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RESUMO PREVIDENCIARIO - CARÊNCIA E BENEFÍCIOS

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CARÊNCIA
Período de Carência é o número mínimo de meses (competências) pagos ao INSS para que o cidadão, ou em alguns casos o seu dependente, possa ter direito de receber um benefício.
A carência começa a ser contada conforme o tipo de atividade exercida bem como a época em que aconteceu a filiação, a inscrição ou a contribuição:
Empregado ou Trabalhador Avulso: A carência conta a partir do momento em que o cidadão, nesta condição, começa a trabalhar, ou seja, conta do momento em que este trabalhador começa a exercer a sua atividade, pois é a partir desse momento que fica configurada a sua filiação ao INSS;
Contribuinte Individual ou Facultativo: A carência conta a partir do momento em que o cidadão, que optou por pagar o INSS por conta própria, na condição de contribuinte individual ou facultativo, faz o seu primeiro pagamento ao INSS em dia, ou seja, a partir do primeiro pagamento realizado até a data de vencimento (caso este cidadão, que optou por pagar o INSS em uma destas categorias, efetue o primeiro pagamento depois da data de vencimento, este pagamento não será contado para efeito de carência);
Empregado Doméstico: A carência conta a partir do momento em que este cidadão tenha o seu primeiro pagamento ao INSS nesta condição e em dia, ou seja, a partir do primeiro pagamento realizado até a data de vencimento (se o cidadão não conseguir comprovar o primeiro pagamento em dia no momento do pedido de benefício, a carência poderá ser contada mesmo assim);
Segurado Especial/Trabalhador Rural: A carência conta a partir do mês de novembro/1991 e mediante a apresentação de documentos em que fique comprovado o período de atividade nesta condição (lavrador, trabalhador rural, pescador artesanal, marisqueiro etc).
OBS: O cidadão Segurado Especial que optar por pagar o INSS por conta própria será enquadrado na condição de contribuinte Facultativo.
	
NÃO É CONTADO COMO CARÊNCIA:
- O tempo de Serviço Militar não será contado como carência, mas poderá ser contado como tempo de serviço;
- O tempo de Trabalhador Rural anterior ao mês 11/1991 para fins de aposentadoria de cidadão que no momento do pedido do benefício seja trabalhador urbano;
- O período em que o cidadão esteve recebendo benefício de auxílio-acidente ou auxílio-suplementar.
CARÊNCIA EXIGIDA PARA OS BENEFÍCIOS
CARÊNCIA DE 180 CONTRINUIÇÕES: - Aposentadoria por idade; - Aposentadoria por tempo de contribuição; - Aposentadoria especial. (também é incluído: Professor, por Idade ou Tempo de Contribuição do Portador de Deficiência).
OBS: A carência das Aposentadorias (exceto por invalidez) poderá ser menor do que 180 contribuições, conforme está previsto no artigo 142 da Lei nº 8.213/91, mas apenas para o cidadão que se filiou à Previdência Social até 24/07/1991 (trabalhador urbano ou rural, exceto segurado especial) e começou a contagem de tempo para efeito de carência.
CARÊNCIA DE 12 CONTRIBUIÇÕES: - Auxílio-doença; - Aposentadoria por invalidez.
OBS: EXCEÇÃO: Estes benefícios poderão ser concedidos isentos de carência para os casos em que o pedido de benefício se deu em função de UM ACIDENTE DE QUALQUER NATUREZA, inclusive decorrente do trabalho, bem como nos casos em que o cidadão, segurado, após se tornar um filiado do INSS, for acometido de alguma das doenças ou afecções DO ART. 151 DA LEI 8213/91: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada.
CARÊNCIA DE 10 CONTRIBUIÇÕES: - Salário maternidade: para a Contribuinte individual (10 contribuições); Facultativa (10 contribuições); e Segurada Especial (exercício da atividade rural por 10 meses).
OBS: poderá ter a sua carência (10 meses) reduzida caso o parto seja antecipado (na quantidade de meses equivalente ao número de meses em que o parto teve que ser antecipado).
OBS: NÃO tem carência, mas exige a qualidade de segurada: empregada, avulsa e doméstica.
OBS: Quando o indivíduo perde a qualidade de segurado, as contribuições anteriores só serão computadas para efeito de carência exigida para a concessão de um benefício depois que o segurado contar, a partir de uma nova filiação à Previdência Social, com, no mínimo, um terço do número de contribuições exigidas para a concessão do benefício pleiteado. 
Assim, a regra de 1/3 da carência só se aplica à aposentadoria por invalidez, auxílio-doença e salário-maternidade, vez que somente para a concessão destes benefícios será considerada a perda da qualidade e haverá a exigência da carência.
EX: Um segurado ficou desempregado após completar 10 anos de contribuição, ficou por um longo período sem exercer atividade remunerada e sem contribuir. Após a perda da qualidade de segurado, conseguiu um novo emprego e três meses depois ficou doente (doença que não isenta da carência). Ele não terá direito ao auxílio-doença por não ter cumprido 1/3 da carência exigida (4 meses) para a concessão do benefício. 
