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Guia para Identificação de Plantas Invasoras Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade – FEENA, Rio Claro/SP Unesp – Ecologia 2015 1 ORGANIZADORES Anita Valente da Costa Augusto César Alves Leandro Bruna Golinelli Nallis Camila Fregni Lins Camilla Eboli Casella Gabriel Luco Rocha da Silva Geovana Caroli de Oliveira Guilherme Henrique Franzin Iara Rodrigo Jessika da Silva Nunes Júlia Mortatti Monarcha Karen Andressa Fernandes Larissa Mayara Salla Laura Piacentini Casarin Luandra Danielle Maróstica Michele Matos dos Santos Nathalia Bonani Rayane Gonçalves Tomaselli Victor de Oliveira da Motta Vinícius Mendes Yuri Silva de Souza 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4 2. HISTÓRICO DA FLORESTA ESTADUAL EDMUNDO NAVARRO DE ANDRADE (FEENA) .................................................................................................. 5 3. TRILHAS DA FEENA .......................................................................................... 6 4. LOCAIS AMOSTRADOS NA FEENA ................................................................. 9 5. ESPÉCIES INVASORAS NA FEENA ............................................................... 10 5.1 Citrus reticulata .............................................................................. 10 5.2 Brugmansia suaveolens ................................................................. 11 5.3 Thelypteris dentata ......................................................................... 12 5.4 Ciclospermum leptophyllum ........................................................... 12 5.5 Alpinia zerumbet............................................................................. 13 5.6 Livistona chinensis ......................................................................... 14 5.7 Asparagus setaceus ....................................................................... 14 5.8 Dracaena fragans ........................................................................... 15 5.9 Sansevieria trifasciata .................................................................... 16 5.10 Emilia fosbergii ............................................................................. 17 5.11 Taraxacum officinale .................................................................... 17 5.12 Impatiens walleriana ..................................................................... 18 5.13 Tradescantia fluminensis .............................................................. 19 5.14 Tradescantia zebrina .................................................................... 19 5.15 Calissia repens ............................................................................. 20 5.16 Hypoestes phyllostachya .............................................................. 21 5.17 Thunbergia alata .......................................................................... 22 5.18 Allamanda cathartica .................................................................... 23 5.19 Archontophoenix cunninghamiana................................................ 24 5.20 Asclepias curassavica .................................................................. 25 5.21 Thyrsacanthus ramosissimus ....................................................... 25 5.22 Monstera deliciosa ....................................................................... 26 5.23 Cyperus alternifolius ..................................................................... 27 5.24 Malvastrum coromandelianum ...................................................... 28 5.25 Ardisia crenata ............................................................................. 29 5.26 Bambusa vulgaris ......................................................................... 30 5.27 Psidium guajava ........................................................................... 31 5.28 Brachiaria decumbens .................................................................. 32 3 5.29 Citrus limonia................................................................................ 