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DocGo.Net Controladoria 2012.pdf

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CONTROLADORIACONTROLADORIA
Caderno de Estudos
Prof. Luciano FernandesProf. Luciano Fernandes
Editora Grupo UNIASSELVI
2012
NEAD
Educação a Distância
GRUPOGRUPO
 
Copyright  Editora GRUPO UNIASSELVI 2012
Elaboração:
Prof. Luciano Fernandes
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo Da Vinci - UNIASSELVI
Ficha catalográca elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri
Grupo UNIASSELVI – Indaial.
 
657.45
F363c Fernandes, Luciano
 Controladoria / Luciano Fernandes. Indaial : Uniasselvi,
2012.
 331 p. : il.
 
Inclui bibliograa.
 ISBN 978-85-7830-513-0
1. Auditoria - controladoria.
 I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
 
 
APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO
Caro(a) acadêmico(a)!
Diz o provérbio chinês que “Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a
colher aquilo que plantamos”.
Plantei para você a semente do conhecimento na disciplina de Controladoria e você
poderá, ao m da terceira unidade, colher os melhores frutos que conseguir.
Tenha certeza de uma coisa! Você está se preparando para uma das prossões mais
valorizadas nos tempos atuais, e nesta prossão ocontroller é um dos principais e mais atuantes
cargos em atividade nas organizações, pois além da sua visão holística de todos os processos
de negócio, possui competências e habilidades multidisciplinares para atuar no ponto nevrálgico
que mais impacta na eciência e ecácia das organizações, o processo de gestão.
Para que consiga atingir este propósito, a Unidade 1 abordará os conceitos básicos
de controladoria, com o seu processo natural e evolutivo, a sua estrutura conceitual à luz da
ciência, as funções que a controladoria deve exercer e as atribuições e perl do prossional 
controller . Ainda será abordada a estrutura organizacional, discutindo a controladoria como
órgão formal do sistema empresa, dotado de objetivos e missão, e como a ciência se materializa
nas organizações através das funções de controladoria.
Na Unidade 2 será abordada a controladoria e sua relação com o processo de
gestão das organizações, porém a visão holística proporcionada pela controladoria requer
conhecimento sistêmico, observando a empresa como sistema aberto e dinâmico. Além disso,
será abordada a função da controladoria inserida no processo de gestão, a importância da
função controles internos e função de gestão da informação para a controladoria e, ainda, os
princípios relacionados à governança corporativa.
Finalmente, na Unidade 3 será abordada a controladoria no controle. Aqui será discutido
o uso de alguns artefatos (ferramentas) utilizados pela controladoria para que consiga cumprir
sua missão. O uso desses artefatos para apoiar as atividades de controladoria, que aqui será
abordado, tem como enfoque na avaliação de desempenho, utilizando os conceitos de criação
de valor, avaliação de custos usando conceitos marginais, ponto de equilíbrio, análise de
variações, entre outros. Também considera a formação de preço de venda, avaliação nanceira
com uso de conceitos de retorno de investimentos e análise das demonstrações contábeis,
planejamento orçamentário e avaliação da gestão tributária.
Bons estudos!
Prof. Luciano FernandesProf. Luciano Fernandes
iiiiii
 
iviv
 U N I
Oi!! Eu sou o UNI, você já me conhece das outras disciplinas.
Estarei com você ao longo deste caderno. Acompanharei os seus
estudos e, sempre que precisar, farei algumas observações.
Desejo a você excelentes estudos!
UNIUNI
 
vv
SUMÁRIOSUMÁRIO
PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINAPLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA .............................................................................. ix
UNIDADE 1: ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIAUNIDADE 1: ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA ......................... 1
TÓPICO 1: ASPECTOS HISTÓRICOS DA CONTROLADORIATÓPICO 1: ASPECTOS HISTÓRICOS DA CONTROLADORIA ..................................... 3
1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 3
2 EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE E O SURGIMENTO DA CONTROLADORIA2 EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE E O SURGIMENTO DA CONTROLADORIA ....... 4
3 DESENVOLVIMENTO DA CONTABILIDADE GERENCIAL E A3 DESENVOLVIMENTO DA CONTABILIDADE GERENCIAL E A
CONTROLADORIACONTROLADORIA ....................................................................................................... 6
RESUMO DO TÓPICO 1RESUMO DO TÓPICO 1 ................................................................................................. 10
AUTOATIVIDADEAUTOATIVIDADE ............................................................................................................ 11
TÓPICO 2: ESTRUTURA CONCEITUAL DA CONTROLADORIATÓPICO 2: ESTRUTURA CONCEITUAL DA CONTROLADORIA ................................ 15
1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 15
2 ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DE CONTROLADORIA2 ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DE CONTROLADORIA ................................. 16
3 DEFINIÇÃO E 3 DEFINIÇÃO E OBJETO DA CONTROLADORIAOBJETO DA CONTROLADORIA ........................................................ 18
3.1 DEFINIÇÃO DA CONTROLADORIA......................................................................... 18
3.2 OBJETO DA CONTROLADORIA .............................................................................. 21
4 A CONTROLADORIA E O RELACIONAMENTO COM AS ÁREAS AFINS4 A CONTROLADORIA E O RELACIONAMENTO COM AS ÁREAS AFINS ............... 23
5 SUBDIVISÕES DA CONTROLADORIA5 SUBDIVISÕES DA CONTROLADORIA ...................................................................... 25
RESUMO DO TÓPICO 2RESUMO DO TÓPICO 2 ................................................................................................. 26
AUTOATIVIDADEAUTOATIVIDADE ........................................................................................................... 27
TÓPICO 3: ESTRUTURA FUNCIONAL DA CONTROLADORIATÓPICO 3: ESTRUTURA FUNCIONAL DA CONTROLADORIA .................................. 31
1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 31
2 A2 ATIVIDADES E TIVIDADES E FUNÇÕES DA CONTROLADORIAFUNÇÕES DA CONTROLADORIA ................................................... 32
3 O PROFISSIONAL3 O PROFISSIONAL CONTROLLER NAS ORGANIZAÇÕES NAS ORGANIZAÇÕES ...................................... 38
3.1 PERFIL DA FUNÇÃO ................................................................................................ 40
3.2 ATRIBUIÇÕES DOCONTROLLER ........................................................................... 43
4 RELAÇÃO ENTRE CONTROLADORIA4 RELAÇÃO ENTRE CONTROLADORIA VERSUS CONTROLE INTERNO CONTROLE INTERNO ............... 44
5 RELAÇÃO ENTRE CONTROLADORIA5 RELAÇÃO ENTRE CONTROLADORIA VERSUS AUDITORIA INTERNA E AUDITORIA INTERNA E
FUNÇÃO DE CONTROLE INTERNOFUNÇÃO DE CONTROLE INTERNO ......................................................................... 46
6 FUNÇÕES DE 6 FUNÇÕES DE CONTROLADORIA E TESOURARIACONTROLADORIA E TESOURARIA ................................................. 48
RESUMO DO TÓPICO 3RESUMO DO TÓPICO 3 ................................................................................................. 49
AUTOATIVIDADEAUTOATIVIDADE ........................................................................................................... 51
TÓPICO 4: ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA CONTROLADORIATÓPICO 4: ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA CONTROLADORIA ....................... 55
1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 55
2 A UNIDADE ORGANIZACIONAL CHAMADA CONTROLADORIA2 A UNIDADE ORGANIZACIONAL CHAMADA CONTROLADORIA ............................ 56
3 MISSÃO E OBJETIVOS 3MISSÃO E OBJETIVOS DA CONTROLADORIADA CONTROLADORIA ....................................................... 58
4 POSICIONAMENTO NA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL4 POSICIONAMENTO NA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ..................................... 61
 
