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Gestão da Educação Física ano 2012

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Disciplina: FFT 251 – Gestão da Educação Física e do Desporto.
Responsável: Professor Doutor Sidney Netto
Ementa: A organização da educação física no sistema escolar brasileiro, no estado do Amazonas e nos municípios amazonenses. Fundamentos da Gestão: Componentes do ato gerencial: planejar, organizar, administrar ou executar e avaliar/controlar. A organização de eventos esportivos escolares: cerimonial, (abertura e encerramento), congressos (abertura e encerramento), formas de disputas e regulamentos. Marketing Esportivo.
Objetivo: proporcionar aos alunos conhecimentos e novos conceitos sobre a Educação Física e do Esporte, oferecendo noções básicas da gestão (planejamento, organização, execução e avaliação). Além de despertar o espírito administrativo de cada um, identificando os fundamentos da Administração Geral e das Teorias Administrativas, possibilitando um melhor desempenho profissional.
Esta unidade está voltada para os profissionais da Educação Física que atuam nas diversas dimensões organizacionais da Educação Física Escolar. Entendemos ser necessário que um profissional da Educação Física conheça como está regularizada a Educação Física Escolar em termos legais em nível Federal e Estadual. Pretendemos, a seguir, apresentar um breve histórico da fundamentação legal (Leis, Normas e Resoluções) sobre a Educação Física Escolar. 
A Educação Física Escolar, por meio da Ginástica, vem sendo incluída como atividade obrigatória no currículo das escolas brasileiras desde setembro de 1851. A partir de 1937, com o chamado Estado Novo e com a nova Constituição, a Educação Física passa, pela primeira vez no Brasil, a merecer referencial especial na Constituição, atribuindo ao Governo Federal a competência para fixar as bases e diretrizes a que se deve obedecer à formação física dos estudantes brasileiros, mantendo a sua obrigatoriedade em todas as escolas. 
Com a promulgação, em 1961 da Lei nº 4.024, a Educação Física Escolar definitivamente é implantada como atividade física obrigatória até a idade de 18 anos nas escolas, sendo que a orientação da sua regulamentação quanto aos objetivos, carga horária e duração de cada sessão, somente são definidas em 1971 com o Decreto-Lei nº 69.450. 
Atualmente, a legislação federal que regulamenta a Educação Física Escolar é a Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Lei nº 9394, de 20/12/96, também conhecida como Lei Darci Ribeiro, senador que foi o seu relator no Congresso Nacional. Essa Lei determinou que a década entre 1996 e 2006 fosse intitulada como sendo a Década da Educação Nacional, em razão das inúmeras modificações introduzidas no sistema educacional brasileiro, sendo que os objetivos principais da Lei foram ás ênfases nos seus aspectos da formação do cidadão, enfatizando o compartilhamento da educação das crianças entre a família e o Estado.
No Título I, que trata da Educação Nacional a Lei diz em seu:
Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. 
§ 1º Essa Lei disciplina a educação escolar que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.
§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.
No Título II, que trata dos Princípios e Fins da Educação Nacional, a Lei diz:
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
No Título V, que trata Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino, referente a Composição dos Níveis Escolares, a Lei diz em seu 
Art. 21 – A Educação Escolar compõe-se de:
A – EDUCAÇÃO BÁSICA – formada por educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. 
B – EDUCAÇÃO SUPERIOR.
O Artigo 24 define a sua organização da seguinte forma:
A Educação Básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
I – a carga horária anual será de oitocentos horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver;
II – a classificação por série ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita:
por promoção, por alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria escola; 
por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas; 
independente de escolarização anterior, mediante avaliação feita na escola, que defina o grau e desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino; 
III) nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o regimento escolar pode permitir formas de progressão parcial, desde que preservada a seqüência do currículo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino (dependência);
IV) poderão organizar-se classes ou turmas, com alunos de séries distintas, com níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares; 
V) a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;
c) possibilidade de avanço nos cursos e séries mediante verificação do aprendizado; 
d) aproveitamento de estudos concluído com êxito; 
e) obrigatoriedade de estudo de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos.
VI) O controle de freqüência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a freqüência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação.
O Artigo 25 da Lei diz que:
Será objetivo permanente das autoridades responsáveis alcançar relação adequada entre o número de alunos e o professor, a carga horária e as condições materiais do estabelecimento.
Parágrafo Único: Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista das condições disponíveis e das características regionais e locais, estabelecer parâmetro para atendimento do disposto neste artigo.
(São consideradas aceitáveis como índice dessa relação, até 35 alunos por professor no ensino fundamental e de até 45 alunos no ensino médio – in Lopes, M. A. R. – Comentários à Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei nº 9.394 – Jurisprudência sobre educação. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1999).
No Artigo 26 a Lei se refere especificamente à Educação Física Escolar. Esse Artigo já foi modificado duas vezes desde a promulgação de Lei em 1996. A primeira modificação aconteceu em 12 de dezembro de 2001 por meio da Lei nº 10.328, introduzindo a palavra “obrigatório” após a expressão “curricular” no § 3º deste artigo.
Posteriormente, em 1º de dezembro de 2003, por meio da Lei nº 10.793 o parágrafo 3º deste Artigo é novamente modificado, passando a vigorar com a seguinte redação: 
 Art. 26............ 
........
........
§ 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório de educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno:
que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas diárias;
maior de trinta anos;
que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da educação física;amparado pelo Decreto-Lei nº 1.044, de 21 de outubro de 1969.
(Vetado)
que tenha prole.
Observamos, portanto, que a Educação Física Escolar, por força de uma Lei Federal, é disciplina obrigatória da Educação Básica (ensino infantil, ensino fundamental e ensino médio), sendo facultativa a sua prática a alguns alunos. Percebe-se que a Lei se refere à prática da atividade física e não a presença as aulas.
Art. 27 – Os currículos da Educação Básica deverão observar as seguintes diretrizes:
I.....
II.....
III....
IV – Promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não formais.
 
No âmbito estadual existem duas (2) regulamentações sobre a Educação Física Escolar. Uma delas da Secretaria Estadual de Educação e Qualidade de Ensino (SEDUC) e outra do Conselho Estadual de Educação (CEE). Inicialmente vamos apresentar a Norma Pedagógica da SEDUC, que na realidaPde disciplina a carga horária do Professor de Educação Física na Escola, o horário em que a disciplina deverá ser oferecida e estabelece outros critérios. 
NORMA PEDAGÓGICA Nº 001/2009 
A Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino, por meio do Departamento de Políticas e Programas Educacionais – DEPPE / Coordenação de Educação Física no uso de suas atribuições legais e 
CONSIDERANDO, o que determina a LDB nº9394/96, leis nº 10.328/2001, 10.793/2003 – CNE e Res. nº 09/2005 – CEE/AM;
CONSIDERANDO as Diretrizes e os Parâmetros Curriculares Nacionais que orientam a prática pedagógica para o sucesso escolar e contribuem para o pleno desenvolvimento do potencial do aluno;
CONSIDERANDO o componente curricular Educação Física como prioritário no bojo dos componentes curriculares da base comum nacional;
CONSIDERANDO a continuidade das ações curriculares em turno único ou contraturno, de acordo com a realidade das escolas a fim de evitar fragmentação nas áreas do conhecimento e a dispersão dos alunos;
CONSIDERANDO a necessidade de normatizar o horário do componente curricular Educação Física da Rede Pública de Ensino na Capital e Interior;
CONSIDERANDO, sobretudo, o resultado das discussões com a participação da equipe da Coordenação de Educação Física da Secretaria de Estado da Educação de Qualidade do Ensino, Assessores da Educação Física dos Distritos Educacionais, Professores de Educação Física da Rede Pública de Ensino, Coordenadores das Coordenadorias Distritais Educacionais e Conselho Estadual de Educação do Amazonas;
RESOLVE
I- Os Profissionais de Educação Física da Educação Básica deverão cumprir uma carga horária máxima de 20 (vinte) horas semanais por turno, sendo, no mínimo 05 (cinco) e no máximo 07 (sete) turmas do componente curricular Educação Física e 10 (dez) e 06 (seis) horas, respectivamente, para a prática desportiva, Progressão Parcial em Educação Física, ou ainda, não havendo espaço físico na escola para desenvolver o esporte coletivo, o professor deverá responsabilizar-se por um dos projetos complementares inseridos no Projeto Político Pedagógico da Escola pertinentes ao componente curricular Educação Física, pois o mesmo é parte integrante da escola, e por isso deve participar de todas as atividades desenvolvidas, inclusive as extra-classe.
II- Que o Componente Curricular Educação Física seja ministrado de acordo com as especificidades da disciplina, dentro de uma visão holística, inclusiva e participativa para formação de cidadãos. 
III- Que as aulas de Educação Física visam à pluralidade cultural, á diversidade étnica e à promoção da saúde através dos jogos, dos movimentos e atividades não-formais.
IV- Que o traje do Profissional de Educação Física seja condizente com a atividade ministrada, ou seja, não utilizar trajes inadequados, a exacerbada Será definido no Projeto Político Pedagógico o horário das aulas de Educação exposição das partes íntimas e ou vestiários que não seja específico da prática.
V- Física, respeitando a realidade das instalações, espaços físicos, condições climáticas da região e as individualidades biológicas dos alunos.
VI- As aulas deverão ser realizadas no horário em que o aluno esteja regulamente matriculado ou em contraturno, atendendo às peculiaridades e interesses coletivos.
