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MÁQUINAS DE FLUXO PROF. EDUARDO GERMER (UTFPR-CT) CURITIBA - 2013 APRESENTAÇÃO Esta apostila começou a ser elaborada em março de 2013. Tinha inicialmente dois objetivos principais. Um deles, não necessariamente o mais importante, foi gerar um material que facilite o entendimento dos conceitos que envolvem a disciplina de máquinas de fluxo, transmitidos em sala de aula. O outro foi de buscar padronizar (para fins de sala de aula) algumas nomenclaturas/definições que são encontradas de forma diversa em várias bibliografias da área. Ao final de cada capítulo estão indicadas as referências bibliográficas que foram a base para confecção do material. A maioria das figuras e tabelas foi obtida em pesquisa na web/internet, sendo que em alguns casos não foi possível identificar a fonte. Nos casos em que a identificação foi possível ela é indicada nos títulos das figuras/tabelas. Importante esclarecer que este material é uma compilação de obras de diversos autores, não contendo produção intelectual original. Além disto, não tem o objetivo de consecução de lucro, sendo somente um recurso didático de apoio às aulas. A formatação não segue nenhum padrão específico, tendo sido definida com base em dois princípios básicos. O primeiro de reduzir ao máximo o consumo de material (recursos), e o segundo o de tornar o texto mais claro e organizado possível. O material ainda não está finalizado, e mais capítulos serão adicionados à medida que ficarem prontos, sem prazo específico. Esta é a primeira versão então solicito a quem a utilizar que informe os erros encontrados e envie dicas de melhoria para que possa ser aprimorado. Obrigado! Curitiba, 9 de junho de 2013 Prof. Eduardo Germer 3 Sumário Capítulo 1 - Introdução .................................................................................................................................. 4 Capítulo 2 – Grandezas de Funcionamento .................................................................................................. 12 Capítulo 3 – Perdas e rendimentos .............................................................................................................. 29 Capítulo 4 – Cavitação .................................................................................................................................. 50 Capítulo 5 – Triângulo de Velocidades ......................................................................................................... 64 Capítulo 6 – Equação Fundamental .............................................................................................................. 78 Capítulo 7 – Semelhança .............................................................................................................................. 92 4 CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO Máquina de Fluido (fluid machinery) é o equipamento que promove a troca de energia entre um sistema mecânico e um fluido, transformando energia mecânica (trabalho) em energia de fluido (hidráulica) ou energia de fluido em energia mecânica. Estas máquinas trabalham geralmente com água, óleo, etc, considerados fluidos incompressíveis nas aplicações normais. Trabalham também com o ar, que será tratado como incompressível para pressões até 1.000 mm.c.a., sendo neste caso chamadas de ventiladores. Serão consideradas aqui somente as máquinas que realizem este processo com variação pouco sensível do peso específico (volume específico) do fluido que está escoando. A este tipo de máquina dá-se o nome de máquinas hidráulicas. Máquinas onde a variação do peso específico do fluido não pode ser desprezado são denominadas máquinas térmicas (ex. compressores, turbinas a gás, turbinas a vapor, etc). Figura 1.1 – Classificação das máquinas de fluido (BRASIL, 2010, pg.21) 1.1. TIPOS: Quanto ao tipo, as máquinas de fluido podem ser classificadas: a) Quanto ao sentido da transmissão de energia, pode-se classifica-las como: Geradora: a máquina transforma energia mecânica em energia de fluido (bombas e ventiladores). Motora: a máquina transforma energia de fluido em energia mecânica (turbina, gerador eólico, moinho de vento e rodas d’água). reginaldosousa Comentário do texto milímetros de coluna de água. 5 b) Quanto ao tipo de energia envolvido no processo pode-se classifica-las como: Máquinas de deslocamento positivo (positive displacement machines): nestes equipamentos uma quantidade fixa de fluido de trabalho é confinada durante sua passagem através da máquina, sendo submetido a trocas de pressão em razão da variação no volume do recipiente em que se encontra contido. O fluido tem que mudar seu estado energético. Caso a máquina pare de funcionar, o fluido de trabalho permanecerá no seu interior indefinidamente. Também chamada máquina estática. Nestas máquinas