33 5.30 Murraya paniculata ....................................................................... 34 4 1. INTRODUÇÃO Espécies exóticas são espécies encontradas em outros ambientes que não os seus de origem. A introdução de determinadas espécies exóticas podem ser desastrosas, aumentando as taxas de predação, competição e podendo causar alterações na dinâmica da comunidade local e extinções de espécies. Muitas vezes, as espécies exóticas conseguem se expandir para além do local onde foram introduzidas, apresentando, então, um potencial para invasão. Mas nem todas as espécies exóticas tornam-se invasoras: as estimativas de espécies exóticas que se tornam invasoras variam de 1% a 50%. Em relação à conservação da biodiversidade, muitas espécies invasoras podem competir com espécies nativas podendo levá-las à extinção. Por outro lado, pode-se observar impactos positivos quando essas espécies fornecem matéria prima ou recursos alimentares para o homem ou fauna. Apenas uma pequena porcentagem das espécies introduzidas torna-se invasora formando populações autorregenerantes e que se dispersam pelo ambiente, ultrapassando divisas, fronteiras políticas ou administrativas. Globalmente, espécies exóticas invasoras são consideradas a segunda principal causa de perda de diversidade animal e vegetal, ficando atrás apenas da perda e fragmentação de habitat. Estima-se que a introdução de espécies exóticas em novos ambientes possa levar à extinção da metade dos mamíferos que hoje habitam o planeta, promovendo a homogeneização e a simplificação da biota global. Nem sempre há uma percepção pública clara sobre os danos que essas espécies podem causar para o meio ambiente, ou para o meio socioeconômico. Entendendo a necessidade de levar o entendimento desses impactos à sociedade, este guia tem como objetivo proporcionar o conhecimento de espécies invasoras da Floresta Estadual Edmundo de Navarro Andrade, no munícipio de Rio Claro-SP. Esse guia apresenta 30 espécies de 22 famílias, exóticas e nativas, mas todas invasoras, presentes na FEENA. Cinco trilhas foram amostradas em vários pontos da FEENA, como mostrado na Figura 4. 5 2. HISTÓRICO DA FLORESTA ESTADUAL EDMUNDO NAVARRO DE ANDRADE (FEENA) A Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade está situada na cidade de Rio Claro. Sua construção teve ligação com a expansão ferroviária do final do século XIX cuja localização privilegiada veio suprir a demanda de madeira na região. Foi a partir dessa premissa que, em 1909, a FEENA foi fundada pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro. O nome do local foi dado em homenagem a Edmundo Navarro de Andrade, Engenheiro Agrônomo que deu toda a base para o desenvolvimento da silvicultura moderna e trouxe cerca de 140 espécies de eucalipto para serem plantadas no local. Edmundo Navarro de Andrade residiu na FEENA durante parte de sua vida, e o local se tornou um forte centro de pesquisas sobre o eucalipto, atraindo o olhar e o investimento de pesquisadores. Posteriormente, houve a inauguração do Museu do Eucalipto, presente até hoje. Tendo em vista a importância da área, foi decretada a mudança de “Horto Florestal” para “Floresta Estadual”, possibilitando assim, formas de manejo sustentáveis, pesquisas científicas na área da conservação,e abertura de um espaço para visitação pública, levando lazer e educação ambiental à comunidade no entorno. A FEENA possui 2.230 hectares, sendo uma área que apresenta uma das maiores variedades de eucalipto do Brasil, referência no cultivo em âmbito nacional. Em 1988, passou a ser administrada pelo Instituto Florestal da Secretaria do Meio Ambiente. A FEENA teve uma grande importância no crescimento e desenvolvimento da cidade de Rio Claro, tanto econômico quanto urbano. Á área disponível a visitação apresenta elementos muito interessantes, com paisagens que transitam de estruturas arquitetônicas históricas à uma fauna e flora que chama a atenção, além de trilhas para lazer, entre outras atrações. 