VII- A elaboração da carga horária dos profissionais de Educação Física e sua operacionalização, assim como o seu plano de unidade e horários de classe devem estar atualizados e à disposição dos gestores e pedagogos das escolas para acompanhamento.
VIII- As aulas de treinamento desportivo poderão ser realizadas nos três turnos, nas escolas que oferecem estrutura e que conste da sua Proposta Pedagógica. Os projetos devem ser encaminhados ao Departamento de Políticas e Programas Educacionais/DEPPE-Coordenação de Educação Física, para a devida apreciação e acompanhamento técnico-pedagógico.
IX- O aluno que estiver participando do treinamento desportivo e/ou projetos não estará dispensado das aulas do componente curricular de Educação Física. 
X- o aluno, mesmo aprovado, conforme parágrafo 3º da Lei nº 10.793 de 11 de dezembro de 2003, terá de freqüentar as aulas de Educação Física, para atender aos pré-requisitos da avaliação que determina sua aprovação.
XI- As aulas de Educação Física deverão ser devidamente registradas no Diário de Classe, de acordo com as orientações legais.
XII- Para garantir a efetivação das atividades de Educação Física, o trabalho realizado deverá ser planejado e elaborado com a participação dos professores das demais áreas de conhecimento, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais.
XIII- Cumprimento da Lei nº 10.793 e Res. 09/05 – CEE/AM com a efetivação das aulas de Educação Física do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental (séries iniciais).
XIV- A inclusão da Educação Física no turno noturno, em cumprimento à Lei nº 10.793 e Res. 09/05-CEE/AM, deverá acontecer gradativamente.
XV – A aplicabilidade desta Norma deverá atender à realidade de cada escola, estendendo-se aos alunos com necessidades educacionais especiais.
XVI – Revogadas as disposições em contrário, esta Norma entra em vigor na data de sua publicação. 
PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO DO AMAZONAS NO DIA 09/12/10: PAGINAS, 3/4.
	Outra legislação estadual a respeito da Educação Física é a RESOLUÇÃO Nº 09/2005, aprovada em 01/03/2005 pelo Conselho Estadual de Educação. 
Essa Resolução fixa a normas aplicáveis à Educação Física no Estado do Amazonas e diz o seguinte:
	O CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO AMAZONAS, usando das atribuições que lhe são conferidas por Lei, e
	CONSIDERANDO a necessidade de adaptação da Res. Nº 049/98- CEE/AM, às Leis 10.328 de 12 de dezembro de 2001 e 10.793 de 1º de dezembro de 2003;
	CONSIDERANDO ainda, a competência deste Conselho, no que preceitua a Lei 9394/96 em seu art.10, inciso V, em baixar normas complementares aplicadas ao seu sistema de ensino; 
					RESOLVE:
	Art. 1º - O componente curricular Educação Física, obrigatório nos diversos níveis da Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio), a ser ministrado por professor devidamente habilitado, deve estar integrada à Proposta Pedagógica a ser oferecido ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar.
	Art. 2º - Determinar que o componente curricular Educação Física seja ministrado de forma teórica e prática.
	Art. 3º - A abordagem teórica ministrada na disciplina Educação Física, deve transmitir informações que contribuam para o desenvolvimento harmônico do corpo e do espírito, estabelecido na Proposta Curricular e Pedagógica.
	Art. 4º - O exercício das atividades do Componente Curricular Educação Física oferecido de forma prática, incluirá:
I – Jogos e Recreação;
II – Atividades Físicas; 
III – Treinamento Desportivo
	Parágrafo único – Os critérios para execução das atividades citadas nos incisos I, II e III devem constar na Proposta Pedagógica do estabelecimento.
	Art. 5º - A prática da Educação Física, também poderá ser facultativaaos alunos da Educação Básica, que comprovem impossibilidade e/ou incapacidade de presença as aulas.
	§ 1º - Considerar-se-á para fins de dispensa à prática da Educação Física que trata o caput deste artigo o aluno:
portador de afecções congênitas ou adquiridas, infecções, traumatismo ou outras condições mórbidas atestadas por médico;
que comprove exercer atividade profissional em jornada igual ou superior a 6 (deis) horas;
maior de trinta anos de idade;
que comprove estar prestando serviço militar inicial ou que em situação similar, estiver obrigado à prática da Educação Física;
que tenha prole; 
que comprove estar realizando prática desportiva na Fundação Vila Olímpica, estiver obrigado à prática de educação física;
os vinculados às federações desportivas, que comprovem sua participação em competições desportivas oficiais, de âmbito Estadual, Nacional ou Internacional, bem como em suas fases preparatórias.
§ 2º Os casos omissos neste artigo, serão resolvidos pelos estabelecimentos de ensino mediante decisão dos Conselhos de Classe e/ou Escolar, na impossibilidade de resolvê-los, o Diretor de Ensino os encaminhará para análise e Parecer deste Conselho. 
	Art. 6º - O interessado deve requerer ao Estabelecimento de Ensino, sua dispensa à prática da Educação Física, até 30 (trinta) dias após o inicio do ano letivo, devendo anexar cópia autenticada ou original do documento comprobatório.
	Parágrafo único - Se o impedimento ocorrer durante o período letivo, o discente deverá requerer sua dispensa à prática da Educação Física, em até 72 (setenta e duas) horas após a expedição do atestado médico, e/ou outro documento que comprove tal necessidade, devendo anexá-lo ao requerimento.
	Art. 7º - No exercício da Educação Física, a escola dará o mesmo tratamento pedagógico atribuído aos outros componentes curriculares quanto á verificação do rendimento escolar, conforme previsto no seu Regimento e Proposta Pedagógica.
	Art. 8º - Nas atividades de Educação Física a escola deve estimular a promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais, buscando entre outras, a integração escola-comunidade, conforme previsto no art. 27, inciso IV da Lei nº 9394/96.
	Art. 9º - Cabe aos professores e à equipe pedagógica da escola, informar e orientar os alunos sobre as exigências desta Resolução, verificando periodicamente os casos de infreqüência às aulas, para acompanhamento pedagógico e envolvimento da família, informando-a sobre a freqüência e aproveitamento escolar.
	Art. 10º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogada a Resolução nº 049/98, de 19/06/98, deste Conselho Estadual de Educação.
	SALA DAS SESSÕES DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO AMAZONAS, em Manaus, 01 de março de 2005.
					Inaran Bastos de Mattos
					Presidente Substituta
No âmbito municipal existem três (3) regulamentações sobre a Educação Física Escolar. Duas delas da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), sendo uma Norma Pedagógica e uma Instrução Normativa, e uma do Conselho Municipal de Educação (CME). Inicialmente vamos apresentar a Norma Pedagógica da SEMED, que na realidade disciplina a carga horária do Professor de Educação Física na Escola, o horário em que a disciplina deverá ser oferecida e estabelece outros critérios. 
NORMA PEDAGÓGICA 001/00 SEMED
A SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO e o DEPARTAMENTO DE ENSINO, no uso de suas atribuições,
CONSIDERANDO o que preceitua a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei 9394/96 em seu Artigo 24, inciso V, alínea a, Artigo 26, parágrafo 3 e Artigo 27, inciso IV;
CONSIDERANDO o Projeto de Redimensionamento da Educação Básica do Município – PRORED; 
CONSIDERANDO o que preceitua a Resolução n 07 /CME/98; 
Considerando a necessidade de assegurar o processo ensino-aprendizagem da disciplina Educação Física com as concepções atuais,
RESOLVE:
I – A distribuição de turmas deverá obedecer ao que se segue:
a) Na Educação Infantil (pré-escolar), Ensino Fundamental (1 a 4), Educação Especial e Educação de Jovens e Adultos, o professor deverá atender 08 (oito) turmas, com carga de 20 (vinte) horas/aula;
b) No Ensino Fundamental (5 a 8), o professor deverá atender a 06 (seis) turmas, com carga de 20 (vinte) horas/aula;
c) Para a garantia do êxito pedagógico, o professor deverá atender o número máximo de 01 (uma) turma por hora/aula, sem que haja discriminação por qualquer razão, exceto para treinamento de futuras competições esportivas. 
II – A carga horária deverá ser distribuída obedecendo aos critérios abaixo:
Matutino – não ultrapassar às 10h30m no período de inverno e às 10h no período de verão, exceto para escolas com área coberta;
Vespertino – a partir das 14h.30min no período de inverno e 15h no período de verão, exceto para escolas com área coberta; 
Na Educação Infantil (pré-escola), Ensino Fundamental (1 a 4), Educação Especial e Educação de Jovens e Adultos deverão acontecer 02 (duas) aulas (sessões) por semana, em dias alternados, com duração de 40 minutos a hora/aula, no mesmo turno das turmas;
No Ensino Fundamental (5 a 8 séries) serão 3 (três) aulas (sessões) por semana, em dias alternados com duração de 50 (cinqüenta) minutos a hora/aula, de acordo com a estrutura curricular a perfazer um total de 120 (cento e vinte) aulas (sessões). Sendo que para as classes do turno matutino, as aulas de Educação Física serão ministradas no turno vespertino e as classes do turno vespertino no turno matutino ou ainda, de acordo com a comunidade na qual a escola está inserida.
III – O planejamento, na forma interdisciplinar, deverá ser elaborado com os demais professores regentes de classe, sob a coordenação e acompanhamento da equipe técnico-pedagógica e direção da escola.