EX: este segurado tivesse sofrido um acidente de carro ou se a sua doença fosse tuberculose ativa, ele teria direito ao benéfico por se tratar de caso que isenta da carência, bastando comprovar a qualidade segurado (estava empregado).
OBS: a carência não se confunde com o tempo de contribuição. O segurado pode ter anos de contribuição e não ter nenhuma carência, conforme verificaremos a seguir. A carência é zerada nos casos em que há perda da qualidade de segurado, e as contribuições anteriores só serão computadas novamente se o segurado, a partir da nova filiação, contar com no mínimo 1/3 das contribuições exigidas para fins de carência. Já o tempo de contribuição não sofre alterações, em caso de perda da qualidade de segurado.
Para fins de carência, o tempo de recebimento de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez não é contado para o INSS, pois não há o recolhimento de contribuições. Já para efeito de tempo de contribuição o referido tempo será considerado, desde que intercalado. EX: Uma segurada empregada, após 11 anos de contribuição fica recebendo o auxílio-doença por 3 anos, volta a trabalhar e contribui por mais 1 ano. E como completou 60 anos de idade, vai requerer então a aposentadoria por idade, mas o INSS não concede o benefício alegando que a mesma tem 144 contribuições (12 anos) para efeito de carência e 15 anos de tempo de contribuição, logo, não completou a carência exigida de 180 contribuições mensais (15 anos).
BENEFÍCIO QUE NÃO EXIGEM CARÊNCIA:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente;
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei;
IV - serviço social;
V - reabilitação profissional.
VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
A Aposentadoria por invalidez é um benefício devido ao trabalhador permanentemente incapaz de exercer qualquer atividade laborativa e que também não possa ser reabilitado em outra profissão, de acordo com a avaliação da perícia médica do INSS. É devido a TODOS os segurados.
O benefício é pagoenquanto persistir a incapacidade e pode ser reavaliado pelo INSS a cada dois anos.
Inicialmente o cidadão deve requerer um auxílio-doença (os 15 primeiros dias a empresa quem paga), que possui os mesmos requisitos da aposentadoria por invalidez. Caso a perícia-médica constate incapacidade permanente para o trabalho, sem possibilidade de reabilitação em outra função, a aposentadoria por invalidez será indicada.
OBS: O segurado precisa estar contribuindo no momento do acometimento da moléstia ou, ainda que não esteja contribuindo no momento, estar ao menos no período de graça de manutenção da qualidade de segurado.
OBS: precisa ter 12 contribuições.
Doença anterior à filiação à Previdência: não tem direito à aposentadoria por invalidez quem se filiar à Previdência Social já portador de doença ou lesão que geraria o benefício, a não ser quando a incapacidade resultar no agravamento da enfermidade;
Adicional de 25% para acompanhante: o aposentado por invalidez que necessitar de assistência permanente de outra pessoa poderá ter direito a um acréscimo de 25% no valor de seu benefício, inclusive sobre o 13º salário, conforme determina o art. 45 da Lei 8.213 de 24 de julho de 1991. Nesse caso é necessário efetuar o requerimento na agência do INSS onde é mantido o benefício. Além disso, o segurado  passará por uma nova avaliação médico-pericial do INSS. Caso o benefício seja cessado por óbito, o valor não será incorporado à pensão deixada aos dependentes.
Fim do benefício: a aposentadoria por invalidez deixa de ser paga quando o segurado recupera a capacidade e/ou volta ao trabalho. Ou se falecer.
A cessação ocorrerá de forma gradual, se o segurado recuperar a capacidade para o trabalho depois de 05 anos de recebimento do benefício E se a recuperação for parcial OU quando o segurado recuperar a capacidade para realizar outro tipo de trabalho. Nesses casos o segurado continuará recebendo o benefício integral por 06 meses após a recuperação da capacidade, depois por mais 06 meses continuará recebendo 50% do valor do benefício e, depois desse período, permanecerá recebendo por mais 06 meses o valor equivalente a ¾ dos 50% que estava recebendo anteriormente.
Revisão periódica do benefício: de acordo com a lei, o aposentado por invalidez  deve fazer perícia médica a cada dois anos para comprovar que permanece inválido (se não passar pelo perito a cada 2 anos, é suspenso o benefício). Os maiores de 60 (sessenta) anos são isentos dessa obrigação, conforme a Lei n. 13.063/2014.
Solicitação de acompanhante em perícia médica: o cidadão poderá solicitar a presença de um acompanhante (inclusive seu próprio médico) durante a realização da perícia. Para tanto, é necessário preencher o formulário de solicitação de acompanhante e levá-lo no dia da realização da perícia. O pedido será analisado pelo perito médico e poderá ser negado, com a devida fundamentação, caso a presença de terceiro possa interferir no ato pericial.
Valor o benefício: 100 % do salário de benefício (o salário-de-benefício da aposentadoria por invalidez passou a ser a média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% de todo período contributivo do segurado). 
