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TOXICIDADE aguda e cronica

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TOXICIDADE – Depende de fatores como: • Dose • Tempo de exposição • Frequência de exposição • Via de exposição • Características físico-PRINCÍPIOS • TOXICIDADE – Qualquer substância pode ser usada com segurança, desde que abaixo dos níveis de tolerância PRINCÍPIOS • TOXICIDADE – AT altamente tóxico: Toxicidade em baixa [ ] – AT pouco tóxico: Toxicidade em alta [ ] PRINCÍPIOS • Todas as substâncias químicas passíveis de utilização humana devem se submeter à avaliação de risco antes de disponibilizadas – Fármacos – Agrotóxicos – Aditivos alimentares – Saneantes – Inseticidas – Rodenticidas – etc. AVALIAÇÃO DO RISCO • Conceito – Caracterização científica sistemática de efeitos adversos potenciais relacionados à saúde resultantes da exposição humana a agentes tóxicos. AVALIAÇÃO DO RISCO • Risco x Perigo – Risco: Probabilidade de ocorrência de um efeito adverso (Lange, 2010) – Perigo: Condição ou conjunto de circunstâncias que têm potencial de causar ou contribuir para lesão ou morte (Sanders & McCormick, 1993) AVALIAÇÃO DO RISCO • Para que se faz avaliação do risco? – Para responder a algumas perguntas, como: • Um determinado agente químico provoca efeitos tóxicos mediante exposição? • Qual a relação dose-resposta para o agente? • Quais tipos, níveis e duração das exposições são experimentadas? • Qual a natureza e incidência estimada em uma população? • Existe um modo de ação relevante? AVALIAÇÃO DO RISCO • A avaliação de risco envolve várias etapas AVALIAÇÃO DO RISCO • Objetivos – Determinar limites de exposição e forma de uso – Definir formas seguras e corretas de uso – Conhecer a relação risco/benefício – Definir níveis do risco – Definir prioridades de ação – Estimar riscos residuais e extensão da redução do risco após gerenciamento – Implementar medidas de prevenção e tratamento TESTES TOXICOLÓGICOS • No Brasil, a Resolução 01/78, do CNS, disciplina os testes toxicológicos como: – Toxicidade aguda – Toxicidade subaguda – Toxicidade crônica – Teratogênese – Embriotoxicidade TESTES TOXICOLÓGICOS • Os testes não clínicos necessários para candidatos a novos medicamentos são descritos no documento: TESTES TOXICOLÓGICOS • Os testes não clínicos necessários para candidatos a novos medicamentos são descritos no documento: TESTES TOXICOLÓGICOS • Toxicidade Aguda – Administração da substância teste uma única vez ou algumas vezes no intervalo de 24h Uma única dose: Avaliar o risco de exposição acidental ou instantânea Algumas doses: Avaliar o risco da exposição cumulativa dentro do período de 24h TESTES TOXICOLÓGICOS • Toxicidade Aguda – Ao menos duas espécies de mamíferos – Observação por 14 dias após a administração TESTES TOXICOLÓGICOS • Toxicidade Aguda – Objetivos: • Identificar órgãos e sistemas-alvo • Testar a reversibilidade dos efeitos • Caracterizar DL50 TESTES TOXICOLÓGICOS • Toxicidade Sub-Crônica – Administrar substância por 21 – 90 dias – Duas espécies, sendo uma não roedora – Três doses experimentais: mínima, intermediária e máxima – A dose máxima não pode produzir letalidade acima de 10% – Avaliações hematológicas e de urina realizadas durante o período de exposição – Ao final dos experimentos, sacrificar os animais e submeter órgãos a avaliação anatômica-patológica TESTES TOXICOLÓGICOS • Toxicidade Sub-Crônica – Objetivos • Avaliar as consequências e a severidade dos efeitos da exposição por médio período de tempo à substância química em teste • Conhecer as diferenças entre os efeitos da exposição aguda e da exposição sub-crônica • Verificar a gravidade e extensão da toxicidade nos órgãos-alvo e eventualmente em órgãos não afetados pela exposição aguda • Estabelecer NOAEL e LOAEL TESTES TOXICOLÓGICOS • Toxicidade Sub-Crônica TESTES TOXICOLÓGICOS • Toxicidade Sub-Crônica TESTES TOXICOLÓGICOS • Toxicidade Crônica – Exposição de 6 meses a 2 anos (toda a vida do animal, no caso de alguns roedores) – Pelo menos duas espécies – Grupos de 50 animais, por dose, de cada sexo – Três doses experimentais TESTES TOXICOLÓGICOS • Toxicidade Crônica – Objetivos • Avaliar o risco da exposição à substância química por longos períodos, ou por toda a vida • Avaliar as consequências e a severidade dos efeitos da exposição por longo período de tempo à substância química em teste • Conhecer as diferenças entre os efeitos da exposição aguda ou sub-crônica e da exposição crônica • Verificar a gravidade e extensão da toxicidade nos órgãos-alvo e eventualmente em órgãos não afetados pela exposição aguda ou sub-crônica