é o conflito entre a especialidade e a posterioridade, no qual prevalece a norma especial, mesmo sendo anterior a outra. Pode-se, ainda, prevalecer o critério de posterioridade. Outra solução seria procurar uma proporcionalidade entre as leis conflitantes. Assim, para que uma norma não torne-se inaplicável devemos buscar uma harmonização delas, seja por essa proporcionalidade ou diálogos entre as fontes. 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
USO DO LIVRO
Dimoulis, Dimitri 
Manual de introdução ao direito: definição e conceitos básicos, norma jurídica.../ Dimitri Dimoulis. –
4.ed. rev. atual. E ampl. – São Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 2011.

Continue navegando