IV – Quanto às orientações didáticas, nas aulas de Educação Física, o professor deverá:
Partir de situações globais e diversificadas para as especificas e refinadas; 
Incluir os contextos pessoais, culturais e sociais que ocorrem;
Ajudar as crianças a conviver em grupo de maneira produtiva, com cooperação; 
Dialogar, ouvir, ajudar, pedir ajuda, trocar idéias e experiências;
Enfocar a complexidade das relações entre corpo e mente dentro de um contexto sociocultural;
Variar na organização de suas atividades, favorecendo a troca de repertórios e procedimentos de resolução dos problemas corporais;
Viabilizar e valorizar as características individuais existentes entre as crianças em relação às capacidades e habilidades; 
Considerar e aproveitar os conhecimentos culturais das crianças, avaliando a eficiência gestual qualitativamente; 
Adaptar suas atividades e dar importância a motricidade dos meninos e meninas, cujas anatomias e culturas diferentes devem se completar e enriquecer-se mutuamente;
Democratizar a participação das crianças em todas as atividades, promovendo formas de rodízio ou criando regras nesse sentido;
Identificar as dificuldades ou defasagem de competência existentes nas crianças, promovendo atividades em que possam avançar corporalmente;
Abordar diferentes jogos e atividades e discutir as regras em conjunto com os alunos, buscando razões que as originaram, propondo modificações e respeitando-as;
Estabelecer e organizar regras de convívio social;
Apropriar-se de instrumentos para monitorar seus trabalhos, medir seus avanços e atentar para suas atividades corporais e pedagógicas gradativamente;
Criar situações em que as atividades sejam assistidas e comentadas nos diferentes movimentos, nas estratégias, posturas, gestos etc, através de vídeos, programas de televisão, ou palestras com pessoas da própria comunidade escolar. 
V – O exame biométrico é um instrumento diagnóstico e avaliativo do professor. Portanto, deverá ser sistematizada a sua execução no início do 1 bimestre, no final do 2 e no final do 4 bimestre, assim como analisado e discutido com os alunos.
VI – Estabelecer que sejam considerados alguns procedimentosquanto a avaliação na disciplina:
No início do ano letivo, deverá ser realizada pelo professor a avaliação inicial ou diagnóstica da turma. Com base nesse diagnóstico, o professor deverá refletir e adequar sua proposta de trabalho, ou seja, o planejamento;
Durante o processo ensino-aprendizagem, o professor deverá atentar para questões que necessariamente devam promover formação integral do aluno, considerando as características deste, em todas as suas dimensões (cognitiva, corporal, afetiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção social);
A avaliação processual ou formativa acontecerá durante todo o processo ensino-aprendizagem, considerando os critérios identificados no diário de classe;
Ao final do ano letivo, o professor realizará a avaliação classificatório com base no grau de aproveitamento do aluno, considerando os objetivos de ensino propostos para cada série; 
A avaliação para as escolas que desenvolvem os Projetos de Avaliação Educacional (PAE) e Avaliação e Promoção Continua (APC), deverá obedecer às orientações especificas dos mesmos. Enquanto que nas escolas fora dos projetos de avaliação, o rendimento deverá ser por nota, apropriando-se de instrumentos para monitorar o trabalho e medir avanços, atentando para as limitações dos alunos. 
VII – Os casos omissos nesta Norma Pedagógica, serão resolvidos pelo Departamento de Ensino. 
CIENTIFIQUE-SE E CUMPRA-SE
Manaus, 19 de junho de 2000.
MARIA DO PERPÉTUO SOCORRO VEIGA HORTA
	Diretora do Departamento de Ensino
Visto: VERA LÚCIA MARQUES EDWARDS
	Secretária Municipal de Educação
RESOLUÇÃO Nº. 07/CME/2007 – REGULAMENTA A PRÁTICA DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO
CONSIDERANDO as disposições constantes nas Leis nº. 9394/96 e 10.793/2001 e a Resolução nº. 07/1998; 
Considerando a necessidade de adaptação da Resolução nº.7/CME/1998 em consonância às Leis nº. 9394/96, de 20.12.1996, com as alterações produzidas pelas Leis nº. 10.328, de 12.12.2001 e nº. 10.793, de 1º de 12.2003; e 
Considerando o teor do Processo nº. 001/CME/2006, objeto do Ofício nº. 0523/2006/SEMED/GS, datado de 08.02.2006. 
Resolve: 
Art. 1º A prática de Educação Física nos estabelecimentos que compõem o Sistema Municipal de Ensino é componente Curricular Obrigatório da Educação Básica, integrada a proposta pedagógica da Escola e deverá ser oferecida pelas instituições pertencentes ao Sistema Municipal de Ensino, nos turno diurno e noturno, com abrangência na Educação Infantil, Ensino Fundamental do 1º ao 9º ano, Educação Especial e na modalidade presencial da Educação de Jovens e Adultos. 
Art. 2º Determina que o Componente Curricular Educação Física seja ministrado de forma teórica e prática, por professor devidamente habilitado, inserido na carga horária mínima estabelecida na Lei nº. 9394/96. 
Art. 3º A abordagem teórica ministrada na disciplina Educação Física deve transmitir informações que contribuam para o desenvolvimento harmônico do corpo e do espírito, consubstanciado no estabelecido na Proposta Curricular e Pedagógica. 
Art. 4º O exercício das atividades do componente curricular Educação Física, oferecido de forma prática, incluirá: 
I – Jogos e Recreação; 
II – Atividades Físicas; 
III – Treinamento Desportivo. 
Parágrafo Único – Os critérios para execução das atividades citadas nos incisos acima devem constar na Proposta Pedagógica das Instituições Educacionais. 
Art. 5º A prática de Educação Física poderá ser facultativa aos alunos da Educação Básica que comprovem impossibilidade e/ou incapacidade de presença de aulas. Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental deverão ser avaliados por meio de notas mensuráveis em diferentes instrumentos. 
§ 1º Considerar-se-á para fins de dispensa à prática da Educação Física de que trata o caput deste artigo, o aluno que: 
a) cumprir jornada de trabalho igual ou superior a seis horas; 
b) for maior de trinta anos de idade; 
c) estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática de educação física; 
d) estiver amparado pelo Decreto-Lei nº. 1044, de 21 de outubro de 1969; 
e) tenha prole; 
f) comprove estar realizando prática desportiva na Fundação Vila Olímpica e obrigado a prática de Educação Física; 
g) estiver vinculado às federações desportivas, comprovando sua participação em competições desportivas oficiais de âmbito estadual, nacional ou internacional, bem como, em suas fases preparatórias; 
§ 2º Os casos omissos neste artigo serão resolvidos pelos estabelecimentos de ensino mediante decisão dos conselhos de classe e/ou escolar e, na impossibilidade de resolvê-los, o Diretor de Ensino os encaminhará para análise e Parecer deste Conselho. 
§ 3º A dispensa à prática de Educação Física deverá ser requerida pelo aluno interessado, mediante requerimento fundamentado e instruído com o documento original ou cópia autenticada que comprove uma das hipóteses acima descritas, endereçando-o ao estabelecimento de ensino até 30 dias após o início do ano letivo. 
§ 4º Na hipótese do impedimento ocorrer durante o período letivo, o aluno deverá requerer sua dispensa à prática de Educação Física, em até 72 (setenta e duas) horas após a expedição do atestado médico ou outro documento que comprove tal necessidade, devendo anexá-lo ao requerimento. 
Art. 6º No exercício das atividades de Educação Física a escola dará o mesmo tratamento pedagógico atribuindo aos outros componentes curriculares quanto a verificação do rendimento escolar, conforme previsto no seu regimento e proposta pedagógica. 
Art. 7º Nas atividades de Educação Física a escola deve estimular a promoção do desporto educacional e o apoio às práticas desportivas não-formais, buscando entre outras, a integração escola-comunidade, conforme previsto no Art. 27, IV, da Lei nº. 9394/96. 
Art. 8º As atividades práticas e os conteúdos teóricos deverão ser devidamente registrados em diários de aula com orientações legais. 
Art. 9º Para garantir o cumprimento da atual concepção de Educação Física o trabalho a ser realizado deverá ser planejado e elaborado com a participação do professor de Educação Física e os professores das demais disciplinas, sob o acompanhamento didático-pedagógico da escola. 
§ 1º Os conteúdos trabalhados deverão considerar as diferentes dimensões, sejam elas procedimentais ou atitudinais. 
§ 2º Os conteúdos referentes à difusão dos valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos estabelecidos no Art. 27, I, da Lei nº. 9394/96 deverão ser trabalhadas de forma transversalizada. 
§ 3º Os conteúdos trabalhados deverão ser desenvolvidos com a promoção do desporto educacional e o apoio as práticas desportivas não-formais, consoante disposto no Art. 27, IV, da Lei nº. 9394/96. 
Art. 10º Cabe aos professores e a equipe pedagógica da escola informar os alunos sobre as exigências desta resolução, verificando, periodicamente, os índices de freqüência as aulas, para o devido acompanhamento pedagógico e envolvimento da família, informa-a sobre a freqüência e aproveitamento escolar. 
Art. 11º Esta resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogada a Resolução nº. 07/CME/1998, aprovada em 23 de 04 de 1998, neste Conselho Municipal de Educação do Município de Manaus. 