a energia transferida é substancialmente de pressão, sendo muito pequena a energia cinética transferida, podendo ser desprezada. Ex. máquinas rotativas (rotary machines) como a bomba de engrenagens e máquinas alternativas (reciprocating machines) como o compressor de pistão. Dependendo dos seus órgãos constitutivos podem ser alternativas, rotativas e mistas. Máquinas de Fluxo ou Turbomáquinas (turbomachinery): ou máquinas dinâmicas, o fluido não se encontra em momento algum confinado dentro da carcaça da máquina, mas sim num fluxo continuo através dela, estando sujeito a variações de energia devido aos efeitos dinâmicos da corrente fluida. Nestas máquinas o escoamento do fluido é orientado por meio de lâminas ou aletas solidárias a um elemento rotativo (rotor). A energia transferida é substancialmente cinética, através da variação da velocidade do fluido entre as pás, desde a entrada até a saída do rotor, a baixa pressão ou baixos diferenciais de pressão. Ex. as turbinas hidráulicas e ventiladores centrífugos. c) Quanto a direção do escoamento do fluido: Axiais: escoamento predominantemente na direção do eixo. O fluido entra no rotor na direção axial e sai também na direção axial. Recalca grandes vazões em pequenas alturas. A força predominante é de sustentação. Radiais: escoamento predominante na direção radial. O fluido entra no rotor na direção axial e sai na direção radial. Tem como característica o recalque de pequenas vazões a grandes alturas. Sua força predominante é a centrífuga. Mista ou diagonal: escoamento predominantemente na direção diagonal, parte axial e parte radial Tangencial: escoamento predominantemente tangente ao rotor. Figura 1.2 – Tipos quanto à direção do escoamento reginaldosousa Comentário do texto O aumento de pressão se deve, principalmente, a conversão de pressão dinâmica em pressão estática.null 6 d) Quanto a forma dos canais entre as pás do rotor: Máquinas de Ação: nesta máquina toda energia do fluido é transformada em energia cinética, antes da transformação em trabalho mecânico processado pela máquina. A pressão do fluido, ao atravessar o rotor, permanece constante. Um exemplo são as turbinas Pelton, onde um ou mais bocais (separados do rotor) aceleram o fluido resultando em jatos livres (a pressão atmosférica) de alta velocidade, que transferem movimento para o rotor. O rotor gira mesmo sem estar cheio de fluido. o Turbomáquinas de ação (motoras): turbinas Pelton (tangencial) e Michell (duplo efeito radial). o Turbomáquinas de ação (geradoras): não existe aplicação prática Figura 1.3 – Turbina Pelton Máquinas de Reação: nesta máquina tanto a energia cinética quanto a de pressão são transformadas em trabalho mecânico e vice-versa. Parte da energia do fluido é transformada em energia cinética antes da entrada do rotor,durante sua passagem por perfis ajustáveis (distribuidor), e o restante da transformação ocorre no próprio rotor. A pressão do fluido varia ao atravessar o rotor. O rotor fica preenchido pelo líquido. o Turbomáquinas de reação (motoras): turbinas Francis (radial ou diagonal) , Kaplan e Hélice (axiais) o Turbomáquinas de reação (geradoras): bombas e ventiladores (radiais, diagonais e axiais) Figura 1.4 – Turbina Schwankrug PC-Pessoal Riscado PC-Pessoal Texto digitado Schwamkrug PC-Pessoal Comentário do texto Exemplo de máquina de ação. 7 Figura 1.5 – Turbina Kaplan Figura 1.6 – Turbina Francis Figura 1.7 – Bomba centrífuga 8 e) Quanto ao número de entradas para aspiração (sucção): Sucção Simples (entrada unilateral): há somente uma boca de sucção para entrada do fluido. Dupla Sucção: fluido entra por duas bocas de sucção paralelamente ao eixo de rotação. Como se fossem dois rotores simples montados em paralelo. Tem como vantagem a possibilidade de proporcionar equilíbrio dos empuxos axiais, que melhora o rendimento da bomba, eliminando a necessidade de rolamento de grandes dimensões para suporte axial sobre o eixo. f) Quanto ao número de rotores: Simples estágio: bomba só tem um único rotor dentro da carcaça. Pode-se teoricamente projetar uma bomba de simples estágio para qualquer situação de altura manométrica e de vazão, porém, dimensões excessivas e baixo rendimento fazem com que os fabricantes a limitem a alturas manométricas de 100 [m]. Múltiplo estágio: a bomba tem dois ou mais rotores associados em série dentro da carcaça. Permite a elevação do líquido a grandes alturas (>100 [m]), sendo o rotor radial o indicado para esta aplicação. Figura 1.8 – Bomba múltiplo estágio g) Quanto ao posicionamento do eixo: Eixo horizontal: é a forma construtiva mais comum. Eixo vertical: Usada por exemplo para extração de água de poços. h) Quanto ao tipo de rotor: Aberto: para bombas de pequenas dimensões. Tem pequenas dimensões, baixa resistência estrutural e baixo rendimento. Como vantagem dificulta o