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Plantio de Forrageiras - Cana de açucar

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CANA DE AÇÚCAR – (IAC 86-2480 E RB 83-5486)
Descrição da espécie forrageira (nome científico): 
IAC 86-2480 e RB 83-5486;
Origem: 
Cana-de-açúcar é um grupo de espécies de gramíneas perenes altas do gênero Saccharum, tribo Andropogoneae, nativas das regiões tropicais do sul da Ásia e da Melanésia;
Recomendação de solo: 
Solos férteis, profundos e não sujeitos a encharcamento são os mais recomendados, de qualquer forma, é aconselhável proceder coleta e análise de solo, a fim de determinar a necessidade ou não de correção e adubação, conforme as exigências da cana-de-açúcar;
Precipitação pluviométrica: 
Quanto à umidade do solo, um suprimento adequado de água é essencial para o crescimento da cana. As necessidades hídricas da cana-de-açúcar vão de 1.500 a 2.500 milímetros, que devem ser distribuídos de maneira uniforme durante o período de desenvolvimento vegetativo, conforme dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Entretanto, estudos recentes têm mostrado que a quantidade de água necessária para a cultura atingir seu máximo potencial é em torno de 1.200 a 1.300 milímetros;
 
Recomendação de utilização: 
Picagem da cana, é feita no momento de fornecer aos animais, para evitar fermentações indesejáveis, que irão reduzir o consumo;
Teor de proteína na matéria seca:
 2,5 % PB;
Produção de forragem (toneladas de matéria seca/ha/ano): 
A produtividade média dos canaviais se situa em 77 toneladas/hectare, variando entre 57 toneladas/ha no Nordeste até 82 toneladas/ha no Sudeste. Bons canaviais produzem 110 t/ha;
Tolerância ao frio: 
Baixa tolerância;
 
Tolerância a seca: 
Tolerante; 
Tolerância a solos encharcados: 
Os solos encharcados não possuem aeração suficiente às plantas, dificultando o desenvolvimento do sistema radicular e a assimilação dos nutrientes. Quando excessivamente úmidos, chegam a ocasionar a morte das plantas;
Forma de crescimento: 
Os estágios fenológicos da cana-de-açúcar são os seguintes:
brotação e emergência;
perfilhamento;
crescimento dos colmos;
maturação dos colmos.
 Brotação e emergência
O broto rompe as folhas da gema e se desenvolve em direção à superfície do solo. Ao mesmo tempo surgem as raízes do tolete. A emergência do broto ocorre de 20 a 30 dias após o plantio. O broto é um caule em miniatura que surge acima da superfície do solo (chamado de colmo primário). Esta fase depende da qualidade da muda, ambiente, época e manejo do plantio. Neste estágio ocorre, ainda, o enraizamento inicial (duas a três semanas após a emergência) e o aparecimento das primeiras folhas.
 
 Perfilhamento
Início do perfilhamento e formação da touceira: Perfilhamento é o processo de emissão de colmos por uma mesma planta, os quais recebem a denominação de perfilhos. O processo de perfilhamento é regulado por hormônios e resulta no crescimento de brotos que vão em direção à superfície do solo. Esses brotos aparecem de 20 a 30 dias após a emergência do colmo primário. Por meio desse processo, ocorre a formação da touceira da cana-de-açúcar e a população de colmos que será colhida. É importante destacar que a formação do sistema radicular da touceira é resultado do desenvolvimento das raízes de cada perfilho.
Auge do perfilhamento: É quando ocorre a total cobertura do solo pela folhagem das plantas. Cada touceira possui o máximo de perfilhos.
 Crescimento dos colmos   
A partir do auge do perfilhamento, os colmos sobreviventes continuam o crescimento e desenvolvimento, ganhando altura e iniciando o acúmulo de açúcar na base. O crescimento é estimulado por luz, umidade e calor. Durante essa fase, as folhas mais velhas começam a ficar amareladas e secam.
Crescimento radicular vigoroso: O crescimento do sistema radicular torna-se mais intenso, tanto nas laterais quanto em profundidade. A maior parte das raízes estão nos primeiros 40 centímetros de profundidade, sendo esta a zona principal no que concerne a absorção de água e nutrientes por parte da cultura.
Definição da população final de colmos: O canavial pode atingir altura acima de três metros, com a população final de colmos, variando em função das condições de clima e solo.
 Maturação dos colmos
Maturação inicial: A maturação inicia-se junto com o crescimento intenso dos colmos sobreviventes do perfilhamento das touceiras. É válido mencionar, novamente, que o excesso de açúcar permanece armazenado na base de cada colmo.
Maturação do terço médio: Quando as touceiras atingem altura igual ou superior a dois metros, nota-se o amarelecimento e a conseqüente seca das folhas que se encontram na altura mediana da planta, indicando que já está sendo depositado açúcar nessa região.
Maturação final: No período entre o outono e o inverno, com a presença de chuvas variáveis e temperaturas mais baixas, existe maior atividade de maturação e menor atividade de crescimento, sendo que há intenso armazenamento de açúcar.
 Momento de colheita
É definido em função da variedade, época de plantio e consequente duração do ciclo (Tabela 1), manejo da maturação  e condições climáticas no ambiente.
Digestibilidade:
 IAC 86-2480 E RB 83-5486 as mais indicadas para alimentação de ruminantes por apresentarem produtividade satisfatória e alto potencial de degradação no rúmen (teores baixos a intermediários de fibra);
Palatabilidade:
 Possui boa palatabilidade, portanto é bem aceita pelos animais;
Consorciação com outra forrageira:
Pode consorciar-se com feijão e milho;
Época de plantio: 
Em termos estratégicos, planta-se as canas nos solos arenosos até o fim de agosto e, em seguida, nos argilosos. Quanto às variedades, são sugeridas as precoces para o plantio de maio e junho, as médias até fins de agosto e, finalmente, as tardias;
Profundidade de plantio: 
A profundidade do sulco deve variar entre 20 e 30 centímetros;
 Adubação de plantio:
 Os nutrientes que devem ser fornecidos via adubação são os macronutrientes: nitrogênio; fósforo; potássio; cálcio; magnésio e enxofre, e também micronutrientes: boro, cobre, manganês; molibdênio e zinco.
Ciclo vegetativo:
O desenvolvimento vegetativo é favorecido por temperaturas do ar entre 25°C e 35°C. Já a maturação (acúmulo de sacarose no colmo) ocorre com temperaturas inferiores a 18-20°C e/ou com deficiência hídrica prolongada. Temperaturas menores que 0°C provocam o congelamento de partes menos protegidas como folhas novas e gemas laterais do colmo, podendo levar a planta à morte.
Altura de corte
 
 deve-se cortar a altura do solo a cada 12 meses;
referencias:
Embrapa disponivel em: (https://www.embrapa.br)
MATSUDA disponível em: (http://www.matsuda.com.br)
FONSECA, P.M.da.; MARTUSCELLO, J. A. Plantas Forrageiras 1. ed. 2010

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