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NOTIFICAÇÕES COMULSÓRIAS VÍRUS ZICA

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Prévia do material em texto

ETEC Professor Armando Bayeux da Silva
Ana Paula Okazawa
Camila Nogueira de Souza
Cláudia Machado de Lima
Eduarda Roberta Pereira França
Notificações Compulsórias
Profª. Gabriela Breda
Saúde Coletiva I
Novembro/2017
O QUE SÃO NOTIFICAÇÕES COMPULSÓRIAS
A notificação consiste na comunicação da ocorrência de casos individuais, agregados de casos ou surtos, suspeitos ou confirmados, da lista de agravos relacionados na Portaria, que deve ser feita às autoridades sanitárias por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, visando à adoção das medidas de controle pertinentes. Além disso, alguns eventos ambientais e doenças ou morte de determinados animais também se tornaram de notificação obrigatória. É obrigatória a notificação de doenças, agravos e eventos de saúde pública constantes nas Portaria nº 204 e Portaria 205, de fevereiro de 2016, do Ministério da Saúde.
A notificação compulsória é obrigatória a todos os profissionais da área da saúde, e também aos responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares da rede de ensino.  A definição de caso para cada doença, agravo e evento relacionado nos Anexos a esta Portaria, obedecerão à padronização definida no Guia de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde.
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA FEBRE DO VÍRUS ZICA
 A Febre do vírus Zika é uma doença causada por um vírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae, transmitida, principalmente, pelos mosquitos Ae. aegypti e Ae. albopictus. A circulação do vírus no Brasil foi confirmada laboratorialmente em abril de 2015, em amostras de pacientes do município de Camaçari, Bahia. Em maio foram confirmados casos por laboratório em Natal/RN, Sumaré e Campinas/SP, Maceió/AL e Belém/PA. Atualmente, há registro de circulação do vírus Zika em 22 Unidades Federadas do Brasil: Roraima, Rondônia, Amazonas, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Rio de janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal e Paraná. 
Considerando que a febre do vírus Zika é uma doença emergente no Brasil com ocorrência de óbitos pelo agravo, aumento dos casos de microcefalia e de manifestações neurológicas, sendo estas possivelmente associados à ocorrência da doença, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) preconiza às Secretarias Estaduais e Municipais a notificação compulsória de todos os casos suspeitos, portanto a notificação dos casos suspeitos do vírus Zika passou a ser obrigatória para todos os serviços de saúde, públicos e privados, do Brasil, a partir de 17 de fevereiro de 2016.
A portaria 204, que regulamenta a notificação, classifica três fluxos de notificação para que médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos realizem às autoridades de saúde:
Caso suspeito - Pacientes que apresentem exantema maculopapular pruriginoso acompanhado de dois ou mais dos seguintes sinais e sintomas:
Febre
Hiperemia conjuntival sem secreção e prurido
Poliartralgia
Edema periarticular
Caso confirmado - caso suspeito com um dos seguintes testes positivos/reagentes específicos para diagnóstico de Zika:
Isolamento viral
Detecção de RNA viral por reação da transcriptase reversa (RT-PCR)
Sorologia IgM
Caso descartado - caso suspeito que possua um ou mais dos critérios a seguir:
Sorologia IgM não reagente, desde que a amostra tenha sido colhida em tempo oportuno, acondicionada e transportada adequadamente;
Possuir diagnóstico de outra enfermidade;
Seja um caso suspeito com exame laboratorial negativo (RT—PCR)
Sem exame laboratorial, cuja investigação clínica e epidemiológica seja compatível com outras doenças
Nos casos de doença aguda pelo vírus Zika, a notificação deve ser semanal. Já a doença aguda pelo vírus Zika em gestantes, a notificação deve ser realizada em 24 horas para as Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde. Óbitos com suspeita de doença pelo vírus Zika também são de notificação obrigatória em 24 horas para os três níveis de governo: Ministério da Saúde e secretarias estaduais e municipais de saúde. A notificação deve ser feita por meio da ficha de Notificação/investigação do SINAN.
O detalhamento de sinais e sintomas, dados laboratoriais (data de coleta de exames e resultados laboratoriais) e epidemiológicos complementares devem ser inseridos no campo “Informações complementares e observações”.
Para notificação da Doença Aguda pelo vírus Zika, deve ser mantido o código CID A-92.8 (Outras febres virais especificadas transmitidas por mosquitos) no âmbito do SINAN e do SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade), enquanto as tabelas com os novos códigos definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sejam atualizadas nos sistemas de informação.