entupimento, podendo ser usado para bombear líquidos sujos. Semi-aberto: tem apenas um disco, onde são fixadas as aletas. Fechado: usado para bombear líquidos limpos. Possui dois discos com as palhetas fixadas em ambos. Evita a recirculação de água, ou seja, o retorno da água à boca de sucção. Rotor Aberto Rotor Semi-aberto Rotor Fechado Figura 1.9 – Tipos de rotores 9 i) Quanto à posição do eixo da bomba em relação ao nível da água: Não afogada (sucção positiva): o eixo da bomba está acima do nível d’água do reservatório de sucção. Afogada (sucção negativa): eixo da bomba está abaixo do nível d’água do reservatório de sucção. Bomba afogada Bomba não-afogada Figura 1.10 – Tipo de instalação 1.2. CAMPOS DE APLICAÇÃO Existe uma ampla gama de máquinas de fluido que podem ser aplicadas em um espectro muito grande de aplicações sendo difícil definir exatamente onde estão as melhores aplicações para os tipos de máquinas existentes, sendo que em alguns casos vários tipos delas podem ser usadas em determinada aplicação. O caso de ventiladores (fans) e compressores (compressor) é um exemplo. Pode-se ver na Fig.1.11 a faixa de utilização de cada um deles. Verifica-se que os compressores centrífugos e axiais dominam aplicações de grandes vazões. Porém, na faixa de pequenas e médias vazões com elevadas relações de pressão entre descarga e admissão, os compressores alternativos de êmbolos ou pistão são predominantes. Figura 1.11 – Campo de aplicação de ventiladores e compressores (HENN, 2006, pg30) 10 Para o caso de máquinas de fluido geradoras trabalhando com líquidos (bombas) a situação é parecida com a de compressores, havendo predomínio de bombas centrífugas, de fluxo misto e axiais (máquinas de fluxo) para região de médias e grandes vazões, enquanto bombas alternativas e rotativas (máquinas de deslocamento positivo) dominam a faixa de médias e grandes alturas de elevação e pequenas vazões. Para efeito de nomenclatura, será denominado ventilador (fan) uma máquina que trabalha com gás onde a alteração da densidade entre a admissão e descarga é tão pequena que o gás pode ser considerado um fluido incompressível (diferenças de pressão até 10kPa ou 1000 mmca). O compressor (compressor) também trabalha com gás, porém a alteração da densidade é significativa e não pode ser desprezada. Pode-se denominar ainda de soprador (blower) a máquina que trabalhe numa faixa de diferença de pressão entre admissão e descarga da ordem de 10 a 300 kPa (1000 a 30000 mmca). Vê-se ainda na Fig.1.12 que há regiões de superposição de diferentes tipos de bomba, isto faz com que outras características devam ser analisadas para seleção da bomba, como a viscosidade do líquido bombeado, a presença de sólidos em suspensão, variação ou não da vazão em função da variação da resistência do sistema de escoamento, facilidade de manutenção, custos e outros. Figura 1.12 – Campo de aplicação de bombas (HENN, 2006, pg31) Para turbinas hidráulicas (máquinas de fluxo motoras), a Fig. 1.13 apresenta os campos de aplicação, que leva em consideração a altura de queda, a vazão e a potência. Neste caso também aparecem regiões de sobreposição, e neste caso deve-se levar em consideração o custo do gerador, o risco de cavitação, custo de construção civil, flexibilidade de operação, facilidade de manutenção, e outros. As turbinas Michell-Banki, ou turbinas Ossberger, são muito usadas em micro e minicentrais (abaixo de 1000 kW) devido a sua facilidade de fabricação, baixo custo e bom rendimento. 11 Figura 1.10 – Campo de aplicação de turbinas hidráulicas (HENN, 2006, pg32) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BRASIL, A.N. Máquinas termo hidráulicas de fluxo. Itaúna: Universidade de Itaúna, 2010. CARVALHO, D.F. Hidráulica Aplicada. Apostila UFRRJ. GUIMARÃES, L.B. Máquinas hidráulicas. Curitiba: UFPR, 1991. HENN, E.A.L. Máquinas de fluido. 2ª ed, Porto Alegre: UFSM, 2006. SOUZA, Z.; BRAN, R. Máquinas de Fluxo: turbinas, bombas e ventiladores. Rio de Janeiro: ed. LTC, 1969. 12 CAPÍTULO 2 GRANDEZAS DE FUNCIONAMENTO 2.1. INTRODUÇÃO Este capítulo trata de como calcular algumas grandezas de funcionamento importantes relacionadas às máquinas hidráulicas geradoras e motoras. Estas grandezas tem importância para o dimensionamento e estudo do comportamento das máquinas hidráulicas. Pode-se analisar seu funcionamento pelo estudo de três grandezas básicas, consideradas como características fundamentais das máquinas hidráulicas: H - Altura de queda ou elevação [mca] Q - Vazão [m3/s] n - Rotação da máquina [RPM] Além das grandezas fundamentais são importantes as grandezas derivadas, como a potência hidráulica, potência eficaz, o rendimento total e outras que serão vistas adiante. 