vivi
5 ORGANIZAÇÃO 5 ORGANIZAÇÃO INTERNA DA CONTROLADORIAINTERNA DA CONTROLADORIA ................................................... 63
LEITURA COMPLEMENTARLEITURA COMPLEMENTAR.......................................................................................... 65
RESUMO DO TÓPICO 4RESUMO DO TÓPICO 4 ................................................................................................. 67
AUTOATIVIDADEAUTOATIVIDADE ........................................................................................................... 68
AVALIAÇÃOAVALIAÇÃO .................................................................................................................... 71
UNIDADE 2: A CONTROLADORIA NO PROCESSO DE UNIDADE 2: A CONTROLADORIA NO PROCESSO DE GESTÃO DASGESTÃO DAS
EMPRESASEMPRESAS ............................................................................................... 73
TÓPICO 1: ENFOQUE SISTÊMICO TÓPICO 1: ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESAE O SISTEMA-EMPRESA .................................... 75
1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 75
2 CONCEITO E CARACTERÍSTICAS DE SISTEMA2 CONCEITO E CARACTERÍSTICAS DE SISTEMA ..................................................... 75
3 A EMPRESA COMO SISTEMA ABERTO E DINÂMICO3 A EMPRESA COMO SISTEMA ABERTO E DINÂMICO ............................................. 80
4 OS SUBSISTEMAS DO 4 OS SUBSISTEMAS DO SISTEMA-EMPRESASISTEMA-EMPRESA ........................................................... 84
5 FUNÇÃO CONTR5 FUNÇÃO CONTROLADORIA INSERIDA NO SISTEMA DE GESTÃOOLADORIA INSERIDA NO SISTEMA DE GESTÃO ...................... 92
5.1 PROCESSO DECISÓRIO ......................................................................................... 94
5.2 MODELO DE GESTÃO E O PROCESSO DE GESTÃO .......................................... 97
5.2.1 Planejamento ........................................................................................................ 102
5.2.1.1 Processo de planejamento ................................................................................ 103
5.2.1.2 Planejamento estratégico .................................................................................. 107
5.2.1.3 Planejamento tático ........................................................................................... 130
5.2.1.4 Planejamento operacional................................................................................. 130
5.2.1.5 Estudo de caso: orçamento empresarial da empresa Controlatudo Ltda. ........ 134
5.2.2 Execução .............................................................................................................. 146
5.2.3 Controle ................................................................................................................ 147
5.3 MEDIDAS CORRETIVAS ........................................................................................ 152
RESUMO DO TÓPICO 1RESUMO DO TÓPICO 1 ............................................................................................... 153
AUTOATIVIDADEAUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 155
TÓPICO 2: SISTEMAS DE CONTROLE INTERNOTÓPICO 2: SISTEMAS DE CONTROLE INTERNO ..................................................... 159
1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 159
2 ASPECTOS CONCEITUAIS DO CONTROLE INTERNO2 ASPECTOS CONCEITUAIS DO CONTROLE INTERNO ......................................... 160
3 IMPORTÂNCIA E OBJETIVOS DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO3 IMPORTÂNCIA E OBJETIVOS DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO .............. 163
4 ESTRUTURA DE MODELOS EM CONTROLES INTERNOS UTILIZADOS NAS4 ESTRUTURA DE MODELOS EM CONTROLES INTERNOS UTILIZADOS NAS
EMPRESASEMPRESAS ............................................................................................................... 166
5 FRAUDE5 FRAUDE VERSUS FRAQUEZAS DE CONTROLES INTERNOS FRAQUEZAS DE CONTROLES INTERNOS ............................ 179
RESUMO DO TÓPICO 2RESUMO DO TÓPICO 2 ............................................................................................... 182
AUTOATIVIDADEAUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 183
TÓPICO 3: SISTEMAS DE INFORMAÇÃOTÓPICO 3: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ................................................................. 187
1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 187
2 ASPECTOS CONCEITUAIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO2 ASPECTOS CONCEITUAIS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ............................. 187
3 INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS NO PROCESSO DE GESTÃO3 INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS NO PROCESSO DE GESTÃO ............................ 189
 
viivii
4 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAL4 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAL ........................................................... 191
4.1 SISTEMAS DE PADRÕES ...................................................................................... 192
5 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL (SIC)5 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL (SIC) .................................................... 194
RESUMO DO TÓPICO 3RESUMO DO TÓPICO 3 ............................................................................................... 197
AUTOATIVIDADEAUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 199
TÓPICO 4: GOVERNANÇA CORPORATIVA E A TEORIA DA AGÊNCIATÓPICO 4: GOVERNANÇA CORPORATIVA E A TEORIA DA AGÊNCIA.................. 203
1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 203
2 CONCEITO DE2 CONCEITO DE ACCOUNTABILITY E SUA RELAÇÃO C E SUA RELAÇÃO COM AOM A
CONTROLADORIACONTROLADORIA ................................................................................................... 204
3 TEORIA D3 TEORIA DA AGÊNCIAA AGÊNCIA ............................................................................................... 207
3.1 PROBLEMAS DE AGÊNCIA ................................................................................... 209
3.2 CUSTOS DE AGÊNCIA ........................................................................................... 210
3.3 ASSIMETRIA DE INFORMAÇÕES ......................................................................... 210
4 GOVERNANÇA CORPORATIVA4 GOVERNANÇA CORPORATIVA............................................................................... 213
4.1 GOVERNANÇA CORPORATIVA NO BRASIL ......................................................... 215
LEITURA COMPLEMENTARLEITURA COMPLEMENTAR........................................................................................ 217
RESUMO DO TÓPICO 4RESUMO DO TÓPICO 4 ............................................................................................... 220
AUTOATIVIDADEAUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 222
AVALIAÇÃOAVALIAÇÃO .................................................................................................................. 225
UNIDADE 3: A CONTROLADORIA PARA O CONTROLEUNIDADE 3: A CONTROLADORIA PARA O CONTROLE .......................................... 227
TÓPICO 1: TÓPICO 1: CONTROLE E AVCONTROLE E AVALIAÇÃO DE ALIAÇÃO DE DESEMPENHODESEMPENHO ...................................... 229
1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................229
2 OBJETIVO 2 OBJETIVO DE UMA AVDE UMA AVALIAÇÃO POR ALIAÇÃO POR DESEMPENHODESEMPENHO ......................................... 230
3 CONTABILIDADE DIVISIONAL POR RESPONSABILIDADE OU UNIDADES3 CONTABILIDADE DIVISIONAL POR RESPONSABILIDADE OU UNIDADES ....... 231
3.1 FUNDAMENTOS ..................................................................................................... 231
3.2 CENTROS DE RESPONSABILIDADE .................................................................... 232
4 CRIAÇÃO DE VALOR PARA EMPRESA COMO FOCO DA CONTROLADORIA4 CRIAÇÃO DE VALOR PARA EMPRESA COMO FOCO DA CONTROLADORIA... 233
4.1 PROCESSO EMPRESARIAL E O VALOR AGREGADO........................................ 234
4.2 VALOR ECONÔMICO ADICIONADO NAS EMPRESAS........................................ 235
5 ANÁLISE DE GERAÇÃO 5 ANÁLISE DE GERAÇÃO DE LUCRO E DE LUCRO E RENTRENTABILIDADEABILIDADE ..................................... 239
5.1 ANÁLISE DA RENTABILIDADE .............................................................................. 240
5.1.1 Método DUPONT ................................................................................................. 240
5.2 EBITDA .................................................................................................................... 245
66 BALANCED SCORECARD E MAPA ESTRATÉGICO E MAPA ESTRATÉGICO .............................................. 249
6.1 SURGIMENTO DOBALANCED SCORECARD (BSC) ........................................... 249
6.2 CONCEITO DEBALANCED SCORECARD – BSC ................................................ 251
6.3 INDICADORES DO BSC ......................................................................................... 254
6.4 MAPA ESTRATÉGICO ............................................................................................ 258
RESUMO DO TÓPICO 1RESUMO DO TÓPICO 1 ............................................................................................... 264
AUTOATIVIDADEAUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 266
 
viiiviii
TÓPICO 2: TÓPICO 2: CONTROLE E AVCONTROLE E AVALIAÇÃO DE ALIAÇÃO DE CUSTOSCUSTOS ................................................ 271
1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 271
2 FUNDAMENTOS DE CUSTOS2 FUNDAMENTOS DE CUSTOS .................................................................................. 271
2.1 GASTOS DIRETOS E INDIRETOS ......................................................................... 273
2.2 GASTOS FIXOS E VARIÁVEIS............................................................................... 275
2.3 MODELO DE DECISÃO, MENSURAÇÃO E INFORMAÇÃO EM CUSTOS ........... 278
3 DECISÕES BASEADAS NO CONCEITO DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO3 DECISÕES BASEADAS NO CONCEITO DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ....... 279
3.1 PONTO DE EQUILÍBRIO ........................................................................................ 286
3.2 AVALIAÇÃO DO MIX DE PRODUTOS .................................................................... 293
3.3 MARGEM DE SEGURANÇA ................................................................................... 295
3.4 ALAVANCAGEM OPERACIONAL ........................................................................... 297
RESUMO DO TÓPICO 2RESUMO DO TÓPICO 2 ............................................................................................... 301
AUTOATIVIDADEAUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 303
TÓPICO 3: TÓPICO 3: CONTROLE E AVCONTROLE E AVALIAÇÃO NA GESTÃO ALIAÇÃO NA GESTÃO DA FORMAÇÃO DODA FORMAÇÃO DO
PREÇO DE VENDAPREÇO DE VENDA ................................................................................... 307
1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 307
2 TEORIAS DE PREÇO2 TEORIAS DE PREÇO ................................................................................................ 309
3 ELEMENTOS BÁSICOS DE FORMAÇÃO DO PREÇO3 ELEMENTOS BÁSICOS DE FORMAÇÃO DO PREÇO ........................................... 310
4 FORMAÇÃO DO4 FORMAÇÃO DO MARK-UP OU TAXA DE MARCAÇÃO OU TAXA DE MARCAÇÃO ......................................... 315
LEITURA COMPLEMENTARLEITURA COMPLEMENTAR........................................................................................ 317
RESUMO DO TÓPICO 3RESUMO DO TÓPICO 3 ............................................................................................... 322
AUTOATIVIDADEAUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 323
AVALIAÇÃOAVALIAÇÃO .................................................................................................................. 326
REFERÊNCIASREFERÊNCIAS ............................................................................................................. 327
 
ixix
PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINAPLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA
EMENTAEMENTA
Funções e atribuições da Controladoria. O papel do controller dentro
da organização. O planejamento estratégico. Sistemas de informações
gerenciais.
OBJETIVOS DA DISCIPLINAOBJETIVOS DA DISCIPLINA
Esta disciplina tem como objetivos:Esta disciplina tem como objetivos:
• evidenciar, ao(à) acadêmico(a), os aspectos evolutivos da controladoria;
• conhecer e compreender a controladoria como ciência, identicando os
principais conceitos teóricos;
• conhecer e compreender o que são funções empresariais e entender quais
são as que estão sob responsabilidade da controladoria;
• conhecer e compreender a controladoria como órgão administrativo
formalmente constituído e suas principais características;
• analisar e compreender como a ciência se materializa nas organizações
e como as funções sob responsabilidade da controladoria tornam-se reais
através dos uso dos artefatos (ferramentas) de controladoria;
• compreender quais são as funções do controller, principais atribuições e
seu perl;
• analisar profundamente o funcionamento da controladoria inserida no
processo de gestão;
• conhecer os principais modelos de sistemas de controles internos utilizados
nas organizações;
• conhecer os aspectos relacionados ao sistema de informações e apoio ao
sistema de decisão e os efeitos da controladoria no processo de gestão;
• conhecer e identicar os principais conceitos de governança corporativa;
• conhecer, analisar e compreender os principais artefatos (ferramentas)
utilizados pela controladoria para materializar o conhecimento cientíco
nas organizações.
 