6 Figura 1 - Localização da FEENA próximo ao município de Rio Claro 3. TRILHAS DA FEENA Para quem gosta de praticar exercícios físicos em área aberta e com contato com a natureza, a Trilha da Saúde é ideal. Com 1,3 km de extensão e totalmente adaptada para receber visitantes com mobilidade reduzida como cadeirantes, além de idosos e crianças, ela possui pontos com aparelhagem e placas explicativas para a prática de alongamentos, flexões, barras, abdominais e entre outras atividades. A trilha é autoguiada e começa na frente do açude, onde existe um bambuzal. Em seguida, o visitante passa pelo Arboreto e pela ”Alameda das Essências Nativas”. Durante a caminhada, encontra-se um exemplar da palmeira Juçara e um Guapuruvu, até a chegada na “Alameda dos Eucaliptos Citriodora”, onde predomina o cheiro característico e conhecido desse tipo de árvore. A trilha, que é circular, passa pela área dos “Eucaliptos Grandes”, onde se encontra um eucalipto de 91 anos considerado o mais antigo da Florestal Estadual – que em 2009 completou 100 anos. Há também mais duas trilhas, a "Trilhas dos 9" de 9 km de extensão e a trilha do Eucalipto, onde é possível observar as diversas espécies de Eucalipto presentes no local. 7 Figura 2 - Mapa da FEENA com a localização das trilhas 8 Figura 3 - Localização da Trilha da Saúde dentro da FEENA 9 4. LOCAIS AMOSTRADOS NA FEENA Figura 4 – A) Localização do município de Rio Claro no estado de São Paulo; B) Localização da FEENA próximo ao munícipo de Rio Claro; C) A linha amarela marca os limites da FEENA próximo ao munícipio de Rio Claro, os pontos em roxos mostram os pontos de coleta das espécies invasoras. 10 5. ESPÉCIES INVASORAS NA FEENA 5.1 Citrus reticulata Família: Rutaceae Gênero: Citrus Nome popular: Tangerina Origem: Ásia Descrição: O grupo mexerica (Citrus) tem origem na região do Mediterrâneo. Possui porte médiano, hábito de crescimento lento e curvado, ramos finos e quase sem espinhos, as folhas são pequenas e alongadas. Os frutos são mais aromáticos, de casca com espessura fina, levemente rugosa e rica em glândulas com óleos essenciais. O tamanho é médio, com peso em torno de 130g. Suas sementes são numerosas, pequenas e redondas. A tangerina, assim como os demais frutos cítricos, é do tipo não-climatérico, ou seja, não amadurece após a colheita. É importante, portanto, observar o ponto ideal para colhê-la. Popularmente, é conhecida pelo seu efeito diurético, digestivo e aumento na eficiência física. É laxativa, pois apresenta grande quantidade de fibras, devendo ser ingerida com o bagaço para melhorar o funcionamento do intestino. O 11 chá das folhas é considerado popularmente como calmante. 5.2 Brugmansia suaveolens Família: Solanaceae Gênero: Brugmansia Nome popular: Trombeta dos anjos Origem: América Central e Sul Descrição: O trombeteiro é um arbusto grande e ereto, que atinge facilmente 2 ou 3 metros de altura. Suas folhas são grandes e ovais e as flores em formato de trombeta, são pêndulas, simples, perfumadas e podem ter cerca de 30 cm de comprimento. São em geral de coloração branca ou amarela, mas ocorrem variedades e híbridos de flores róseas e dobradas também. Sua utilização paisagística é bastante discutida, visto que é uma planta bastante tóxica e narcótica, pois toda a parte da planta contém alcaloides que podem provocar vômitos, náuseas, secura das mucosas, febre, taquicardia, alucinações e dilatação das pupilas. Por este motivo muitas prefeituras proíbem a sua utilização na ornamentação pública. No entanto, se utilizada com bom senso e longe do alcance de crianças, pode se tornar uma planta muito atrativa no jardim. É indicado o plantio isolado ou em grupos (requerendo áreas maiores). O trombeteiro aprecia o calor e a umidade, e é comum observá-lo naturalmente na beira de riachos. 12 5.3 Thelypteris dentata Família: Thelypteridaceae Gênero: Thelypteris Nome popular: Samambaia do mato Origem: África e Ásia – naturalizada no Brasil, após introdução à América do Sul Descrição: Planta de margens de rios, florestas tropicais e várzea. Amplamente distribuída pelas regiões tropicais e subtropicais. 