Sala do plenário do Conselho Municipal de Educação do Município de Manaus, em Manaus 01 de Junho de 2007. 
Nara Helena da Silva Teófilo
Instrução Normativa nº 01/ SEMED/2011
A SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I, II e IV do art. 86 da LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE MANAUS, Resolução n◦ 09/2009/CME/AM;
CONSIDERANDO as disposições constantes nas Leis Ns◦ 9394/96, 10.793/2001, 10.793, de 1º de 12.2003 e a Resolução N◦ 07/2007 CME/AM;
CONSIDERANDO as Diretrizes Curriculares e os Parâmetros Curriculares Nacionais que orientam a prática pedagógica da Educação Física; 
CONSIDERANDO a continuidadedas ações curriculares em turno único ou contra turno de acordo com a realidade das escolas; 
CONSIDERANDO, ainda, a necessidade de assegurar o cumprimento da carga horária e o processo de ensino-aprendizagem da disciplina de Educação Física na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação Especial,
 RESOLVE:
I – DO NÚMERO DE TURMAS
Educação Infantil: de 08 (oito) a 10(dez) turmas, ministrando 02 (duas) sessões semanais, no mesmo horário de estudo dos alunos;
 Ensino Fundamental (1º ao 5º ano): 10 (dez) turmas, ministrando 02 (duas) sessões semanais, no mesmo horário de estudo dos alunos;
 Ensino Fundamental (6º ao 9º ano): de 08 (oito) turmas, ministrando 02 (duas) sessões semanais, no mesmo horário de estudo dos alunos;
Educação Especial: 08 (oito) turmas, ministrando 2 (duas) sessões semanais, no mesmo horário de estudo dos alunos.
Em todos os casos deverá ser preservada a HTP (hora de trabalho pedagógico) do professor para planejamento, reuniões e formação continuada.
Nos casos onde a escola possua um número de turmas inferior a 8 (oito), o professor de Educação Física deverá completar sua carga horária semanal com atendimento na própria escola ou em outra, priorizando:
a) Atendimento às turmas do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano);
b) Atendimento às turmas no Ensino Fundamental (1º ao 5º ano);
c) Projetos interdisciplinares (a serem desenvolvidos com os alunos, em parceria com os professores de outras áreas);
d) Projetos esportivos.
II – DO HORÁRIO DAS AULAS
Será definido no Projeto Político Pedagógico o horário das aulas de Educação Física, respeitando a realidade das instalações, espaços físicos e condições climáticas da região; 
As aulas deverão ser realizadas no horário em que o aluno está regularmente matriculado ou contra turno, atendendo as peculiaridades e interesses coletivos.
III – DA ATUAÇÃO
Na Educação Infantil, nos anos iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano), na Educação de Jovens e Adultos e no Programa Aceleração de Aprendizagem, o licenciado em Pedagogia e o portador de diploma obtido em curso de licenciatura de graduação plena, em Institutos Superiores de Educação (Normal Superior), está habilitado a trabalhar nas escolas que não possuem professores de Educação Física, conforme o PARECER CNE/CEB nº 16 de 03 de julho de 2001, a Resolução CNE/CP nº 01, de 15 de maio de 2006 e a Resolução CNE/CEB nº 07 de 14 de dezembro de 2010.
Nos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), a atuação será exclusiva do professor de Educação Física, devidamente habilitado, conforme os Art. 62, Art. 67 e Art. 87 da Lei 9394/96.
IV – DO PLANEJAMENTO
O planejamento na forma interdisciplinar deverá ser elaborado com os demais professores regentes de classe, sob a coordenação e o acompanhamento da equipe técnico-pedagógica e da direção da escola. 
O professor de Educação Física deve participar de todas as reuniões de planejamento e demais atividades previstas no calendário da escola, em conjunto com os demais professores. 
V – DOS CONTEÚDOS
As aulas de Educação Física deverão contemplar as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais atendendo os princípios pedagógicos da inclusão, alteridade e diversidade buscando desenvolver nos alunos a aprendizagem dos conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, ministrados de forma prática e teórica, com registro no diário de classe.
V I– DAS AVALIAÇÕES
 Na Educação Infantil, no 1º ano do Ensino Fundamental, na Educação Especial, no Programa Aceleração de Aprendizagem e na Educação de Jovens e Adultos deverá obedecer aos critérios específicos estabelecidos na proposta pedagógica.
No (2º ao 9º ano) do Ensino Fundamental, os alunos deverão ser avaliados por meio de notas mensuráveis em diferentes instrumentos avaliativos.
Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
REGISTRE-SE, PUBLIQUE-SE E CUMPRA-SE
Manaus, 14 de fevereiro de 2011 
Lei 9696/98 | Lei nº 9.696, de 1 de setembro de 1998
  
Dispõe sobre a regulamentação da Profissão de Educação Física e cria os respectivos Conselho Federal e Conselhos Regionais de Educação Física.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o O exercício das atividades de Educação Física e a designação de Profissional de Educação Física é prerrogativa dos profissionais regularmente registrados nos Conselhos Regionais de Educação Física.  
Art. 2o Apenas serão inscritos nos quadros dos Conselhos Regionais de Educação Física os seguintes profissionais: 
 I - os possuidores de diploma obtido em curso de Educação Física, oficialmente autorizado ou reconhecido; 
 II - os possuidores de diploma em Educação Física expedido por instituição de ensino superior estrangeira, revalidado na forma da legislação em vigor;  
III - os que, até a data do início da vigência desta Lei, tenham comprovadamente exercido atividades próprias dos Profissionais de Educação Física, nos termos a serem estabelecidos pelo Conselho Federal de Educação Física. 
 Art. 3o Compete ao Profissional de Educação Física coordenar, planejar, programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, avaliar e executar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas de atividades físicas e do desporto. 
 Art. 4o São criados o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Educação Física. 
 Art. 5o Os primeiros membros efetivos e suplentes do Conselho Federal de Educação Física serão eleitos para um mandato tampão de dois anos, em reunião das associações representativas de Profissionais de Educação Física, criadas nos termos da Constituição Federal, com personalidade jurídica própria, e das instituições superiores de ensino de Educação Física, oficialmente autorizadas ou reconhecidas, que serão convocadas pela Federação Brasileira das Associações dos Profissionais de Educação Física - FBAPEF, no prazo de até noventa dias após a promulgação desta Lei.
Art. 6o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 1 de setembro de 1998; 177o da Independência e 110o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Intervenção do Profissional de Educação Física
INTRODUÇÃO
          O Conselho Federal de Educação Física - CONFEF, em cumprimento ao que determina a Lei Federal nº 9696, de 1º de Setembro de 1998, tem desenvolvido significativas ações na perspectiva do reconhecimento legal, da organização e da valorização social da Profissão Educação Física.
          Também, por determinação da Lei nº 9696/98, que regulamentou essa profissão, é prerrogativa do profissional graduado em Curso Superior de Educação Física (Licenciatura ou Bacharelado), com registro no Sistema CONFEF/CREFs, a prestação de serviços à população em todas as atividades relacionadas à Educação Física e nas suas diversas manifestações e objetivos. É, portanto, um campo profissional legalmente organizado, integrado a área da saúde e da educação, sendo necessário que, em todas as ocupações profissionais do campo de Educação Física, se considere esta nova realidade.
          Diante dessa realidade e na observância das suas responsabilidades sociais, o CONFEF realizou, no ano de 2000, na cidade de Belo Horizonte/MG, o Fórum Nacional dos Cursos de Formação Profissional em Educação Física do Brasil. Esse evento contou com a participação de 85% (oitenta e cinco por cento) das Instituições de Ensino Superior que oferecem Cursos de Graduação em Educação Física. Envolvendo Dirigentes de todas as regiões, o Fórum oportunizou a discussão de vários aspectos da formação profissional e consagrou-se como o mais importante e privilegiado espaço para o debate de questões dessa natureza no país.Considerando a necessidade identificada pelo CONFEF de desencadear uma discussão mais aprofundada sobre a nova realidade do mercado de trabalho dos Profissionais de Educação Física, diante da pluralidade de competências próprias desses profissionais e, principalmente, da regulamentação da profissão ocorrida em 1998, uma das temáticas abordadas no Fórum de Belo Horizonte foi a da Intervenção Profissional, trazendo à tona um assunto, até então, pouco abordado no âmbito da formação superior. 
          Outros momentos de debate sobre o tema ocorreram nos Fóruns Regionais de Educação Física, realizados nas várias regiões do país, nos meses de Junho, Julho e Agosto de 2001, possibilitando o envolvimento das Instituições de Ensino Superior nas discussões e apresentando novos subsídios para análise do tema. 
          A importância atribuída pelo Sistema CONFEF/CREFs a problemática da intervenção profissional, levou-o a instituir a Comissão Especial de Intervenção Profissional, para sistematizar Documento referencial e orientador sobre a Intervenção Profissional na área de Educação Física.
          No contexto dos trabalhos implementados pela Comissão Especial de Intervenção Profissional, importa destacar a relevância das contribuições advindas do Conselho Regional de Educação Física da 6ª Região, com jurisdição no Estado de Minas Gerais - CREF6/MG, as quais foram sistematizadas em uma proposta que contou com a colaboração de especialistas de destaque, no cenário da Educação Física nacional, além de sugestões encaminhadas por profissionais da área. Essas contribuições, desde o início, balizaram o trabalho da Comissão. 