xx
PROGRAMA DA DISCIPLINAPROGRAMA DA DISCIPLINA
UNIDADE 1 – ORGANIZAUNIDADE 1 – ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIAÇÃO ESTRUTURAL DA CONTROLADORIA
TÓPICO 1 – ASPECTOS HISTÓRICOS DA CONTROLADORIA
TÓPICO 2 – ESTRUTURA CONCEITUAL DA CONTROLADORIA
TÓPICO 3 – ESTRUTURA FUNCIONAL DA CONTROLADORIA
TÓPICO 4 – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA CONTROLADORIA
UNIDADE 2 – A CONTROLADORIA NO PROCESSO DE GESTÃO DAS EMPRESASUNIDADE 2 – A CONTROLADORIA NO PROCESSO DE GESTÃO DAS EMPRESAS
TÓPICO 1 – ENFOQUE SISTÊMICO E O SISTEMA-EMPRESA
TÓPICO 2 – SISTEMAS DE CONTROLE INTERNOTÓPICO 3 – SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
TÓPICO 4 – GOVERNANÇA CORPORATIVA E A TEORIA DA AGÊNCIA
UNIDADE 3 UNIDADE 3 – A CONTROLADORIA P– A CONTROLADORIA PARA O CONTROLEARA O CONTROLE
TÓPICO 1 – CONTROLE E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
TÓPICO 2 – CONTROLE E AVALIAÇÃO DE CUSTOS
TÓPICO 3 – CONTROLE E AVALIAÇÃO NA GESTÃO DA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
 
UNIDADE 1UNIDADE 1
ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DAORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL DA
CONTROLADORIACONTROLADORIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEMOBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 A partir do estudo desta unidade você será capaz de:A partir do estudo desta unidade você será capazde:
 conhecer os aspectos evolutivos da controladoria;
 entender os conceitos teóricos da controladoria sob a ótica da
ciência;
 conhecer as funções da controladoria e o papel do controller nas
organizações;
 compreender a controladoria vista como uma área formal dentro
das organizações e como ela materializa os conceitos cientícos
através das funções empresariais;
 entender como as funções se tornam reais nas organizações com
o uso dos artefatos (ferramentas) da controladoria.
TÓPICO 1 – ASPECTOS HISTÓRICOS DA CONTROLADORIATÓPICO 1 – ASPECTOS HISTÓRICOS DA CONTROLADORIA
TÓPICO 2 – ESTRUTURA CONCEITUAL DA CONTROLADORIATÓPICO 2 – ESTRUTURA CONCEITUAL DA CONTROLADORIA
TÓPICO 3 – ESTRUTURA FUNCIONAL DA CONTROLADORIATÓPICO 3 – ESTRUTURA FUNCIONAL DA CONTROLADORIA
TÓPICO 4 – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DATÓPICO 4 – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA
CONTROLADORIACONTROLADORIA
PLANO DE ESTUDOSPLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No primeiro vocêprimeiro você
encontrará os aspectos históricos que deram srcem à controladoria eencontrará os aspectos históricos que deram srcem à controladoria e
sua evolução até os dias atuais. No segundo tópico sesua evolução até os dias atuais. No segundo tópico serão abordadasrão abordadas
as questões conceituais da controladoria sob a ótica daciência.as questões conceituais da controladoria sob a ótica daciência.
No terceiro tópico serão abordados os aspectos das funções daNo terceiro tópico serão abordados os aspectos das funções da
controladoria e sua relação com as áreas de controladoria e sua relação com as áreas de conhecimento. No quartoconhecimento. No quarto
tópico será vista a controladoria sob a ótica empresarialtópico será vista a controladoria sob a ótica empresarial, vislumbrando, vislumbrando
sua forma de materialização nas organizações enquanto órgãosua forma de materialização nas organizações enquanto órgão
administrativo. Em cada tópico você encontrará atividades que o(a)administrativo. Em cada tópico você encontrará atividades que o(a)
ajudarão a compreender os conteúdos apresentados.ajudarão a compreender os conteúdos apresentados.
 
ASPECTOS HISTÓRICOS DAASPECTOS HISTÓRICOS DA
CONTROLADORIACONTROLADORIA
1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 1TÓPICO 1
UNIDADE 1UNIDADE 1
Controlar é algo inerente em qualquer situação que possamos imaginar. Seria possível
imaginar alguma forma de organização sem o controle? De forma lúdica, imagine você dirigindo
um veículo em determinada autopista! A atividade de controle está presente quando você
acompanha nos instrumentos do painel de seu veículo, por exemplo: (i) velocidade constante,
(ii) nível de combustível, (iii) temperatura do motor, (iv), distância percorrida etc.
Você, controlador do veículo, se utiliza dos instrumentos à sua disposição para inferir
informações que possibilitem a tomada de decisão quanto ao cumprimento de sua missão
estabelecida, que, neste caso, seria chegar ao seu destino nal.
Da mesma forma, em empresas, tanto pequenas como nas grandes, o controle é
fundamental para o uso eciente e ecaz dos seus recursos e atingimento de seus resultados.
Com a queda das fronteiras comerciais e as formas como as empresas estão se
reorganizando em suas atividades operacionais, societárias e nanceiras, aliadas ao aumento
da concorrência e aumento de lucros para satisfazer os investidores, levaram as empresas a
adotarem mecanismos para adequar-se às rápidas mudanças em seu ambiente.
 A controladoria tem, cada vez mais, um papel dominante na gestão das organizações,
em virtude, principalmente, dos efeitos da globalização. Contudo, “deve-se atentar para o
fato de que controlar não seja confundido com centralização de poder (autocracia), eis que a
“função controle” deve ser vista apenas como um instrumento de apoio para a administração”.
(KANITZ, 1976, p. 2).
Desta forma, a Controladoria tem tido elevada importância no contexto de prover
informações de planejamento, avaliação e controle do desempenho das diversas áreas da
 
UNIDADE 1UNIDADE 1TÓPICO 1TÓPICO 14
empresa, apoiando assim os gestores quanto ao processo de tomada de decisão.
 Apesar da relevância da controladoria no contexto empresarial, trata-se de uma
abordagem relativamente nova, e muitos autores ainda divergem sobre o seu verdadeiro
papel no processo de gestão e quais são os procedimentos que adota sob a forma de órgão
administrativo, justicando de certa forma porque muitas empresas persistem em manter o
controle de forma empírica.
Para compreender isso de forma mais abrangente, necessitamos compreender os
aspectos relacionados com o surgimento da controladoria.
2 EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE E2 EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE E
O SURGIMENTO DA CONTROLADORIAO SURGIMENTO DA CONTROLADORIA
 A mudança do processo industrial manufaturado para um processo industrial mecanizado
resultou em um aumento de larga escala produtiva, ativou vários setores econômicos, gerando
um crescimento acelerado. A partir deste movimento surgiram grandes empresas nos setores
de energia elétrica, água, minérios, principalmente o ferro, o que resultou em construção de
ferrovias e consequente surgimento de novas indústrias e segmentos relacionados à cadeia
de valor.
O aumento da produção em larga escala exigiu a necessidade de novas contratações
para atender à demanda de suas operações, e a descentralização das atividades foi inevitável,
pois o proprietário necessitava contratar gestores qualicados para ajudar na administração
do negócio.
Conforme Fernandes (2010, p. 4), “a necessidade de verticalizar a empresa, ou seja,
transferir funções antes sob seu controle para melhorar a eciência das operações, foi o principal
motivo do surgimento da gura do gerente ou administrador”.
Vários fatores contribuíram para o surgimento da Controladoria, mas a Revolução
Industrial foi o marco inicial que reetiu em atividades operacionais mais complexas. Dentre
estes fatores, relacionam-se como exemplo:
a) o advento da globalização e a queda das fronteiras entre os países aproximaram os mercados
internacionais, principalmente os chamados mercados emergentes;
b) as facilidades tecnológicas, como, por exemplo, a melhoria das comunicações em voz e
dados, ou ainda, a robotização das indústrias;
 
