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Planejamento de Aula

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Planejamento de Aula 
 
Professor de Estágio Supervisionado: João Sawczuk Júnior 
Disciplina: Sociologia 
Instituição: Faculdade Sagrada Família - FASF 
Professora de Didática: Daniela Karpinski 
Série: 1ª Turma: B Turno: Matutino 
Data: 17/04/2017 Hora: 10h05 
 
1. Conteúdo: Apresentar as instituições sociais, Família, Escola e Religião e 
compreender as relações que elas criam e refletir como elas impõem regras 
às pessoas e no convívio social. 
 
Tema abordado: Compreender as relações que as instituições Família, Escola e 
Religião e as influências que elas promovem na sociedade. 
2. Objetivo: 
Geral: Reconhecer instituição social, definir os principais tipos de instituições 
sociais: a família, a Igreja, a escola, identificar as diferenças que existe nas 
diferentes instituições sociais. 
Específico: 
 Identificar as diferentes instituições sociais e suas características: familiares, 
escolares e religiosas; 
 Compreender a importância de cada instituição social, posto que as mesmas 
servem como um meio para a satisfação das necessidades da sociedade; 
 Perceber as diferenças entre essas instituições sociais. 
 
3. Metodologia DURAÇÃO 
3.1 Introdução: 
Iniciar as atividades dialogando com os alunos, no sentido de registrar o que 
os alunos sabem sobre as instituições sociais. Apresentação de exemplos 
de diferentes Instituições Sociais; com apenas as iniciais no quadro fazendo 
perguntas aos alunos usando as iniciais das principais instituições sociais 
Família, Igreja e Escola com as iniciais das principais redes sociais. 
Ello É uma rede social virtual anti-publicitária (versão beta) para ESCOLA; 
Facebook Maior rede social do mundo para FAMÍLIA; 
Instagram Compartilhamento de fotos e vídeos para IGREJA. 
 
3.2 Desenvolvimento: 
 
 
 
 
 
05 
minutos 
3.3 Definir o que são Instituições sociais: As instituições sociais são 
lugares ou situações em que há uma imposição de padrões sociais à 
conduta individual. Quando criança, os adultos apresentam-lhe certo mundo 
– e para a criança, este mundo é o mundo. Somente mais tarde, algumas 
vezes, os indivíduos percebem que há alternativa de comportamentos 
sociais. 
3.4 Apresentar informações sobre as três principais instituições que 
formam a nossa sociedade, explicando a importância de cada uma delas. 
Aula com texto base, em anexo, discussão e colaboração por parte dos 
alunos. 
3.5 Instituição familiar: A família é o principal agente socializador do 
indivíduo. Os estilos de socialização dessa família vão depender da classe 
social, da ocupação, da etnia, dos valores e da visão de mundo que a 
constituem. Dessa forma, existem famílias mais ou menos autoritárias e 
mais ou menos comprometidas com o ato da socialização. 
3.6 Instituição Religiosa: Desde o início dos tempos o homem teve 
algumas dúvidas que o atormentava: “Da onde vim?”, “Para onde vou?” e “o 
que faço aqui?” são algumas dessas questões que fizeram cada grupo de 
homens juntos em pequenas ou grandes sociedades, formular respostas 
diferentes, dando origem às diferentes religiões conhecidas. 
3.7 Instituição Escolar: A escola é um dos mais importantes espaços de 
socialização das sociedades modernas. É através dela que se podem 
promover certos valores que serão assumidos pelos indivíduos e que os 
definirão como parte de determinada cultura ou nação. 
3.8 Comentar o ponto de vista sobre dos sociólogos sobre as instituições 
sociais. 
 
 
30 
minutos 
 
4. Atividade: Atividade oral através de sorteio de perguntas relacionadas com o 
conteúdo estudado. 
O que é instituição social? 
Qual é o papel da família no processo de socialização? 
O que pensa a sociologia funcionalista sobre a família? 
O que é religião para a sociologia? 
Explique a ideia de que a religião exerce um controle social. 
O que pensa Bourdieu, Durkheim e Freire sobre a escola? 
 