2.2. ORGANIZAÇÕES Algumas organizações internacionais que trabalham com a descrição e definição de bombas são: Hydraulics institute (HI) American petroleum institute (API) American society of mechanical engineers (ASME) American standards institute (ANSI) 2.3. BOMBAS A bomba hidráulica é um equipamento utilizado para transmitir energia ao fluido. Ela recebe energia mecânica e a cede ao fluido na forma de energia hidráulica. Segundo Macyntire o fluido utiliza esta energia para executar trabalho, representado pelo deslocamento de seu peso entre duas posições, vencendo as resistências existentes neste percurso. A seguir serão descritos alguns conceitos importantes para o trabalho com bombas. Altura estática de sucção/aspiração (Hgeos)É a diferença de altura geométrica (cotas) entre o plano horizontal que passa pelo centro da bomba (datum) e o da superfície livre do reservatório de captação. Também conhecida por static suction head. Independe se o reservatório de sucção é pressurizado ou não. Das figuras (2.1) e (2.2): 1zH geos , (2. 1) observe que na Fig.2.1 “z1>0” e na Fig.2.2 “z1<0”. Altura estática de recalque (Hgeor) É a diferença de altura geométrica entre os níveis onde o líquido é abandonado e o nível do centro da bomba. Também conhecida por static discharge head. Independe se o reservatório de descarga é pressurizado ou não. Das Figs. 2.1 e 2.2: reginaldosousa Comentário do texto Associação Brasileira de Normas Técnicas - (ABNT)nullEx: Bombas hidráulicas de fluxo - NBR10131 reginaldosousa Comentário do texto Pode ser o nível do reservatório ou o nível do abandono caso este ocorra acima do nível do reservatório. reginaldosousa Comentário do texto Rotor da bomba 13 4zH geor (2. 2) As figuras (2.2) e (2.3) mostram duas possibilidades de configuração de descarga e como tratar a altura estática de recalque em cada um dos casos. Figura 2.1 – Esquema genérico de uma instalação com bomba “afogada” Altura estática de elevação ou altura geométrica (Hgeo) É a diferença de altura entre os dois reservatórios. Se o tubo de descarga está posicionado acima do nível do reservatório de descarga, então o desnível deve referir-se à linha de centro do tubo de descarga (Fig. 2.3). Sua unidade é o metro. 14 zzH geo usando os conceitos já mencionados anteriormente, geosgeorgeo HHH (2. 3) Figura 2.2 – Esquema genérico de uma instalação de máquina com bomba “não afogada” reginaldosousa Comentário do texto Mostrar algumas imagens de bombas e identificar pontos 2 e 3. 14 Figura 2.3 – Descarga acima do nível do reservatório destino Altura total de sucção ou altura manométrica de sucção (Hs) É a quantidade de energia por unidade de peso existente no flange de sucção, no ponto 2 das figuras (2.1) e (2.2). Também conhecido por total suction head. Considerando este conceito, pode-se calcular de duas formas. Na primeira toma-se a energia diretamente no ponto de sucção (com a instalação em funcionamento) através da equação de Bernoulli, z g cpE 2 2 p – pressão [Pa] - peso específico [N/m3] c – velocidade média [m/s] z – altura [m] Embora não se verifique na prática o cumprimento das exigências para aplicação do teorema de Bernoulli, este conceito será utilizado por dar resultados razoáveis dentro da precisão para os problemas abordados. Quanto ao termo “c2/2g” deve-se recordar que foi obtido considerando “c” a velocidade média e em sua 2/2g)” existe um fator de correção ( ética, que deve ser considerado. Como os escoamentos tratados serão basicamente turbulentos, este fator de correção assume valor unitário, sendo então suprimido da equação da energia. Segundo Kárman, para tubos de seção circular Então, para o ponto de sucção: 2 2 22 2 z g cp H S Como a referência é o centro da bomba, no ponto de sucção, z2=0, resulta, g cp H S 2 2 22 (2. 4) A eq (2.4) é definida pelo Hydraulic Institute como energia total ou absoluta de aspiração, sendo definida por “suction head” se tiver valor positivo e “suction lift” se tiver valor negativo. Considerando que a leitura de pressão será feita no manômetro, deve-se ter em conta que existirá certa divergência entre o valor lido no manômetro e o valor na tubulação, onde foi aplicada a equação da energia, uma vez que há uma coluna de líquido de altura “a” no tubo que leva ao manômetro. Pode-se representar esta diferença pela relação: a ppapp mm , onde “p” é o valor da pressão estática no escoamento e “pm” é a pressão no manômetro. reginaldosousa Comentário do texto Condições para aplicação do teorema de Bernoulli:nullViscosidade =0;nullVazão cte;nullFluido incompressível (Ro cte);nullFluxo irrotacional. 15 Deve-se tomar cuidado especial pois “a” pode assumir valores positivos ou negativos. Tendo por base a figura (2.4), se o manômetro estiver acima do ponto de tomada de pressão no tubo então a>0, e se estiver abaixo então a<0. Como caso particular, se o manômetro indicar pressão menor que a atmosférica, ou seja, Pabs<Patm, então pode-se assumir “a=0”. Figura 2.4 – Posições relativas dos manômetros Considerando usar o valor de “a” em módulo, pode-se escrever de forma genérica: a pp m (2. 