          O Documento aqui apresentado, intitulado "Intervenção Profissional em Educação Física", tem como perspectiva, se constituir um dos instrumentos orientadores para a construção de projetos pedagógicos dos Cursos de Formação Superior na área da Educação Física, além de um instrumento norteador das ações de organização e de fiscalização do exercício da profissão.
          Para melhor posicionamento frente ao Documento aqui apresentado, cabe destacar o entendimento de que o atleta, profissional ou amador, é aquele que possuindo habilidade reconhecida, tem o esporte como arte ou ofício, da qual tira, ou não, o seu sustento, podendo, inclusive, manter vínculo empregatício conforme a CLT. Dessa forma, conforme o conceito de profissão regulamentada, como especifica a Lei nº 9696/98, o atleta não é considerado Profissional de Educação Física ou do desporto. Este entendimento é extensivo aos atletas de lutas e de artes marciais, bem como, aos dançarinos e bailarinos.
          Concepção similar pode ser adotada em relação ao árbitro esportivo. Este profissional é parte do esporte, do mesmo modo que o atleta. Assim sendo, como o atleta, o dançarino e o bailarino, o árbitro esportivo exerce uma função que exige conhecimento e habilidades específicas que não o caracterizam como Profissional de Educação Física. 
          Dada a dimensão e a importância deste Documento, decorrente da realidade surgida com a regulamentação da profissão, espera-se que o mesmo traduza o entendimento da comunidade brasileira de Educação Física sobre a Intervenção dos Profissionais de Educação Física. 
          A Comissão Especial de Intervenção Profissional agradece as várias e significativas contribuições que deram corpo e respaldo ao Documento aqui apresentado, reconhecendo o seu caráter dinâmico e a necessidade de articular, num exercício dialógico, os atores e os segmentos envolvidos, objetivando a sua permanente avaliação e reconstrução, de modo que possa traduzir, fielmente, a realidade da Educação Física brasileira.
          Comissão Especial de Intervenção Profissional do CONFEF: José Maria de Camargo Barros, SP - Presidente; Iguatemy Maria de Lucena Martins, PB; Lamartine Pereira da Costa, RJ; Marino Tessari, SC; Paulo Roberto Bassoli, MG; Renato Madeiros de Morais, PE.
I - PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA
          O Profissional de Educação Física é especialista em atividades físicas, nas suas diversas manifestações - ginásticas, exercícios físicos, desportos, jogos, lutas, capoeira, artes marciais, danças, atividades rítmicas, expressivas e acrobáticas, musculação, lazer, recreação, reabilitação, ergonomia, relaxamento corporal, ioga, exercícios compensatórios à atividade laboral e do cotidiano e outras práticas corporais, tendo como propósito prestar serviços que favoreçam o desenvolvimento da educação e da saúde, contribuindo para a capacitação e/ou restabelecimento de níveis adequados de desempenho e condicionamento fisiocorporal dos seus beneficiários, visando à consecução do bem-estar e da qualidade de vida, da consciência, da expressão e estética do movimento, da prevenção de doenças, de acidentes, de problemas posturais, da compensação de distúrbios funcionais, contribuindo ainda, para a consecução da autonomia, da auto-estima, da cooperação, da solidariedade, da integração, da cidadania, das relações sociais e a preservação do meio ambiente, observados os preceitos de responsabilidade, segurança, qualidade técnica e ética no atendimento individual e coletivo.
II - EDUCAÇÃO FÍSICA
          A Educação Física contempla, dentre outros, os significados:
· O conjunto das atividades físicas e desportivas;
· A profissão constituída pelo conjunto dos graduados habilitados, e demais habilitados, no Sistema CONFEF/CREFs, para atender as demandas sociais referentes às atividades físicas nas suas diferentes manifestações, constituindo-se em um meio efetivo para a conquista de um estilo de vida ativo dos seres humanos;
· O componente curricular obrigatório, em todos os níveis e modalidades do ensino básico, cujos objetivos estão expressos em Legislação específica e nos projetos pedagógicos;
· Área de estudo e/ou disciplina no Ensino Superior;
· O corpo de conhecimentos, entendido como o conjunto de conceitos, teorias e procedimentos empregados para elucidar problemas teóricos e práticos, relacionados à esfera profissional e ao empreendimento científico, na área específica das atividades físicas, desportivas e similares.
III - RESPONSABILIDADE SOCIAL NO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
1 - DA INTERVENÇÃO PROFISSIONAL
          A Intervenção Profissional é a aplicação dos conhecimentos científicos, pedagógicos e técnicos, sobre a atividade física, com responsabilidade ética.
          A intervenção dos Profissionais de Educação Física é dirigida a indivíduos e/ou grupos-alvo, de diferentes faixas etárias, portadores de diferentes condições corporais e/ou com necessidades de atendimentos especiais e desenvolve-se de forma individualizada e/ou em equipe multiprofissional, podendo, para isso, considerar e/ou solicitar avaliação de outros profissionais, prestar assessoria e consultoria.
          O Profissional de Educação Física utiliza diagnóstico, define procedimentos, ministra, orienta, desenvolve, identifica, planeja, coordena, supervisiona, leciona, assessora, organiza, dirige e avalia as atividades físicas, desportivas e similares, sendo especialista no conhecimento da atividade física/motricidade humana nas suas diversas manifestações e objetivos, de modo a atender às diferentes expressões do movimento humano presentes na sociedade, considerando o contexto social e histórico-cultural, as características regionais e os distintos interesses e necessidades, com competências e capacidades de identificar, planejar, programar, coordenar, supervisionar, assessorar, organizar, lecionar, desenvolver, dirigir, dinamizar, executar e avaliar serviços, programas, planos e projetos, bem como, realizar auditorias, consultorias, treinamentos especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares, informes técnicos, científicos e pedagógicos, todos nas áreas das atividades físicas, do desporto e afins.
          O Profissional de Educação Física, pela natureza e características da profissão que exerce, deve ser devidamente registrado no Sistema CONFEF/CREFs- Conselho Federal/Conselhos Regionais de Educação Física, possuidor da Cédula de Identidade Profissional, sendo interventor nas diferentes dimensões de seu campo de atuação profissional, o que supõe pleno domínio do conhecimento da Educação Física (conhecimento científico, técnico e pedagógico), comprometido com a produção, difusão e socialização desse conhecimento a partir de uma atitude crítico-reflexiva.
2- DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
          O Profissional de Educação Física exerce suas atividades por meio de intervenções, legitimadas por diagnósticos, utilizando-se de métodos e técnicas específicas, de consulta, de avaliação, de prescrição e de orientação de sessões de atividades físicas e intelectivas, com fins educacionais, recreacionais, de treinamento e de promoção da saúde, observando a Legislação pertinente e o Código de Ética Profissional e, sujeito à fiscalização em suas intervenções no exercício profissional pelo Sistema CONFEF/CREFs.
3- DOS MEIOS DA INTERVENÇÃO PROFISSIONAL
          Na sua intervenção, o Profissional de Educação Física utiliza-se de procedimentos diagnósticos, técnicas e instrumentos de medidas e avaliação funcional, motora, biomecânica, composição corporal, programação e aplicação de dinâmica de cargas, técnicas de demonstração, auxílio e segurança à execução dos movimentos, servindo-se de instalações, equipamentos e materiais, música e instrumentos musicais, tecnicamente apropriados.
4 - DOS LOCAIS DE INTERVENÇÃO
          O exercício do Profissional de Educação Física é pleno nos serviços à sociedade, no âmbito das Atividades Físicas e Desportivas, nas suas diversas manifestações e objetivos. O Profissional de Educação Física atua como autônomo e/ou em Instituições e Órgãos Públicos e Privados de prestação de serviços em Atividade Física, Desportiva e/ou Recreativa e em quaisquer locais onde possam ser ministradas atividades físicas, tais como: Instituições de Administração e Prática Desportiva, Instituições de Educação, Escolas, Empresas, Centros e Laboratórios de Pesquisa, Academias, Clubes, Associações Esportivas e/ou Recreativas, Hotéis, Centros de Recreação, Centros de Lazer, Condomínios, Centros de Estética, Clínicas, Instituições e Órgãos de Saúde, "SPAs", Centros de Saúde, Hospitais, Creches, Asilos, Circos, Centros de Treinamento Desportivo, Centros de Treinamento de Lutas, Centros de Treinamento de Artes Marciais, Grêmios Desportivos, Logradouros Públicos, Praças, Parques, na natureza e outros onde estiverem sendo aplicadas atividades físicas e/ou desportivas.
IV - CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL
          Considerando as exigências de qualidade e de ética profissional nas intervenções, o Profissional de Educação Física deverá estar capacitado para:
1 - Compreender, analisar, estudar, pesquisar (profissional e academicamente), esclarecer, transmitir e aplicar os conhecimentos biopsicossociais e pedagógicos da atividade física e desportiva nas suas diversas manifestações, levando em conta o contexto histórico cultural;
2 - Atuar em todas as dimensões de seu campo profissional, o que supõe pleno domínio da natureza do conhecimento da Educação Física e das práticas essenciais de sua produção, difusão, socialização e de competências técnico-instrumentais a partir de uma atitude crítico-reflexiva e ética;
3 - Disseminar e aplicar conhecimentos práticos e teóricos sobre a Educação Física (Atividade Física/Motricidade Humana/Movimento Humano), analisando-os na relação dinâmica entre o ser humano e o meio ambiente;
4 - Promover uma educação efetiva e permanente para a saúde e a ocupação do tempo livre e de lazer, como meio eficaz para a conquista de um estilo de vida ativo e compatível com as necessidades de cada etapa e condições da vida do ser humano;
5 - Contribuir para a formação integral de crianças, jovens, adultos e idosos, no sentido de que sejam cidadãos autônomos e conscientes;
6 - Estimular e fomentar o direito de todas as pessoas à atividade física, por vias formais e/ou não formais;
7- Promover estilos de vida saudáveis, conciliando as necessidades de indivíduos e grupos, atuando como agente de transformação social;
8- Conhecer e utilizar os recursos tecnológicos, inerentes à aplicação profissional.