15 
minutos 
5. Síntese integradora: Retomada do conteúdo para fixação do conteúdo 
apresentado. 
6. Recursos: Quadro negro, giz, caderno, fotocópias, livro da disciplina. 
7. Referências: 
http://702alison.blogspot.com.br/2013/10/plano-de-ensino-processo-de.html 
http://filosofiaprofrodrigues.blogspot.com.br/2011/03/as-instituicoes-sociais.html 
http://lucianapauladasilvadeoliveira.blogspot.com.br/2011/01/instituicoes-sociais.html 
http://osnildosociologia.blogspot.com.br/2010/08/as-instituicoes-sociais-desde-que.html 
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=31209 
http://www.sociologia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=398 
http://www.sociologia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=711 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_redes_sociais 
Sociologia / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – 266 p. 
 
Anexo 01 
INSTITUIÇÕES SOCIAIS 
As instituições sociais são lugares ou situações em que há uma imposição 
de padrões sociais à conduta individual. Quando criança, os adultos apresentam-lhe 
certo mundo – e para a criança, este mundo é o mundo. Somente mais tarde, algumas 
vezes, os indivíduos percebem que há alternativa de comportamentos sociais. 
Entretanto, mesmo quando crianças, os indivíduos não são inteiramente 
passivos no interior do processo de socialização realizado pelas instituições sociais, 
percebe-se este fato quando percebemos que os pais em geral não conseguem impor 
aos filhos todo padrão social que desejariam. 
Uma das formas de socialização é quando a criança não só aprende a 
reconhecer certa atitude em outra pessoa e a compreender seu sentido, mas também 
apreende a tomá-la ela mesma. Literalmente, a criança aprende a desempenhar o papel 
do outro. Exemplo: as meninas o papel da mãe e os meninos o papel do pai. 
Cabe lembrar também que esses papéis podem ser diferentes de criança 
para outra. Se o pai é uma figura violenta, o papel a ser desempenhado (teoricamente) 
pela criança será este. Por isso, a socialização é um processo importante a ser 
compreendido, quanto antes o indivíduo perceber o poder que lhe é imposto, mas cedo 
poderá refletir se é o comportamento que deseja realmente reproduzir para outras 
gerações. 
É claro que os indivíduos conforme vão crescendo vão notando também, 
que em cada lugar as pessoas vão esperar dele um determinado comportamento 
específico, um papel específico, assim, os seres humanos para viver em sociedade 
terão que saber qual papel atuar em cada ambiente em que estiver, se fizer isto errado 
o restante do grupo irá reagir de algum modo. 
Quando o indivíduo acredita fortemente nas regras de conduta social, elas 
já fazem parte de sua consciência e, portanto, estão interiorizadas. Neste caso, não será 
mais necessário a presença de alguém ou algum órgão para repreendê-lo. 
Anexo 02 
Instituição familiar 
A família é o principal agente socializador do indivíduo. Os estilos de 
socialização dessa família vão depender da classe social, da ocupação, da etnia, dos 
valores e da visão de mundo que a constituem. Dessa forma, existem famílias mais ou 
menos autoritárias e mais ou menos comprometidas com o ato da socialização. 
É preciso que exista um esforço em olhar além do estereotipo da família 
como sendo aquela formada apenas pelo pai, mãe e filhos. Isto porque, não só em 
outras culturas isto não reflete necessariamente a realidade, como também em nossa 
cultura isto já não é mais a única forma encontrada. Há grupos familiares com as mais 
diversas combinações, como aquelas em que os avós têm um papel importante, ou 
aquelas em que o homem não está presente e é a mulher quem sustenta e cuida das 
crianças, aquelas em que o casal não tem filhos, aquelas em que o casalé formado por 
uma união homo-afetiva, aquelas em que moradores de rua simpáticas umas às outras 
formam grupos para se proteger mutuamente, e assim por diante. 
Durante as últimas décadas, o mundo vem experimentando mudanças nos 
padrões familiares que seriam inacreditáveis gerações anteriores. As pessoas estão 
casando menos e também mais tarde, e tendo um número menor de filhos. É cada vez 
mais comum as pessoas optarem morarem juntas antes de oficializar o casamento e 
sentirem-se livres para formar novas famílias caso o primeiro matrimônio não dê certo. 
De qualquer forma, aquelas famílias formadas por dois adultos e suas 
crianças são chamadas de nucleares e aquelas que incluem avós, tios e cunhados são 
chamadas de ampliadas. 
Para a teoria funcionalista as mudanças ocorridas na família provocaram a 
dificuldade de homens e mulheres de criar e educar suas crianças de maneira 
adequada. Entretanto, este pensamento é muito criticado pela sociologia atual porque 
defende que a família convencional formada pelo homem que trabalha e pela mulher 
que cuida dos filhos como algo dado pela natureza. 
Já a sociologia feminista observa que o movimento das mulheres em direção 
ao mercado de trabalho principalmente durante a década de 60 provocou alterações 
profundas nas relações familiares, tendo em vista que antes disso o poder familiar era 
apenas do homem e este comandava com mão de ferro, de maneira autoritária. Com a 
mulher contribuindo para o sustento da casa, as relações familiares passaram a ser 
cada vez mais democráticas, onde as decisões são discutidas e combinadas. Para este 
grupo de teóricos a mudança no interior da família não deve ser julgada como algo bom 
ou ruim, é preciso apenas que os indivíduos encontrem os melhores caminhos para 
desfrutar dela. 
 