TESTES TOXICOLÓGICOS • Mutagenicidade TESTES TOXICOLÓGICOS • Mutagenicidade – Teste in vivo para genotoxicidade: • Células hematopoieticas de roedores • Observação de danos cromossômicos: aberrações cromossômicas ou micronúcleos TESTES TOXICOLÓGICOS • Mutagenicidade – Frequentemente realizados pelo teste de Ames (in vitro) – Indica se a substância química produz alterações como inserções, deleções ou mutações pontuais nos genes – Testes positivos para mutagenicidade indicam interferência em mecanismos endógenos de reparo do DNA TESTES TOXICOLÓGICOS • Carcinogenicidade – Conceito • Efeito tóxico decorrente de danos genéticos irreversíveis que resultam em proliferação descontrolada das células afetadas. TESTES TOXICOLÓGICOS • Carcinogenicidade – Carcinógenos conhecidos* aflatoxina PDF bebidas alcoólicas tabaco *U.S. Department of Health and Human Services, 2016 TESTES TOXICOLÓGICOS • Carcinogenicidade – Carcinógenos conhecidos* *U.S. Department of Health and Human Services, 2016 PDF misturas de analgésicos contendo fenacetina estrogênios esteroidais TESTES TOXICOLÓGICOS • Carcinogenicidade – Definição/Objetivo: “Identificar substâncias que possam causar o desenvolvimento potencial de tumores em algum local por algum mecanismo, observando testes animais para o desenvolvimento de lesões como conseqüência da exposição, durante um tempo considerável de sua vida, por várias doses da substância teste e por uma via de administração apropriada.” TESTES TOXICOLÓGICOS • Carcinogenicidade (Requisitos) – Um estudo de longo prazo em roedor, acompanhado de estudo de médio ou curto prazo em outro mamífero ou outro estudo de longo prazo em outra espécie de roedor; – Duração de exposição de 24 meses para ratos e mínima de 18 meses para camundongos e hamsters; – Dose máxima tolerada. TESTES TOXICOLÓGICOS • Carcinogenicidade (Parâmetros a serem avaliados) – Morbidade e mortalidade ao início e fim de cada dia – Início, localização, dimensões, aparência e progressão de cada tumor visível ou palpável – Exame histopatológico o mais completo possível (de quase todos os órgãos) TESTES TOXICOLÓGICOS • Toxicidade Reprodutiva – Conceito • Estudos de toxicidade reprodutiva abrangem todos os aspectos da reprodução, ou seja, desde a fertilidade do indivíduo até o desenvolvimento pósnatal. TESTES TOXICOLÓGICOS • Toxicidade Reprodutiva – A Barreira Placentária – Abrangência • Substâncias que provocam danos ao feto • Más formações e anomalias • Substâncias que dificultam a reprodução TESTES TOXICOLÓGICOS • Toxicidade Reprodutiva – Teratógenos conhecidos TESTES TOXICOLÓGICOS • Toxicidade Reprodutiva – Teratógenos conhecidos* TESTES TOXICOLÓGICOS • Toxicidade Reprodutiva – Pode ser realizado por meio de estudo único com administração do agente tóxico potencial desde antes do acasalamento até o nascimento da prole; – Uma espécie roedora (geralmente ratos) e uma espécie não-roedora (geralmente coelhos) TESTES TOXICOLÓGICOS • Toxicidade Reprodutiva – Parâmetros Avaliados incluem: • Necropsia e avaliação macroscópica de todos os adultos • Contagem de fetos vivos e mortos • Peso corpóreo ao nascimento • Sobrevivência/ Crescimento/ Peso corporal pré- e póslactação • Desenvolvimento físico • Funções sensoriais e reflexas • Comportamento da ninhada FINALIDADE E IMPORTÂNCIA • Tanto as relações dose-resposta quanto a determinação do índice terapêutico e da margem de segurança são importantes para o entendimento e a avaliação do risco de agentes tóxicos, sendo amplamente utilizados como parâmetros de referência e comparação na Toxicologia.químicasda substância
TOXICOLOGIA SOCIAL 
•Ramo da Toxicologia aplicado ao estudo e análise do uso individual ou coletivo de agentes químicos capazes de induzir a toxicomania (vício) Estuda:–Os efeitos biológicos–Implicações individuais–Sintomas da intoxicação–Tratamento de intoxicação por esses agentes
ÁLCOOL•Histórico–Há mais de 6.000 anos, o homem já utilizava bebidas e preparados alcoólicos–Produto de fermentação microbiológica–Presente em diversos mitos e histórias.Fontes e Conteúdo alcoólico–Bebidas adicionadas•Alguns vinhos e licores–Bebidas fermentadas•Cervejas, vinhos naturais•Baixo teor alcoólico–Bebidas destiladas•Aguardente de cana (cachaça), vodca, conhaque, uísque•Alto teor alcoólico (> 30%)Fontes e Conteúdo alcoólico–Perfumes, colônias–Gel pós-barba–Produtos de limpeza–Soluções antissépticas–Produtos alimentícios•Alguns chocolates e doces (principalmente)–Outros. Absorção –Rapidamente absorvido pelo trato gastrintestinal (TGI) –O etanol é capaz de atravessar membranas biológicas facilmente –Pico de nível sanguíneo observado 30-90 minutos após a ingestão •Metabolismo–Fígado–Álcool desidrogenase. LD50–Estimativa: 5 – 8 g/kg em adultos; 3 g/kg em crianças. Mecanismo–Depressão do SNC Mecanismo–Inibidor da gliconeogênese no fígadopor estimulação do receptor GABA. Manifestações clínicas–Alterações do comportamento (confusão mental, agressividade)–Fala arrastada–Marcha ébria–Descoordenação motora–Letargia–Hipoglicemia–Depressão respiratória grave–