5) sendo “+” se o manômetro estiver acima do tubo e “-“ se tiver abaixo. Usando a eq.(2.5) em (2.4) resulta, g c a p H mS 2 2 2 2 2 (2. 6) Outra forma de avaliar a altura manométrica de sucção é analisando a energia disponível no reservatório de sucção e as perdas de energia, na forma de perdas de carga, até a flange de sucção. Avaliando inicialmente o caso da bomba afogada (Fig. 2.1): pcsS HEEH 12 , sendo “Hpcs” a perda de carga na sucção e “E” a energia dada pela equação de Bernoulli: z g cpE 2 2 (2. 7) Logo: pcsS Hzg cp H 1 2 11 2 Mas para a sucção Z1=Hgeos, pcsgeosS HHg cp H 2 2 11 (2. 8) Aplicando a conservação da massa aos pontos “1” e “2”, 22211121 AcAcmm , considerando o fluido incompressível, ou seja, 1 2, 2211 AcAc , PC-Pessoal Riscado 16 sabendo ainda que o reservatório tem área muito maior que o tubo, a velocidade (“c”) no reservatório deve ser muito menor que no tubo, e pode-se assumir: 012211 21 cAcAc AA (2. 9) Com isto, aplicando a Eq.(2.9) na Eq. (2.8), pcsgeosS HH p H 1 (2. 10) Se os reservatórios forem abertos e considerando a pressão manométrica, ou seja, p1atm(manométrica)=0 pcsgeosS HHH (2. 11) Para o caso de bomba não afogada (Fig.2.2), tem-se “Hgeos<0”, se tomar o valor absoluto (em módulo) de “Hgeos”, então: pcsgeosS HHH (2. 12) ou pcsgeosS HHH (2. 13) Para cálculo da altura manométrica de sucção pode-se indicar alguns casos: Caso 1: Bomba afogada e reservatório de sucção pressurizado. g cp HH p H pcsgeosS 2 2 221 (2. 14) Figura 2.5 - Bomba afogada e reservatório de sucção pressurizado (fonte: KSB) Caso2: Bomba afogada e reservatório de sucção aberto para atmosfera g cp HHH pcsgeosS 2 2 22 (2. 15) Figura 2.6 – Bomba afogada e reservatório de sucção aberto (fonte: KSB) Caso 3: Bomba não afogada e reservatório de sucção aberto para atmosfera 17 g cpHHHHH pcsgeospcsgeosS 2 2 22 (2. 16) Figura 2.7 - Bomba não afogada e reservatório de sucção aberto (fonte: KSB) Altura total de recalque ou altura manométrica de recalque (Hr) Representa a energia por unidade de peso que a bomba deve entregar ao fluido para que, partindo da saída da bomba, atinja a boca de saída da tubulação de recalque ou a superfície livre no reservatório superior, atendendo as condições de processo. Da mesma forma que considerado para altura manométrica de sucção, a altura manométrica de recalque pode ser calculada de duas formas. Na primeira considerando a medida da energia na flange de recalque da bomba, ponto 3. Neste caso, com a instalação funcionando, são lidos os parâmetros necessários para sua determinação: 3 2 33 2 z g cp H r (2. 17) Outra forma de cálculo é considerando a energia do fluido no reservatório de recalque, somando as perdas de carga que o fluido sofreu no percurso da flange de recalque até tal reservatório, desta forma, fazendo a análise de energias entre os pontos “3” e “4”, resulta: pcrr HEEH 43 Aplicando a eq.(2.7): pcrr Hzg cpH4 2 44 2 pcrgeorr HHg cp H 2 2 44 (2. 18) Caso a descarga ocorra conforme a figura (2.1), com a saída do tubo de descarga abaixo do nível do reservatório, e aplicando a conservação da massa aos pontos “3” e “4” verifica-se que a velocidade em “4” é próxima de zero, conforme já demonstrado anteriormente. pcrgeorr HH p H 4 (2. 19) Ao se considerar que o reservatório “A” é aberto, então, pcrgeorr HHH (2. 20) Voltando à eq.(2.18) e considerando que a descarga ocorra conforme a figura (2.3), com a saída do tubo de descarga acima do nível do reservatório então, 18 pcrgeorr HHg cpH 2 2 44 (2. 21) Além disto, considerando o reservatório “A” aberto, então p4(manométrica)=0, e pcrgeorr HHg cH 2 2 4 (2. 22) Considerando alguns possíveis casos: Caso 1: Reservatório de descarga pressurizado e acima do centro da bomba. 3 2 334 2 z g cp HH p H pcrgeorr (2. 23) Figura 2.8 - Reservatório de descarga pressurizado e acima do centro da bomba (fonte: KSB) Caso 2: Reservatório de descarga aberto e acima do centro da bomba 3 2 33 2 z g cp HHH pcrgeorr (2. 24) Figura 2.9 - Reservatório de descarga aberto e acima do centro da bomba (fonte: KSB) Caso 3: Reservatório de descarga aberto, acima do centro da bomba com entrada “afogada” 3 2 33 2 z g cp HHH pcrgeorr (2. 25) Figura 2.10 - Reservatório de descarga aberto e acima do centro da bomba (fonte: KSB) Caso 4: Descarga livre, acima do nível do reservatório 3 2 33 2 z g cp HHH pcrgeorr (2. 26) PC-Pessoal Riscado PC-Pessoal Texto digitado Hr=[(c4^2)/2*g]+Hgeor+Hpcr 19 Figura 2.11 - Descarga livre e acima do nível do reservatório de descarga (fonte: KSB) Caso 5: Descarga livre, acima do nível do reservatório 3 2 33 2 z g cp HHH pcrgeorr (2. 27) Figura 2.12 - Descarga livre e acima do nível do reservatório de descarga (fonte: KSB) Caso 6: Descarga livre, abaixo do centro da bomba 3 2 33 2 z g cpHHHHH pcrgeorpcrgeorr (2. 