5.4 Ciclospermum leptophyllum Família: Apiaceae Gênero: Ciclospermum Nome popular: Aipo-bravo 13 Origem: Portugal Descrição: Erva daninha bastante comum em hortas e jardins, muito semelhante à uma mini-salsinha, possuindo aroma semelhante, sendo possível inclusive utilizá-lo como substituto da salsinha como condimento. Habita áreas abertas e ensolaradas. Produz uma pequena inflorescência apical dotada de minúsculas flores brancas, polinizadas provavelmente por diminutas abelhas. Os frutos são secos e as sementes são espalhadas quando a planta termina seu ciclo, também são utilizados como condimento. 5.5 Alpinia zerumbet Família: Zingiberaceae Gênero: Alpinia Nome popular: Louro de baiano, falso cardamomo Origem: China e Japão Descrição: Esta planta, parente do gengibre, é uma herbácea, rizomatosa, que chega a 2 ou 3 metros de altura. Suas folhas são aromáticas, longas, largas e brilhantes. As flores, que surgem no verão e outono, são róseas e brancas apresentando aroma suave e agradável. A propagação de A. zerumbet se dá por meio da divisão de rizomas. O contato com a seiva pode causar irritações na pele e nos olhos. 14 5.6 Livistona chinensis Família: Arecaceae Gênero: Livistona Nome popular: Palmeira leque Origem: China Descrição: Folhas em forma de leque, verde brilhante, sendo dividida em lâminas a partir de sua metade; pode alcançar até 2 m de diâmetro. A espécie sobrevive sem danos à geadas leves. Costuma viver em solos ricos em nutrientes, mas se adapta à solos ligeiramente arenosos. Suas raízes são fortes, lhe dando a capacidade de suportar grande período de seca, assim, não gosta de solos encharcados. 5.7 Asparagus setaceus Família: Asparagaceae Gênero: Espargus Nome popular: Aspargo samambaia 15 Origem: África do Sul Descrição: Planta arbustiva e trepadeira, com folhagem de textura delicada e plumosa, muito decorativa. Suas raízes são fibrosas. As folhas são verdes e afiladas, como pequenos espinhos, porém não são rígidas. O conjunto de ramos e folhas têm o aspecto das frondes de samambaias, o que lhe rendeu o nome popular. Na primavera e verão surgem numerosas flores brancas e minúsculas, de importância ornamental secundária, que originamfrutos esféricos, pequenos, de coloração preta. No jardim ele se comporta como arbusto ou trepadeira, e desta forma pode ser aproveitado em renques junto a muros e para cobrir cercas, telas, grades, etc. Se desenvolve sob meia-sombra, em solo fértil, drenável, com muita matéria orgânica e que recebe chuvas regularmente. Aprecia o frio subtropical. Tolera estiagem e encharcamentos por períodos não muito prolongados. Se cultivada sob sombra, sua folhagem torna-se amarelada. Multiplica-se por sementes e por divisão da planta. 5.8 Dracaena fragans Família: Asparagaceae Gênero: Dracaena Nome popular: Dracena Origem: África Descrição: Planta arbustiva, de folhagem decorativa e amplamente cultivada em diversas partes do mundo por seu forte apelo tropical e rusticidade em ambientes internos. As ramificações aumentam após cada floração. Se desenvolve no solo, podendo crescer até 15 metros de altura e atingir 30 cm de diâmetro. As folhas são 16 grandes, brilhantes, e de acordo com a cultivar podem ser largas ou estreitas, de cores lisas ou variegadas com listras longitudinais, de margens lisas ou onduladas, com diferentes tonalidades de verde. Elas surgem em rosetas terminais, com formato que muitas vezes lembra um pompom: as folhas jovens são eretas e centrais e as folhas maiores são recurvadas. Suas flores são de cor branca a rosada, com intenso perfume adocicado; são bastante atrativas para abelhas e beija-flores.mBastante popular e versátil no paisagismo, pode ser utilizada como arbusto isolado ou em grupos e renques. 5.9 Sansevieria trifasciata Família: Asparagaceae Gênero: Sansevieria Nome Popular: Espada de São Jorge Origem: África Descrição: Herbácea de resistência extrema possui crescimento lento. Suas folhas são muito ornamentais e podem se apresentar de coloração verde acinzentada e variegada, com margens de coloração branco-amareladas, todas com “estriações” de uma tonalidade mais escura. As flores brancas não tem importância ornamental. É uma planta de utilização bastante tradicional e a cultura popular recomenda como excelente protetor espiritual. Resiste tanto à estiagem, como ao frio e ao calor, além de ser pouco exigente quanto à fertilidade. Multiplica-se por divisão de touceiras, formando mudas completa com folhas, rizoma e raízes. 