1 – 5Aparentemente normal 
5– 10Desinibição, euforia, depressão do SNC 
10 – 20Falhas de memória, coordenação e compreensão. Perda de juízo crítico, incapacidade de dirigir com segurança, depressão do SNC
20 – 30Déficit cognitivo, sensibilidade emocional, marcha cambaleante, inconsciência, risco de segurança pública
30 – 40Vômito, sonolência profunda, sudorese, relaxamento de esfíncteres, perda de consciência
40 – 50Dispneia, hiporreflexia, hipotermia, choque, coma ou morte
> 50Dose letal
Tratamento da intoxicação alcoólica–Tiamina 200 mg EV–Glicose 50 g EV–Exames diagnósticos–Carvão ativado se houver ingestão concomitante com outros tóxicos–Em casos graves: suporte ventilatório mecânico, monitorização eletrocardiográfica, intubação para proteção das vias aéreas Síndrome da Abstinência Alcoólica –Tremores –Agitação–Insônia –Taquicardia –Hipertensão arterial –Alucinações –Convulsões 
COCAÍNA 
•Histórico –Derivada de folhas de coca, utilizada desde o século VI (mastigação das folhas) –1884: anestésico local para cirurgia ocular –1914: restrição a uso medicinal nos EUA Alguns aditivos da cocaína já encontrados em material apreendido no Brasil–Soda cáustica–Querosene–Cal–Amônia–Acetona–Coliformes fecais–Lidocaína–Talco–Estricnina–Cimento–Efedrina Absorção–A cocaína é aspirada pelo nariz, ingerida ou diluída em água (ou no próprio sangue) para injeção IV–O crack é obtido pela alcalinização do hidro cloreto de cocaína e pode ser fumado–Início da ação: 3 segundos a 5 minutos–Pico do efeito: 1 a 20 minutos–Duração do efeito: 5 a 90 minutos–Vias que permitem Absorção mais rápida estão associadas com maior dependência química. Metabolismo–Hidrólise para ecgonina e benzoilecgoninaToxicocinética–Meia-vida de eliminação: 30 a 60 minutos–Meia-vida de eliminação dos metabólitos: 4 a 8 horasMecanismo de ação–Aumenta a concentração de neurotransmissores na fenda sináptica–Inibe a recaptação de neurotransmissores–Aumento acentuado da concentração de catecolaminas nas sinapses–Hiperatividade do SNP Simpático–Hiperexcitação do SNC Manifestações clínicas–Paranoia e manifestações psicóticas–Cefaleia–Dor torácica–Náusea–Agitação–Tremores–Hiper-reflexia–Aumento da pressão arterial Taquicardia–Aumento da temperatura corporal–Hiperatividade–Alucinações–ConvulsõesManifestações clínicas–Em pacientes graves:•status epilepticus•Taquipneia•Coagulação intravascular disseminada•Insuficiência renal•Disfunção hepática•Hipertermia•IAM Tratamento da intoxicação por cocaína–Desobstrução das vias aéreas –Lavagem do sólido remanescente nas narinas–Pesquisa de droga remanescente em cavidades corporais –Benzodiazepínicos Prognóstico–Resolução do caso com melhoria do quadro em poucas horas para pacientes em exposição leve a moderada–Cocaína + álcool: risco 21 x maior de óbito–Orientação psicológica e psiquiátrica –Incentivo e suporte para o abandono do uso e internação em centro de recuperação
TOXICOLOGIA OCUPACIONAL •Ramo da Toxicologia dedicado ao estudo e análise da exposição a agentes tóxicos no ambiente laboral, seus efeitos e medidas de proteção e gerenciamento do risco. Importância-Diversas atividades humanas necessitam da manipulação de substâncias tóxicas; por outras vezes, os agentes tóxicos são subprodutos da atividade industrial. -Ramo da Toxicologia dedicado ao estudo e análise da exposição a agentes tóxicos presentes no meio ambiente, geralmente devido a ação antrópica, seus efeitos e métodos de gerenciamento de riscos. Importância 55 milhões de m3 de lama tóxica, com rejeitos do minério de ferro – continham: Sílica (areia) Cromo Manganês Mercúrio Ferro Revolveram mercúrio e arsênio Conceito–São elementos químicos sólidos à temperatura ambiente (exceto mercúrio, que é líquido), capazes de conduzir calor e eletricidade, que apresentam elevada dureza, brilho característico, maleabilidade e ductilidade. Conceito–São metais que apresentam densidade mais elevada que os demais. Em termos práticos, densidade maior que 4,0 g/mL, alto valor de número atômico e de massa atômica. –Apresentam alto nível de toxicidade Intoxicação–São reativos–Bioacumulação–Os organismos vivos não podem degradá-los METAIS PESADOS•Seres vivos (inclusive humanos) precisam de pequena quantidade