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Gilberto Libânio CEDEPLAR - Universidade Federal de Minas Gerais Seminários: Alternativas para o Brasil – Cedeplar/UFMG Economia internacional e perspectivas do desenvolvimento brasileiro Sumário 1. A trajetória de crescimento da economia mundial 2. As maiores “locomotivas” e o papel da China no mundo pós-2008 3. “Efeito China” no Brasil como solução e problema 4. Crise econômica no Brasil: fatores externos e domésticos 5. Perspectivas e recomendações de política econômica Crescimento PIB real (1961-2015) -2.00 -1.00 0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00 % PIB Quatro Maiores (1970-2015) 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 19 70 19 72 19 74 19 76 19 78 19 80 19 82 19 84 19 86 19 88 19 90 19 92 19 94 19 96 19 98 20 00 20 02 20 04 20 06 20 08 20 10 20 12 20 14 CHN DEU JPN USA O cenário internacional ¤ Crise financeira 2008 q Desaceleração crescimento global q EUA, UE, Japão, China q Desemprego, evolução da renda real q “Novo Normal” da China q Efeitos sobre comércio internacional Crescimento PIB real (por década) 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00 3.50 4.00 4.50 5.00 5.50 6.00 1960 1970 1980 1990 2000 pre pós crise Brasil: tx crescimento (1950-2011) -10.00 -5.00 0.00 5.00 10.00 15.00 Per capita GDP (2003-2011) 7,000 7,500 8,000 8,500 9,000 9,500 10,000 10,500 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Taxa de desemprego (2004-2011) 3.0 5.0 7.0 9.0 11.0 13.0 15.0 20 04 .0 1 20 04 .0 4 20 04 .0 7 20 04 .1 0 20 05 .0 1 20 05 .0 4 20 05 .0 7 20 05 .1 0 20 06 .0 1 20 06 .0 4 20 06 .0 7 20 06 .1 0 20 07 .0 1 20 07 .0 4 20 07 .0 7 20 07 .1 0 20 08 .0 1 20 08 .0 4 20 08 .0 7 20 08 .1 0 20 09 .0 1 20 09 .0 4 20 09 .0 7 20 09 .1 0 20 10 .0 1 20 10 .0 4 20 10 .0 7 20 10 .1 0 20 11 .0 1 20 11 .0 4 20 11 .0 7 20 11 .1 0 Origens da crise brasileira ¤ Esgotamento dos motores de crescimento q Externo q Crescimento da China q Preços de commodities q Doméstico q Arrefecimento da D.A. (C, G, NX) Política macroeconômica 2012-13 q Monetária: Selic q Preços administrados q Fiscal: anticíclica q “Empurrando o carro com motores desligados…” O retrato da crise brasileira q Recessão q Desemprego q Desigualdade q Crise fiscal q Etc Industria transform: Brasil (% PIB) 0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 40.00 19 60 19 62 19 64 19 66 19 68 19 70 19 72 19 74 19 76 19 78 19 80 19 82 19 84 19 86 19 88 19 90 19 92 19 94 19 96 19 98 20 00 20 02 20 04 20 06 20 08 20 10 20 12 20 14 20 16 Industria transform: Brasil (% PIB) 10.00 11.00 12.00 13.00 14.00 15.00 16.00 17.00 18.00 19.00 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Câmbio e especialização produtiva ¤ Sobrevalorização cambial “induzida” pela conjuntura internacional (abundância de liquidez + boom de commodities) ¤ No curto prazo, conveniente para o combate à inflação e para o crescimento do salário real ¤ Implicação: efeitos desiguais sobre os setores exportadores, penalizando mais fortemente a exportação de setores manufatureiros, nos quais o pa í s não pos su i g randes vantagens competitivas e sofre forte concorrência asiática Taxa de câmbio real efetiva 60 80 100 120 140 160 180 Ja n /9 6 O c t/ 96 Ju l/ 97 A p r/ 98 Ja n /9 9 O c t/ 99 Ju l/ 00 A p r/ 01 Ja n /0 2 O c t/ 02 Ju l/ 03 A p r/ 04 Ja n /0 5 O c t/ 05 Ju l/ 06 A p r/ 07 Ja n /0 8 O c t/ 08 Ju l/ 09 A p r/ 10 Ja n /1 1 O c t/ 11 Ju l/ 12 A p r/ 13 Ja n /1 4 O c t/ 14 Ju l/ 15 Exportações - Brasil (U$ mi.) 0 50,000 100,000 150,000 200,000 250,000 300,000 19 83 19 84 19 85 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06 20 07 20 08 20 09 20 10 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 Exports by tech. content 1996-2014 0 50 100 150 200 250 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 