17 5.10 Emilia fosbergii Família: Asteraceae Gênero: Emilia Nome popular: Emília, algodão de preá ou pincel Origem: África, Ásia e América do Sul Descrição: Erva de até 1m de altura. Geralmente com apenas uma haste central, tendo em sua ponta, a flor (roxa, rosa ou vermelha). 5.11 Taraxacum officinale http://www.naturespot.org.uk/species/dandelion-agg Família: Asteraceae Gênero: Taraxacum Nome popular: Dente de leão Origem: Ásia, Europa e América Descrição: O dente-de-leão é uma das ervas daninhas mais famosas e úteis do planeta. Os dente-de-leões proporcionam alimento para muitos animais selvagens, tais como abelhas, cervos, gansos e coelhos. Pode causar dores de estômago e 18 diarreias. Também pode diminuir os níveis de açúcar no sangue e interagir com outros medicamentos para diabetes. Reações alérgicas a planta são raras. Se torna invasora pois se dispersa facilmente com o vento. 5.12 Impatiens walleriana Família: Balsaminaceae Gênero: Impatiens Nome popular: Maria-sem-vergonha ou beijo-turco Origem: África Descrição: Planta herbácea de folhas macias, caule suculento e verde com floração abundante o ano todo. As flores tem cinco pétalas cada, se exibem em cores sólidas ou belos degrades e mesclas de branco, laranja, salmão, rosa, vermelho e vinho. Forma frutinhos do tipo cápsula, de cor verde, casca suculenta e oca. Quando maduros, explodem ao leve toque, lançando longe numerosas sementes e enroscando-se sobre si mesmo, elasticamente. Este comportamento é botanicamente conhecido como deiscência explosiva. 19 5.13 Tradescantia fluminensis Família: Commelinaceae Gênero: Tradescantia Nome popular: Erva-da-fortuna Origem: Portugal Descrição: Planta rasteiras, de fácil dominação do ambiente, formando tapetes. Gosta de luz forte, principalmente as variedades cujas folhas não sejam totalmente verdes. 5.14 Tradescantia zebrina Família: Commelinaceae Gênero: Tradescantia Nome popular: Lambari ou Zebrina Origem: América do Norte, México Descrição: O lambari é uma herbácea perene, muito rústica, de folhagem prostrada e suculenta. Suas folhas são muito decorativas, brilhantes, de coloração verde 20 escura, com duas listras de variegação prateadas na face superior e, completamente arroxeadas na face inferior. As flores são pequenas e róseas, de importância ornamental secundária. Domina facilmente o ambiente, formando tapetes. Se encontra geralmente em beiras de trilhas, se desenvolvendo sob pleno sol. 5.15 Calissia repens Família: Commelinaceae Gênero: Calissia Nome popular: Dinheiro em penca Origem: América Central e Sul Descrição: Planta herbácea e rasteira, de pequeno porte, alcançando de 5 a 25 cm de altura. Apresenta folhagem densa e muito ornamental, formada por caule ramificado, filamentoso e comprido, de coloração arroxeada e numerosas folhas cerosas, delicadas, pequenas e verde-arroxeadas, com a página inferior roxa. As flores do dinheiro-em-penca são brancas e pequenas e de pouca importância ornamental. Formam um tapete, no chão, onde se estabelecem. 21 5.16 Hypoestes phyllostachya Família: Acanthaceae Gênero: Hypoestes Nome popular: Confete, face-sardenta, camisa-de-pintor Origem: Madagascar Características: Herbácea perene chegando até 90 cm de altura, com flores arroxeadas. Suas folhas são de grande importância ornamental e possuem pintas vermelhas, rosas ou brancas. Ocorrem à meia-sombra próxima a borda de trilhas. De ocorrência rara na FEENA, se dispersa através de sementes e também estacas, formando “tapetes”. 