de certos metais pesados, como por exemplo, ferro, zinco, manganês•Níveis excessivos desses metais provocam intoxicação•Outros metais, como chumbo e mercúrio, não têm qualquer função no organismo humano Chumbo (Pb)–Apresentação•Coloração cinza azulada•Tf = 327,4ºC•Na crosta terrestre: galena (PbS)•É o metal não ferroso mais usado na indústria•Histórico/ Dados–Nos tempos do império romano, o Pb era usado em:•sistema de encanamento•utensílios de cozinha•vasos para produção de vinho–Antes da Revolução Industrial, a carga corporal total de Pb chegava a 2mg. Hoje, em sociedades industrializadas, atinge 200mg–1,7 milhões de crianças expostas nos EUA–Páprica com chumbo vermelho: Hungria Fontes–Tintas para parede–Tinturas para cabelo–Garimpos–Resíduos de joalheria–Vernizes –Balas ou estilhaços aprisionados no corpo humano–Oficinas de automóveis–Fábricas de baterias–SoldasToxicocinética–Trato gastrintestinal e respiratório–Inicialmente, liga-se aos rins (epitélio tubular) e fígado–Compete pelos transportadores de Ca+2 de membrana (Simons, 1993)–Deposita-se em ossos, pelos, unhas –Os fatores que afetam a distribuição e o metabolismo do chumbo são semelhantes aos que afetam o cálcio –Eliminação pela urina (65%) e por via biliar (35%) Toxicocinética–Absorção maior por crianças que por adultos–Meia-vida no sangue: 37 dias–Meia-vida nos ossos: > 20 anos–O deslocamento do chumbo dos ossos de um indivíduo intoxicado é realizado por meio de substâncias que tenham capacidade de deslocar o cálcio (ex.: paratormônio, di-idrotaquisterol) Mecanismo–Ligação a grupos –SH de proteínas, enzimas, peptídeos , grupos heme ou outros ligantes bioquímicos. Mecanismo–Interferência com o metabolismo de Ca+2, posto que se apresenta como Pb+2 –Consequente inibição do metabolismo de espécies reativas de oxigênio, resultando em danos ao sistema vascular Inibição de proteínas pelo grupo –SH Interferência no metabolismo de Ca+2 SOD, CAT, PER, G6P DESIDROGENASE Acúmulo de espécies reativas de oxigênio; estresse oxidativo aumentado; danos ao sistema vascular Danos aos ossos ENCEFALOPATIA Exposição ao chumbo pode prejudicar seriamente a saúde de uma criança Danos ao cérebro e sistema nervoso Crescimento e desenvolvimento lentos Problemas de aprendizagem e comportamento Problemas de audição e fala Manifestaçõesclínicas–Encefalopatia por chumbo em crianças: Níveis plasmáticos acima de 70 mg/dL–Intoxicação aguda em adultos: cólicas abdominais ou “cólicas saturninas” –Encefalopatia aguda: ataxia, estupor, convulsões, coma, sequelas neurológicas permanentes, retardo mental, cegueira, hemiparesia–Intoxicação crônica: dificuldade de concentração; alteração de padrão do sono; mudança de humor; sintomas renais, hematológicos, neuromusculares, etc. Intoxicação por chumbo: Tratamento–Considerar potenciais infecções ou comorbidades devido à fragilização do SNC–Se o paciente apresentar edema cerebral:•Manitol e dexametasona–Quelação:•EDTA•Dimercaprol•DMSA•D-penicilamina 
Mercúrio (Hg)–Apresentação•Tf = -38,83ºC•Te = 356,73ºC•Metal líquido, de cor cinza, brilhante, inodoro, solúvel em ácido nítrico•Pode intoxicar na forma de mercúrio orgânico e de mercúrio inorgânico Fontes Emissões antropogênicas globais de mercúrio em 2010 Combustão de combustíveis fósseis Produção de metais ferrosos e não-ferrosos Indústria de cloro e alcalinos Incineração do lixo, resíduos de lixo Mineração artesanal de ouro Produção de cimento Catalisador para soldas–Termômetros, barômetros, esfigmomanômetros–Lâmpadas fluorescentes–Interruptores elétricos–Amálgama odontológico–Mercúrio da mineração–Eletrólito em baterias–Na indústria de papel, tintas e sementes–Prateação de espelhos–Alimentos (peixes, crustáceos, etc.) Toxicocinética –O mercúrio elementar e o mercúrio orgânico são lipossolúveis, portanto, atravessam membranas com facilidade–Ambos são capazes de atravessar a BHE e a BP, inclusive exercendo efeito teratogênico sobre o feto–A absorção se dá através da inalação de vapores–Baixa absorção pelo TGI–Rins e cérebro são centros de deposição do mercúrio –Excreção renal e intestinal –Meia-vida de 35-90 dias–O mercúrio inorgânico (HgCl, HgCl2) é absorvido por via inalatória, digestia e cutânea, com concentração nas mucosas e nos rins e meia-vida de 40-60 dias, porém não atravessa BHE ou BP–DL50: 150-500 mg Mecanismo –Ligação covalente com grupos –SH de proteínas e enzimas, interferindo no metabolismo e na função celular Manifestações clínicas–Efeitos da exposição aguda:•Aparelho respiratório: irritação, bronquite, edema pulmonar•Aparelho digestivo: salivação, gosto metálico na boca, sede, dor abdominal, vômito