UNIDADE 1UNIDADE 1 TÓPICO TÓPICO 11 5
c) a reorganização societária das empresas, mudando um comportamento de empresa local,
regional ou nacional para multinacional. Isto signica que as empresas perceberam que
 juntas são mais fortes, e neste contexto, grandes fusões aconteceram, criando verdadeiras
megacorporações, com o objetivo de se tornarem mais competitivas no mercado.
Esses fatores, associados à necessidade de criar mecanismos de controle destas
operações, zeram com que as organizações buscassem novas formas de garantir que seus
resultados fossem atingidos mesmo em mercados altamente competitivos e agressivos. Nesse
sentido, Figueiredo e Caggiano (1992, p. 23) apontam que:
O novo entorno econômico globalizador, vivido atualmente no mundo, tem intro-
duzido profundas mudanças no ambiente econômico internacional, provocando
novo arranjo na economia mundial, que tende a um processo de globalização,
caracterizado basicamente pela união de países em torno de uma proposta
comum de intercâmbio comercial por meio de queda de barreiras tarifárias,
cambiais e de outras condições de livre comércio.
Para que estas empresas conseguissem ser ecazes, precisavam de um adequado
sistema de informações, que atendesse às necessidades de controle estratégico na geração
de informações para auxiliar no processo de tomada de decisão.
Segundo Kanitz (1976), os primeiros controladores se srcinaram de pessoas que
exerciam cargos de responsabilidade no departamento contábil, ou no departamento nanceiro.
Devido às suas funções estarem normalmente ligadas e sob conançado presidente, tinham
ampla visão da empresa, e assim tornando-os habilitados a identicar problemas de controle
e propor soluções.
O surgimento da controladoria contribuiu para agregar informações aos gestores
relacionados ao processo de gestão das empresas, até então desconhecidas.
Segundo Catelli (2001, p. 344), “a evolução natural da contabilidade chama-se
controladoria, cujo campo de atuação são as organizações econômicas, caracterizadas como
sistemas abertos inseridos e interagindo com os outros num dado ambiente”.
Mais precisamente, em relação ao surgimento da controladoria, Beuren (2002, p. 20)
arma que:
 A controladoria surgiu no início do século XX nas grandes corporações norte-
americanas, com a nalidade de realizar rígido controle de todos os negó-
cios das empresas relacionadas [...]. Um signicativo número de empresas
concorrentes começou a se fundir no nal do século XIX, formando grandes
empresas [...]. O crescimento vertical e diversicado desses conglomerados
exigia, por parte dos acionistas e gestores, um controle [...]. Esses três fatores
(verticalização, diversicação e expansão geográca das organizações) e o
consequente aumento da complexidade de suas atividades (...) exigiram a
ampliação das funções do controller .
 
UNIDADE 1UNIDADE 1TÓPICO 1TÓPICO 16
 Assim, temos que, devido ao aumento da complexidade das atividades operacionais
e expansão geográca das empresas, aliado à impossibilidade do seu proprietário controlar
toda a empresa, as funções foram sendo segregadas uma a uma, sendo mais recentemente
a separação da função contábil da função nanceira, que srcinou a criação de outra função,
denominada de “controladoria”.
3 DESENVOLVIMENTO DA CONTABILIDADE3 DESENVOLVIMENTO DA CONTABILIDADE
GERENCIAL E A CONTROLADORIAGERENCIAL E A CONTROLADORIA
 A contabilidade gerencial tem como objetivo propiciar, em todos os níveis de gestão,
informações adequadas, úteis e relevantes para o processo de tomada de decisão.
Numa compreensão conceitual, segundo Iudicibus (1998, p. 21), a contabilidade
gerencial pode ser:
caracterizada supercialmente como um enfoque especial, conferido a várias
técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade
nanceira, na contabilidade de custos, na análise nanceira de balanços etc.,
colocados numa perspectiva diferente, um grau de detalhe mais analítico ou
numa forma de apresentação e classicação diferenciada, de maneira a au-
xiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório. A contabilidade
gerencial, num sentido mais profundo, está voltada única e exclusivamente
para a administração da empresa, procurando suprir suas informações que seencaixam de maneira válida e efetiva no modelo decisório do administrador.
 As características principais da contabilidade gerencial estão relacionadas ao tipo de
usuário da informação:
em que para atendê-los pode ter múltiplos objetivos, pois não há regras básicas
ou princípios fundamentais da contabilidade a serem seguidos, é divisional, ou
seja, busca informações segmentadas do negócio, leva em conta a questão
temporal da informação que, para ser útil e relevante, é preciso ser rápida e
objetiva. (FERNANDES, 2010, p. 8).
Desde os tempos mais primitivos o homem tinha em sua essência a necessidade de
controlar objetos que possuíam algum valor e que pudessem representar sua riqueza, mesmo
que de forma rudimentar, ou seja, era o controle sob o seu patrimônio.
Johnson e Kaplan (1993) relatam que, antes do início do século XIX, praticamente todas
as transações de trocas eram realizadas entre o dono do empreendimento e os consumidores.
Desta forma, não existiam níveis de gerência que administravam as organizações.
 As necessidades de informações contábeis das empresas daquela época eram mais
simples, voltadas basicamente para as operações internas da organização.
 
UNIDADE 1UNIDADE 1 TÓPICO TÓPICO 11 7
Com o passar do tempo e a evolução natural da civilização, surge a necessidade de
um modelo que evidenciasse adequadamente as operações comerciais, atendendo a outros
interessados, como, por exemplo, na gura do investidor. (FERNANDES, 2010).
 A T E N Ç Ã
 O !
Mas, por que a Contabilidade precisou evoluir?
 A adaptação da contabilidade sempre veio ao encontro das necessidades de informações
dos seus usuários. Ao longo dos tempos, como qualquer outra ciência, evolui e se transforma
em um novo modelo conceitual que representa uma nova realidade.
Conforme Martins (2002, p. 7), as necessidade de informações são ressaltadas
quando:
No século XV, a contabilidade de dupla-entrada foi inventada para atender às
necessidades de controle dos mercadores venezianos. A partir do nascimento
da Revolução Industrial, o primeiro sistema de custos foi criado para que hou-
vesse uma compreensão dos recursos que estavam sendo empregados nos
produtos das novas fábricas. No século XIX, a invenção da estrada de ferroe do telégrafo encorajou a dispersão das atividades econômicas em vastas
extensões territoriais e testemunhou o advento de grandes companhias de
distribuição, fazendo com que novos indicadores contábeis-nanceiros fossem
usados para avaliar o desempenho de cada um desses centros de negócio,
muitas vezes separados entre si por imensas distâncias. No nal do século XIX
houve o surgimento dos primeiros conglomerados empresariais, que forçaram
a tecnologia contábil a adaptar-se para controlar o desempenho e consolidar as
atividades de empresas com múltiplas subsidiárias e unidades de negócio.
 A evolução da contabilidade é marcada pelo surgimento da partida dobrada, evoluindo
para atender às demandas de informações, em primeiro momento, ao desenvolvimento de
apurações de custos, e posteriormente, com a expansão geográca, possibilitar avaliar o
desempenho com base no desenvolvimento dos indicadores contábeis-nanceiros e, ao m
do século XIX, com o surgimento das grandes corporações, através do desenvolvimento da
contabilidade divisional, atender à demanda de informações segmentadas por subsidiárias e
unidades de negócio.
 Atkinson et al. (2000, p. 38) armam que, “durante o século XIX, os sistemas contábeis
das empresas foram desenhados para atender às tomadas de decisões e às necessidades de
controle dos administradores”. Atkinson et al. (2000, p. 39) também abordam que:
[...] a demanda pela informação gerencial contábil pode ser relacionada aos
estágios iniciais da Revolução Industrial nas tecelagens, em fábricas de armas
 
UNIDADE 1UNIDADE 1TÓPICO 1TÓPICO 18
e em outras operações industriais. Os proprietários usavam tal informação
gerencial contábil para dois propósitos diferentes: para controlar e melhorar a
eciência, para decisões de preço e de mix de produtos.
“Com o advento da administração cientíca de Taylor e Fayol, no início do século XX,
foram criados padrões de tempo e quantidade para a administração da atividade industrial, e
a contabilidade respondeu com a criação dos sistemas de custos-padrões”. (MARTIN, 2002,
p. 7).
No século XX, com as mudanças no ambiente empresarial cada vez mais acentuadas, a
contabilidade gerencial tomava um importante destaque no cenário econômico como ferramenta
decisória. Acerca deste fato, Atkinson et al. (2000, p. 51) armam que: “muitas inovações nos
sistemas de contabilidade gerencial ocorreram nas décadas iniciais do século XX, para apoiar
o crescimento de empresas multidivisionais diversicadas”.
Na realidade, a história do surgimento da Contabilidade se funde e até se confunde
com o surgimento da Contabilidade Gerencial.
 Autores como Iudícibus, Martins e Carvalho (2005, p.13) armam que:
a Contabilidade que hoje conhecemos como Contabilidade Financeira fez
parte da genética inicial da Contabilidade Gerencial, ou seja, a Contabilidade
nasceu com uma proposta para atender a objetivos gerenciais, contudo sob
forma de contabilidade nanceira, para mais tarde subdividir-seem Contabi-lidade Gerencial, entre outras.
Um exemplo é o surgimento da contabilidade de custos, srcinado pela necessidade
de informações mais acuradas de custos, pois existiam muitas lacunas na mensuração dos
estoques e uma mensuração do resultado adequado. A contabilidade de custos tinha como
objetivo melhorar os controles de resultados das operações da empresa, fornecendo adequada
informação para a tomada de decisão. Logicamente que, com a evolução do processo
empresarial e da contabilidade no apoio à gestão, a contabilidade de custos tornou-se um
instrumento da contabilidade gerencial.
 A respeito dessa linha de evolução, Padoveze (2003, p. 7) relata que a Ciência Contábil
sofreu mutações e pode-se dizer que “A Controladoria seria a ciência contábil dentro do enfoque
controlístico da escola italiana. Pela escola americana, a Contabilidade Gerencial é o que se
denomina Controladoria”.
Na realidade, a contabilidade gerencial gera informações gerenciais com a nalidade de
garantir, aos gestores, informações relevantes para a tomada de decisão. A controladoria, por
sua vez, busca apoiar os gestores no processo de gestão (planejamento, controle e execução),
suprindo-os de informações relevantes na tomada de decisão. O controller , que exerce a
função de controladoria, utiliza-se dos mecanismos oferecidos pela contabilidade gerencial,
 