EX: uma mulher tem 360 contribuições: 360 x 80% = 288 (das maiores contribuições).
C1+C2+...+C288 / 288 = SALÁRIO DO BENEFÍCIO
30 DIAS PARA REQUERE O BENEFÍCIO, se passar de 30 dias, a contagem será da data do requerimento.
APOSENTADORIA ESPECIAL
A Aposentadoria especial é um benefício concedido ao cidadão que trabalha exposto a agentes nocivos à saúde, como calor ou ruído, de forma contínua e ininterrupta, em níveis de exposição acima dos limites estabelecidos em legislação própria.
O cidadão que vai requerer este benefício deve possuir os seguintes requisitos:
Tempo total de contribuição de 25, 20 ou 15 anos, conforme o caso, exposto aos agentes nocivos especificados em lei. A exposição deve ser contínua e ininterrupta durante a jornada de trabalho.
Mínimo de 180 meses de efetiva atividade, para fins de carência.
Para a aposentadoria especial, é fundamental que apresente os documentos que comprovem a exposição a agentes nocivos, como o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) emitido pelas empresas em que trabalhou.
O PPP é preenchido pelo empregador com base em Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT), expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. No caso de trabalhador avulso, o PPP deve ser emitido pelo sindicato de classe ou órgão gestor de mão de obra.
ANEXO IV DECRETO LEI 3048/99
Conversão de tempo especial em outra especial que precisa de tempo diferente
EX: uma pessoa trabalha por 3 anos em um trabalho que exige 15 anos pra se aposentar; depois ela muda de trabalho, e vai pra outro que precisa de 25 anos pra se aposentar:
25/15= 1,67 3 x 1,67= 5 (aproveitamento do trabalho especial que precisava de 15 anos) 
25-5=20 (precisa trabalhar) 
Conversão de tempo especial em comum
O trabalhador que exerceu por determinado tempo atividade considerada como especial e não preencheu o tempo suficiente para a aposentadoria respectiva, pode usar esse tempo especial para convertê-lo em comum para fins de aposentadoria por tempo de contribuição. A conversão consiste em transformar o período laborado em atividade especial para tempo de atividade comum com determinado acréscimo em favor do trabalhador.
	MULHER= 30 ANOS // HOMEM= 35 ANOS
EX: a pessoa (homem) trabalhou em um local que exigia 25 anos (era especial) e trabalhou por 23 anos, aí foi para um trabalho normal (com contribuição de 35 anos). Divide 35 por 23, que da 1,52, esse resultado multiplica por 23, que da 34,96, a pessoa vai ter que trabalhar por mais 6 meses para poder se aposentar
AUXÍLIO DOENÇA
O auxílio-doença é um benefício previdenciário pago INSS às pessoas que ficarem incapacitadas para o trabalho ou atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos (incapacidade de forma TEMPORÁRIA). 
Requisitos legais:
Possuir a carência de 12 contribuições – EXECEÇÕES: a perícia médica do INSS poderá avaliar a isenção de carência para doenças previstas na Portaria Interministerial: Art. 1º As doenças ou afecções abaixo indicadas excluem a exigência de carência para a concessão de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez aos segurados do Regime Geral de Previdência Social - RGPS:
I - tuberculose ativa; II - hanseníase; III- alienação mental; IV- neoplasia maligna; V - cegueira
VI - paralisia irreversível e incapacitante; VII- cardiopatia grave; VIII - doença de Parkinson;
IX - espondiloartrose anquilosante; X - nefropatia grave; XI - estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante); XII - síndrome da deficiência imunológica adquirida - Aids; XIII - contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada; e XIV - hepatopatia grave. Além das situações de afastamento decorrentes de acidente de qualquer natureza ou causa, doença profissional e acidente de trabalho; 
Possuir qualidade de segurado (caso tenha perdido, deverá cumprir metade da carência de 12 meses a partir da nova filiação à Previdência Social). 
Comprovar doença que torne o cidadão temporariamente incapaz de trabalhar;
Para o empregado em empresa: estar afastado do trabalho há pelo menos 15 dias (corridos ou intercalados dentro do prazo de 60 dias).
Data de inicio do benefício: 
O Auxílio-Doença começa a contar do 16º (décimo sexto) dia de afastamento do trabalho por motivo da doença incapacitante. No caso dos demais segurados, contará a partir do início da incapacidade e enquanto permanecer incapaz. Se o segurado estiver afastado do trabalho por mais de 30 (trinta) dias, o benefício contará a partir da data da entrada do requerimento administrativo. Durante os primeiros quinze dias de afastamento, cabe à empresa pagar o seu salário integral, e os demais (caso hajam) ficam por conta da Previdência Social. 
Acumulação com outros benefícios: 
O Auxílio-Doença não pode ser acumuladocom outra aposentadoria, com salário-maternidade, com o auxílio-acidente do mesmo acidente ou doença que lhe deu origem, com outro auxílio-doença ainda que acidentário, com o auxílio-reclusão dos dependentes do segurado recluso que perceber o auxílio-doença, com auxílio-suplementar. 
