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Cálculo de reatores I Scale-up e projeto de reatores CSTR Prof.: Magmir Metzker Soares Projeto de reatores isotérmicos 2 A partir de agora, deve-se utilizar tudo o que foi aprendido para construir uma estrutura lógica para o projeto de vários tipos de reatores. A resolução dos problemas em engenharia deve ser feita sem a necessidade de se decorar várias equações que possuem várias restrições e condições a serem aplicadas (quando há variação no número de mols, por exemplo). Contudo, em nenhuma área da engenharia o uso de uma mera fórmula é tão perigoso. O número de situações físicas que podem ocorrem são infinitas, e a chance de uma simples fórmula ser o suficiente para o projeto adequado de um reator real é praticamente impossível. Scale-up CSTR Scale-up para projeto de reatores CSTR 3 Um dos trabalhos em que engenheiros químicos estão envolvidos é o scale-up de experimentos de laboratório para a operação de plantas-piloto ou para produção em larga escala. No passado, uma planta piloto seria concebida com base em dados de laboratório. No entanto, devido ao elevado custo de um estudo piloto de plantas, este passo está começando a ser superado em muitos casos, através da concepção de uma planta em larga escala a partir da operação de uma unidade de laboratório. Para fazer este salto com sucesso, é necessário o entendimento da cinética química e das limitações do transporte. Scale-up CSTR Scale-up para projeto de reatores CSTR 4 No projeto de um reator descontínuo, assume-se que não existe qualquer entrada ou escoamento de material e que o reator é de mistura perfeita. Para a maior parte das reações em fase líquida, a alteração da densidade com a reação é geralmente pequena e pode ser negligenciada (V =V0). Além disso, para as reações em fase gasosa nas quais o volume do reator descontínuo permanece constante, também temos V =V0. Consequentemente, o balanço molar é: Scale-up CSTR Scale-up para projeto de reatores CSTR 5 Em termos de concentração: Geralmente, quando se analisa experiências de laboratório, é melhor processar os dados em termos da variável mensurada. Uma vez que a concentração é a variável mensurada para a maioria das reações em fase líquida, o balanço molar aplicado a reações em que não existe uma alteração de volume se torna: Scale-up CSTR Scale-up para projeto de reatores CSTR 6 Considerando a reação: que é irreversível e de segunda ordem. A taxa de reação é: Combinando a taxa de reação com o balando molar: Scale-up CSTR Scale-up para projeto de reatores CSTR 7 Inicialmente, CA = CA0 em t = 0. Se a reação é processada de forma isotérmica, pode-se integrar a equação para obter a concentração do reagente em qualquer tempo t: Este tempo é o tempo necessário para reduzir a concentração de reagente no reator batelada de um valor inicial CA0 para um valor especificado CA. O tempo total do ciclo de funcionamento de qualquer reator batelada é consideravelmente mais longo do que o tempo de reação, tR. Neste tempo se deve contabilizar o tempo necessário para enchimento do reator (tf), o tempo em que o reator fica vazio (te) e o tempo necessário para limpar o reator entre as bateladas, tc. Scale-up CSTR Scale-up para projeto de reatores CSTR 8 Assim, o tempo total calculado pode ser escrito: É importante ter o conhecimento da ordem de grandeza do tempo de reação para o reator batelada, tR. A tabela a seguir mostra o tempo necessário para alcançar uma dada conversão, por exemplo 90%. Alimentação do reator e agitação, tf Aquecimento para temperatura da reação, te Atividade Tempo (h) (Varia)Reação química, tR Esvaziamento e limpeza, tc Tempo total, excluindo a reação Scale-up CSTR Scale-up para projeto de reatores CSTR 9 Pode-se obter essas estimativas considerando a reação reversível A ->B processada em um reator batelada de volume constante para uma reação de primeira e segunda ordem. Balanço molar Taxa de reação Estequiometria Combinação Integrado Primeira ordem Segunda ordem Scale-up CSTR Scale-up para projeto de reatores CSTR 10 Para a reação de primeira ordem, o tempo de reação para alcançar uma conversão de 90% em um reator de volume constante é: Se k = 10-4 s-1: Scale-up CSTR Scale-up para projeto de reatores CSTR 11 Para a reação de segunda ordem, o tempo de reação para alcançar uma conversão de 90% em um reator de volume constante é: Se kCA0 = 10 -3 s-1: Primeira ordem Segunda ordem Tempo de reação Horas Minutos Segundos Milisegundos Scale-up CSTR Scale-up para projeto de reatores CSTR 12 Sabe-se que a equação de projeto de um reator CSTR é: que fornece o volume V necessário para alcançar uma conversão X. Quando a taxa de fluxo volumétrica não muda com a reação, (v = v0), pode-se escrever: Scale-up CSTR Scale-up para projeto de reatores CSTR 13 Para uma reação reversível de primeira ordem, a taxa de reação é: Combinando a taxa de reação com o balanço molar: Para a concentração de A na saída do reator: Scale-up CSTR Scale-up para projeto de reatores CSTR 14 Para este caso, não há mudança no volume do reator durante o curso da reação.Assim: Finalmente, combinando as equações: Para uma reação de primeira ordem, o produto t.k é geralmente nomeado na reação de número de Damkohler. Scale-up CSTR Scale-up para projeto de reatores CSTR 15 O Damkohler é um número adimensional que pode nos dar uma estimativa rápida do grau de conversão que pode ser alcançado em reatores de fluxo contínuo. O número é a proporção entre a velocidade da reação de A e a taxa de transporte convectivo de A da entrada para o reator. Para a primeira e segunda ordens de reações irreversíveis, os números de Damkohler são: Scale-up CSTR Scale-up para projeto de reatores CSTR 16 É importante saber quais os valores do número Damkohler, Da, darão altos e baixos valores de conversão em reatores de fluxo contínuo. Um valor de Da = 0,1 ou menor normalmente dará uma conversão inferior a 10% e um valor de Da = 10 ou maior geralmente alcança uma conversão superior a 90%. Scale-up CSTR Projeto de reatores CSTR em série 17 Uma reação de primeira ordem de volume constante é processada em dois reatores CSTR dispostos em série. A concentração de A na saída no reator 1 é: O balanço molar o reator 2 é: Scale-up CSTR Projeto de reatores CSTR em série 18 Resolvendo a equação para CA2, a concentração de saída do segundo reator, têm-se: Para o caso de se ter n reatores CSTR de mesmo volume em série (τ1 = τ2 = ... = τn = τ) operando na mesma temperatura (k1 = k2 = ... = kn = k), a concentração de saída do reator pode ser escrita: Scale-up CSTR Projeto de reatores CSTR em série 19 A conversão de n reatores CSTR em série se torna: A conversão em função do número de reatores para uma reação de primeira ordem é representada no gráfico a seguir para vários valores de número de Damkohler. Quando o produto do tempo espacial e a taxa de reação específica é relativamente grande, por exemplo Da = 1, uma conversão de aproximadamente 90% é obtida em dois ou três reatores. Portanto, o custo da adição de reatores subsequentes não pode ser justificada. Quando o produto τk é pequeno, Da = 0,1, a conversão continua a aumentar de forma significativa com cada reator adicionado. Scale-up CSTR Projeto de reatores CSTR em série 20 C o n ve rs ão , X Número de tanques, n Scale-up CSTR Até a próxima aula! Contato: magmir@ucl.com 21 Scale-up CSTR
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