UNIDADE 1UNIDADE 1 TÓPICO TÓPICO 11 9
entre outros, para atingir sua missão.
Com os efeitos causados pela globalização e o aumento da competitividade, as transações
sem fronteiras comerciais geraram concorrência mundial entre as empresas, e a contabilidade
nanceira assumiu “um papel regulatório voltado aos usuários externos (bancos, sindicatos,
investidores, governo), enquanto a contabilidade gerencial assumiu papel de gestão voltado para
os usuários internos (funcionários e administradores)”. (FERNANDES, 2010, p. 4).
 A contabilidade à luz da ciência sempre estará em constante evolução, inuenciada
pelo surgimento de novos fatores que venham a impactar e criar necessidades no processo
de gestão das organizações.
Essa evolução da contabilidade ca evidente nas palavras de Martins (2002, p. 7), ao
armar que as informações nanceiras geradas pela contabilidade já não atendiam mais às
necessidades da empresa na tomada de decisão. E acrescenta:
Neste início do século XXI, já se tornou óbvio que no ambiente moderno dos
negócios uma contabilidade gerencial que tenha por base um modelo exclusi-
vamente nanceiro não mais consegue propiciar as informações necessárias
para dar apoio à gestão das empresas nas suas mais importantes decisões.
Para manter a sua relevância decisorial, o modelo contábil nanceiro precisa
ser estendido e exibilizado, incorporando e integrando novas dimensões e
novos instrumentos de pesquisa e avaliação. Esta profunda transformação da
contabilidade gerencial, que levaria à moderna Controladoria, se faz integrando
ao seu modelo explicativo básico, que é de natureza contábil, a identicaçãoe a avaliação de variáveis que têm elevado impacto sobre os resultados das
empresas, tais como: o valor dos produtos, os fatores ambientais setoriais e
sistêmicos, os processos de trabalho e os recursos tangíveis e intangíveis
mobilizados.
 A profunda mudança da natureza informacional, caracterizada pela necessidade de
aferir as informações internas das empresas, deniu um novo modelo explicativo de gestão
descentralizada com delegação de autoridade e responsabilidade, que veio em resposta
à evolução natural das organizações empresariais e acabou levando ao surgimento da
controladoria.
 
UNIDADE 1UNIDADE 1TÓPICO 1TÓPICO 110
RESUMO DO TÓPICO 1RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você estudou:Neste tópico você estudou:
• O surgimento da controladoria e todos os fatos que srcinaram na sua evolução natural desde
o surgimento da contabilidade e as suas mutações.
• Muitos aspectos motivaram o surgimento da controladoria, entre outros, o aumento da
complexidade das operações empresariais, que obrigou o proprietário a verticalizar ou
descentralizar as funções empresariais, delegando autoridade e responsabilidade a outros,
contribuindo para o surgimento do gestor nas empresas.
• Com a expansão geográca dos negócios e o interesse de investidores, as empresas
necessitavam de controles mais ecazes em suas operações e desempenho.
• A informação passou a ser fator-chave de sucesso das empresas, principalmente aliada às
ferramentas tecnológicas surgidas com o advento da era digital, que melhoraram e agilizaram
a forma de comunicação corporativa.
• Com o advento da globalização e as megafusões, começaram a surgir grandes empresas,
com a nalidade de se tornarem mais competitivas e lucrativas.
• Todos esses fatores favoreceram o surgimento da controladoria, cuja função seria responsável
por gerar todas as informações relacionadas ao processo de gestão das empresas para a
tomada de decisão.
 
UNIDADE 1UNIDADE 1 TÓPICO TÓPICO 11 11
1 Com a Revolução Industrial, a produção em larga escala reetiu em aumento da
complexidade operacional e na necessidade de verticalizar as funções da empresa,
para melhorar os processos organizacionais. Classique as seguintes sentenças em
V verdadeiras ou F falsas:
( ) A reorganização societária de grandes empresas marca o advento do surgimento
da controladoria.
( ) O marco inicial ou ponto de partida para o surgimento da controladoria foi a
Revolução Industrial.
( ) A globalização resultou em quebra de barreiras, distanciando as operações
econômicas dos negócios empresariais, necessitando de controles mais
ecientes.
( ) A necessidade de criar controles, já naquela época, se deve à complexidade das
operações.
 Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V - V - F - F.
b) ( ) V - F - V - F.
c) ( ) F - V - F - V.
d) ( ) F - F - V - F.
2 Complete as lacunas da sentença a seguir:
Um adequado sistema de ____________ torna as empresas ecazes quando
a geração de ____________ é sucientemente oportuna e útil para o processo de
 ____________.
 Agora, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) informações - informações - tomada de decisão.
b) ( ) controle - recursos - gestão.
c) ( ) mensuração - lucros - informação.
d) ( ) planejamento e controle - valor – mensuração.
 
UNIDADE 1UNIDADE 1TÓPICO 1TÓPICO 112
3 O surgimento da controladoria contribuiu para que os gestores tomassem conhecimento
das informações referentes ao processo de gestão. Sobre o controller, analise as
seguintes sentenças:
I - Os primeiros controladores ocupavam cargos d e departamento contábil ou
departamento de produção.
II - Os controladores gozavam da conança do presidente e tinham ampla visão da
empresa.
III - Os controladores eram pessoas preparadas para identicar pontos de controle e
propor soluções.
IV - As funções dos primeiros controladores normalmente estavam ligadas à função
contábil e à função de nanças.
 Agora, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As armativas I e IV estão corretas.
b) ( ) Somente a armativa IV está correta.
c) ( ) As armativas I, III e IV estão corretas.
d) ( ) As armativas II, III e IV estão corretas.
4 A evolução natural da contabilidade acompanha a evolução das operações comerciais,
adequando-se às necessidades de informação dos seus usuários. Associe os itens
utilizando o código a seguir:
I- A evolução contábil – primeiro momento – contabilidade de custos.
II- A evolução contábil – segundo momento – contabilidade nanceira.
III- A evolução contábil – terceiro momento – contabilidade divisional.
( ) Atende demandas de informação referente ao desenvolvimento de custos.
( ) Atende demandas de informações segmentadas (subsidiária e unidades).
( ) Avalia o desempenho com base nos indicadores contábeis e nanceiros.
 Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) III - I - II.
b)( ) II - III - I.
c) ( ) II - I - III.
d) ( ) I - III - II.
 
UNIDADE 1UNIDADE 1 TÓPICO TÓPICO 11 13
5 As mutações sofridas pela ciência contábil: segundo Padoveze (2003), a controladoria
seria a ciência contábil dentro de um enfoque controlístico, enquanto pela escola
americana denominaram-na de contabilidade gerencial. Mas qual seria a diferença
entre ambas?
a) ( ) A contabilidade gerencial gera informação relevante à controladoria no processo
decisório, enquanto a controladoria interfere no processo de gestão, corrigindo
os desvios, sendo o principal gestor na tomada de decisão.
b) ( ) A contabilidade gerencial gera informação relevante aos gestores na tomada
de decisão, enquanto a controladoria apoia os gestores no processo de gestão,
auxiliando-os na tomada de decisão.
c) ( ) A contabilidade gerencial produz informação segmentada mensurada e
estruturada para atender à controladoria no processo decisório, enquanto a
controladoria atua como órgão destaff no processo de gestão e sendo principal
tomadora de decisão.
d) ( ) A contabilidade gerencial gera informação relevante aos gestores na tomada de
decisão, enquanto a controladoria corrige os desvios de controles dos gestores
no processo de gestão, impondo sua condição de independência das áreas no
processo decisório.
 
UNIDADE 1UNIDADE 1TÓPICO 1TÓPICO 114
 
ESTRUTURA CONCEITUALESTRUTURA CONCEITUAL
DA CONTROLADORIADA CONTROLADORIA
1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 2TÓPICO 2
UNIDADE 1UNIDADE 1
No tópico anterior relatou-se como a controladoria evoluiu ao longo dos tempos. Apesar
de a controladoria moderna de hoje atender ao modelo de gestão das organizações com
relação às necessidades de informações para tomada de decisão, a literatura tem sido muito
divergente quanto ao aspecto de sua utilização na prática.
Sabemos que muitos autores divergem quanto aos aspectos teóricos e práticos da
controladoria, e muitas vezes confundem as funções da controladoria com as funções do
controller .
 A T E N Ç Ã
 O !
O controller é o prossional responsável por conduzir as
atividades da controladoria, na existência de uma área
organizacional com esta denominação.
O estudo deste tópico é de suma importância para a compreensão sob o olhar da
ciência, reetindo sobre o que seria a controladoria e, ainda, como ela seria aplicada na prática
nas organizações.
 
UNIDADE 1UNIDADE 1TÓPICO 2TÓPICO 216
2 ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DE CONTROLADORIA2 ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DE CONTROLADORIA
É importante destacar que os estudos na área de gestão econômica sempre trataram
a controladoria sob dois enfoques: como um ramo do conhecimento (ciência) e como uma
unidade administrativa (órgão formal dentro da estrutura organizacional das empresas).
Beuren, Bogoni e Fernandes (2008, p. 251) relatam que: “A constatação teórica sobre aimportância da controladoria, bem como a relevância de colher evidências empíricas a respeito
do que tem acontecido em nossa área de conhecimento nos últimos anos, especialmente no
Brasil, tem motivado a realização de pesquisas na área”.
Na tentativa de consolidar esse arcabouço teórico de controladoria, unindo teoria com
a prática, pesquisas têm se destacado, dentre elas, os estudos de Borinelli (2006) em sua tese
de doutorado em Contabilidade.
Depois de realizar intensa pesquisa e análise bibliográca extensa de autores nacionais
e internacionais sobre o tema controladoria, o autor conseguiu organizar e estruturar os
aspectos conceituais, os aspectos relacionados às atividades e funções, bem como os aspectos
relacionados enquanto órgão formal dentro da estrutura organizacional.
Borinelli (2006) denominou esta estrutura de ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA
DE CONTROLADORIA (ECBC), dividindo-a em três perspectivas, assim denominadas: (i)
perspectiva 1: aspectos conceituais; (ii) perspectiva 2: aspectos procedimentais e (iii) perspectiva
3: aspectos organizacionais, conforme se demonstra na gura em forma de cubo a seguir.
 