Valor do benefício: 
O Auxílio-Doença consiste em uma renda mensal de 91% do salário-de-benefício, que por sua vez é igual a média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondente a 80% oitenta por cento do período contributivo (período base de cálculo – PBC). 
Cessação do benefício: art. 78 decreto 3048/99. 
O Auxílio-Doença deve ser revisto periodicamente conforme determinado pelo INSS para saber se o beneficiário ainda reúne as condições de manutenção do benefício, sob pena de suspensão. O beneficiário deve ainda ser submetido a processo de reabilitação profissional recomendado e custeado pela Previdência Social. Reabilitado, ou atestado o caráter permanente da incapacidade laboral, o Auxílio-Doença é cessado. No segundo caso, o Auxílio-Doença é cessado e convertido em Aposentadoria por Invalidez ou Auxílio-Acidente conforme o caso.
Art. 78, do Decreto 3.048/99. O auxílio-doença cessa pela recuperação da capacidade para o trabalho, pela transformação em aposentadoria por invalidez ou auxílio-acidente de qualquer natureza, neste caso se resultar seqüela que implique redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. § 1º O INSS poderá estabelecer, mediante avaliação médico-pericial, o prazo que entender suficiente para a recuperação da capacidade para o trabalho do segurado, dispensada nessa hipótese a realização de nova perícia. § 2º Caso o prazo concedido para a recuperação se revele insuficiente, o segurado poderá solicitar a realização de nova perícia médica, na forma estabelecida pelo Ministério da Previdência Social. 
AUXÍLIO-RECLUSÃO
O Auxílio-reclusão é um benefício devido apenas aos dependentes do segurado do INSS (ou seja, que contribui regularmente) preso em regime fechado ou semiaberto, durante o período de reclusão ou detenção. O segurado não pode estar recebendo salário de empresa nem benefício do INSS.
Para que os dependentes tenham direito, é necessário que o último salário recebido pelo segurado esteja dentro do limite previsto pela legislação (atualmente, R$ 1.292,43). Caso o último salário do segurado esteja acima deste valor, não há direito ao benefício.
Requisitos:
Em relação ao segurado recluso:
Possuir qualidade de segurado na data da prisão;
Estar recluso em regime fechado ou semiaberto (desde que a execução da pena seja em colônia agrícola, industrial ou similar);
Possuir o último salário-de-contribuição abaixo do valor previsto na legislação, conforme a época da prisão (deve ser segurado de baixa renda). 
Em relação aos dependentes:
Para cônjuge ou companheira: comprovar casamento ou união estável na data em que o segurado foi preso; 
Para filho, pessoa a ele equiparada (enteado ou menor tutelado) ou irmão (desde que comprove a dependência), de ambos os sexos: possuir menos de 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência;
Duração do benefício: 
O auxílio-reclusão tem duração variável conforme a idade e o tipo de beneficiário. 
OBS: A cota do Auxílio-reclusão será dividida em partes iguais a todos os dependentes habilitados.
Para o(a) cônjuge, o(a) companheiro(a), o(a) cônjuge divorciado(a) ou separado(a) judicialmente ou de fato que recebia pensão alimentícia: 
Duração de 4 meses a contar da data da prisão: Se a reclusão ocorrer sem que o segurado tenha realizado 18 contribuições mensais à Previdência ou se o casamento ou união estável se iniciar em menos de 2 anos antes do recolhimento do segurado à prisão.
Se a prisão ocorrer depois de 18 contribuições mensais pelo segurado e pelo menos 2 anos após o início do casamento ou da união estável: 
	Idade do dependente na data da prisão
	Duração máxima do benefício ou cota
	menos de 21 (vinte e um) anos
	3 (três) anos
	entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos
	6 (seis) anos
	entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos
	10 (dez) anos
	entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos
	15 (quinze) anos
	entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos
	20 (vinte) anos
	a partir de 44 (quarenta e quatro) anos
	Vitalicio
Para o cônjuge inválido ou com deficiência: O benefício será devido enquanto durar a deficiência ou invalidez, respeitando-se os prazos mínimos descritos na tabela acima.
Para os filhos, equiparados ou irmãos do segurado recluso (desde que comprovem o direito): O benefício é devido até os 21 (vinte e um) anos de idade, salvo em caso de invalidez ou deficiência.
Cessação do benefício: 
Caso o segurado seja posto em liberdade, fuja da prisão ou passe a cumprir pena em regime aberto, o benefício é encerrado.
Se o preso segurado ganhar a liberdade ou passar para o regime aberto, o auxílio é encerrado, já que o condenado nesse tipo de regime tem a possibilidade de exercer atividade laborativa remunerada.
O benefício é interrompido também em caso de fuga do preso, podendo ser restabelecido quando o condenado for recapturado. 
Em caso de morte do recluso, enquanto estiver preso, o auxílio-reclusão é convertido em pensão por morte.