Cumulativo de casos desde o início da ESPIN (Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional)
Entre as Semanas Epidemiológicas (SEs) 45/2015 e 20/2017 (08/11/2015 a 20/05/2017), o MS foi notificado sobre 13.835 casos suspeitos de alterações no crescimento e desenvolvimento possivelmente relacionadas à infecção pelo vírus Zika e outras etiologias infecciosas, dos quais 3.211 (23,2%) permaneciam em investigação na SE 20/2017. Do total de casos, 5.892 (42,6%) foram descartados, 2.753 (19,9%) foram confirmados e 141 (1,0%) foram classificados como prováveis para relação com infecção congênita durante a gestação. Além disso, 1.838 (13,3%) casos foram excluídos após criteriosa investigação, por não atenderem às definições de caso vigentes. Entre os casos confirmados, 1.433 (52,1%) estavam recebendo cuidados em puericultura, 1.110 (40,3%) em estimulação precoce e 1.524 (55,4%) no serviço de atenção especializada (Figura 1). Informações sobre o cumulativo de casos notificados e com investigação concluída no período de 2015-2016 podem ser obtidas no Boletim Epidemiológico nº 6 de 2017, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS).
Casos e óbitos por região
Cerca de um quinto dos municípios brasileiros (22,2%) apresenta pelo menos um caso suspeito em monitoramento. O Nordeste continua sendo a região que apresenta o maior número de municípios com casos e óbitos em monitoramento, representando 48,0% do total de municípios com casos registrados no país. Dos 1.794 municípios da região Nordeste, 592 (33,0%) registraram casos em monitoramento. 
Atenção à saúde das crianças
Conforme descrito no número anterior deste boletim, encontra-se em desenvolvimento um processo de monitoramento integrado de vigilância e atenção à saúde dos casos de alterações no crescimento e desenvolvimento de infecções pelo vírus Zika e outras etiologias infecciosas. A unificação dessas diferentes rotinas de coleta de informações permitirá qualificar o acompanhamento das crianças notificadas por meio do registro de seu percurso no sistema de saúde, incluindo diagnóstico, atenção e cuidado, viabilizando a qualificação da tomada de decisão por parte dos gestores de saúde nos três níveis da Federação. No médio prazo, esse processo tem como característica a fusão das informações oriundas, por um lado, do RESP – Microcefalia e, por outro, do Sistema de Registro de Atendimento às Crianças com Microcefalia (Siram) e das planilhas de monitoramento da Estratégia de Ação Rápida (EAR). 
No curto prazo, os dados de atenção à saúde das crianças notificadas estão sendo coletados em uma planilha de monitoramento que consiste na junção das informações de notificação do RESP aliada a informações de cuidado selecionadas. Essa planilha de monitoramento é enviada quinzenalmente pelo MS às SES e devolvida com a mesma periodicidade, conforme cronograma abaixo (círculos: data limite de envio das planilhas para os estados; triângulos: data limite de devolução da planilha pelos estados ao MS).
Situação atual
Dentre os 302 casos confirmados entre as semanas 1 e 20/2017, 84 (27,8%) receberam
atendimento em puericultura. As crianças atendidas pela rede de saúde pública estiveramconcentradas na região Nordeste (101 casos). Atendimentos em estimulação precoce foram realizados em 48 dos 302 dos casos confirmados, enquanto que os atendimentos em Atenção Especializada ocorreram em 75 dos 302
casos confirmados.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE RIO CLARO
Dengue - Número total de casos suspeitos: 1245
 - Número de casos confirmados: 46 
- Número de casos descartados: 680 
Chikungunya Casos suspeitos: 6 
em investigação no IAL (Instituto Adolfo Lutz)
Casos confirmados: 01 importado de Ribeirópolis/SE, 01 importado de Teotônio Vilela/Al, 01 importado de São José do Egito/ PE, 01 importado de Tupanatinga/PE, 02 autóctones (Bairros de Ajapi e Vl. Alemã). 
Casos descartados: 05 
Zika Vírus – gestante e puérpera 
Casos suspeitos: 1 (gestante) em investigação no IAL 
Casos confirmados: 0 (zero) 
Casos descartados: 02 (1 gestante, 1 puérpera)
Sintomas do Vírus Zika
Os sinais de infecção pelo Zika vírus são parecidos com os sintomas de dengue, e começam de 3 a 12 dias após a picada do mosquito. A maior parte dos indivíduos, cerca de 80 %, após se infectar com ZKV não desenvolverá qualquer sintoma da doença. Os sintomas de Zika Vírus, quando presentes, são:
Febre baixa (entre 37,8° e 38,5°C)
Dor nas articulações (artralgia), mais frequentemente nas articulações das mãos e pés, com possível inchaço
Dor muscular (mialgia)
Dor de cabeça e atrás dos olhos
Erupções cutâneas (exantemas), acompanhadas de coceira. Podem afetar o rosto, o tronco e alcançar membros periféricos, como mãos e pés
Conjuntivite: um quadro de vermelhidão e inchaço nos olhos, mas em que não ocorre secreção.
Sintomas mais raros de infecção pelo Zika vírus incluem:
Dor abdominal
Diarreia
Constipação
Fotofobia
Pequenas úlceras na mucosa oral.