e diarreia•Aparelho urinário: lesão renal, insuficiência renal, podendo levar à morte•SNC: alucinações, irritabilidade, perda de memória, confusão mental, anormalidade nos reflexos, coma e morte •Pele: irritação cutânea, edema e pústula ulcerosa Manifestações clínicas–Efeitos da exposição crônica:•Boca: inflamação da gengiva, dentes moles, inchaço das glândulas salivares, sialorreia•SNC: tremores, vertigem, rubor, irritabilidade, perda de memória, alucinações, perda do autocontrole, insônia, depressão, pesadelos•Rubor na face, lesões na pele •Intoxicação por mercúrio: Tratamento–Quelação: DMSA, D-penicilamina, dimercaprol–Medidas suportivas–Remoção da roupa contaminada–Lavagem de pele e olhos–Lavagem gástrica–Diurese forçada–Resinas de politióis–Hemodiálise, caso haja insuficiência renal •Cádmio (Cd)–Apresentação•Tf = 321,1ºC•Metal sólido, de cor entre o branco e o prateado, brilhante, inodoro. Fontes–83% do cádmio extraído é usado na produção de pilhas e baterias–8% utilizado nos pigmentos de tinta–7% em revestimentos e placas de metal–Queima de combustíveis fósseis–Consumo de tabaco: 1 cigarro = 1 a 2mg de cádmio; 10% são absorvidos Toxicocinética–Meia-vida elevada: 10 a 30 anos–A via mais comum é a inalatória: fumos e poeiras de Cd em fábricas de baterias; cigarro–Via oral, absorção de 1 a 5% da quantidade total–Via pulmonar (30 a 50%) Mecanismo –Ligação covalente com grupos –SH de proteínas e enzimas, interferindo no metabolismo e na função celular Manifestações clínicas–Efeitos da exposição aguda:•Pneumonia química aguda ou edema pulmonar•A depender da dose, o paciente pode ir a óbito em 5 dias ou permanecer com sequelas por toda a vida Manifestações clínicas–Efeitos da exposição crônica:•Doença obstrutiva pulmonar•Enfisemas•Doenças crônicas renais – evidenciadas por proteinúria, aminoacidúria, presença de glicose na urina•Doenças ósseas devido a perdas de cálcio e fosfato pela urina•CâncerIntoxicação por cádmio: Tratamento–Poucas informações na literatura–Estabilização do paciente–Se exposição por via oral, lavagem gástrica e carvão ativado–Corticoterapia (lesões pulmonares)
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA “Um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.” (Lei Orgânica do SUS – Lei 8.080/90) FUNÇÕES I – pesquisa; II - coleta de dados; III – processamento de dados coletados; IV - análise e interpretação de dados processados; V - recomendação de medidas de controle apropriadas; VI - promoção das ações de controle indicadas; VII - avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas VIII – comunicação e divulgação das informações pertinentes. ETAPAS DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Obtenção de dados Tipos de dados: demográficos, ambientais, socioeconômicos, morbidade, mortalidade, áreas e situações de risco, notificações de surtos e epidemias. NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Consiste na comunicação obrigatória à autoridade sanitária da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde ou surto, feito por profissional de saúde ou qualquer cidadão, visando à adoção das medidas de intervenção pertinentes. NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA - UTILIDADE Como ponto de partida para investigação; Para averiguação, das falhas nas medidas de controle adotadas; Fornecimento de elementos para a composição de indicadores que reflitam o quadro epidemiológico da doença na coletividade; Avaliação do impacto das medidas de controle. NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Os profissionais devem ser estimulados a: Notificar de forma oportuna; Notificar a simples suspeita da doença, não se aguardando a confirmação do caso; A notificação deve ser sigilosa, (exceção- âmbito médico sanitário); Ausência de casos- notificação negativa. FONTES DE DADOS Censo – site IBGE www.ibge.gov.br, www.datasus.gov.br, SINASC ( Sistema de Informações de Nascidos Vivos) SIM (Sistema de Informação de mortalidade) Notificação compulsória: SINAN Sistema de Informação de Agravos de Notificação ; http://sinan.saude.gov.br/sinan Dados de morbidade do Sistema de Informações de Saúde do SUS (DATASUS), através do Sistema de informações hospitalares SIH-SUS; Sistemas de informações ambulatoriais SAI-SUS; www.saúde.gov.br Fluxo de informações A Lei nº 6.529 de 1975 do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica instituiu a obrigatoriedade da notificação compulsória de doenças (periodicamente atualizada). LEI 8080/90 Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS): I - a execução de ações: a) de vigilância sanitária; b) de vigilância