SALÁRIO-FAMÍLIA
O salário-família é um valor pago ao empregado (inclusive o doméstico) e ao trabalhador avulso, de acordo com o número de filhos ou equiparados que possua. Filhos maiores de quatorze anos não têm direito, exceto no caso dos inválidos (para quem não há limite de idade).
O empregado (inclusive o doméstico) deve requerer o salário-família diretamente ao empregador. Já o trabalhador avulso deve requerer o benefício ao sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra ao qual está vinculado. Casos estes trabalhadores estejam recebendo auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e aposentadoria por idade rural, devem realizar o seu requerimento no INSS.
Requisitos:
Ter filho(s) de qualquer condição com menos de 14 anos de idade, ou filho(s) inválido(s) de qualquer idade;
Ser segurado baixa renda (receba até 859,88, ou entre 859,89 a 1.292,43). OBS: Salários acima de R$ 1.292,43 não têm direito ao salário-família.
Para renovar o direito ao benefício é necessário apresentar anualmente a carteira de vacinação dos dependentes de até 6 anos de idade, sempre no mês de novembro. Já a frequência escolar deve ser comprovada a cada seis meses, em maio e novembro (frequência escolar dos dependentes de 7 a 14 anos). 
OBS: Se tanto o pai quanto a mãe forem segurados (empregados ou avulsos), ambos têm direito ao benefício
OBS 2: Caso o cidadão esteja em gozo de benefício da Previdência Social, o valor do salário-família será pago como acréscimo no próprio benefício;
Cessação do benefício:
Pela morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do óbito;
Quando o filho ou equiparado completar catorze anos de idade, salvo se inválido;
Pela recuperação da capacidade do filho ou equiparado inválido, a contar do mês seguinte ao da cessação da incapacidade.
Pelo desemprego do segurado.
Pela morte do segurado. 
PENSÃO POR MORTE
A pensão por morte é a prestação previdenciária devida aos dependentes do segurado que falecer. As regras gerais desse benefício estão nos artigos 74 a 79 da LBPS – Lei 8.213/91, bem como nos artigos 105 a 115 do RPS –Decreto 3.048/99. 
Carência
A pensão por morte é um benefício isento de carência. Mesmo que o (a) segurado(a) falecido não tenha nenhuma contribuição recolhida seus dependentes terão direito ao benefício. Entretanto, é indispensável que o falecido seja segurado do Regime Geral. Quem jamais se filiou ao RGPS pode morrer e ressuscitar quantas vezes quiser que seus dependentes jamais terão direito à pensão neste regime.
 Segurados Cobertos
NENHUM. Segurado não recebe pensão. O benefício é devido aos dependentes. Eles só recebem em função da qualidade de segurado do falecido – e ele pode integrar QUALQUER categoria: empregado, doméstico,Contribuinte Individual, Avulso, Segurado Especial ou Facultativo – e a existência de dependentes o benefício será concedido.
Havendo mais de um pensionista de mesma classe o benefício será rateado entre todos em parte iguais. Esposa e filhos dividem por igual a pensão. Quando um dos dependentes perde o direito à sua cota ela é revertida para os demais.
Exemplo: José faleceu, deixando para sua esposa Maria e seus filhos João, Joaquim e Josué, de 20, 18 e 15 anos, respectivamente, uma pensão por morte no valor total de R$ 1.200,00. Cada um deles terá direito a uma cota de R$ 300,00 (R$ 1200,00/4 pensionistas). 
OBS: O valor total do benefício não pode ser inferior ao mínimo; nada impede que as COTAS de cada beneficiário o sejam.
Continuando… quando João chegar aos 21 anos perderá, se não for inválido, o direito à pensão; sua cota parte será ‘revertida’ para os demais. Portanto, caberá a cada um R$ 400,00 (R$ 1.200,00/3 pensionistas). Chegando Joaquim aos 21, também sua cota cessará e a pensão passará a ser dividida, meio a meio, entre Maria e Josué. 
O cônjuge ausente (aquele que desapareceu, deu uma saída ‘para comprar cigarros’ e nunca mais voltou) não exclui do direito à pensão por morte o companheiro ou a companheira. Ele somente fará jus ao benefício a partir da data de sua habilitação e mediante prova de dependência econômica.
O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que recebia pensão alimentícia concorrerá em igualdade de condições com os dependentes de primeira classe, suplantando, na ordem de preferência, os pais e irmãos do segurado.
Dependentes inválidos (filhos ou irmãos) só terão direito à pensão se a invalidez ocorreu antes da emancipação ou de completar a idade de vinte e um anos e sua continuidade até a data do óbito do segurado foi reconhecida ou comprovada pela perícia médica do INSS.
Salário-de-benefício (SB)
O RPS diz, no art. 31, que Salário-de-benefício é o valor básico utilizado para cálculo da renda mensal dos benefícios de prestação continuada, inclusive os regidos por normas especiais, exceto o salário-família, a pensão por morte, o salário-maternidade e os demais benefícios de legislação especial.
