Buscar

RESSUMO PROVA FILOSOFIA JURIDICA 2° NPC 2° SEMESTRE 2017

Prévia do material em texto

[UNIDADE 3]
Na idade média, longo período compreendido do séc 5 ao 15 já de nossa era (10 sec) tivemos a destituição da autonomia do homem como eixo do pensamento, sendo substituído por Deus. Trata-se da insurgência do teocentrismo por 10 sec. A igreja católica concebida como instituição sobejamente poderosa passa a deter o poder temporal (politica) e espiritual (religião). Assinale-se que na mesma proporção do poder político e do poder espiritual presente está a intolerância religiosa.
QUESTÃO 01: SENDO A REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL UM ESTADO LAICO, SERIA INCONSTITUCIONAL A REFRENCIA QUE SE FAZ A DEUS (como herança da filosofia do direito na idade média) NA ORDEM JURIDICA BRASILEIRA?
RESPOSTA: O STF foi chamado para resolver essa questão e manifestou-se asseverando que não existe inconstitucionalidade, posto que no preambulo da CF, temos princípios e estes, isoladamente não tem força normativa.
[ ITEM 01 – SANTO AGOSTINHO ]
LEI TEMPORAL: É voltado para a ordenação do homem em sociedade, tem por finalidade a realização da paz social.
LEI ETERNA: Tem por finalidade a paz eterna, pois se adequa em objetivos e finalidades, quando do advento da cidade de Deus que ocasionará a ruptura com o estado de coisas em que vive o homem dissociado de Deus, única forma de conter-se é pôr fim ao espirito mundano que governa a coisa pública e as instituições humanas.
A JUSTIÇA HUMANA: É aquela que se realiza (inter-homines: Relação do homem com o homem) como decisão humana em sociedade, ou seja, a lei positiva. 
DIREITO PARA SANTO AGOSTINHO: Agostinho quer mesmo salvaguardar a noção de que o direito só possa ser dito direito, quando seus mandamentos coincidem com mandamentos de justiça. Conceber o direito dissociado de justiça, é conceber um conjunto de atividades institucionais humanas que se encontram dissociadas dos anseios de justiça.
ESTADO PARA SANTO AGOSTINHO: A CIDADE DOS HOMENS. (Estado) É em síntese a reunião dos ímpios (Aqueles que praticavam atos ilícitos) A cidade dos homens vem maculada, Ab origine (Origem) pelo pecado original, e que o desencaminhamento deve-se ao fato de que a corrupção invadiu o espirito humano, distanciando-se de sua fonte de vida, Deus. No entanto, apesar de ser permeada de atos de licitude é indelegável a missão para o operador do direito buscar a paz social. 
[ ITEM 02 – SÃO TOMAS DE AQUINO ] 
JUSTIÇA PARA SÃO TOMAS DE AQUINO: São Tomas de Aquino faz o conceito de justiça emergir do seio dos conceitos éticos, ÉTHOS (Atos) em grego significa hábito, reiteração de atos voluntários que se destinam a realização de fins (Justiça é uma virtude). O ato é regulado por uma virtude que é a justiça. O direito é objeto da justiça. A justiça é que cuida da conduta exterior do homem, a justiça regula as relações externas dos homens.
DIREITO PARA SÃO TOMAS DE AQUINO: Para São Tomas de Aquino, o Direito não pode ser outra coisa senão uma busca de justiça, afinal, deve-se dizer que a justiça não se reduz a lei no sentido de lei positiva (Lei vigente). 
LEI ETERNA PARA SÃO TOMAS DE AQUINO: Diz que a ordem universal é dada pela lei eterna. A lei eterna é promulgada por Deus, e assim não está sujeita as vicissitudes a que as leis humanas estão. 
LEI NATURAL PARA SÃO TOMAS DE AQUINO: Representa na teoria tomista, uma participação racional na lei eterna. Assim um justo natural forma-se, não porque foi declarado pelo legislador, mas simplesmente porque na natureza existe, e nela se residem os princípios de justiça natural. 
LEI HUMANA PARA SÃO TOMAS DE AQUINO: É fruto de uma convenção, não possui força por si só, mas adquire a partir do momento em que é instituída.
LEI LEGAL PARA SÃO TOMAS DE AQUINO: É aquela que diz respeito, imediatamente ao bem comum (convívio pacifico na sociedade civil) e, imediatamente aos particulares.
JUIZ PARA SÃO TOMAS DE AQUINO: A atividade do juiz consiste na efetivação da justiça, é ele dito a justiça encarnada ou a justiça viva, não por outro motivo.
[ UNIDADE 4 ] – FILOSOFIA DO DIREITO NA MODERNIDADE.
Teóricos do contrato social: a e b
Hobbes
Rousseau
_____________________
Kant
Marx
[ ITEM 01 THOMAS HOBBES OBRA LEVITÃ ]
Estado de Natureza: Características:
O homem é essencialmente, mal, egoísta, alheio a sorte do seu semelhante.
 Neste estado não existe regras, normas, princípios.
Estado que vive em guerra permanente.
O medo da morte é constante.
O homem é o lobo do próprio homem.
OBS: CONTRATO: (SOCIEDADE CIVIL, ESTADO, DIREITO)