UNIDADE 1UNIDADE 1 TÓPICO TÓPICO 22 17
FIGURA 1 – VISÃO ESQUEMÁTICA DAS PERSPECTIVAS DE ESTUDO DA
CONTROLADORIA
FONTE: Borinelli (2006, p. 97)
Na perspectiva 1 ele relaciona a controladoria enquanto ramo do conhecimento, ou seja,
a controladoria como ciência, explicando o que é a controladoria e qual o seu objeto de estudo,
em que área do conhecimento humano está inserida e suas ramicações e subdivisões, que
são incorporadas ou tomam forma nas organizações.
Na perspectiva 2, trata dos aspectos procedimentais relacionados às áreas do
conhecimento que são materializadas nas organizações. De forma mais clara, referem-se a
abordagens das atividades e funções que são reconhecidas como as de controladoria, além
dos artefatos ou instrumentos utilizados na execução das suas atividades.
 
Na perspectiva 3 são abordados os aspectos da controladoria enquanto órgão formal,
ou seja, as atividades e funções exercidas por área de controladoria formalmente constituída,
dentro da estrutura organizacional. Considera então em relação à área de controladoria a sua
missão, objetivos, posição na estrutura organizacional e forma de organização interna.
 
UNIDADE 1UNIDADE 1TÓPICO 2TÓPICO 218
 I M P O R T
 A N T E ! 
Caro(a) acadêmico(a)! Observe que a ECBC – Estrutura
Conceitual Básica de Controladoria classica a controladoria
sob três dimensões, assim denominadas de abordagens ou
perspectivas pelo autor como: aspectos conceituais, aspectos
procedimentais e aspectos organizacionais.
Pode-se então analisar que a Controladoria foi organizada e estruturada na tentativa de
compreendê-la da seguinte maneira: (i) o seu aspecto teórico sob a ótica da Ciência; (ii) o seu
aspecto procedimental, ou seja, quais as funções e atividades que são típicas da controladoria,
e pode-se então identicar como elas se materializam nas organizações, exercidas em diversas
áreas da empresa, e os artefatos utilizados para operacionalizar as atividades de controladoria;
e, por m (iii), o seu aspecto organizacional, ou seja, na existência de uma unidade administrativa
chamada controladoria, exercida por um profissional controller . Essa área denominada
controladoria incorpora os conceitos, funções e artefatos das perspectivas 1 e 2.
Neste e nos tópicos seguintes serão abordados todos os aspectos relacionados às
abordagens da controladoria, até aqui discutidos.
3 DEFINIÇÃO E 3 DEFINIÇÃO E OBJETO DA CONTROLADORIAOBJETO DA CONTROLADORIA
3.1 DEFINIÇÃO DA CONTROLADORIA
Com a modernização dos conceitos de gestão e mesmo com o desenvolvimento recente,
no Brasil e no mundo, das prossões relacionadas com área contábil, a controladoria carece
de uma clara denição, que seja aceita unanimemente na literatura.
 Acadêmico(a)! A seguir busca-se aguçar sua compreensão, sem a pretensão de esgotar
os conceitos a respeito da denição e do objeto de estudo da controladoria.
 A forte inuência da evolução tecnológica das ferramentas utilizadas pelos prossionais
contábeis e as mudanças econômicas dos mercados globalizados tornaram evidente e em
ascensão a controladoria como mecanismo de organizar, monitorar e relatar informações úteis
 
UNIDADE 1UNIDADE 1 TÓPICO TÓPICO 22 19
à tomada de decisão.
Segundo Oliveira, Perez Jr. e Silva (2002, p. 13), o conceito de controladoria é entendido
como:
Departamento responsável pelo projeto, elaboração, implementação e manuten-
ção do sistema integrado de informações operacionais, nanceiras e contábeis
de determinada entidade, com ou sem nalidades lucrativas, sendo considerada
por muitos autores como o atual estágio evolutivo da Contabilidade.
Como já foi visto e discutido anteriormente, a denição do que seria realmente acontroladoria é assunto extremamente polêmico. Muitos autores a denem apenas como um
ramo do conhecimento, com seus fundamentos, conceitos e métodos. Já outros a denem como
uma unidade administrativa ouórgão formal na estrutura empresarial, com missão, função e
objetivos, como no caso do conceito do autor.
Outro conceito de controladoria que pode ser utilizado é “que a controladoria constitui-
se num arcabouço amplo e sistêmico, mas alinhado, de conhecimentos capazes de auxiliar na
identicação, coordenação e acompanhamento dos esforços de uma organização”. (LUNKES,
2009, p. 13).
Neste conceito percebe-se um enfoque da controladoria quanto ao ramo de
conhecimento, contudo, muito mais relacionado aos procedimentos, ou seja, às atividades e
funções exercidas na organização.
Outros conceitos podem ser usados, como no quadro a seguir, em que Borinelli traz
alguns conceitos clássicos da literatura.
QUADRO 1 – DEFINIÇÕES DE CONTROLADORIA ENQUANTO RAMO DO CONHECIMENTO,
SEGUNDO A LITERATURA
 AUTORES DEFINIÇÃO
 Almeida et al. (in CATELLI,
2001, p. 344)
 Apoiada na teoria da contabilidade e numa visão multidisciplinar, é
responsável pelo estabelecimento das bases teóricas e conceituais
necessárias para a modelagem, construção e manutenção de sistemas de
informação e modelo de gestão econômica, que supram adequadamente
as necessidades informativas dos gestores e os induzam durante o
processo de gestão, quando requerido, a tomarem decisões ótimas.
Garcia (2003, p. 67-68) Apoia-se na teoria da conta bil idade, sen do supo rtada por vária s
disciplinas, com o objetivo de estabelecer toda base conceitual de sua
atuação, contribuindo para o processo de gestão da organização. É
responsável pela base conceitual que permite a sua aplicabilidade nas
organizações.
Mosimann e Fisch (1999,
p. 88)
Corpo de doutrinas e conhecimentos relativos à gestão econômica.
 
UNIDADE 1UNIDADE 1TÓPICO 2TÓPICO 220
Mosimann e Fisch (1999,
p. 99)
Conjunto de princípios, procedimentos e métodos oriundos das ciências
de Administração, Economia, Psicologia, Estatística e, principalmente, da
Contabilidade, que se ocupa da gestão econômica das empresas, com
a nalidade de orientá-las para a ecácia.
Pereira (1991, p. 51) Conjunto organizado de conhecimentos que possibilita o exercício do
controle de uma entidade, a identicação de suas metas e dos caminhos
econômicos a serem seguidos para atingi-los.
FONTE: Borinelli (2006, p. 102)
Como se pode inferir nos conceitos dos autores acima, o enfoque da controladoria é muito
mais para o ramo do conhecimento da controladoria do que para o enfoque organizacional.
Entretanto, a falta de consenso deve-se ao recente início da controladoria, que esteve
fortemente relacionada apenas com a contabilidade e tinha como nalidade os controles
nanceiros acompanhando os eventos contábeis, principalmente relacionados com os estoques,
recebimentos e pagamentos e, ainda, preparar relatórios e demonstrações para a diretoria e
publicação.
Neste contexto, tinha-se um participante ou coadjuvante no processo de gestão,
diferentemente dos dias atuais, em que ocontroller atua em todo o processo de gestão de forma
a analisar, criticar, orientar, recomendar ações de desempenho que estejam em desacordo
com os níveis aprovados.
O controller é a pessoa responsável pela controladoria, e muitas vezes a denição da
controladoria se confunde com o prossionalcontroller . Como se observa no próprio relato de
Beuren (apud SCHMIDT, 2002, p. 21), ao armar que:
apesar da evolução das atribuições do controller nas organizações, a literatura
não tem apresentado uma nítida denição de controladoria. As diversas aborda-
gens têm seu foco mais voltado às capacidades requeridas para o exercício
da função, bem como de suas atribuições nas empresas, do que explicitar o
seu verdadeiro signicado.
 E S T U D
 O S F U T
 U R O S ! 
Diferentemente das funções da controladoria até aqui discutidas,
as funções do controller serão vistas no tópico seguinte.
Para concluir, concorda-se com o conceito de Borinelli (2006, p. 105), quando dene:
“Controladoria é um conjunto de conhecimentos que se constituem em bases teóricas e
 
UNIDADE 1UNIDADE 1 TÓPICO TÓPICO 22 21
conceituais de ordens operacional, econômica, nanceira e patrimonial, relativas ao controle
do processo de gestão organizacional”.
Desta forma, pode-se inferir que a teoria da controladoria possui um conjunto de
conhecimentos utilizados de outras áreas do conhecimento humano, cujas bases teóricas e
conceituais são incorporadas ou materializadas nas organizações empresariais através das
funções ou atividades típicas de controladoria, e que sua ação promove a ecácia operacional,
econômica, nanceira e patrimonial em termos de controles de gestão.
3.2 OBJETO DA CONTROLADORIA
Marconi e Lakatos (2005, p. 80) denem ciência como “[...] uma sistematização
de conhecimentos, um conjunto de proposições logicamente correlacionadas sobre o
comportamento de certos fenômenos que se deseja estudar”.
Conforme os autores, a ciência é a busca do conhecimento, na qual, se utilizando de
um método, procura desvendar a realidade dos fatos. Desta forma, para trazer à luz e orientar
este conhecimento, se deverá ter um objeto de estudo.
 I M P O R T
 A N T E ! 
Pense agora! Qual é o objeto de estudo da Ciência Contábil?
Se você pensou que o objeto de estudo da Ciência Contábil é
o patrimônio das entidades, acertou!
O enfoque da Ciência Contábil é estudar as variações qualitativas e quantitativas do
patrimônio das entidades.
Outras ciências também podem ter o mesmo objeto, como, por exemplo, o Direito estuda
o patrimônio, mas com enfoque nas relações jurídicas da propriedade. Já a Administração
estuda o patrimônio das organizações com enfoque na maximização da sua riqueza pelo uso
eciente dos recursos.
Na gura a seguir demonstra-se o objeto de estudo da controladoria, na visão de
Borinelli (2006).
 