V - ESPECIFICIDADES DA INTERVENÇÃO PROFISSIONAL
1 - REGÊNCIA/DOCÊNCIA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
          Intervenção: Identificar, planejar, programar, organizar, dirigir, coordenar, supervisionar, desenvolver, avaliar e lecionar os conteúdos do componente curricular/disciplina Educação Física, na Educação Infantil, no Ensino Fundamental, Médio e Superior e nas atividades de natureza técnico-pedagógicas (Ensino, Pesquisa e Extensão), no campo das disciplinas de formação técnico-profissional no Ensino Superior, objetivando a formação profissional.
2 - TREINAMENTO DESPORTIVO
          Intervenção: Identificar, diagnosticar, planejar, organizar, dirigir, supervisionar, executar, programar, ministrar, prescrever, desenvolver, coordenar, orientar, avaliar e aplicar métodos e técnicas de aprendizagem, aperfeiçoamento, orientação e treinamento técnico e tático, de modalidades desportivas, na área formal e não formal.
3 - PREPARAÇÃO FÍSICA
          Intervenção: Diagnosticar, planejar, organizar, supervisionar, coordenar, executar, dirigir, programar, ministrar, desenvolver, prescrever, orientar e aplicar métodos e técnicas de avaliação, prescrição e orientação de atividades físicas, objetivando promover, otimizar, reabilitar, maximizar e aprimorar o funcionamento fisiológico orgânico, o condicionamento e o desempenho físico dos praticantes das diversas modalidades esportivas, acrobáticas e artísticas.
4 - AVALIAÇÃO FÍSICA
          Intervenção: Diagnosticar, planejar, organizar, supervisionar, coordenar, executar, dirigir, programar, ministrar, desenvolver, prescrever, orientar, identificar necessidades, desenvolver coleta de dados, entrevistas, aplicar métodos e técnicas de medidas e avaliação cineantropométrica, biomecânica, motora, funcional, psicofisiológica e de composição corporal, em laboratórios ou no campo prático de intervenção, com o objetivo de avaliar o condicionamento físico, os componentes funcionais e morfológicos e a execução técnica de movimentos, objetivando orientar, prevenir e reabilitar o condicionamento, o rendimento físico, técnico e artístico dos beneficiários.
5- RECREAÇÃO EM ATIVIDADE FÍSICA
          Intervenção: Diagnosticar, identificar, planejar, organizar, supervisionar, coordenar, executar, dirigir, assessorar, dinamizar, programar, ministrar, desenvolver, prescrever, orientar, avaliar e aplicar atividades físicas de caráter lúdico e recreativo, objetivando promover, otimizar e restabelecer as perspectivas de lazer ativo e bem estar psicossocial e as relações sócio-culturais da população.
6 - ORIENTAÇÃO DE ATIVIDADES FÍSICAS
          Intervenção: Diagnosticar, planejar, organizar, supervisionar, coordenar, executar, dirigir, assessorar, dinamizar, programar, desenvolver, prescrever, orientar, avaliar, aplicar métodos e técnicas motoras diversas, aperfeiçoar, orientar e ministrar os exercícios físicos, objetivando promover, otimizar, reabilitar e aprimorar o funcionamento fisiológico orgânico, condicionamento e o desempenho fisiocorporal, orientar para: o bem-estar e o estilo de vida ativo, o lazer, a sociabilização, a educação, a expressão e estética do movimento, a prevenção de doenças, a compensação de distúrbios funcionais, o restabelecimento de capacidades fisiocorporais, a auto-estima, a cidadania, a manutenção das boas condições de vida e da saúde da sociedade.
7 - GESTÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTO
          Intervenção: Diagnosticar, identificar, planejar, organizar, supervisionar, coordenar, executar, dirigir, assessorar, dinamizar, programar, ministrar, desenvolver, prescrever, prestar consultoria, orientar, avaliar e aplicar métodos e técnicas de avaliação na organização, administração e/ou gerenciamento de instituições, entidades, órgãos e pessoasjurídicas cujas atividades fins sejam atividades físicas e/ou desportivas.
VI - CONCEITUAÇÃO DE TERMOS
1- ATIVIDADE FÍSICA
          Atividade física é todo movimento corporal voluntário humano, que resulta num gasto energético acima dos níveis de repouso, caracterizado pela atividade do cotidiano e pelos exercícios físicos. Trata-se de comportamento inerente ao ser humano com características biológicas e sócio-culturais.
          No âmbito da Intervenção do Profissional de Educação Física, a atividade física compreende a totalidade de movimentos corporais, executados no contexto de diversas práticas: ginásticas, exercícios físicos, desportos, jogos, lutas, capoeira, artes marciais, danças, atividades rítmicas, expressivas e acrobáticas, musculação, lazer, recreação, reabilitação, ergonomia, relaxamento corporal, ioga, exercícios compensatórios à atividade laboral e do cotidiano e outras práticas corporais.
2 - EXERCÍCIO FÍSICO
          Seqüência sistematizada de movimentos de diferentes segmentos corporais, executados de forma planejada, segundo um determinado objetivo a atingir. 
Uma das formas de atividade física planejada, estruturada, repetitiva, que objetiva o desenvolvimento da aptidão física, do condicionamento físico, de habilidades motoras ou reabilitação orgânico-funcional, definido de acordo com diagnóstico de necessidade ou carências específicas de seus praticantes, em contextos sociais diferenciados.
3 - DESPORTO/ ESPORTE
          Atividade competitiva, institucionalizado, realizado conforme técnicas, habilidades e objetivos definidos pelas modalidades desportivas, determinado por regras preestabelecidas que lhe dá forma, significado e identidade, podendo também, ser praticado com liberdade e finalidade lúdica estabelecida por seus praticantes, realizado em ambiente diferenciado, inclusive na natureza (jogos: da natureza, radicais, orientação, aventura e outros). A atividade esportiva aplica-se, ainda, na promoção da saúde e em âmbito educacional de acordo com diagnóstico e/ou conhecimento especializado, em complementação a interesses voluntários e/ou organização comunitária de indivíduos e grupos não especializados.
LEGISLAÇÃO ESPORTIVA
A legislação esportiva brasileira inicia-se em 1938 com a criação do Conselho Nacional de Cultura (decreto-lei nº 526 de 01 de julho de 1938), órgão de coordenação de todas as atividades relacionadas com o desenvolvimento cultural do País, estando aí incluída a Educação Física (Ginástica e Esportes).
Em 1939, com a criação da Comissão Nacional de Desportos, nasceu efetivamente a legislação desportiva brasileira.
Em 1941, com o mundo em plena Segunda Guerra e o Brasil submetido a um regime ditatorial, foi promulgado o decreto-lei nº 3.199, estabelecendo as Bases da Organização Desportiva em todo o País. A legislação tinha como objetivo o controle, pelo Estado das atividades desportivas, vigiando os Clubes e Associações de modo a impedir e inibir as atividades consideradas contrárias à segurança nacional. Nesse ano também foram criados o Conselho Nacional de Desportos (C. N. D.) e a Confederação Brasileira de Desporto Universitária (Decreto nº 3.617).
Em 1945, através do decreto-lei nº 8.458 foi regulamentado o registro dos Estatutos das Associações Desportivas.
Em 1961, pelo Decreto-Lei nº 51.008 disciplinou-se as competições desportivas de futebol em relação a horário, intervalo entre partidas e período de recesso (férias obrigatória para os jogadores).
Em 1967, em pleno regime militar (ditadura), com a reforma Constitucional, foi outorgada a competência à União para legislar sobre as “ normas gerais dos desportos”. Tal situação só foi materializada em 1975 por meio da Lei nº 6.271, regulamentada em 1977 por meio do Decreto nº 80.228.
Em 1976 a Lei nº 6.354 regulamenta a profissão do atleta profissional de futebol.
Em 1988 com a promulgação de nova Constituição Federal, a chamada Constituição Cidadã, no seu Artigo 24, parágrafo I, fica estabelecido que a competência para legislar sobre os Desportos é do Governo Federal, editando normas gerais sobre os princípios administrativos e organizacionais do Desporto Brasileiro.
No entanto, o Artigo 217, parágrafo I da mesma Constituição prevê que:
“a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto à sua organização e funcionamento”.
Em razão da Constituição Federal de 1988, várias Leis já foram editadas para atender o disposto no Artigo 217, tais como:
Lei nº 8.672 de 6/7/93 – conhecida como Lei Zico, regulamentada pelo Decreto nº 918 de 11/11/93. 
Atualmente encontra-se em vigor a Lei nº 9.615 de 24/03/98, conhecida como Lei Pelé, que substituiu a Lei Zico. A Lei Pelé já foi alterada inúmeras vezes, procurando sempre ajustar as necessidades do futebol profissional.
