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A ENDOGENEIZAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO REGIONAL E LOCAL Economia regional e urbana Rodrigo Ximenes | danilo troncoso | ana julia marcola | antonio neto | munik | filipe 1. INTRODUÇÃO Processo de endogeneização: bastante presente nas teorias macroeconômicas, entretanto pouco abordado em teorias de desenvolvimento econômico regional. Novas estratégias de desenvolvimento regional, considerando processos endógenos da nossa economia. Relação entre a Teoria da Localização Tradicional e autores evolucionistas e institucionalistas. Mudanças radicais nos modos de produção e globalização (abertura de economias nacionais). 2. NOVOS PARADIGMAS DE DESENVOLVIMENTO ENDÓGENO NA ECONOMIA REGIONAL Desenvolvimento endógeno: processo de crescimento econômico que implica uma contínua ampliação da capacidade de agregação de valor sobre a produção, bem como da capacidade de absorção da região. Retenção do excedente econômico local e atração de excedente econômico proveniente de outras regiões. Resultado: ampliação do emprego, produto e da renda local. Escola Alemã: Modelos tradicionais de localização industrial - foco em questões como concentração e aglomeração - Limitadas. 2. NOVOS PARADIGMAS DE DESENVOLVIMENTO ENDÓGENO NA ECONOMIA REGIONAL Krugman explica que, em razão de suas escolhas metodológicas, não captam aspectos dinâmicos das atividades econômicas envolvidas. Auto- reforço endógeno: economias externas, distritos industriais. Escolas tradicionais: estáticas – focadas em definir uma localização ótima de uma indústria pautada basicamente em custos e lucros. Novos conceitos: Pólo de Crescimento (Perroux, 1955); Causação Circular Cumulativa (Myrdal, 1957); Efeitos para trás e para frente (Hirshman, 1958). Autores como os citados acima iniciaram as ideias de desenvolvimento endógeno de economias regionais. Problema: Falta de formalização de modelos. Arthur e Krugman retomam as discussões, entretanto sem desprezar fatores importantes da escola tradicional, como os custos de transportes 2. NOVOS PARADIGMAS DE DESENVOLVIMENTO ENDÓGENO NA ECONOMIA REGIONAL O retorno a Marshall está claramente presente em Krugman no qual ele considera três fatores de externalidades marshallianas para explicar o fenômeno da localização industrial: concentração do mercado de trabalho; insumos intermediários e externalidades tecnológicas (Silicon Valley – acidente histórico com combinação dos três fatores); Economias evolucionistas e institucionalistas: se assemelham às externalidades de Marshall mas tomam distância quando consideram como protagonistas os agentes locais na organização dos fatores; Fenômeno do desenvolvimento regional na literatura evolucionista/institucionalista recente: Natureza indutiva: estudos específicos para mostrar as condições determinantes de cada caso; Natureza dedutiva: partem de postulados gerais sobre as dinâmicas das organizações territoriais descentralizadas; Consenso entre as duas tendências: existência de uma abertura de janelas de oportunidades para que regiões e locais fora dos grandes eixos pudesse engendrar processos de desenvolvimento; Aspecto das novas abordagens na Economia Regional: o passado influencia o presente e este influencia o futuro (intertemporalidade) e propriedades do tempo zero não coincidem com as do tempo um (irreversibilidade); Consequências: estruturação do modelo alternativo de desenvolvimento é dado por ação coletiva; atores locais podem antecipar ou precipitar possíveis acidentes históricos. Não aceitação de que os preços e os mercados sejam os únicos mecanismos sociais de transmissão de informação ativa; Novo modelo: endógeno, de baixo para cima; Novo sistema: coerência interna, aderência ao local e sintonia com o movimento mundial de fatores (polos Italianos de desenvolvimento), grande interrelação entre as empresas constituindo alto grau de autonomia; 2. NOVOS PARADIGMAS DE DESENVOLVIMENTO ENDÓGENO NA ECONOMIA REGIONAL 3.1 Novo papel para o Estado Liberal Economia Regional: Não há uma nova teoria sobre, e sim novas interpretações para as funções do Estado. Através das ações coletivas que só são eficientes se forem institucionalizadas; Estado local é mais vantajoso que o Estado Central porque capta melhor as informações e tem as interações em tempo real. Tanzi: descentralização e alocação eficiente. Teorema da descentralização. Vantagens do governo local Descentralização: Proximidade e informação Experimentação simultânea Tamanho do aparelho estatal Intervenção deve ser pragmática nem pautada pelo