UNIDADE 1UNIDADE 1TÓPICO 2TÓPICO 222
FIGURA 2 – VISÃO ESQUEMÁTICA DO OBJETO DE ESTUDO DA CONTROLADORIA
FONTE: Borinelli (2006, p.109)
Conforme Borinelli (2006, p. 109), o objeto de estudo da controladoria são:
 As organizações, ou seja, o modelo organizacional como um todo, subdividido nos
seguintes focos possíveis de atuação, os quais devem fazer parte da ECBC:
• o processo (e o modelo) de gestão como um todo, especialmente em suas
fases de planejamento e controle, com suas respectivas ênfases: gestão
operacional, econômica, nanceira e patrimonial;
• as necessidades informacionais, consubstanciadas nos modelos de decisão
e de informação;
• o processo de formação dos resultados organizacionais, compreendendo o
modelo de mensuração;
• o modelo de identicação e acumulação.
No contexto da controladoria é importante reconhecer que o seu objeto de estudo serão
as organizações, com enfoque em todo o modelo de gestão organizacional.
 I M P O R T
 A N T E ! 
O modelo de gestão contempla as crenças, os valores e os
princípios presentes no DNA de uma empresa e delineia, orienta
e direciona a forma de comportamento da gestão dos seus
gestores.
 
UNIDADE 1UNIDADE 1 TÓPICO TÓPICO 22 23
 A controladoria atua no processo de gestão (planejamento, execução e controle), sempre
na busca da ecácia e eciência operacional, econômica, nanceira e patrimonial, gerando
informações cujo tratamento alimentará o sistema de informação e decisão, na busca dos
resultados com base nos modelos de mensuração, identicação e acumulação.
Caro(a) acadêmico(a)! Por isso, nos dias atuais, a controladoria assume cada vez mais
importância como área vital da organização e, não raramente, observa-se que o controller 
acaba se tornando o executivo no comando dessas empresas.
 E S T U D
 O S F U T
 U R O S ! 
O modelo de gestão organizacional e interação da controladoria
será objeto de estudo na Unidade 2 deste caderno.
 Agora que você pôde entender, enquanto ramo de conhecimento, qual é o objeto de
estudo da controladoria, precisa compreender como esta se relaciona com as outras ciências
para quepossa cumprir com a sua nalidade.
4 A CONTROLADORIA E O RELACIONAMENTO4 A CONTROLADORIA E O RELACIONAMENTO
COM AS ÁREAS AFINSCOM AS ÁREAS AFINS
 A controladoria, como qualquer outra ciência, deve se relacionar com outras áreas de
conhecimento para que possa, através de suas bases teóricas, materializar suas atividades
ou funções dentro das organizações.
 A esse respeito, a controladoria se baseia em princípios, procedimentos e
métodos oriundos de outras áreas do conhecimento, tais como: contabilidade,
administração, planejamento estratégico, economia, estatística, psicologia e sis-
temas. Ao colher subsídios de outras áreas de conhecimento para desempenhar
as funções que lhe são atribuídas, a controladoria pode estabelecer as bases
teóricas necessárias à sua atuação na organização. (PELEIAS, 2002, p. 13).
Conforme Borinelli (2006, p. 112), “as áreas do conhecimento descritas na Estrutura
Conceitual Básica de Controladoria (ECBC) que mais se correlacionam com a Controladoria
são: Contabilidade, Administração, Economia, Direito, Estatística, Matemática, Psicologia
e Sociologia. Cada um desses relacionamentos é explicado na sequência”. Desta forma, a
controladoria relaciona-se com essas áreas da seguinte forma:
 
UNIDADE 1UNIDADE 1TÓPICO 2TÓPICO 224
• Na contabilidade, busca as informações necessárias para atuar no controle do processo de
gestão, baseada nos eventos contábeis decorrentes das operações da empresa.
• Na administração, utiliza-se dos conceitos teóricos de gestão organizacional para prover o
controle no processo de gestão das empresas.
• Na economia, utiliza-se dos conceitos econômicos para avaliar o patrimônio da entidade e
seus ativos e, ainda, os resultados obtidos, relacionando-se ainda com impactos causados
pelos índices econômicos.
• No direito, Borinelli (2006, p. 116) observa que a relação com a controladoria:
ocorre quando, na concepção, formulação e utilização de parte de suas ba-
ses teóricas, a Controladoria necessita levar em consideração as regras de
conduta e organização emanadas do Direito. Isso signica, então, que ela
tem que conhecer e respeitar as relações jurídicas nas quais a organização
está inserida.
Neste contexto, se utiliza dos diversos ramos do conhecimento jurídico, como, por
exemplo: (i) Direito Civil, (ii) Direito do Trabalho, (iii) Direito Comercial, Direito Mercantil, Direito
Tributário, entre outros.
• Na estatística, necessita coletar dados para correlacionar, descrever, analisar e interpretar
as informações quantitativas, estabelecendo uma previsibilidade de fenômenos comparáveis
para ns de controle, referente ao processo de gestão; muitas vezes, os dados coletados
necessitam ser inferidos por meio de amostragem estatística.
• Na matemática, utiliza-se dos conceitos de simbologia e regras matemáticas para controle
do processo de gestão relativo aos dados quantitativos e monetários.
• Na psicologia, utiliza-se dos conceitos para entender o comportamento das pessoas na
organização quanto ao efeito das decisões por elas tomadas e que impactam diretamente o
processo de gestão e conduzem a um modelo de controle baseado neste comportamento.
• Na sociologia, utiliza-se dos conceitos referentes às formas de organização da sociedade
e suas relações, para compreender como as trocas de informações entre as organizações
devem ocorrer. Por outro lado, uma empresa, ao se estruturar, estabelece na execução de
suas atividades princípios de relações de poder, de autoridade e responsabilidade.
Desta forma, a controladoria possui estreito relacionamento com várias ciências,
utilizando-se dos seus fundamentos para amparar a base teórica com os subsídios necessários
para operacionalizar o controle ecaz e eciente do processo de gestão nas organizações.
 
UNIDADE 1UNIDADE 1 TÓPICO TÓPICO 22 25
5 SUBDIVISÕES DA 5 SUBDIVISÕES DA CONTROLADORIACONTROLADORIA
Para que Borinelli (2006, p. 121) pudesse explicar como a controladoria, em sua
forma abstrata, passa a se tornar visível no contexto organizacional, precisou pesquisar suas
ramicações ou subdivisões, concluindo desta forma que poderia ser: “(i) Quanto à natureza
da organização em que se aplica e (ii) Quanto à área de ecácia dentro da organização em
que se aplica”.
Quanto à natureza da organização em que se aplica, toma forma como Controladoria
Empresarial, Controladoria Pública ou Controladoria do Terceiro Setor.
Quanto à área de ecácia dentro da organização em que se aplica, ocorre na forma
de Controladoria Corporativa e Controladoria de Unidade. A Controladoria de Unidade pode
assumir subdivisões como Controladoria de Filial, Controladoria de Planta, Controladoria de
Marketing , Controladoria de Divisão, Controladoria de Unidade de Negócio e Controladoria
Internacional.
Essas classicações ou subdivisões não se esgotam, pois, como já foi dito, a controladoria
é muito recente, e novas pesquisas neste campo de conhecimento humano podem considerar
novos aspectos quanto à forma de subdivisão da controladoria.
 
UNIDADE 1UNIDADE 1TÓPICO 2TÓPICO 226
RESUMO DO TÓPICO 2RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você pôde compreender:Neste tópico você pôde compreender:
• A controladoria vista com enfoque na ciência e que, devido a seu recente surgimento no meio
corporativo, traz uma carência em torno de sua base teórica, causando muita divergência
entre autores e pesquisadores no assunto.
• Dentre esses pesquisadores, um estudo se destaca na tentativa de unir teoria e prática,
denindo uma Estrutura Conceitual Básica de Controladoria (Borinelli, 2006), compondo em
sua estrutura três dimensões, denominadas de perspectivas, assim explicadas:
- A perspectiva I trata dos aspectos conceituais (o que é), referentes ao arcabouço teórico
enquanto ciência, descrevendo sua denição e objeto de estudo e ramicações.
- A perspectiva II trata dos aspectos procedimentais (como funciona), relacionando as
atividades e funções que reetem a materialização da controladoria nas organizações,
bem como os artefatos utilizados na execução destas atividades.
- A perspectiva III trata dos aspectos organizacionais (como se materializa nas organizações),
relaciona como as perspectivas anteriores se relacionam dentro das organizações
enquanto da existência de um órgão administrativo denominado de controladoria.
• A controladoria possui um conjunto de conhecimentos utilizados de outras áreas do
conhecimento humano, cujas bases teóricas e conceituais tomam formas através das funções
ou atividades típicas de controladoria e que são materializadas nas organizações.
• A controladoria tem como seu objeto o estudo das organizações, com enfoque em todo o
modelo de gestão organizacional.
• Também necessita interagir com outras áreas de conhecimento para que possa atingir seus
objetivos de ecácia e eciência do processo de gestão. Dentre algumas ciências, podemos
relatar contabilidade, administração, economia, direito, estatística, matemática, psicologia e
sociologia.
• Por m, a controladoria está subdividida, quanto à natureza da organização em que
se aplica, como Controladoria Empresarial, Controladoria Pública ou Controladoria do
Terceiro Setor, e quanto à área de ecácia dentro da organização em que se aplica, como
Controladoria Corporativa e Controladoria de Unidade. A Controladoria de Unidade pode
assumir subdivisões, como Controladoria de Filial, Controladoria de Planta, Controladoria de
Marketing , Controladoria de Divisão, Controladoria de Unidade de Negócio e Controladoria
Internacional.
 