A Lei Pelé, regulamentada pelo Decreto nº 2.574, de 29 de abril de 1998, diz:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º - O desporto brasileiro abrange as práticas formais e não-formais e obedece às normas gerais desta Lei, inspirado nos fundamentos constitucionais do estado democrático de direito. 
§ 1º - Prática Desportiva Formal: regulada por normas e regras nacional e internacional.
§ 2º - Prática Desportiva não-formal: liberdade lúdica de seus praticantes.
CAPÍTULO II
DA NATUREZA E DAS FINALIDADES DO DESPORTO
Art. 2º - O desporto pode ser reconhecido em qualquer das seguintes manifestações:
I – desporto educacional, praticado nos sistemas de ensino e em formas assistemáticas de educação, evitando-se a seletividade, a hipercompetividade de seus praticantes, com a finalidade de alcançar o desenvolvimento integral do indivíduo e a sua formação para o exercício da cidadania e a prática do lazer;
II – desporto de participação, praticado de modo voluntário, compreendendo as modalidades desportivas praticadas com a finalidade de contribuir para a integração dos praticantes na plenitude da vida social, na promoção da saúde e educação e na preservação do meio ambiente; e
III – desporto de rendimento, praticado segundo normas gerais do Lei nº 9.615 de 1998, e das regras de prática desportiva, nacional e internacional, com a finalidade de obter resultados em integrar pessoas e comunidades do País e estas com as de outras nações.
Art. 3º - O desporto de rendimento pode ser organizado e praticado:
a) de modo profissional, caracterizado pela remuneração pactuada em contrato formal de trabalho entre o atleta maior de dezoito anos e a entidade de prática desportiva empregadora que o mantiver sob qualquer forma de vínculo;
b) de modo não-profissional, identificado pela liberdade de prática e pela inexistência de contrato de trabalho, sendo permitido o recebimento de incentivos materiais e de patrocínio (alterado pela Lei nº 9.981 de 14 de junho de 2000).
CAPÍTULO V
DA PRÁTICA DESPORTIVA PROFISSIONAL
Art. 28 - Atletas e entidades de prática desportiva são livres para organizar a atividade profissional, qualquer que seja a sua modalidade, respeitando os termos desta Lei.
Art. 29 - As atividades relacionadas as competições de atletas profissionais são privativas de:
 I – sociedades civis de fins lucrativos; 
II – sociedades comerciais admitidas na legislação em vigor; 
III – entidades de prática desportiva que constituírem sociedade comercial para administração das atividades de que trata este artigo.
Art. 30 – A atividade do atleta profissional, de todas as modalidades desportivas, é caracterizada por remuneração pactuada em contrato formal de trabalho firmado com entidade de prática desportiva, pessoa jurídica de direito privado, que deverá conter, obrigatoriamente, cláusula penal para as hipóteses de descumprimento, rompimento ou rescisão unilateral.
Esta unidade está voltada para os profissionais da Educação Física que atuam nas diversas dimensões organizacionais da Educação Física e do Esporte. Entendemos ser necessário que um profissional da Educação Física conheçaum mínimo sobre o processo administrativo, portanto, pretendemos, a seguir, familiarizar os leitores com os componentes, fundamentos e conceitos da tarefa administrativa. 
CONCEITO DE ESPORTE (TANI, 1996)
ESPORTE/ 					ESPORTE/CONTEÚDO
RENDIMENTO			 DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Objetiva		MÁXIMO					ÓTIMO
							
					 ESPORTE				
Visa a 		COMPETIÇÃO 				APRENDIZAGEM
							
							
Ocupa-se com 	TALENTO					PESSOA COMUM
					PATRIMÔNIO
					 
 CULTURAL						
Preocupa-se com 	POTENCIAL					POTENCIAL E
								LIMITAÇÃO
							
Submete a 		TREINAMENTO				PRÁTICA
						
						DA	
Orienta-se com 	ESPECIFICIDADE				GENERALIDADE
							
							
Enfatiza o		PRODUTO					PROCESSO
							
					HUMANIDADE	
Resulta em 		INOVAÇÃO					DIFUSÃO								
							
ADMINISTRAÇÃO/ GESTÃO
Administrar ou gerir é a tarefa que possibilita alcançar os objetivos previamente definidos com maior eficiência, ou seja, com menor dificuldade e maior rapidez.
Administrar ou gerir é um desempenho especializado de funções complexas, que não pode ser deixado à intuição simples ou ao acaso. Portanto, a administração dever ser encarada de forma cientifica, baseando-se na capacidade adquirida de administrar, em conhecimentos especializados e, na aplicação sistemática de conhecimentos administrativos.
 	Diante da complexidade e da dimensão da tarefa gerencial (administrativa), chega-se a conclusão que para exercer as funções tipicamente administrativas as pessoas devem adquirir conhecimentos de:
PLANEJAMENTO – ORGANIZAÇÃO – DIREÇÃO e CONTROLE/AVALIAÇÃO
PLANEJAMENTO
GENERALIDADES
Quando Planejamos, na verdade, estabelecemos uma ligação entre o presente e o futuro. Esta ligação materializa-se na figura de uma ponte, indicando-nos o caminho que deverá ser percorrido para sairmos de onde nos achamos e chegarmos a uma situação desejada.
Quando iniciamos um processo de Planejamento, faz-se necessário que pensemos e nos fixemos no futuro. 
Em um processo de Planejamento, o administrador estabelece:
Os objetivos, os métodos, e os recursos (humanos, financeiros e físicos) necessários para atingi-los.
Em razão de planejarmos os trabalhos de outras pessoas, faz-se necessário que estas executem de acordo com o que foi planejado, e aí reside um dos obstáculos do Planejamento. 
O Planejamento é, portanto, a função mais importante inerente ao processo administrativo, ocorre em todos os tipos de atividades e pode ser considerado como uma necessidade da organização e uma responsabilidade do administrador (gestor). 
 
CONCEITO
Planejamento é a função administrativa de determinar adiantadamente o que uma ou um grupo de pessoa(s) deve(m) fazer e qual(is) a(s) meta(s) deve(m) ser atingida(s).
FASES DO PLANEJAMENTO
FASE 1 – É a chamada fase de predeterminação. É feito antes de iniciar a execução.
São estabelecidos, por um lado, os objetivos ou metas desejados e o modo como elas devem ser atingidas, e por outro lado, é nesta fase que são identificados os obstáculos, dificuldades e problemas que poderão obstruir o atingimento dos objetivos definidos. É nessa fase que estabelecemos o que deve ser feito, como, onde, quando e por quem, em maior ou menor proporção.
FASE 2 – Especialista. É feito por especialistas para outros executarem.
Caracteriza-se pelo fato de que o(s) administrador(es) pensa(m) adiantadamente sobre uma ação que vai se desenvolver em tempo futuro, portanto, ele(s) se especializa(m) em prever a ação posterior. 
FASE 3 – Ação em grupo - Contribui para o esforço de um grupo.
Identifica-se por expressar claramente os objetivos pessoais e do grupo. Quando ela é desenvolvida, o grupo trabalha com bases firmes e tem noção do que deve ser executado, como e por quem. 
ORGANIZAÇÃO INTRODUÇÃO
O termo Organização tem origem no grego “organon”, que significa instrumento, utensílio. Existem dois sentidos (significados) para a palavra ORGANIZAÇÃO:
Por um lado designa unidades e entidades sociais tais como fabricas, bancos, a Administração Pública. Aqui a Organização é entendida como uma constituição física, uma entidade conscientemente coordenada, gozando de fronteiras relativamente delimitadas, que funciona numa base relativamente contínua, tendo em vista a realização dos objetivos. 
Por outro lado, o mesmo termo designa certas condutas sociais, ou seja, o ato ou efeito de organizar, a função administrativa, tais como: o ato de organizar as atividades dentro dessas Organizações, a integração dos diversos membros de uma unidade coerente, a movimentação de recursos (humanos e físicos).
O papel da organização como função administrativa é exatamente alocar, arranjar, agrupar, reunir, dividir trabalho, especializar, para que as atividades sejam executadas da melhor maneira possível. O agrupamento dos órgãos e das atividades envolve a reunião de pessoas e recursos sob a autoridade de um chefe. Assim a organização precisa lidar com pessoas, órgãos e relações de autoridade e responsabilidade. Para que os objetivos sejam alcançados, os planos sejam executados e as pessoas possam trabalhar eficientemente, as atividades precisam ser adequadamente agrupadas e a autoridade convenientemente distribuída. 
Do bando de indisciplinados à família, da família à tribo, da tribo à cidade/estado, da cidade/estado às nações, impérios e civilizações, o Homem sempre teve necessidade de referencias de organizações para poder viver. Atualmente a palavra Organização é muito utilizada já que temos de viver em sistemas minimamente organizados. Como tal, na sociedade moderna, a mesma pessoa pode assumir uma multiplicidade de funções que têm a ver com aspectos específicos da vida de cada dia. 
Normalmente, tudo deve ser organizado de uma maneira lógica e racional para que todas as coisas sejam utilizadas da melhor maneira possível. Organizar não é ajuntar as coisas.
Com maior ou menor dimensão, com uma estrutura mais ou menos complexa, com objetivos os mais diferenciados, desde econômicos aos religiosos, passando por muitos outros, entre os quais, os desportivos, as sociedades têm-se vindo a estruturar através de organizações mais ou menos formais que congregam interesses comuns prosseguidos por grupos de pessoas.