Anexo 03 
Instituição Religiosa 
 
Desde o início dos tempos o homem teve algumas dúvidas que o 
atormentava: “Da onde vim?”, “Para onde vou?” e “o que faço aqui?” são algumas 
dessas questões que fizeram cada grupo de homens juntos em pequenas ou grandes 
sociedades, formular respostas diferentes, dando origem às diferentes religiões 
conhecidas. 
Isto significa que para a sociologia as religiões são criações dos homens e 
para muitas teorias, como a de Durkheim, elas servem para manter a sociedade coesa 
(unida) por isso são importantes e positivas, para outras teorias, como a de Marx, elas 
servem para que as pessoas não percebam o quanto são exploradas em seu dia a dia, 
por isso têm um papel negativo e alienante, é dele a famosa frase: “a religião é o ópio 
do povo”. 
Quase todas as religiões possuem alguns elementos que a qualificam 
enquanto religião, dogmas, ritos e locais sagrados são alguns deles. Assim, dogmas 
são verdades que não são discutíveis no interior da religião, desta forma é que os 
católicos acreditam que Virgem Maria é uma santa e os evangélicos não creem no 
mesmo. 
Ritos ou rituais são todos aqueles atos que são repetidos em diversas 
ocasiões pelos fiéis e celebrantes das diversas religiões, por exemplo, em algumas 
religiões evangélicas há a divisão do pão numa data específica do ano ou ainda quando 
os muçulmanos deitam-se em direção a Meca para rezar e assim por diante. Os rituais 
existem em quase todas as religiões para manter acesa a ligação do fiel com seu deus. 
E finalmente temos os locais sagrados que são nada mais do que as igrejas, 
sinagogas, mesquitas e centros, ou seja, aquele lugar em que os fiéis daquela religião 
específica se encontram para celebrar a mesma crença. São sempre lugares cercados 
por uma série de símbolos e significados, por exemplo, em alguns lugares não são 
aceitos chapéus, outros só entram homens, outros somente descalços e assim por 
diante, o fato é que é preciso saber as regras de cada espaço sagrado para que não aja 
a possibilidade do desrespeito a elas. 
De modo geral estar inserido numa religião significa passar por um 
verdadeiro processo de socialização, tendo em vista que todas as religiões promovem 
a defesa de valores importantes para determinada sociedade, como por exemplo, o 
amor ao próximo e o perdão, que se forem seguidos pelos fiéis pode determinar os tipos 
de relações sociais os indivíduos vão estabelecer do cotidiano inclusive no interior da 
própria família. 
É claro que certos comportamentos são estimulados pelas religiões, mas 
outros são condenados, considerados desvios de conduta, e por isso muitos deles são 
punidos com a promessa do inferno ou algo parecido. Pode-se dizer que as religiões 
exercem um forte controle social, em muitos lugares posicionam-se contra o divórcio ou 
o aborto e podem pressionar tanto que são capazes de influenciar na constituição das 
leis nacionais. 
Este grande poder de controle social e de pressão sob os governos pode 
tanto conter conflitos entre indivíduos e países, quanto provocá-los. Um grande exemplo 
é conflito de décadas entre palestinos e judeus, ambos os grupos defendem suas formas 
de vida e as religiões são motivos de guerras entre eles, mortes em nome de deus. 
No Brasil há predominância do catolicismo, entretanto, nos últimos anos há 
um grande crescimento do número de evangélicos que podem ser divididos em dois 
grandes grupos: os chamados protestantes históricos e os pentecostais. 
Os protestantes históricos são fiéis das igrejas surgidas no período da 
Reforma Protestante e que se instalaram também no Brasil no século XX e que por não 
serem muito proselitistas, reproduzem-se apenas de geração em geração. Eles são: os 
luteranos, os batistas, os presbiterianos, os metodistas, entre outros. 
Os pentecostais tiveram sua origem nos EUA quando houve uma espécie 
de alteração nas crenças protestantes centrado em cultos de forte apelo emocional e na 
conversão em massa dos indivíduos. Eles são: Congregação Cristã e Assembleia de 
Deus. Estas religiões por sua vez deram origem e outras como, por exemplo, Universal 
do Reino de Deus, Renascer em Cristo e outras tantas. 
Em alguns lugares do país há a presença de um forte sincretismo religioso 
que é a fusão de crenças católicas com práticas rituais de religiões africanas. Neste 
caso, existe a possibilidade destes indivíduos se denominarem como sendo da 
Umbanda ou do Candomblé ou ainda verem-se como católicos ou evangélicos, mas, ao 
mesmo tempo, acreditarem em muitos elementos das religiões espiritualistas. 
 