epidemiológica; c) de saúde do trabalhador; e d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; LEI Nº 6.259, DE 30 DE OUTUBRO DE 1975 Art. 2º A ação de vigilância epidemiológica compreende as informações, investigações e levantamentos necessários à programação e à avaliação das medidas de controle de doenças e de situações de agravos à saúde. § 1º Compete ao Ministério da Saúde definir, em Regulamento, a organização e as atribuições dos serviços incumbidos da ação de Vigilância Epidemiológica, promover a sua implantação e coordenação. § 2º A ação de Vigilância Epidemiológica será efetuada pelo conjunto dos serviços de saúde, públicos e privados, devidamente habilitados para tal fim. PORTARIA Nº 1.271, DE 6 DE JUNHO DE 2014 Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos termos do anexo, e dá outras providências. INSTRUMENTOS QUENORTEIAM AS AÇÕES DA VIEP CRITÉRIOS DE SELEÇÃO PORTARIA Nº 1.271, DE 6 DE JUNHO DE 2014 Art. 2º Para fins de notificação compulsória de importância nacional, serão considerados os seguintes conceitos: I - agravo: qualquer dano à integridade física ou mental do indivíduo, provocado por circunstâncias nocivas, tais como acidentes, intoxicações por substâncias químicas, abuso de drogas ou lesões decorrentes de violências interpessoais, como agressões e maus tratos, e lesão autoprovocada; II - autoridades de saúde: o Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito Federal e Municípios, responsáveis pela vigilância em saúde em cada esfera de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS); III - doença: enfermidade ou estado clínico, independente de origem ou fonte, que represente ou possa representar um dano significativo para os seres humanos; IV - epizootia: doença ou morte de animal ou de grupo de animais que possa apresentar riscos à saúde pública; V - evento de saúde pública (ESP): situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública, como a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, alteração no padrão clínico epidemiológico das doenças conhecidas, considerando o potencial de disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem como epizootias ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes; VI - notificação compulsória: comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública, descritos no anexo, podendo ser imediata ou semanal; VII - notificação compulsória imediata (NCI): notificação compulsória realizada em até 24 (vinte e quatro) horas, a partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo meio de comunicação mais rápido disponível; VIII - notificação compulsória semanal (NCS): notificação compulsória realizada em até 7 (sete) dias, a partir do conhecimento da ocorrência de doença ou agravo; IX - notificação compulsória negativa: comunicação semanal realizada pelo responsável pelo estabelecimento de saúde à autoridade de saúde, informando que na semana epidemiológica não foi identificado nenhuma doença, agravo ou evento de saúde pública constante da Lista de Notificação Compulsória; e X - vigilância sentinela: modelo de vigilância realizada a partir de estabelecimento de saúde estratégico para a vigilância de morbidade, mortalidade ou agentes etiológicos de interesse para a saúde pública, com participação facultativa, segundo norma técnica específica estabelecida pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS). INVESTIGAÇÃO A investigação epidemiológica visa complementar, conferir, confirmar, corrigir as informações contidas nas notificações Buscar informações sobre fontes de infecção, mecanismos de transmissão, existência de novos casos, permitindo instituir medidas de controle. INVESTIGAÇÃO Possibilita Identificar, confirmar o índice, o caso primário, acompanhar ou confirmar o surgimento de casos secundários, confirmar diagnóstico Objetiva avaliar a ocorrência de doenças e suas implicações na saúde coletiva, determinar características epidemiológicas, identificar as causas, orientar medidas de controle ALGUMAS ROTINAS DA VIEP INTRODUÇÃO O Brasil tem experimentado, nas últimas décadas, importantes transformações no seu padrão de morbidade e de mortalidade, relacionadas, principalmente, com as seguintes condições: √ Redução da mortalidade precoce. √ Aumento da expectativa de vida ao nascer. √ Processo acelerado de urbanização e mudanças socioculturais. √ Mudança no perfil epidemiológico de algumas doenças transmissíveis. CARACTERIZAÇÃO DA DANT Curso clínico em geral lento, prolongado e permanente. Manifestações clínicas com períodos de remissão e exacerbação. Lesões celulares irreversíveis. Evolução para graus variados de