Os sintomas costumam ter duração de cerca de 2 a 7 dias. Em casos eventuais, as dores nas articulações podem persistir por volta de 1 mês.
Microcefalia e Vírus Zika
Em outubro de 2015, a partir de 26 casos de microcefalia notificados à Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, iniciou-se um trabalho nacional de vigilância em investigação de casos desse agravo, até então, muito incomum, de baixa incidência.
O que se seguiu a esse evento foi a identificação de mais e mais casos, em diversos estados, principalmente no nordeste do país, com a crescente preocupação com a possível correlação desses casos com a ocorrência do surto de zika nessa região no início do mesmo ano.
A partir de intenso esforço da comunidade científica nacional e internacional, pode-se estabelecer de forma concreta a relação causal para a ocorrência desses eventos: a infecção pelo Zika Vírus na gestação.
Várias questões permanecem ainda sem resposta como: em que fase da gestação o vírus zika pode causar alterações congênitas, em que proporção as gestantes infectadas pelo zika transmitem a infecção aos fetos, por quanto tempo após a aquisição da infecção permanece o risco dessa transmissão, entre diversas outras indagações.
Sem tratamento específico, as complicações causadas pelo Zika vírus na gestação podem ser diminuidas pelo diagnóstico e acompanhamento precoce dos recém-nascidos acometidos e o Ministério da Saúde estabeleceu protocolos específicos para identificação dos casos.
Zika Vírus e a Sídrome de Guillain-Barré
A síndrome de Guillain-Barré é uma doença de ocorrência rara caracterizada por fraqueza em braços e pernas e, que pode progredir causando paralisias e afetando inclusive os músculos que controlam a respiração. Os sintomas podem durar algumas semanas a meses. Em sua maioria, os pacientes acometidos recuperam-se totalmente, mas alguns podem permanecer com sequelas permanentes.
A doença de Guillain-Barré é caracterizada pelo ataque do sistema imunológico contra as células nervosas do próprio indivíduo. Muitas vezes, a doença surge após quadros de infecção, com vários micro-organismos sabidamente relacionados a ocorrência dos casos.
Países que tiveram surtos de Zika recentemente, têm relatado aumentos dos casos de Guillain-Barré, e pesquisas sugerem que esta síndrome está fortemente associada a infecção pelo Zika. No entanto, importante reforçar que uma mínima proporção de indivíduos que apresentaram Zika possivelmente desenvolverá a síndrome.
ORIENTAÇÕES PARA A EQUIPE DE SAÚDE
Notificar imediatamente os casos suspeitos
Identificar os serviços de saúde de referência do local e o fluxo de atendimento
Realizar ações educativas com orientações a mulheres e homens adultos, bem como a jovens e adolescentes sobre a saúde sexual e reprodutiva
Monitorar todos os casos de recém-nascidos com microcefalia, independentemente de estarem relacionados com a Zika vírus – investigar a história pregressa da mãe
Divulgar as medidas de proteção individual, principalmente para as mulheres em idade fértil e gestantes
Reforçar as ações de prevenção e controle de vetores
Notificar imediatamente o setor de declaração de nascidos vivos do hospital, caso algum resultado de exame, sugerindo microcefalia, seja apresentado após a emissão da DNV (Declaração do Nascido Vivo).
Doação de sangue terá triagem clínica para Zika
A Nota Técnica Conjunta 2/2016 da Anvisa e do Ministério da Saúde traz uma série de requisitos que devem ser adotados na triagem de doadores pelos serviços de hemoterapia de todo o país. A nota indica ainda que o período de inaptidão clínica para o candidato à doação poderá ser mais restritivo, caso os serviços de hemoterapia consideram mais apropriado para a realidade epidemiológica local.
Vírus Zika (ZIKV)
Candidatos à doação:
que foram infectados pelo vírus da Zika estão inaptos para doação por 30 dias após a recuperação completa depois do diagnóstico clínico ou laboratorial.
que tiveram relação sexual com pessoas (sexo masculino ou feminino) que apresentaram diagnóstico clínico ou laboratorial, de febre pelo Zika nos últimos 90 dias estão inaptos para doação por 30 dias após o contato sexual.
BIBLIOGRAFIA
http://notificacao.pbh.gov.br/
http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=23&data=18/02/2016
http://combateaedes.saude.gov.br/pt/profissional-e-gestor/orientacoes/397-notificacao-compulsoria-febre-do-virus-zika
Boletim Epidemiológico Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde/ Volume 48/N° 19 - 2017/ISSN 2358-9450
http://www.rioclaro.sp.gov.br/hotsites/dengue/boletim/boletim20160408.pdf
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/zika-virus
http://saudeexperts.com.br/condutas-para-o-zika-virus/
http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/doacao-de-sangue-tera-triagem-clinica-para-zika/219201

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