Portanto, a pensão por morte não é apurada com base no SB. Embora a LBPS, em seu art. 28, traga disposição equivalente ao art. 31 do RPS e nela NÃO excepcione a pensão por morte, não há dúvida de que este benefício NÃO é apurado com base no SB. 
Renda Mensal
1ª regra – segurado aposentado que vem a falecer: a renda da pensão por morte corresponde a 100% do valor de sua aposentadoria;
2ª regra – segurado NÃO aposentado: a renda mensal da pensão por morte corresponde a 100% do valor a que o segurado teria direito se fosse aposentado por invalidez na data do óbito;
3ª regra – se os dependentes estão recebendo auxílio-reclusão em razão da prisão do segurado e este vem a falecer, a pensão corresponderá a 100% do valor do auxílio-reclusão, ressalvada a hipótese abaixo;
4ª regra – Se o segurado recluso exercia atividade remunerada durante o período de reclusão, esse período de labor e os respectivos salários-de-contribuição integrarão o cálculo da pensão, nos termos da 2ª regra. No entanto, fica resguardado o direito à opção pela 3ª regra.
Início do Benefício
A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data do óbito, quando requerida até 90 dias após sua ocorrência. Se o pedido for feito DEPOIS desse prazo, o pagamento iniciará na data do requerimento.
Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: 
I – do óbito, quando requerida até noventa diasdepois deste;
II – do requerimento,quando requerida após o prazo previsto no inciso anterior;
III – da decisão judicial, no caso de morte presumida.
OBS: passado o prazo de 90 dias, o pagamento iniciará na data do requerimento. Mas a data de início do benefício será a data do óbito. 
Por fim, na hipótese de morte presumida o benefício será pago a partir da data da decisão que a reconhecer, que pode ser proferida, regra geral, após seis meses de ausência. Se, por outro lado, o desaparecimento do segurado for decorrente de acidente, desastre ou catástrofe, sendo muito provável sua morte, os dependentes poderão receber a pensão provisória sem a necessidade de prévia declaração de ausência ou do decurso do prazo de 6 meses.
IMPORTANTE: é pacífica nos tribunais a tese segundo a qual o tal limite de 90 dias para requerer o benefício não produz efeitos contra os absolutamente incapazes. A contagem do prazo de 90 dias, para eles, só inicia quando adquirida, ao menos, a capacidade relativa no caso do menor, ao completar dezesseis anos. Em suma, se ele requerer sua pensão até completar dezesseis anos e noventa dias, receberá as parcelas a contar da data do óbito.
Cessação do Benefício
A pensão por morte cessa após extintas todas as cotas. As cotas extinguem-se:
1º – pela morte do pensionista;
2º – para o filho ou equiparado, ou o irmão, ao completar 21 anos, salvo se inválido ou com deficiência;
ATENÇÃO – A emancipação NÃO É mais causa de cessação de cota da pensão para o filho ou irmão; 
3º – para o filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez;
4º – o adotado que receba pensão dos pais biológicos terá este benefício cessado no momento da adoção (RPS, art. 114, IV),
5º – Para o cônjuge/companheiro(a) a pensão pode cessar pelo simples decurso de prazo. Foi estabelecido um LIMITE TEMPORAL para o cônjuge receber a pensão, dependendo do cumprimento de três requisitos. Estes requisitos, que seguem abaixo, não serão observados se (1) o óbito decorrer de acidente ou doença profissional ou do trabalho; ou (2) o cônjuge/companheiro for inválido ou com deficiência.
1) o recolhimento – pelo segurado, antes de falecer, logicamente – de pelo menos 18 contribuições;
O não cumprimento dessa ‘carência’ de 18 contribuições não impede a concessão do benefício; terá, no entanto, um impacto brutal na duração da pensão.
2) casamento/união estável iniciados pelo menos 2 anos antes do óbito; 
3) IDADE do cônjuge na data do óbito. Foi incluído o inciso V no §2º do art. 77 da LBPS, fixando prazos de duração da pensão em função da expectativa de sobrevida do cônjuge.
6º – Para o cônjuge não inválido, que não tenha cumprido o requisito 1 ou o requisito 2 (isso mesmo, basta descumprir UM deles para entrar nesta hipótese), a pensão por morte cessará em 4 meses. EXCEÇÃO – se o óbito decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho.
7º – Se o cônjuge for inválido ou com deficiência, o benefício cessará quando cessada a invalidez ou afastada a deficiência, ou então nos períodos mínimos referidos nos itens acima (de 4 meses à vitaliciedade), o que ocorrer por último. Dois exemplos para ilustrar esta última previsão:
a) José é segurado empregado do RGPS há 2 anos, casado há 1 ano e meio com Maria, que é inválida. José faleceu, Maria passou a receber pensão por morte. Após 2 anos recebendo o benefício, a invalidez de Maria foi revertida por novos tratamentos. O benefício será cessado de imediato, pois se não fosse a invalidez ela deveria recebê-lo por apenas 4 meses, por ter menos de 2 anos de casamento na data do óbito de José;
b) João, segurado empregado do RGPS há 15 anos, é casado há 10 anos com Raquel, inválida. Ambos têm 35 anos. João faleceu e Raquel passou a receber a pensão por morte. Após 5 anos do início do benefício, a invalidez de Raquel foi revertida por novos tratamentos. Ela continuará recebendo o benefício, até que se completem os 15 anos fixados em razão de sua idade na data do óbito de João.