Um grupo organizado é um conjunto de indivíduos que interagem freqüentemente, que estão ligados por relações de poder e que são livres de sair do grupo.
No entanto, em termos pessoais não somos nós que imprimimos o ritmo de nossa vida. Os fatos que aparecem diariamente são os determinantes para sermos classificados como pessoas que se destacam no trabalho, que somos pessoas mais produtivas do que outras, que temos uma vida equilibrada e ainda encontramos tempo para outras atividades, tais como ler bons livros, fazer exercícios e navegar na Internet. Para que isso aconteça basta um pouco de organização.
Algumas pessoas pensaram que a tecnologia resolveria a sua falta de organização. Puro engano. As ferramentas tecnológicas não tomam decisões. A tecnologia ajuda sim, mas só quem é organizado. Computadores, fax, telefones celulares, Internet, caixas eletrônicos foram criados para facilitar a vida das pessoas. Mas também nos tornou escravos dessa mesma tecnologia.
A ênfase em organizar está na criação da estrutura que resultará em eficiência máxima. Ao organizar temos que levar em consideração que existem fatores concretos e fatores abstratos que podem influir na busca dos objetivos.
FATORES CONCRETOS, tais como: equipamentos, pessoal, financeiros, materiais e outros. 
FATORES ABSTRATOS, tais como: atribuição de tarefas e funções, definição das relações entre os elementos da organização, atribuição de autoridade e outros. 
CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO
Organizar é lançar a base sobre a qual terá lugar a atividade.
A organização é inerente a toda forma de esforço humano associado, ainda que apenas duas pessoas estejam envolvidas.
Organizarsignifica a utilização de todas as partes, de maneira conveniente para uso e serviço. 
Organizar é o processo de projetar, ordenar e construir uma unidade economicamente perfeita. É a arte de empregar eficientemente todos os recursos disponíveis a fim de alcançar determinado objetivo.
A ênfase em organizar está na criação da estrutura que resultará em eficiência máxima. 
PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
PRINCIPIO DA ESPECIALIZAÇÃO/DIVISÃO DE TRABALHO
Toda Organização deve fundamentar-se na divisão do trabalho que provoca a especialização das pessoas em determinadas atividades. A especialização produz um incremento da quantidade e qualidade do trabalho executado.
PRINCIPIO DA DEFINIÇÃO FUNCIONAL
O trabalho de cada pessoa, a atividade de cada órgão e as relações de autoridade e responsabilidade são aspectos que devem ser claramente definidos por escritos. É importante deixar clara a posição de cada pessoa ou órgão dentro da estrutura organizacional da empresa.
PRINCÍPIO DA PARIDADE DA AUTORIDADE E RESPONSABILIDADE
Autoridade é o poder de dar ordens e exigir obediência do subordinado. Responsabilidade é o dever de prestar contas ao superior. O principio da paridade salienta que deve haver uma correspondência entre o volume de autoridade e de responsabilidade atribuídos a cada pessoa ou órgão. A cada responsabilidade deve corresponder uma autoridade que permita realiza-la e a cada autoridade deve corresponder uma responsabilidade equivalente.
ORGANIZAÇÃO DO TEMPO
Ás vezes ouve-se alguém falar mais ou menos assim: 
“Hoje tenho tanta coisa para fazer, que nem sei por onde começar”; ou,
“O dia precisaria ter 48 horas para eu poder fazer tudo o que preciso”; ou,
“Hoje trabalhei feito um desgraçado e não fiz nada”. 
Na realidade, tudo o que temos de fazer é importante. O que temos de definir, a cada dia é: O QUE É URGENTE E O QUE É IMPORTANTE. 
URGENTE:
É tudo aquilo que você precisa fazer hoje e não pode deixar de fazer hoje, porque senão vai dar problema. 
IMPORTANTE:
É tudo aquilo que você deveria fazer hoje, mas se não fizer, você pode fazer amanhã ou outro dia, mas não pode deixar de ser feito.
Estabeleça diariamente o que é urgente e o que é importante.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
A Organização abrange o conjunto de meios materiais e humanos, enquanto que a estrutura diz respeito mais particularmente às pessoas em suas relações de interpendência na empresa.
A estrutura é à disposição de um conjunto de pessoas reunidas por uma rede de ligações de dependência ou de cooperação, constituindo inicialmente grupos elementares que se integram em uma sucessão de conjuntos mais complexos, o último dos quais constituirá a empresa em si mesmo. Enfim, a estrutura de uma empresa é a organização das relações entre as pessoas que a constituem.
DELEGAÇÃO DE RESPONSABILIDADE E AUTORIDADE 
RESPONSABILIDADE
É definida por um conjunto de atribuições que especificam as responsabilidades e prerrogativas de quem recebeu a delegação.
A RESPONSABILIDADE ESTÁ LIGADA À AUTORIDADE E NÃO PODE EXCEDÊ-LA NEM SER DELEGADA.
AUTORIDADE
É o direito de comandar, isto é, o direito de decidir, de dar ordens e de controlar a execução destas ordens. A delegação de autoridade confere a quem recebeu total responsabilidade perante a autoridade que delega, tanto para a tomada de decisão quanto para o controle da sua execução.
 
AUTORIDADE HIERÁRQUICA
É a autoridade delegada sobre pessoas.
AUTORIDADE FUNCIONAL
É a autoridade delegada sobre atividades. Ela é confiada a uma pessoa que recebe poder para regulamentar o exercício de certo número de atividades, basicamente homogêneas, cujo grupamento e denominada função.
FUNÇÃO
É a área concreta na qual se exerce a autoridade funcional.
ASSESSORES
Os assessores não representam um tipo de autoridade, mas apenas a extensão da autoridade básica para funções técnicas e especializadas.
COMPETÊNCIA FUNCIONAL
Quando o responsável funcional não recebe delegação de autoridade sobre um conjunto de atividades, mas está habilitado a realizar estudos e pesquisas num campo definido.
Competência funcional se impõe através da autoridade do saber.
EXECUÇÃO/DIREÇÃO
Executar significa interpretar o planejamento e executá-los em direção aos objetivos a atingir.
Enquanto as demais funções administrativas – planejamento, organização e controle – são impessoais, a execução é um processo interpessoal que determina relações entre indivíduos.
Terminada a fase de planejamento e organização, a atividade pode ser iniciada. Isso significa que o trabalho físico e intelectual de desenvolver o resultado final esperado pode começar, ou seja, resta fazer as coisas acontecerem.
Os recursos humanos são mobilizados e utilizados em seus cargos e funções, são treinados e motivados para alcançarem os resultados que deles se esperam. Os recursos materiais vão sendo consumidos, de acordo com os planos operacionais.
Predomina nesta fase as funções de supervisão de mão-de-obra, de acompanhamento e controle de qualidade dos fornecimentos, de realização de reuniões de avaliação e de controle orçamentário.
DIREÇÃO
É a função correspondente à ação do gerente na condução e liderança de seus subordinados para a execução do planejado.
A transmissão das ordens escritas ou orais deve ser feita formalmente. O ideal é por escrito. A instrução (ordem) deve ser clara, acompanhada de motivação, respeitando às características dos indivíduos e as condições ambientais.
CONTROLE - AVALIAÇÃO
A função do controle/avaliação é inerente á atividade gerencial.
O bom administrador planeja e controla; o mau gerente usa o controle como um fim em si mesmo. 
Há dois pontos principais de atenção por parte do administrador diante da função da controle/avaliação:
O primeiro liga-se ao fato de que há uma natural tendência de controlar pessoas em lugar de fatos, o que conduz a deteriorização do relacionamento entre os participantes da organização.
O segundo é o da necessidade de formular planos de modo a permitir o controle.
Controlar/avaliar muitas vezes é entendido como medir, e para isso, esta função depende da definição adequada de objetivos, do estabelecimento de padrões de avaliação, de circulação de informações e da correção.
Muitas pessoas interpretam o sistema de controle/avaliação como uma forma de verificação ou vigilância, não como uma forma de tarefas que são encarregadas de executar, mas sim delas próprias, como gente.
	O sistema de controle/avaliação serve para comparar o executado com o planejado. Nele, mede-se o desempenho, comparando-se objetivos e planos. Através do sistema controle/avaliação o gestor procura se certificar de que o que está sendo executado, corresponde ao que se tinha à intenção de fazer. É, portanto, uma função administrativa primordial para qualquer tipo de gestão, e é essencialmente a mesma, independente do tipo de atividade.
	A função administrativa de controle/avaliação, na verdade, tem um enfoque regulador e restritivo, mas sobre as atividades e não necessariamente sobre as pessoas. 
	Um gestor (professor) deve saber se atingiu os objetivos pré-estabelecidos, se os atingiu no prazo certo, se utilizou corretamente os recursos (humanos, físicos e financeiros) disponíveis. O sistema adotado de controle/avaliação permite, por um lado, ter certeza de que a execução está sendo feita de acordo com os planos e efetuarmos as correções caso haja desvios e, por outro lado, facilitar a interpretação dos resultados conseguidos.
CONCEITO
	A seguir vamos apresentar vários conceitos de controle/avaliação:
	Função administrativa que consiste em verificar e corrigir o desempenho das atividades a fim de assegurar que os objetivos e os planos idealizados para atingi-los estão sendo realizados. É, portanto, a atividade através do qual todo gestor se certifica de que aquilo que está sendo feito corresponde

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