HT MT LT RB PP Perfil exportador Participação exportações de média e alta tecnologia 15 20 25 30 35 40 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Brasil China-Brasil q Maior parceiro comercial (desde 2009) q De 3% para 17% em 10 anos q Composição? q Commodities: minério de ferro, soja, petróleo etc q Efeito China : superávit comercial + re- primarização O novo normal da China q Crescimento mais baixo q Mudança no padrão de crescimento q Menor demanda por commodities q Efeitos sobre preços de commodities Taxa de crescimento da China 6.0 7.0 8.0 9.0 10.0 11.0 12.0 13.0 14.0 15.0 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06 20 07 20 08 20 09 20 10 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 Preços de commodities (geral) 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 20 02 M 1 20 02 M 6 20 02 M 11 20 03 M 4 20 03 M 9 20 04 M 2 20 04 M 7 20 04 M 12 20 05 M 5 20 05 M 10 20 06 M 3 20 06 M 8 20 07 M 1 20 07 M 6 20 07 M 11 20 08 M 4 20 08 M 9 20 09 M 2 20 09 M 7 20 09 M 12 20 10 M 5 20 10 M 10 20 11 M 3 20 11 M 8 20 12 M 1 20 12 M 6 20 12 M 11 20 13 M 4 20 13 M 9 20 14 M 2 20 14 M 7 20 14 M 12 20 15 M 5 20 15 M 10 Preços de commodities (ferro) 0.00 20.00 40.00 60.00 80.00 100.00 120.00 140.00 160.00 180.00 200.00 20 04 M 1 20 04 M 5 20 04 M 9 20 05 M 1 20 05 M 5 20 05 M 9 20 06 M 1 20 06 M 5 20 06 M 9 20 07 M 1 20 07 M 5 20 07M 9 20 08 M 1 20 08 M 5 20 08 M 9 20 09 M 1 20 09 M 5 20 09 M 9 20 10 M 1 20 10 M 5 20 10 M 9 20 11 M 1 20 11 M 5 20 11 M 9 20 12 M 1 20 12 M 5 20 12 M 9 20 13 M 1 20 13 M 5 20 13 M 9 20 14 M 1 20 14 M 5 20 14 M 9 20 15 M 1 20 15 M 5 20 15 M 9 20 16 M 1 China: implicações q Com o Novo Normal da China, crescimento baseado na exportação de commodities se torna inviável q Busca por um novo modelo: q Re-industrialização q Sofisticação da pauta exportadora q Investmento em infraestrutura Especialização e crescimento ¤ Padrões de especialização produtiva e o perfil exportador de países e regiões apresentam implicações fundamentais no que se refere à dinâmica de crescimento a longo prazo, posto que os diversos setores e produtos estão associados a diferentes elasticidades-renda da demanda por exportações, diferentes graus de retornos de escala e diferentes possibilidades de inovação tecnológica e aprendizado ¤ Literatura teórica e empírica Catching up ¤ Catching up depende da habilidade de um país em aumentar sua produtividade e promover mudanças estruturais em direção a setores mais dinâmicos. Isto implica construir uma estrutura produtiva mais complexa e sofisticada. Perspectivas e propostas ¤ Em busca de um “novo modelo” ¤ Ponto de partida 1: retomada do desenvolvimento requer “re-industrialização” e maior sofisticação e diversificação produtiva/exportadora ¤ Ponto de partida 2: necessária coordenação de políticas macroeconômicas e industriais Política Macroeconômica ¤ Política Monetária ¤ Flexibilização do regime de metas ¤ Redução da taxa de juros e efeito positivo sobre déficit fiscal ¤ Política Fiscal: ¤ Anti-cíclica, equilíbrio a longo prazo ¤ Orçamento corrente e de capital ¤ Tributação mais progressiva (ex: lucros e dividendos) Política Macroeconômica ¤ Política Cambial: ¤ Neutralização da doença Holandesa ¤ Câmbio competitivo ¤ Política cambial anti-cíclica e assimétrica, sem metas explícitas de câmbio nominal ¤ Fundo de estabilização cambial ¤ Controle de capitais Política Industrial ¤ Estrutura Tarifária ¤ Investimento Público em infraestrutura ¤ Investimento Público em ciência e tecnologia ¤ Estímulo às exportações Política Industrial ¤ Setores: ¤ Avanço em cadeias produtivas tradicionais ¤ Complexo petróleo – gás - naval ¤ Energias renováveis ¤ Cadeia do agronegócio ¤ Complexo Industrial da saúde ¤ Defesa
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