Informações Adicionais
1. O pensionista inválido está obrigado, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.OBS: art. 101 da LBPS, que contém os seguintes parágrafos:
Art. 101. […] § 1º O aposentado por invalidez e o pensionista inválido estarão isentos do exame de que trata o caput após completarem 60 (sessenta) anos de idade.
§ 2º A isenção de que trata o § 1º não se aplica quando o exame tem as seguintes finalidades:
I – verificar a necessidade de assistência permanente de outra pessoa para a concessão do acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor do benefício, conforme dispõe o art. 45;
II – verificar a recuperação da capacidade de trabalho, mediante solicitação do aposentado ou pensionista que se julgar apto;
III – subsidiar autoridade judiciária na concessão de curatela, conforme dispõe o art. 110.
O §1º trata da dispensa da perícia. O §2º estabelece exceções a essa dispensa. 
2. Se o segurado havia preenchido TODOS os requisitos para se aposentar, mas NÃO o fez antes do óbito, seus dependentes terão direito à pensão, mesmo que na data do óbito o segurado não mais possuísse a qualidade de segurado. 
3. NÃO terá direito à pensão por morte o condenado pela prática de crime doloso de que tenha resultado a morte do segurado. Aqui estamos falando do(a) filho(a) que mata o pai; do marido que mata a esposa; do pai que mata o filho de quem é dependente economicamente… Para afastar o direito ao benefício o crime deve ser doloso, aquele cometido com intenção de matar. Se a esposa estava limpando a arma do marido e esta, acidentalmente, disparou, atingindo-o e levando-o a óbito, temos aí, em tese, um crime culposo. Neste caso NÃO se afasta o direito à pensão.
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA (BPC)
O Benefício da Prestação Continuada (BPC) da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) é a garantia de um salário mínimo mensal ao idoso com 65 anos ou mais ou à pessoa com deficiência de qualquer idade com impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial de longo prazo (que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 anos), que o impossibilite de participar de forma plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas.
Para ter direito, é necessário que a renda por pessoa do grupo familiar seja menor que 1/4 do salário-mínimo vigente.
Por se tratar de um benefício assistencial, não é necessário ter contribuído ao INSS para ter direito a ele. No entanto, este benefício não paga 13º salário e não deixa pensão por morte.
Principais requisitos
Ser brasileiro, nato ou naturalizado, ou possuir nacionalidade portuguesa;
Comprovar residência fixa no Brasil;
Possuir renda por pessoa do grupo familiar a ¼ de salário mínimo vigente (VER O “Grupo Familiar” logo abaixo, para saber quem faz parte para o cálculo da renda);
Não estar recebendo nenhum outro benefício da Seguridade Social (como aposentadorias e pensão) ou de outro regime, exceto benefícios da assistência médica, pensões especiais de natureza indenizatória e remuneração advinda de contrato de aprendizagem. É necessário alertar que agora o beneficiário deverá declarar que não recebe outro benefício no âmbito da Seguridade Social.
Para o idoso: idade igual ou superior a 65 anos, para homem ou mulher;
Para a pessoa com deficiência: qualquer idade – desde que comprove, em perícia médica, impedimentos de longo prazo (mínimo de 2 anos) de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, possam obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as pessoas que não possuam tal impedimento;
Estar inscrito no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal – CadÚnico –, antes da apresentação de requerimento à unidade do INSS. Famílias já cadastradas devem estar com cadastro atualizado no máximo há 2 anos.
O requerente/beneficiário e todos os membros do seu grupo familiar devem estar cadastrados no CPF, cujos números devem ser apresentados ao pedir o benefício.
Grupo familiar do BPC
O conceito de família do BPC envolve o requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.
Desta forma, a família para fins deste benefício assistencial, é composta pelos seguintes membros, desde que vivam sob o mesmo teto:
Beneficiário (Titular do BPC)
Seu cônjuge ou companheiro
Seus pais
Sua madrasta ou padrasto, caso ausente o pai ou mãe (nunca ambos)
Seus irmãos solteiros
Seus filhos e enteados solteiros
Menores tutelados
Documentos originais e formulários necessários
Para ser atendido nas agências do INSS deve apresentar um documento de identificação com foto e o número do CPF, além da documentação dos componentes do seu grupo familiar.
Comprovação da deficiência: a deficiência é analisada pelo Serviço Social e pela Perícia Médica do INSS.
Idoso em asilo: a condição de acolhimento em instituições de longa permanência, assim entendido como hospital, abrigo ou instituição congênere não prejudica o direito do idoso ao recebimento do benefício.
