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Estratigrafia - 1 Introdução

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1 
ESTRATIGRAFIA 
 
AULA Nº 01-INTRODUÇÃO 
 
 
I-DEFINIÇÃO 
 A Estratigrafia é uma ciência geológica que trata dos estratos rochosos no tempo 
e no espaço, estudando seus atributos físicos e ocupando-se com sua interpretação em 
termos de gênese e disposição temporal. 
 Tal definição contempla todos os tipos de rochas, incluindo ígneas e 
metamórficas, deformadas ou não. 
 
II-ALGUNS TIPOS DE ESTRATIGRAFIA 
 Para entender da forma mais simples possível o que é estratigrafia e quais são as 
técnicas e conceitos nela adotados, pode-se analisar um afloramento hipotético (Figura 
1). Diferentes abordagens podem ser aplicadas a esse objeto de estudo, como a 
caracterização puramente litológica, com a separação de arenitos e lamitos em formações 
e membros, utilizando-se assim a Litoestratigrafia. 
 
 
Figura 1. Afloramento hipotético e possíveis unidades estratigráficas. Notar que os limites entre diferentes 
unidades, identificadas a partir de diferentes abordagens, não coincidem. Fonte: modificado de Holz (2012, 
p. 3). 
 
Pode-se também abordar o afloramento com um critério totalmente diferente: 
conteúdo fossilífero. Notando que um determinado conjunto de fósseis se estende apenas 
até certo horizonte estratigráfico, a partir do qual outros fósseis aparecem, é possível a 
determinação de duas unidades estratigráficas com base puramente paleontológica. Essa 
abordagem é a Bioestratigrafia. 
 Outra possibilidade é a utilização de horizontes de paleossolos, níveis que indicam 
condições estabilidade da interface sedimento-ar (não deposição, não erosão), com 
desenvolvimento de vegetação em sua superfície e transformações químicas e físicas que 
definem horizontes pedogenéticos. Desta forma, obtém-se unidades da 
Pedoestratigrafia. 
 Mais uma possibilidade é delimitar pacotes entre discordâncias e outras 
superfícies erosivas. A ocorrência de erosão não localizada (em amplas superfícies) indica 
 2 
mudanças no nível de base (ex. nível do mar, soerguimento tectônico) e, portanto, 
reorganizações do relevo e ambinetes deposicionais. Essa unidades são estabelecidas 
através da Aloestratigrafia. 
 Outras possibilidades de organização mais especializadas são possíveis, como a 
datação absoluta dos estratos, através da desintegração radioativa de um elemento pai 
(isótopo radioativo de um elemento) em um elemento filho ou radiogênico (Tabela 1). 
Desta forma, pratica-se a Cronoestratigrafia. 
 
Tabela 1. Principais processos de desintegração utilizados em radiocronologia classificados por 
periodocidade decrescente. Período é o tempo ao cabo do qual a metade do elemento pai é desintegrada). 
Fonte: modificado de Pomerol et al. (2013, p. 907). 
 
Processos de desintegração Período (em anos) 
87Rb →87Sr 5 ou 4,7 x 1010 
232Th → 208Pb 13,9 x 109 
40K → 40Ar 11,9 x 109 
238U → 206Pb 4,6 x 109 
235U → 207Th 7 x 108 
234U → 230Th 250.000 
230Th → 226Ra 75.200 
14C → 14N 5.568 
3H → 2H 12,26 
 
 
A Magnetoestratigrafia é a divisão do registro geológico através de 
propriedades paleomagnéticas das rochas, especialmente os registros de intervalos de 
polaridade normal (magnetização virada para o polo norte) e inversa do campo magnético 
da Terra, o chamado magnetismo remanescente em unidades de polaridade 
magnetoestratigráfica (Figura 2). 
 
 
Figura 2. Unidades de polaridade magnetoestratigráfica para os últimos 2,7 Ma (direita). Subunidades e 
eventos (esquerda). Fonte: modificado de http://www.stratigraphy.org/upload/QuaternaryChart1.JPG. 
 3 
A Cicloestratigrafia visa analisar ciclos ou padrões cílcicos sedimentares de 
qualquer categoria para o empilhamento, interpretação e refinamento do arcabouço 
estratigráfico. Esses ciclos de sedimentação são relacionados a ciclos astronomicamente 
controlados, em espacial a parâmetros orbitais da Terra (Figura 3). 
 
 
Figura 3. Esquema representativo dos três parâmetros orbitais responsáveis pelos Ciclos de Milankovitch. 
Fonte: Hachiro (2001). 
 
 Por fim, a Estratigrafia de Sequências aborda conjuntos de estratos 
relativamente concordantes, delimitados na base e topo por discordâncias e gerados 
durante um ciclo completo de variação relativa do nível do mar. 
 
Bibliografia 
AAPG. North American Stratigraphic Code. 2005. Disponível em: 
<http://ngmdb.usgs.gov/Info/NACSN/Code2/code2.html>. Acessado em: 9 mar. 2013. 
HACHIRO, Jorge. Cicloestratigrafia. In: SEVERIANO RIBEIRO, Hélio J.P. (Org.). 
Estratigrafia de Sequências. Fundamentos e aplicações. São Leopoldo: Editora 
Unisinos. 2001, p. 27-42. 
HOLZ, Michael. Estratigrafia de Sequências. Histórico, princícpios e aplicações. Rio 
de Janeiro: Interciência. 2012. 272 p. 
POMEROL, Charles et al. Princípios de Geologia. Técnicas, modelos e teorias. 14ª ed. 
Porto Aleggre: Bookman. 2013. 1017 p.

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