incapacidade ou morte. DANT Hipertensão Doenças auto-imunes Diabetes Violências Acidentes Doenças mentais Doenças crônicas do aparelho respiratórias MAGNITUDE DANT Custo econômico e social Incapacidade ou morte prematura Sobrecarga dos serviços assistênciais FATORES DE RISCO RELACIONADOS A DANT Elevada pressão arterial – hipertensão Nível elevado de colesterol - DAC Baixo consumo de frutas e vegetais - neoplasias Sedentarismo Tabagismo Etilismo Lesões por acidentes de trânsito VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE DANT Registrar a ocorrência de doenças transmissíveis. Adotar medidas de bloqueio. Evitar a propagação da doença ou agravo. Monitorar e promover ações de prevenção e controle das doenças transmissíveis. Maior conhecimento sobre as doenças consideradas como endemias contemporâneas. As informações servem de base para elaboração e implementação de políticas e programas de saúde. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA NAS DANT AGRAVOS TRANSMISSÍVEIS É necessário conhecer a individualidade, para adoção de medidas. Notificação é obrigatória e imediata de casos suspeitos. Investigação e intervenção preventiva objetiva para interromper a cadeia de transmissão. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA NAS DANT AGRAVOS TRANSMISSÍVEIS Não há interesse em casos individualizados. Identificar os níveis de exposição aos fatores de risco. Identificar os fatores predisponentes (multicausalidade). Adotar medidas preventivas. MODELOS EPIDEMIOLÓGICOS E VIGILÂNCIA DAS DANT Modelo ecológico – tríade – agente, hospedeiro, meio ambiente. Modelo incapaz de apreender a cadeia de causalidade das doenças crônicas nãotransmissíveis. Fatores relacionados: biologia humana, ambiente, estilos de vida, organização da atenção à saúde. OBJETIVOS DA PREVENÇÃO E CONTROLE DA DANT Reduzir a incidência e a prevalência. Retardar o aparecimento de complicações e incapacidades. Aliviar a gravidade. Prolongar a vida com qualidade. Mudar a percepção social sobre esses agravos. Intervir com políticas públicas e de educação. Promover mobilização comunitária. METODOLOGIAS E INSTRUMENTOS PARA VIGILÂNCIA DE DANT Monitoramento da morbidade e mortalidade através de indicadores da VIEP: - Avaliar a tendência de uma enfermidade ou dos fatores de risco em um dado tempo, em determinado lugar e em uma população definida. - Estabelecer prioridades e metas. - Planejar, implementar e avaliar políticas, programas e serviços de saúde. MONITORAMENTO DE DOENÇAS/AGRAVOS Monitoramento de morbidade e mortalidade. Realizar coleta e análise de dados de forma contínua e periódica. As doenças crônicas não são de notificação obrigatória. Dificulta o registro das informações. Registro no SIH-SUS e SIA-SUS. SIA-SUS – alta complexidade (insuficiência renal crônica e câncer). MONITORAMENTO DE DOENÇAS/AGRAVOS √ Registro no SIA-SUS – alta complexidade (insuficiência renal crônica e câncer). √ Registro SIH – SUS- registro de internações, inclusive custos. √ Registro de câncer: Instituto Nacional do Câncer/Ministério da Saúde. √ Registro no SIM – causa morte e codificação. MONITORAMENTO DE FATORES DE RISCO O foco principal é a prevenção e o controle das DANT, através da redução da exposição das pessoas aos fatores de risco: √ Constitucionais: sexo, idade, raça e fatores hereditários. √ Comportamentos: tabagismo, dieta, sedentarismo (inatividade física), ingesta de álcool, uso de anticoncepcionais. MONITORAMENTO DE FATORES DE RISCO √ Patologias ou distúrbios metabólicos: hipertensão, diabetes, obesidade, hiperlipidemias. √Características socioeconômicas-culturais: condições de inserção social (ocupação, renda, escolaridade, classe social, etc.). O monitoramento dos fatores de risco fornece um importante subsídio para o estabelecimento de estratégias de intervenção visando à redução da ocorrência de doenças, bem como para avaliação da efetividade dessas medidas. INTERVENÇÕES PARA PREVENÇÃO DE DANT E PROMOÇÃO DA SAÚDE Prevenção primária - Recomendações para mudanças no estilo de vida.