22 5.17 Thunbergia alata Família: Acanthaceae Gênero: Thunbergia Nome popular: Amarelinha, bunda-de-mulata, erva-de-cabrita, olho-de-poeta, olho- preto, suzana-dos-olhos-negros, cipó-africano, Jasmim-sombra Origem: África Oriental e África do Sul Características: Herbácea perene com caule volúvel trepador, cilíndrico, verde ou ferrugíneo e coberto por pelos, suas flores são de alto interesse ornamental. Suas folhas são opostas no caule e levemente ásperas com longos pecíolos. Possui inflorescência axilar com 2 flores de 5 pétalas cada parcialmente soldadas, de cores amarelas ou brancas que formam um tubo ligeiramente curvo com pelos e de coloração vermelho escuro. Cresce em sol pleno, preferindo bordas, mas também é encontrada em menor quantidade dentro da vegetação. De abundância comum na FEENA, tem crescimento rápido, se propaga por sementes, e também estacas. 23 5.18 Allamanda cathartica Família: Apocynaceae Gênero: Allamanda Nome popular: Alamanda, dedal-de-dama, alamanda-amarela Origem: América do sul, nordeste brasileiro. Características: Planta perene de porte arbustivo ou trepadeira chega até 4 metros de altura. Suas flores amarelas vistosas e sua folhagem de um verde intenso são ambas de grande importância ornamental. As flores estão presentes quase o ano inteiro e surgemda axila da folha com pétalas arredondas e seus frutos são do tipo cápsula, espinhosos e guardam as sementes em seu interior. Seus ramos são longos e flexíveis, e suas folhas estão dispostas de forma oposta no caule e apresenta um látex tóxico. Cresce em pleno sol e preferencialmente em locais úmidos, próximos a corpos d’água, estando presente na entrada de trilhas e raramente dentro da mata, onde há pouca entrada de luz. Se dispersa por sementes, mas pode se reproduzir por estacas e sua distribuição na FEENA é restrita e localizada. 24 5.19 Archontophoenix cunninghamiana Família: Arecaceae Gênero: Archontophoenix Nome popular: Palmeira-real, palmeira-australiana, palmeira-real-da-Austrália, palmeira-seafórtia, seafórtia Origem: Austrália oriental Características: Palmeira de 12 metros de altura e ciclo de vida perene largamente usada para paisagismo. Seu caule do tipo estipe é anelado e possui por volta de 20 centímetros de diâmetro. De folhas curvadas e grandes, suas flores são brancas ou arroxeadas, e seus frutos são esféricos e vermelhos, atraentes para passarinhos que dispersam suas sementes. De crescimento rápido, se desenvolve em pleno sol ou meia-sombra dentro de matas e em ambientes úmidos. Na FEENA ela é de bem distribuída, sendo muito comum encontrá-la. 25 5.20 Asclepias curassavica Família: Apocynaceae Gênero: Asclepias Nome popular: Paina-de-sapo, oficial-de-sala, algodãozinho-do-mato, cega-olhos, dona-joana, margaridinha-leiteira, erva-de-satã Origem: Portugal Características: Herbácea anual chega até 40 centímetros de altura e é tóxica. Não possui pelos em seus ramos, mas quando muito jovens podem apresentar pequena pilosidade. Suas flores são grandes e vistosas de coloração laranja e amarela, atraindo insetos como borboletas, e, portanto, possuindo importância ornamental. Cresce em lugares descampados, devolvendo-se e espalhando-se rapidamente, com frutos secos que guardam muitas sementes que podem ser dispersas pelo vento. De abundância comum na FEENA, ocorre em locais abertos. 5.21 Thyrsacanthus ramosissimus 26 Família: Acanthaceae Gênero: Thyrsacanthus Nome popular: Canudo Origem: Brasil, nos estados de Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Pernambuco Características: De porte arbustivo, possui as flores vermelhas alongadas, em espigas. Estudos biológicos são escassos para essa espécie. Na FEENA tem ocorrência rara. 5.22 Monstera deliciosa Família: Araceae Gênero: Monstera Nome popular: Costela-de-Adão Origem: México Características: Trepadeira semi-herbácea e perene chega a mais de 3 metros de altura. Suas folhas grandes possuem as bordas recortadas com furos no meio, coloração verde brilhante e grande importância ornamental. Seu fruto verde é comestível depois de maduro e tóxico antes disso. Cresce à meia-sombra e se dispersa através de estacas, sendo uma planta ornamental ótima para interiores. Na FEENA é comum e ocorre dentro das matas. 