SOCIEDADE CIVIL PARA THOMAS HOBBES: É composta por um conjunto de instituições, familiar, religiosa, etc. Cada qual com suas normas porém todas elas submetidas as normas jurídicas que emanam do próprio estado. (Art. 22, I, CF 88)
ESTADO PARA THOMAS HOBBES: Absolutista. Tal estado é titular somente de direitos. Este estado não tem direitos. 
DIREITO PARA THOMAS HOBBES: Que legitima apenas o soberano, conferindo-lhe direitos. Quanto aos particulares (Povo, nós) legitima apenas deveres.
[ ITEM 02 ROUSSEAU ] 
Estado de Natureza: Características:
Na abordagem antropológica de Rousseau o homem é bom.
Neste estado o homem vive o que o essencializa: Liberdade e igualdade.
Propriedade privada (Sociedade civil): Reino das desigualdades sociais.
OBRA: Discurso sobre a origem e o fundamento da desigualdade entre os homens.
QUESTÃO 01: A DESIGUALDADE TEM UMA ORIGEM?
RESPOSTA: Com o surgimento da propriedade privada.
QUESTÃO 02: A UM FUNDAMENTO RACIONAL PARA DESIGUALDADE?
RESPOSTA: Não, a desigualdade não tem um fundamento racional para a desigualdade, pois só é possível submeter-se pelo que está no texto de lei e não por força física. Força física jamais leva a submissão pois nenhum homem possui por natureza direito de submeter outro homem.
CONTRATO PARA ROUSSEAU: É um instrumento jurídico que assegurará os direitos (igualdade e liberdade) os quais essencializam o homem. Estado democrático. Titular de direitos e deveres. Qualquer atentado ao (estado) será também um atentado a parte.
[ ITEM 03 KANT SÉC. 18 ]
*Kant é um bom leitor de Rousseau.
OBRA: DOUTRINA DO DIREITO
DIREITO PARA KANT: É DO CAMPO DA EXTERIORIDADE: Na medida em que as normas jurídicas são produzidas externamente pelo poder coercitivo e coativo do estado. Esta concepção do direito de Kant, tem visibilidade na ordem jurídica brasileira (Art. 22, I, cf 88).
É DO CAMPO DA LIBERDADE EXTERIOR: Na medida em que as relações que mantemos com os outros indicam que nossa liberdade encontra-se regulada e limitada pelo texto de lei.
MORAL PARA KANT: 
É DO CAMPO DA INTERIORIDADE: Na medida em que as normas Moraes por não apresentarem sansão pressupõem uma adesão interna. 
PRESSUPÕE UMA LIBERDADE INTERNA: É a faculdade que cada sujeito possui (liberdade) em exercer ou não a norma moral sem que sobre ele recaia uma sansão.
AGIR ÉTICO PARA KANT: O agir ético tem um único modo: (motivo, razão). 
QUESTÃO 01: O QUE ME LEVA A CUMPRIR A NORMA MORAL?
RESPOSTA: O cumprimento do dever pelo dever que cada sujeito tem para com a sua própria consciência.
OBS: A AÇÃO SÓ É MORAL, QUANDO O EVER ESTIVER EM CONFORMIDADE COM A REGRA MORAL.
AGIR JURIDICO PARA KANT: Vários Móbeis (Motivo / Razão).
DUPLA LEGISLAÇÃO: 
LEGISLAÇÃO INTERNA: Ética “Age de acordo com o dever e pelo dever”.
LEGISLAÇÃO EXTERNA: Justiça.
MORALIDADE =/= JURICIDADE PARA KANT.
MORALIDADE:
AUTONOMIA: Sou eu próprio diante da norma.
LIBERDADE FACE: Norma moral é facultativa.
DEVER: O dever pelo dever que cada ser tem pela sua própria consciência.
AUTOCONHECIMENTO: Do valor da norma moral.
JURIDICIDADE: Pressupõe a coercitividade a regulação da conduta dos sujeitos sociais. É feita pelo estado através do estado.
DOUTRINA DA COERCITIVDADE PARA KANT: Não há efetivamente o direito sem a coação. Isto é o poder dever do estado de imprimir ao sujeito que violou a norma jurídica uma sansão. 
CONCEPÇÕES DO DIREITO EM KANT: 
O DIREITO NO MUNDO DAS RELAÇÕES EXTERNAS: Na medida em que as normas jurídicas são produzidas externamente pelo poder coercitivo e coativo do estado. Na ordem jurídicabrasileira esta definição do direito em Kant, encontra-se prevista no Art. 22, I, CF 88.
DIREITO NA RELAÇÃO DE DOIS OU MAIS ARBÍTRIOS: 1° ESTADO, 2° SUJEITO SOCIAL.
 O primeiro arbítrio pertence ao estado, posto que compete a ele a elaboração da norma jurídica; O segundo arbítrio pertence ao sujeito social, que tem o poder de cumprir ou não a norma jurídica.
DIREITO FUNÇÃO É REGULAR A MANEIRA DE COEXISTIR AS CONDIÇÕES POR MEIO DOS QUAIS O ARBITRIO DE TODOS OS OUTROS.
DIREITO É A FORMA UNIVERSAL DE COEXISTENCIA DOS ARBITRIOS: Na medida em que as normas jurídicas produzidas pelo estado encontram-se voltadas para atender os interesses de grupos e facções.
DIREITO CONDIÇÃO / CONDIÇÕES -> NORMAS JURUDICAS: O Direito é o limite de liberdade de cada um, através da norma jurídica.
LEI EXTERNA: LEI UNIVERSAL: Imperativo categórico (Agir de tal forma que aquilo que escolheres para si, tenha valor universal).
O Direito limita a liberdade de cada um, assim o faz afim de garantir a liberdade de todos.

Continue navegando