Anexo 04 
Instituição Escolar 
 
A escola é um dos mais importantes espaços de socialização das 
sociedades modernas. É através dela que se podem promover certos valores que serão 
assumidos pelos indivíduos e que os definirão como parte de determinada cultura ou 
nação. 
A escola como se conhece na atualidade surgiu na Idade Moderna 
juntamente com as indústrias. A burguesia que dividiu o trabalho para produzir mais no 
interior das fábricas fez o mesmo com o conhecimento, escolheu determinados saberes 
e os dividiu em séries, além disso, impôs à escola que nascia a mesma disciplina criada 
para a indústria. 
Isto significa que os trabalhadores não fizeram parte do processo de 
constituição da escola, assim, a classe dominante até hoje impõe seu ponto de vista 
sobre determinados fatos e acontecimentos. As características valorizadas pela 
burguesia passam a ser transmitidas pelas escolas como se fossem os valores 
fundamentais de toda a sociedade. 
No Brasil, por exemplo, durante muito tempo, os livros escolares fizeram 
com que diversas gerações acreditassem que os responsáveis pelas transformações 
históricas são apenas os grandes heróis, as grandes personalidades que pertenciam às 
classes abastadas. E por outro lado, muitos acontecimentos históricos liderados pelo 
povo praticamente desapareceramdos livros. 
Entretanto, a escola é mesmo contraditória, pois se por um lado reproduz os 
valores das gerações mais antigas e da burguesia, por outro lado, como ela abriga a 
juventude sempre foi um lugar de inovação, de rebeldia e de crítica. 
Um dos sociólogos mais importantes que pesquisam a instituição escolar é 
o francês Pierre Bourdieu que criou a teoria reprodutivista que criticava ao alertar que a 
escola é responsável por reproduzir em seu interior as desigualdades sociais e os 
preconceitos. Além disso, percebe que a escola ignora as características culturais dos 
alunos de periferia ao impor os valores e costumes da classe dominante. 
Para que isto não aconteça, Bourdieu acreditava que seria preciso a escola 
tomar consciência de seu papel, do que faz e do que poderia fazer para transformar a 
realidade ao seu redor. 
Outro sociólogo relevante foi Durkheim que via como positivo o fato da 
escola se esforçar em fazer com que a geração mais nova seja a mais próxima possível 
dos costumes e valores da geração anterior. 
No Brasil existe o educador Paulo Freire que acreditava que a escola 
poderia emancipar o homem, porque segundo ele, quanto mais conhecimento, maiores 
serão as opções na hora da tomada de alguma decisão. Isto significa que o saber pode 
libertar os trabalhadores da ignorância que o sistema capitalista impõe a eles. 
Para tanto, é necessário que o professor conheça o aluno, sua realidade 
social, seus costumes para fazer com que o conhecimento faça sentido para o aluno e 
assim ele o incorpore como realmente seu, podendo transformar sua vida e o mundo ao 
seu redor.

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