28) Figura 2.13 - Descarga livre e abaixo do centro da bomba (fonte: KSB) Altura manométrica de elevação ou altura manométrica total (H) É a quantidade de energia por unidade de peso que deve ser absorvida pelo fluido que atravessa a bomba. Esta é a energia necessária para que o fluido vença o desnível da instalação (altura geométrica), a diferença de pressão entre os reservatórios e a resistência natural que as tubulações e acessórios oferecem ao escoamento do fluido (perda de carga). Considerando o escoamento mais geral de uma bomba na Fig.2.1, com o escoamento indo de “1” para “4”, a primeira forma seria fazendo uma análise das energias envolvidas: pcrpcs HHEHE 41 pcspcr HHzg cpHz g cp 4 2 44 1 2 11 22 acdeperda pcspcr potencialac velocidadedeacpressãodeac HHzz g c g cpp H arg___arg 14 __arg 2 1 2 4 __arg 14 22 pcspcrgeo HHHg c g cpp H 22 2 1 2 414 (2.29) E se os reservatórios forem grandes o suficiente, pode-se fazer c1=c4 0, e PC-Pessoal Riscado PC-Pessoal Texto digitado Hr=[(c4^2)/2*g]+Hgeor+Hpcr reginaldosousa Riscado reginaldosousa Texto digitado Reservatório de descarga aberto, abaixo do centro da bomba com entrada “afogada". 20 pcspcrgeo HHH ppH 14 (2.30) Se os reservatórios forem abertos então p1=p2=patm, e: pcrpcsgeo HHHH (2.31) Outra forma de se chegar à altura útil de elevação é usando os valores das alturas manométricas de sucção e recalque, neste caso é necessário ter o sistema em funcionamento para obter as grandezas. 23 HHHHH sr Aplicando Bernoulli entre os pontos 2 e 3, desta forma: 23 2 2 2 3 23 2 1 zzcc g pp H (2.32) Aplicando a eq.(2.5) na eq.(2.21), 23 2 2 2 323 23 2 1)()( zzcc g aa pp H mm (2.33) E finalmente, a terceira forma de obtenção é aplicando a 1ª lei da termodinâmica a um sistema, tem-se que: Figura 2.14 - Volume de controle Considerando que a Fig.2.14 representa o volume de controle, cuja fronteira coincide com as delimitações físicas da máquina de fluxo (M.F.) e limitado pelas seções de entrada (inlet), representado pelo índice “2” e descarga (discharge ou outlet) representado pelo símbolo “3”, de uma máquina de fluido com regime permanente e utilizando grandezas específicas (propriedades intensivas), tem-se: SistemadoTotal EnergiaVariação Cedida Energia cebida Energia Re (2.34) 23 2 2 2 3223323 2 1' zzgccvpvpuuHq (2.35) onde: q – quantidade de calor por unidade de massa recebida pela máquina [J/kg] H’ – trabalho específico realizado pela máquina [J/kg] u – energia interna do fluido [J/kg] P – pressão estática do fluido [N/m2] reginaldosousa Riscado reginaldosousa Texto digitado p4 21 v – volume específico do fluido [m3/kg] c – velocidade absoluta do fluido [m/s] g – aceleração da gravidade [m/s2] z – cota de referência de um ponto do escoamento [m] Como entalpia é dada por: vpuh . (2.36) Substituindo (2.35) em (2.36) tem-se: 23 2 2 2 323 2 1' zzgcchhHq (2.37) Para bombas hidráulicas (hydraulic pumps), considerando: o Transformação adiabática sem atrito (isentrópica) 023 dsss o Trabalho recebido pelo sistema é negativo (convenção termodinâmica) 23 2 2 2 323 2 1' zzgcchhH s (2.38) onde o índice “s” representa o final da transformação isentrópica. Lembrando que a entropia é dada por: v.dp-dh=T.ds=dq (2.39) onde: T – temperatura absoluta [K] s – entropia do fluido [J/kg.K] Das considerações de bombas hidráulicas já apresentadas anteriormente (ds=0): 23 2323 3 2 3 2 )(v.dpv.dpdh ppppvhhdh s s (2.40) Substituindo (2.40) em (2.38): 23 2 2 2 3 23 2 1' zzgcc pp H (2.41) Dividindo por “g” e aplicando a eq. (2. 5) e na eq.(2.41): 23 2 2 2 323 23 2 1)()( zzcc g aa pp H mm (2.42) 2.4. TURBINAS A tratativa dada às turbinas é muito similar à destinada às bombas. Uma vez que tratamos de energias envolvidas em escoamento, as únicas diferenças serão os conceitos (designações) envolvidos, mas os princípios fundamentais são os mesmos. A seção de saída "3" (Fig.2.16) nas turbinas chama-se tubo de sucção. Vale lembrar que para máquinas geradoras (bombas) este termo aparece na seção de entrada. Ao considerar a saída (“3”) após o tubo de sucção, esta região torna-se parte integrante da máquina, participando da transformação de energia. reginaldosousa Realce reginaldosousa Realce 22 É razoável considerar que do ponto “3” ao ponto “4” não há perda de energia, logo, ao utilizar Bernoulli, as energias nos dois pontos devem ser iguais. Altura estática de sucção É a diferença de nível entre o centro do rotor e o nível de jusante. A Fig.2.15 mostra algumas posições de turbinas e respectivas alturas estáticas de sucção. Figura 2.15 - Altura estática de sucção para turbinas (fonte: Guimarães, 1991) Altura ou queda bruta (Hgeo) É a queda topográfica, ou diferença de cotas entre os níveis de captação da água e o poção, ou canal de fuga, quando a turbina está fora de operação (Q=0). 