- Articulação entre setores: educação, esporte, agricultura, etc. INTERVENÇÕES PARA PREVENÇÃO DE DANT E PROMOÇÃO DA SAÚDE Nível secundário - Controle de doenças. - Trabalhar com grupos de risco (câncer, diabetes ou hipertensão). INTERVENÇÕES PARA PREVENÇÃO DE DANT E PROMOÇÃO DA SAÚDE Nível terciário - Reorientar o sistema de saúde (recursos humanos, treinamento e atualização, educação em saúde. - Participação da comunidade através de suas organizações (organização no diagnóstico, análise e planejamento, execução, capacitação, análise e divulgação dos resultados). - Aumentar o nível de informação (educação formal e informal). - Programas de prevenção nos locais de trabalho. - Trabalhar de forma intersetorial (comunidades, setor público e privado). - Monitorar riscos e avaliar os resultados. SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE Conceito: Como em qualquer outra atividade, no setor saúde a informação deve ser entendida como um redutor de incertezas, um instrumento para detectar focos prioritários, levando a um planejamento responsável e a execução de ações de que condicionem a realidade às transformações necessárias. Planejamento é um processo de tomada de decisões que, com base na situação atual, visa a determinação de providências a tomar objetivando atingir uma situação futura desejada. A Organização Mundial da Saúde define Sistema de Informação em Saúde -SIS como um mecanismo de coleta, processamento, análise e transmissão da informação necessária para se planejar, organizar, operar e avaliar os serviços de saúde. Considera-se que a transformação de um dado em informação exige, além da análise, a divulgação, e inclusive recomendações para a ação. No novo modelo de assistência à saúde, é preciso reverter a atual situação de centralização de dados, de limitação do uso dos mesmos, da demora com que são analisados e que retornam para o nível local, idealizando um novo sistema em que os dados passem a ser analisados no próprio município, gerando de forma oportuna subsídios para o planejamento e para as ações em saúde, bem como de ações para a melhoria da qualidade dos dados. Conhecer os passos de cada uma das etapas de um Sistema de Informações é de fundamental importância para garantir não só a fidedignidade das bases de dados, mas também a permanência e plena utilização das mesmas justificativas para esse fato são: 1. precário conhecimento sobre a grande diversidade de bancos de nacionais, estaduais e municipais; 2. coleta de dados através de sistemas compartimentalizados, com pouca ou nenhuma articulação; 3. complexidade dos dados existentes e da estrutura dos bancos; 4. insuficiência de recursos, particularmente recursos humanos qualificados para apoiar o processo de desenvolvimento e análise do SIS; 5. inexistências de instâncias responsáveis pela análise dos dados; 6. falta de padronização nos procedimentos de obtenção, análise e disseminação das informações; 7. oportunidade, qualidade e cobertura das informações variando de acordo com as áreas geográficas onde são produzidas; 8. ausência de um claro interesse epidemiológico quando da implantação dos bancos de dados e 9. dificuldade no acesso às informações. Nos últimos anos, contudo, tem sido observado grande avanço no que se refere ao acesso e às possibilidades de análise dos principais sistemas de informação em saúde disponíveis no Brasil: o processamento desses sistemas vem, gradativamente, passando para Estados e/ou municípios, permitindo que a análise ocorra em tempo oportuno; foram incluídas, em alguns sistemas, variáveis como bairros e áreas de residência, fundamentais quando o usuário é o nível local; foram criados programas como o TABWIN, com a finalidade de simplificar e agilizar a realização de tabulações com dados provenientes desses sistemas. Uma parte desses avanços pode ser atribuída ao processo de implantação do Sistema Único de Saúde - SUS, que coloca a descentralização dos sistemas de informação como um dos mecanismos para o seu gerenciamento. A demanda por informações que pudessem subsidiar a tomada de decisões nos níveis estadual, regional e municipal, funcionou como importante elemento de pressão para definir estratégias de adequação e disseminação das informações em saúde. O desenvolvimento tecnológico ocorrido na área da informática foi também determinante no aprimoramento dos mecanismos de disseminação das informações disponíveis. 12 Uma das principais inovações parece ter sido a criação da Home Page do DATASUS, que reúne e articula num único banco de dados, informações de diferentes sistemas, úteis para o planejamento e avaliação em saúde. Acessada a partir do endereço eletrônico “http://www.datasus.gov.br”, sob o ícone “Informações em Saúde”, é possível obter dados sobre a rede hospitalar e ambulatorial do SUS e sobre alguns dos principais sistemas de informação em saúde: mortalidade, internações hospitalares, morbidade hospitalar e produção ambulatorial. Além destes, também estão disponíveis, na referida Home Page, dados cuja fonte é o IBGE: pesquisa assistência médico-sanitária, população residente, alfabetização, abastecimento de água, esgoto e coleta de lixo.

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