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BIOQUÍMICA – 2a PROVA ENZIMAS Proteínas especializadas na catálise de reações biológicas –aceleram reações e não são consumidas. Todas as enzimas são proteínas globulares, com exceção das ribozimas que são moléculas de RNA com propriedades catalíticas. Características Gerais - Apresentam alto grau de especificidade: sítio ativo: ponto de encaixe entre o substrato e o centro ativo da enzima. Interagem com um ou alguns substratos específicos, catalizando apenas um tipo de reação. - São produtos naturais biológicos; - Regulação da atividade: As enzimas podem ser ativadas ou inativadas de modo que a formação do produto responda às necessidades da célula. A localização das enzimas dentro de organelas específicas na célula é um meio de regulação (impede o constante contato E-S). - Eficiência catalítica: No de renovação (kcal) é a quantidade de moléculas de substrato convertidas em produto por uma única enzima por unidade de tempo, quando a enz está saturada pelo substrato (entre 100 a 1000 moléculas de substrato em produto por segundo). - Diminuem a energia de ativação das reações; - Necessitam de condições favoráveis de pH, temperatura, polaridade do solvente e força iônica Enzimas que não atuam sozinhas precisam de um co-fator: Holoenzima – enzima cataliticamente ativa, com seu co-fator ou coenzima. Apoenzima – apenas a parte proteica (inativa). COFATORES – íons inorgânicos (Ca, Zn, Mn, etc) (grupo prostético) – moléculas orgânicas (coenzimas). COENZIMAS: São moléculas orgânicas derivadas de vitaminas; Ligam-se covalentemente às enzimas; Classificação das enzimas – de acordo com sua atividade: Oxido-Redutases: reação de oxidação ou transferência de elétrons. Transferases: transferência de grupos funcionais entre moléculas. Hidrolases: reações de hidrólise. Liases: catalisam remoção e adição de ligações e grupos. Isomerases: transferência de grupos na mesma molécula para a formação de isômeros. Ligases: catalisam formação de duas novas moléculas a partir de uma pré-existente. Equação de MICHAELIS-MENTEN - A enzima combina-se reversivelmente a seu substrato p/formar um complexo ES que subsequentemente degrada-se em produto, regenerando a enzima livre. - Ela descreve como a velocidade da reação é relacionada c a quantidade de substrato. E + S ES EP E + P . - O km é igual à concentração do substrato na qual a velocidade da reação é a metade da Vmáx. - O km indica que todas as enzimas estão ligadas em seu substrato, ele é característico de uma enzima + substrato particular. Fatores que alteram a velocidade de reação CONCENTRAÇÃO DO SUBSTRATO Em concentrações pequenas de S, Vo aumenta quase linearmente com os aumentos da [S] Em concentrações maiores de substrato, a Vo aumenta cada vez menos em resposta aos aumentos da [S] (a enz fica completamente saturada e só existe na forma ES). TEMPERATURA O seu aumento vai aumentar a velocidade da reação até que seja alcançada a T ótima. Ao ultrapassá-la, a enz vai sofrer desnaturação e a V de reação enzimática diminuir. pH Ao ultrapassar o valor de pH ótimo a enz se desnatura, pois a sua estrutura depende das cadeias de aa. INIBIÇÃO DA ATIVIDADE ENZIMÁTICA Inibidor: qualquer substância que possa diminuir ou inibir a velocidade de uma reação catalisada por enzima. Alguns são constituintes normais da célula e outros são estranhos aos organismos, provocando alterações significativas no metabolismo. INIBIDOR IRREVERSÍVEL Reagem quimicamente (covalente, n covalente ou destruindo grupo funcional) com as enzimas e enzima inibida não retorna suas atividades após a formação do complexo E + I EI ex: Compostos organofosforados (inseticidas): se ligam à acetilcolinesterase, levando aos efeitos neurotóxicos. Além de irreversível, é inespecífico podendo inativar qualquer enzima. Aspirina: transfere irreversivelmente seu grupo acetil para o OH de um resíduo de Ser da ciclooxigenase inativando-a. Penicilina: antibiótico que se liga a enzimas da síntese da parede bacteriana, inibindo-as. INIBIDOR REVERSÍVEL Ligam-se às enzimas através de ligações não covalentes, a diluição do complexo EI permite a recuperação da atividade enzimática. Pode ser competitiva, incompetitiva ou mista. 1. Competitiva O inibidor se liga no sítio ativo que normalmente o substrato ocuparia e assim competem entre si. O Km aumenta e a Vmáx não se altera. É possível reverter adc mais substrato. Ex: uso de etanol após intoxicação por metanol – o álcool desidrogenase converte o metanol em formaldeído (cegueira); injetar etanol faz com que haja competição pelo sítio ativo. 2. Incompetitiva Inibidor e substrato se ligam em diferentes sítios da enzima. O inibidor liga-se somente ao complexo ES. Valores de Km e Vmáx diminuem. Ex: metais pesados que reagem com grupo SH das proteínas (ampla ação: extremamente tóxica) 3.Mista O inibidor liga-se a um sítio diferente do substrato, mas ele pode se ligas a enz livre ou ao ES. Km pode aumentar, diminuir ou manter. Vmáx diminui. Regulação da atividade enzimática ENZIMA ALOSTÉRICA: uma enzima regulada pela ligação não-covalente de um efetor que se liga em um sítio de ligação alostérico (diferente do sítio ativo). A presença de um efetor pode alterar a afinidade da enzima para seu substrato ou modificar a sua atividade catalítica máxima. *Efetores Homotrópicos: o próprio substrato aumenta a afinidade dos outros sítios da enzima. *Efetores Heterotrópicos: o efetor pode ser diferente do substrato. Ex: inibição por retroalimentação Regulação da atividade enzimática por modificação covalente Enzimas podem ser modificadas por adição ou remoção de grupos a ela. 1. Fosforilação Ligação de fosfato a determinados resíduos de aa Processo reversível pela fosfatase. 2.Uridilação É adc um grupo uridila à tirosina da enzima. Enzimas de diagnóstico O tipo de enzima cuja concentração aumenta pode indicar qual órgão foi prejudicado. A concentração de enz intracelulares no plama é muito menor que nas células, onde são produzidas; o seu aumento indica que as células foram lesionadas.
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