27 5.23 Cyperus alternifolius Família: Cyperaceae Gênero: Cyperus Nome popular: Sombrinha-chinesa Área de distribuição nativa: Madagascar Característica: É uma planta de clima tropical e equatorial relativamente comum, podendo alcançar 1,80 metros de altura. As formas das suas folhas deram origem ao seu nome popular, por se assemelharem a guarda-chuvas. Desenvolve-se sob sol-pleno ou meia-sombra. Apesar de suportar o sol muito forte e frio intenso, nessas condições geralmente fica com as folhas queimadas e com mau aspecto. Possui folhas perenes, sempre verdes, estreitas e eretas que partem do centro de uma haste, obtendo o formato de uma sombrinha. Sua propagação pode se dar por sementes, por divisão do rizoma ou ainda cortando-se as folhas com uma parte da haste e deixando-a na água ou enterrando-a em solo úmido ou areia, além de poderem ser dispersas pelo vento. A sombrinha-chinesa é uma planta palustre de crescimento muito rápido, chegando a ser considerada como invasora em determinadas situações, oque é prejudicial para as plantas nativas. Para os seres humanos ela tem certo valor devido à utilização como planta ornamental. Na FEENA são encontradas em áreas próximas a cursos d’agua. 28 5.24 Malvastrum coromandelianum Família: Malvaceae Gênero: Malvastrum Nome popular: Chá bravo Origem: Estados Unidos Característica: É uma planta herbácea de fácil ocorrência que pode atingir até 1 m de altura. Seu caule é ereto, simples ou ramificado e suas folhas são alternas, ovais ou lanceoladas, serrilhada, pontiagudas ou sem corte no ápice. A inflorescência é na forma de flores solitárias hermafroditas nas axilas das folhas. Flores com 5 pétalas amarelas ou laranja. Possui distribuição por toda região tropical do mundo, mas pode atingir as regiões temperadas. São polinizadas por abelhas, que utilizam do seu néctar para alimentação. Seus botões florais se abrem uma única vez e permanecem abertos por algumas horas. São comumente encontradas em beira de estradas, terrenos baldios e áreas perturbadas. Pode ter alguma aplicabilidade médica no tratamento de feridas e infecções intestinais em humanos. Na FEENA é nas proximidades do Ribeirão Claro. 29 5.25 Ardisia crenata Família: Myrsinaceae Gênero: Ardisia Nome popular: Café-de-jardim, ardísia Origem: Japão Característica: Planta arbustiva de pequeno porte, um caule fino e reto, onde os ramos se iniciam na porção média, com inserção espiralada. As folhas são simples, estreitas de bordas onduladas, cerosas, verde-escuras brilhantes muito atrativas. As flores da ardísia são brancas, bem pequenas, reunidas numa inflorescência terminal. Os frutos são pequenas bagas vermelhas e globosas não comestíveis. Produz flores e frutos contínuos, maior abundância no verão, quando existem flores e frutos juntos. É uma planta muito utilizada em paisagismo. Em lugares de clima muito frio, perde suas folhas, que voltam a nascer quando a temperatura se eleva. Essa planta pode ser dispersas por sementes, estaquia e aves que se alimentam dos frutos. A semente germina com bastante facilidade, embaixo da planta, junto ao tronco, é comum encontrar mudinhas, que brotam através das sementes que caem. 30 Podem ser encontrada próxima a corpos d’água, como o Ribeirão Claro e o lago central da FEENA. 5.26 Bambusa vulgaris Família: Poaceae Gênero: Bambusa Nome popular: Bambu-listrado Origem: China Característica: Sua estrutura consiste no sistema subterrâneo de rizomas, colmos e galhos, podendo alcançar uma altura de 10 metros. Todas essas partes são formadas do mesmo principio: uma série alternada de nós e entrenós com 25-35 cm de comprimento. É como em clima tropical e subtropical. O bambu protege contra erosões, pode ser plantado em terrenos acidentados, e é utilizado em recuperação de áreas degradadas (devido ao fato de não requerer solo com alta fertilidade), propaga-se em regiões inóspitas, onde outros vegetais jamais conseguiriam sobreviver. Seu caule oco pode servir de abrigo para muitos invertebrados, como aranhas e formigas. Na FEENA encontra-se em abundância nos entornos do lago 31 principal, mas também pode ser encontrado na trilha do DAAE e outras que deem acesso ao Ribeirão Claro. 