Adicional de 25% para beneficiário que precisa de assistência permanente de terceiros: somente o aposentado por invalidez possui este direito.
Renda da família do idoso: o Benefício Assistencial ao Idoso já concedido a um membro da família não entrará no cálculo da renda familiar em caso de solicitação de um novo benefício (BPC) para outro idoso da mesma família.
Concessão ao recluso: o recluso não tem direito a este tipo de benefício, uma vez que a sua manutenção já está sendo provida pelo Estado.
Concessão ao português: o português pode ter direito ao benefício, desde que comprove residência e domicílio permanentes no Brasil.
Pessoa com Deficiência contratada como aprendiz: a pessoa com deficiência contratada na condição de aprendiz poderá acumular o BPC/LOAS e a remuneração do contrato de aprendiz com deficiência, e terá seu benefício suspenso somente após o período de dois anos de recebimento concomitante da remuneração e do benefício.
Trabalho da pessoa com deficiência: a pessoa com deficiência que retornar a trabalhar terá seu benefício suspenso.
Requerimento por terceiros: caso não possa comparecer ao INSS, o cidadão tem a opção de nomear um procurador para fazer o requerimento em seu lugar. Consulte também informações sobre representação legal. No entanto, o requerente deve estar presente para a avaliação social e a perícia médica.
SALÁRIO MATERNIDADE
O salário-maternidade é um benefício pago às seguradas que acabaram de ter um filho, seja por parto ou adoção, ou aos segurados que adotem uma criança. 
OBS: Único benefício que não está limitado ao teto.
PRINCIPAIS REQUISITOS
Para ter direito ao salário-maternidade, o (a) beneficiário (a) deve atender aos seguintes requisitos na data do parto, aborto ou adoção:
Quantidade de meses trabalhados (carência)
10 meses: para a trabalhadora Contribuinte Individual, Facultativa e Segurada Especial;
Isento: para seguradas Empregada de Microempresa Individual, Empregada Doméstica e Trabalhadora Avulsa (que estejam em atividade na data do afastamento, parto, adoção ou guarda com a mesma finalidade);
Para as desempregadas: é necessário comprovar a qualidade de segurada do INSS e, conforme o caso, cumprir carência de 10 meses trabalhados;
OBS: Caso tenha perdido a qualidade de segurada, deverá cumprir metade da carência de 10 meses antes do parto/evento gerador do benefício (Lei nº 13.457/2017).
DURAÇÃO DO BENEFÍCIO
A duração do salário-maternidade dependerá do tipo do evento que deu origem ao benefício: 
120 (cento e vinte) dias no caso de parto;
120 (cento e vinte) dias no caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção, independentemente da idade do adotado que deverá ter no máximo 12 (doze) anos de idade.
120 (cento e vinte) dias, no caso de natimorto;
14 (quatorze) dias, no caso de aborto espontâneo ou previstos em lei (estupro ou risco de vida para a mãe), a critério médico.
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
A trabalhadora desempregada deve, obrigatoriamente,apresentar a certidão de nascimento (vivo ou morto) do dependente.
A trabalhadora que se afasta 28 dias antes do parto deve apresentar atestado médico original, específico para gestante.
Em caso de guarda, deve apresentar o Termo de Guarda com a indicação de que a guarda destina-se à adoção.
Em caso de adoção, deverá apresentar a nova certidão de nascimento expedida após a decisão judicial.
OUTRAS INFORMAÇÕES
Caso não possa comparecer ao INSS, a segurada tem a opção de nomear um procurador para fazer o requerimento em seu lugar.
A decisão judicial proferida na Ação Civil Pública nº 2004.51.02.001662-4/RJ, determinou ao INSS que não exija das seguradas desempregadas, em período de graça (qualidade de segurada), prova da relação de emprego como pré-requisito para a concessão do salário-maternidade, bem como, que não desconte qualquer valor a título de contribuição previdenciária para o Regime Geral de Previdência Social-RGPS. A determinação judicial produz efeitos para requerimentos protocolados a partir de 4/7/2012 e se restringe às seguradas domiciliadas na Seção Judiciária do Rio Janeiro. Nesse caso, a requerente do benefício deve apresentar documento que comprove que reside no Estado do Rio de Janeiro.
No caso de empregos concomitantes ou de atividade simultânea na condição de segurada empregada com contribuinte individual ou doméstica, a segurada fará jus ao salário-maternidade relativo a cada emprego ou atividade.
Em situação de adoção ou parto de mais de uma criança, o segurado terá direito somente ao pagamento de um salário maternidade.
no caso de falecimento da segurada ou segurado que tinha direito ao recebimento de salário-maternidade, o pagamento do benefício ao cônjuge ou companheiro(a) sobrevivente, desde que este também possua as condições necessárias à concessão do benefício em razão de suas próprias contribuições. Para o reconhecimento deste direito é necessário que o sobrevivente solicite o benefício até o último dia do prazo previsto para o término do salário-maternidade originário (120 dias). Esse benefício, em qualquer hipótese, é pago pelo INSS.

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