neoliberalismo, onde o preço é o único regulador, nem pelo dirigismo onde a burocracia, a hierarquia e os desperdícios financeiros travam a máquina estatal. Novo Papel do Estado Local Teoria econômica tem duas linhas de debate a favor da relação descentralização/alocação eficiente. Teoria da Descentralização: Bens públicos com características diferentes Concorrência entre governos locais TCE: Financiamento do novo papel do estado através da geração de poupança pública local e recuperação da capacidade de investimento Novas Estratégias de desenvolvimento regional Teorias de desenvolvimento regional já consagradas como polo de crescimento. Temos três teorias principais: Distritos Industriais, Ambiente Inovador e Clusters. DI: Sistema produtivo local caracterizado por muitas firmas que produzem produtos homogêneos. 3.2.2 - Milieu innovateur (Ambiente Inovador) Objetivo é fornecer elementos para a sobrevivência dos distritos industriais e para que outras regiões tenham seus próprios projetos de desenvolvimento Tecnologia Regiões periféricas Desintegração vertical: separação do núcleo estratégico das outras partes de produção; Diferenças entre Milieu e Milieu Innovateur Logica de interação Dinâmica de aprendizagem 3.2.3 – Cluster “... uma aglomeração de empresas (cluster) é uma concentração sobre um território geográfico delimitado de empresas interdependentes, ligadas entre si por meios ativos de transações comerciais, de diálogo e de comunicação que se beneficiam das mesmas oportunidades e enfrentam os mesmos problemas.” ROSENFELD (1996) Retorno do “polo de crescimento” e “efeitos concatenados” Pontos críticos Ideia chave Estratégia Como o cluster consegue se diferencia? Convergências entre as três Estratégias * A. Marshall: a concentração geográfica de empresas concorrentes ocasiona vantagens. -Concentração convergentes de atividades produtivas. -Fluxo de informações. -Notoriedade e reputação alcançadas pelo local ou região. -Pela localização concentrada de fornecedores e clientes -Pelo conhecimento cientifico e tecnológico. 10 Convergências entre as três Estratégias As economias de aglomeração, também está contida nos modelos tradicionais de desenvolvimento regional, porém o que diferencia estes modelos dos novos são as economias externas não só serem dinâmicas, como também provocada conscientemente. Sendo dividida em dois tipos: - Cooperação entre firmas individuais; - Reuniões de grupos em formas de associações. 11 Convergências entre as três Estratégia Diferente dos modelos tradicionais, os novos modelos estão identificados com ações descentralizadas das empresas e das instituições públicas. Implicando: - Forte reciprocidade; - Relação concorrência e cooperação entre empresas; - Lógico funcionamento extrovertido, embora no local que acolhe a aglomeração. 12 Convergências entre as três Estratégia * Logo, não basta uma estratégia de desenvolvimento local buscar a criação de fatores locacionais, e com isso provocar uma aglomeração de empresas, é preciso que se crie um sistema produtivo sustentável no tempo. * A competitividade, deixou de pertencer apenas ao mundo das empresas para pertencer também ao mundo das regiões. As teorias e as políticas de desenvolvimento regional requerem, hoje, uma síntese que integre dois componentes: - A organização econômica associada à organização setorial (Sistema Industrial) - A organização territorial. (Sistema regional) O que diferencia umas regiões de outras é o fato de umas se conformarem com os “fatores dados” e outras procurarem “processar fatores e atividades” [Kaldor, 1970] 13 Conclusão * A teoria econômica regional experimentou, nos últimos anos, profunda transformação, em virtude da reestruturação produtiva e espacial, assim como da emergência de novos paradigmas teóricos que encontram nas fontes internas da região, as principais causas do desenvolvimento. Em relação a esses novos paradigmas ficou claro que as matrizes teóricas são de um lado, no campo dos economistas adeptos à concorrência imperfeita e, de outro lado, no campo dos economistas, dos sociólogos e dos geógrafos regionais marshallianos e schumpterianos (evolucionistas e institucionalistas) e ganharam importante reforço dos novos clássicos, esses preocupados em incluir na função de produção neoclássica novos fatores de produção, de forma que função explicasse com mais realismo as flutuações e o crescimento. ``Teoria do Crescimento Endógeno contribuiu enormemente para a legitimação da endogeneização no âmbito da Teoria do Desenvolvimento Regional.´´ 14
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