14 zzH geo (2.43) Altura disponível ou Altura de Queda Hidráulica Disponível (H) É a energia disponível na entrada da turbina. Para calculá-la são possíveis dois métodos, no primeiro, considera-seque é a energia de queda bruta menos as perdas de carga da tubulação forçada (Hpctf)1. Com base neste método, pctfgeo HHH (2.44) A outra forma é o chamado processo manométrico, que leva em conta as análises de energia na entrada e saída da máquina. Neste enfoque, verifica-se quanto o fluido entregou de energia à turbina. Porém, só é possível o cálculo desta forma para instalações em funcionamento. 1 Nos casos de turbina pode-se usar a fórmula de Hazen-Williams para o cálculo das perdas de carga reginaldosousa Realce reginaldosousa Comentário do texto Mostrar imagem, Jusante e Montante. reginaldosousa Riscado reginaldosousa Texto digitado A altura de queda é a porção da altura de queda bruta aproveitada pela turbina, ou seja, a diferença entre anullenergia na entrada e na saída da turbina. A porção da queda bruta não aproveitada pela turbina é aquela consumidanullpor atrito hidrodinâmico ao longo da tubulação forçada.nullnullA altura de queda também é conhecida como: queda disponível, altura efetiva, queda efetiva, altura de queda útil (net head). reginaldosousa Comentário do texto Explicação complementar no Henn, página 188. 23 Figura 2.16 – Esquema de turbina de reação Desta forma, a conceituação da altura de queda de um aproveitamento hidroelétrico (Fig 2.16), composto de uma turbina de reação e demais equipamentos complementares, é feita através do balanço de energia (eq. de Bernoulli) entre as seções de entrada e saída da máquina, ou de outra forma. 32 EEH Aplicando Bernoulli entre 3 e 4, é razoável supor que não existe perda neste trecho, logo: 4343 0 EEEE Pode-se usar o ponto “4” para calcular a altura de queda, e lembrando que p4=patm=0 (pressão manométrica), e a cota z4=0, logo, 2 2 4 2 2 2 42 2 1 zcc g pEEH (2.45) Usando a relação dada pela eq.(2.5), 2 2 4 2 22 2 2 1 zcc g a p H m (2.46) Figura 2.17 – Esquema de turbina de ação reginaldosousa Comentário do texto Neste caso a referência é o nível da jusante. reginaldosousa Comentário do texto Caso da Figura 2.16, para turbinas de reação. 24 Para turbinas de ação, aplica-se a equação de energia entre os pontos “2” e “3”, considerando que o ponto “3” está localizado na linha de “2”, logo após transferir a energia para a pá do rotor. 32 2 3 2 2 32 32 2 1 zzcc g pp EEH Sabendo que p3=patm=0 (manométrica), que c3=0, que z2=z3, resulta: g cp H 2 2 22 Considerando a eq. (2.5), resulta, g c a p H m 2 2 2 2 2 (2.47) Pode-se ainda chegar às relações acima fazendo a aplicação da conservação da energia via 1ª lei da termodinâmica, da mesma forma que foi feito para as bombas hidráulicas. Pede-se então para que seja revisto os passos das eqs.(2.34) a (2.37), a partir daí, pode-se definir, para turbinas hidráulicas (hydraulic turbines): o Transformação adiabática sem atrito (isentrópica) 023 dsss o Trabalho recebido pelo sistema é positivo (convenção termodinâmica) 32 2 3 2 2 32 2 1' zzgcc pp H Dividindo pela gravidade: 23 2 2 2 3 23 2 1 zzcc g pp H (2.48) E usando o conceito introduzido pela eq. (2.5). 23 2 2 2 323 23 2 1 zzcc g aa pp H mm (2.49) Queda nominal disponível (Hn) É a queda disponível para a qual o rendimneto da turbina é máximo na rotação prevista, com o distribuidor totalmente aberto. A vazão de admissão é plena e a turbina opera a plena potência. 2.5. Ventiladores Os ventiladores são máquinas de fluxo geradoras que tem seu funcionamento similar às bombas. A diferença aqui é que o fluido que recebe energia é um gás. Considerando o esquema de instalação com ventiladores da Fig.2.18, onde as câmaras podem representar salas, câmaras frigoríficas, ou a própria atmosfera, tendo assim uma determinada pressão absoluta. reginaldosousa Comentário do texto A energia fluida é transferida para o rotor da turbina de ação entre os pontos 2 e 3. reginaldosousa Realce 25 Fig. 2.18 – Esquema de uma instalação com ventilador Para obter a altura de elevação, que é a energia total ganha pelo fluido ao passar pelo ventilador, desde o ponto “2” até o ponto “3”, então: g V g VppH 22 2 2 2 323 (2.50) Pode-se ainda usar para ventiladores conceito de diferença de pressão total. Para obter este parâmetro a equação de Bernoulli é usada de forma um pouco diferente. Aplicando a equação da energia na forma de pressão, tem-se o seguinte: 11 2 11 111 2 Z V pH , 22 2 22 222 Z2 V pH 33 2 33 333 Z2 V pH , 44 2 44 444 2 Z V pH A diferença de pressão total, pt, do ventilador pode ser determinada pelo método manométrico, e corresponde a diferença 3H3 - 2H2 . Se forem desprezadas as energias devido as alturas Z, nas seções “2” e “3”, obtém-se pt : dinâmicapressã estáticapressão _ 2 22 2 33 _ 23t 2 VV )p(p (2.51) É importante observar que devido a compressibilidade dos fluidos com os quais os ventiladores trabalham, a massa específica pode variar de uma seção para outra. Os fatores que influenciam nesta variação são: a temperatura e a velocidade. Com os devidos cuidados, pode-se considerar que o ar é incompressível para velocidades de no máximo 100 [m/s], com variação da massa específica de ± 3%. 