UNIDADE 1UNIDADE 1 TÓPICO TÓPICO 22 27
1 O objeto de estudo da controladoria são as organizações empresariais em todo o
seu modelo de gestão. Segundo Borinelli (2006), são modelos de objetos de estudo
na controladoria:
I - Modelo de gestão, modelo de decisão e modelo de informação.
II - Modelo econômico, modelo nanceiro e modelo patrimonial.
III - Modelo de mensuraçãoe modelo de identicação e acumulação.
IV - Modelo de acumulação físico-monetário e modelo de identicação quantitativa.
 Agora, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As armativas I e IV estão corretas.
b) ( ) As armativas II e III estão corretas.
c) ( ) As armativas I e III estão corretas.
d) ( ) As armativas II e IV estão corretas.
2 A controladoria como ciência deve apoiar-se em outras áreas de conhecimento,
materializando as atividades e funções de controladoria sustentadas pelo seu
arcabouço teórico. Na Estrutura Conceitual Básica de Controladoria proposta por
Borinelli (2006), temos que a controladoria relaciona-se com algumas áreas de
conhecimento:
I - Física, Química, Matemática, Biologia e Psicologia.
II - Estatística, Matemática, Economia e Sociologia.
III - Psicologia Social, Sociologia, Economia e Biologia.
IV - Administração, Contabilidade, Direito e Psicologia.
 Agora, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As armativas I e IV estão corretas.
b) ( ) As armativas II e III estão corretas.
c) ( ) As armativas I e III estão corretas.
d) ( ) As armativas II e IV estão corretas.
 
UNIDADE 1UNIDADE 1TÓPICO 2TÓPICO 228
3 Quanto às divisões ou ramicações da controladoria, segundo a Estrutura Conceitual
Básica de Controladoria, existem para comprovar como a controladoria, através de
seus conceitos teóricos, assume no mundo real uma forma visível e constatável de
sua existência. Quanto às divisões e ramicações que a controladoria possa assumir,
classique as seguintes sentenças em verdadeiras V ou falsas F:
a) ( ) Quanto à natureza da organização.
b) ( ) Quanto às formalidades funcionais.
c) ( ) Quanto ao enfoque conceitual e organizacional.
d) ( ) Quanto à área de ecácia dentro das organizações.
 Agora, assinale a alternativa que representa a sequência CORRETA:
a) ( ) F - V - V - F.
b) ( ) V - V - F - F.
c) ( ) V - F - F - V.
d) ( ) F - F - V - V.
4 A controladoria é uma ciência muito recente e vem evoluindo muito nas empresas
quanto à sua funcionalidade e aplicabilidade nas organizações. Contudo, as
divergências entre autores quanto a muitos aspectos relacionados à controladoria em
termos de arcabouço teórico têm deixado muitas lacunas como área de conhecimento.
Porém, recentemente, Borinelli (2006), em sua tese, organizou o que denominou de
Estrutura Conceitual Básica de Controladoria (ECBC), considerando sua composição
sob três perspectivas. Sobre isso, associe os itens, utilizando o código a seguir:
I - Perspectiva I – Aspectos conceituais.
II - Perspectiva II – Aspectos procedimentais.
III - Perspectiva III – Aspectos organizacionais.
 
( ) Compõe a estrutura da controladoria relacionada com as atividades e funções (como
funciona), explicando como se incorpora no mundo real, e os artefatos (instrumentos)
utilizados na execução das atividades e funções.
( ) Compõe a estrutura da controladoria relacionada com a forma de materializar-se
dentro das organizações, sob a ótica da controladoria enquanto órgão administrativo
e formal na estrutura organizacional.
( ) Compõe a estrutura da controladoria sob a ótica da ciência, abordando (o que é)
a denição teórica de controladoria, o seu objeto de estudo e suas divisões ou
ramicações.
 
UNIDADE 1UNIDADE 1 TÓPICO TÓPICO 22 29
 Agora, assinale a alternativa que representa a sequência CORRETA:
a) ( ) I - II - III.
b) ( ) III - II - I.
c) ( ) II - III - I.
d) ( ) II - I - III.
5 A perspectiva III da ECBC classica a controladoria quanto a uma abordagem
organizacional, sendo que considera a inter-relação com as perspectivas I e IImaterializando-se nas organizações através de um órgão denominado controladoria.
Partindo desse pressuposto, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Considera aspectos teóricos sob a ótica da ciência como: denição conceitual,
objeto de estudo, área do conhecimento humano, ramicações.
b) ( ) Considera aspectos como: a missão, objetivos, posição hierárquica e forma de
organização interna da controladoria.
c) ( ) Considera aspectos sistêmicos como: denições das atividades e funções
exercidas pela controladoria.
d) ( ) Considera aspectos como: os artefatos ou instrumentos utilizados pela
controladoria considerando os aspectos da perspectiva I.
 
UNIDADE 1UNIDADE 1TÓPICO 2TÓPICO 230
 
ESTRUTURA FUNCIONALESTRUTURA FUNCIONAL
DA CONTROLADORIADA CONTROLADORIA
1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 3TÓPICO 3
UNIDADE 1UNIDADE 1
 A revolução tecnológica iniciada há apenas algumas décadas, principalmente a
tecnologia relativa à Tecnologia da Informação e Comunicação, normalmente chamada de
TIC, sem sombra de dúvida retirou as empresas da zona de conforto em seus ambientes de
negócios. As empresas perceberam que seu ambiente estava a cada momento mais competitivo
e, para sua sobrevivência e crescimento econômico, precisaram desenvolver mecanismos de
controle que pudessem aferir a ecácia e eciência de seus processos.
 A continuidade dos negócios não dependia mais de ações de curto prazo, as empresas
precisam buscar atingir objetivos de longo prazo, prevendo antecipar ações futuras para
minimizar incertezas e diminuir os riscos de suas operações.
 As empresas buscavam prossionais qualicados que estivessem em sintonia com o
seu modelo de gestão e que planejassem e usassem adequamente os recursos da empresa
no cumprimento de sua missão.
Esses prossionais precisavam tomar decisões baseados em informações seguras que
possibilitassem suportar adequadamente suas decisões estratégicas e operacionais.
Surge então a necessidade de uma área que organizasse a informação dentro do
padrão de comportamento denido no modelo de gestão da empresa, que se chamaria de
controladoria.
 
UNIDADE 1UNIDADE 1TÓPICO 3TÓPICO 332
 I M P O R T
 A N T E ! 
Caro(a) acadêmico(a)! Lembre-se de que no tópico anterior foi
discutida a controladoria sob a ótica da ciência, sendo relatados
seu conceito, denições, objeto de estudo, suas subdivisões e
relações com outras áreas de conhecimento.
O que veremos neste tópico será como a controladoria, sob a ótica da ciência, é
incorporada nas organizações, ou seja, como as atividades realizadas, as funções e os artefatos
por ela utilizados tomam forma no mundo real e são percebidos nestas organizações.
2 ATIVIDADES E FUNÇÕES DA CONTROLADORIA2 ATIVIDADES E FUNÇÕES DA CONTROLADORIA
Num primeiro momento será necessária uma rápida introdução ao entendimento do
que são atividades e funções e quais as características que as diferem.
Segundo Peleias (2002, p. 7), uma empresa sob a ótica de um sistema-empresa podeser dividida em dois subsistemas, denominados de (i) função da especialização das funções
e (ii) função da dinâmica ambiental:
 A primeira constitui a decomposição da empresa, normalmente encontrada
nos textos sobre sistemas e administração. Essa divisão destaca as atividades
operacionais efetuadas por cada componente do sistema, geralmente apre-
sentada como produção, vendas, nanças, recursos humanos e compras.
 A segunda categoria é a abordagem utilizada pela gestão econômica, que con-
sidera a empresa parte do ambiente, com ele interagindo para o cumprimento
de sua missão e satisfação das necessidades pelo entorno.
Relativo à segunda parte do conceito, trata da divisão função da dinâmica ambiental da
empresa como em um conjunto de sistemas que atendem às relações dinâmicas inuenciadas
pelas pressões do ambiente externo no cumprimento da missão.
 E S T U D
 O S F U T
 U R O S ! 
Aliás, sobre esta visão sistêmica, o assunto será tratado na
Unidade 2 deste caderno.
 
UNIDADE 1UNIDADE 1 TÓPICO TÓPICO 33 33
Atividade refere-se à execução de uma ação que é realizada por
uma área organizacional com um objetivo denido, enquanto
a função refere-se a um conjunto de atividades que tenham
um objetivo comum.
Na primeira parte da ideia relatada pelo autor, trata

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