5.27 Psidium guajava http://www.prota4u.org/protav8.asp?p=Psidium+guajavaFamília: Myrtaceae Gênero: Psidium Nome popular: Goiabeira Origem: América Tropical, entre o sul do México e norte da América do Sul Característica: A goiabeira é uma árvore de clima Equatorial e Tropical com ciclo de vida perene. Apresenta tronco tortuoso, com casca lisa, que quando envelhece se desprende em finas lâminas de cor castanha, alcançando até 8 metros de altura. Suas flores são hermafroditas de coloração branca e sua floração ocorre na primavera. A frutificação da goiabeira se estende desde o verão até o outono, mas pode ser conduzida através de podas para que dure o ano todo. Seus frutos são carnosos e apresenta colocação avermelhada ou branca, sendo muito utilizados na culinária através de doces e molhos e suas folhas podem ainda ser aplicadas na área da medicina como anti-inflamatórios. A goiaba é uma fruta bastante acometida pela mosca-das-frutas, mas serve de alimentos para diversos animais, tais como pacas e aves. A goiabeira tem potencia de invadir áreas em diferentes graus de perturbação, formando densas touceiras, podendo se desenvolver tanto em áreas 32 sombreadas quanto em áreas expostas ao sol. Sua dispersão por todo o continente esta relacionada com interesses humanos no uso do seu fruto. Na região da FEENA podem ser encontradas nas matas próximas ao lago central, Ribeirão Claro, DAAE e na trilha dos nove quilômetros. 5.28 Brachiaria decumbens Família: Poaceae Gênero: Brachiaria Nome popular: Braquiária, pasto-barreira Origem: África Tropical Característica: É uma gramínea de hábito herbáceo que pode medir até 1 metro de altura, formando touceiras. Por ter um sistema radicular bem profundo, resiste muito bem à seca. Apresenta média resistência ao frio, boa tolerância a sombreamento e baixa tolerância a solos encharcados. Compete com outras plantas pela utilização da água no ambiente sendo uma ótima competidora, por esse motivo é considerada invasora. Esta gramínea permite boa proteção contra erosões do solo e por isso é recomendada para áreas de declive acentuado. É susceptível a cigarrinhas-das- pastagens e não deve ser estabelecida em regiões com histórico deste inseto. No Brasil é muito utilizada em pastos, para alimentação de gado. Encontrada na FEENA próximo ao Ribeirão Claro. 33 5.29 Citrus limonia Família: Rutaceae Gênero: Citrus Nome popular: Limão Cravo Origem: Índia Característica: O limoeiro-cravo, um arbusto espinhento, chega a 6 metros de altura em média, dependendo das condições de cultivo, são muito ramificados, de caule e ramos castanho-claros com copa aberta e arredondada. Ocorrem regiões montanas, pastos ou beiras de rios, no Centro-Oeste e no Sul do país. As folhas são de um verde intenso e aromático. Os espinhos grandes e pontudos atuam como proteção contra grandes mamíferos. Suas flores são pequenas, cheirosas e melíferas, atraentes para abelhas polinizarem. Apresenta diversas propriedades medicinais, sendo o chá a mais utilizada. Devido a fácil adaptabilidade pode ser encontrado nas matas mais densas da FEENA, seja perto de corpos d’água ou não. 34 5.30 Murraya paniculata Família: Rutaceae Gênero: Murraya Nome popular: Murta-de-cheiro Origem: Sul da China. Característica: A murta-de-cheiro é um arbusto grande ou arvoreta, que pode alcançar até 7 metros de altura, com uma copa larga. Suas folhas são pinadas, com 3 a 7 folíolos pequenos, perenes, brilhantes e de coloração verde-escura. Durante todo o ano produz inflorescências terminais, com flores de coloração branca ou branca-creme, polinizadas por abelhas. Os frutos são do tipo baga, carnosos, pequenos, de coloração vermelha a alaranjada e são muito atrativos para os pássaros. É sensível a cochonilhas, pulgões, nematódios, mosca-branca e clorose férrica. Aprecia o clima tropical, subtropical e mediterrâneo, tolerando o frio moderado, sem, no entanto tolerar geadas fortes. Desenvolve sobre sol pleno ou meia-sombra. Tem uma ocorrência generalizada na FEENA, presente pelo menos uma vez em todas as trilhas visitadas.
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