2.6. VAZÃO: A mecânica dos fluidos define vazão como o volume de fluido que passa através de uma seção transversal qualquer na unidade de tempo, e taxa mássica a quantidade de massa (kg) que passa na seção na unidade de tempo. Esta é determinada com base no princípio da conservação da massa, que, para regime permanente pode ser escrita: 26 SC AdVm . Onde “A” é a seção transversal, “V” a velocidade do escoamento normal à seção transversal e “ ” a massa específica do fluido. Aplicando às máquinas hidráulicas onde a variação de “ ” é considerada desprezível, considerando uma velocidade média “V” e fazendo a integração tem-se que a taxa mássica será: m VA (2.52) Enquanto a vazão em volume (Q) será dada por: Q m VA (2.53) Esta equação é utilizada para cálculo da velocidade normal (velocidade média) à seção de escoamento quando conhecemos a vazão (em volume) e a seção transversal, ou seja a vazão em função da velocidade média e da área perpendicular a esta velocidade (seção transversal). 2.7. Rotação Para máquinas geradoras (bombas e ventiladores) a rotação é fornecida pelo motor de acionamento. Se for elétrico os de corrente alternada (C.A.) operam sempre com rotações pré-estabelecidas (assíncronas) que são praticamente constantes; rotações estas que dependem do tipo de construção (normalmente 3450 ou 1750 [RPM]). Caso seja necessário ter uma rotação diferenciada da rotação do motor, utiliza-se acionamento por correia, por engrenagens ou outro tipo de redutor ou amplificador de rotação. Pode-se utilizar motores de C.C. controlados eletronicamente, mas sua utilização é feita somente em casos especiais. Já as máquinas motoras (turbinas) são correntemente acopladas a alternadores (geradores de C.A.) que devem trabalhar com rotações síncronas constantes. Essa rotação síncrona depende do número de pares de pólos do gerador e da freqüência da rede elétrica a qual esta ligada a máquina. n f p .60 (2.54) f-freqüência da rede (Brasil - 60 Hz); p-número de pares de pólos do alternador; n-rotação síncrona. Os motores elétricos podem ser fabricados com vários pares de pólos, os mais comunssão com 1 e 2 ( 3600 rpm síncrona e 3450 rpm assíncrona e 1800 rpm e 1750 rpm). 2.8. Perdas de Carga: As perdas de carga podem ser calculadas com alguns métodos: Hazen-Willians: Um método muito utilizado, sendo válido para diâmetros acima de 50 mm e escoamento com água. LDQH pc ....643,10 87,485,185,1 (2.55) Onde: Q – vazão [m3/s] Hpc – perda de carga na tubulação forçada [m] – coeficiente de Hazen-Willians (Tabela 2.1) reginaldosousa Comentário do texto Superfície de controle reginaldosousa Riscado reginaldosousa Texto digitado Para máquinas geradoras (bombas e ventiladores) a rotação é fornecida pelo motor de acionamento. Se fornullelétrico podem ser os de corrente alternada (C.A.) ou de corrente contínua (C.C.). Existem alternativas aos motores elétricos; bombas de sistemas de incêndio, por exemplo, são normalmente acionadas por motores diesel.nullnullOs motores elétricos C.C. têm sua velocidade determinada pela tensão de alimentação. Apresentam torque constante em praticamente toda sua faixa de velocidade.nullnullMotores elétricos C.A. são divididos entre síncronos e assíncronos (indução). Os motores síncronos trabalham na rotação síncrona, já o assíncrono tem uma perda de velocidade devido a um fenômeno chamado escorregamento, que faz com que operem em rotações pouco mais baixas que a rotação síncrona. Os motores elétricos C.A. mais comuns tem 1 e 2 pares de pólos, e suas rotações são: de 3600 rpm e 1800 rpm para os síncronos, e de 3500 rpm e 1750 rpm para os assíncronos. reginaldosousa Riscado Reginaldo Comentário do texto Ver também os itens: Rotação e Perda de Carga no material complementar no link dropbox. 27 D – diâmetro interno da tubulação [m] L – comprimento da tubulação reta [m] Tabela 2.1 – Coeficientes de Hazen-Williams Darcy-Weisback: Válida para fluidos incompressíveis, tem a seguinte forma. g c D LfH pc 2 . 2 (2.56) Onde: f – coeficiente de atrito, que vem do diagrama de Moody-Rouse Hpc – perda de carga na tubulação [m] – coeficiente de Hazen-Willians D – diâmetro interno da tubulação [m] L – comprimento da tubulação (incluindo as perdas localizadas) [m] C – velocidade [m/s] Outra forma de obter o coeficiente de atrito, sem precisar do diagrama de Moody-Rouse é usando a fórmula de Colebrook: 5,05,0 .Re 51,2 7,3 log.0,21 f D e f (2.57) e – rugosidade do material [m] Re – número de Reynolds do escoamento O inconveniente é que a fórmula anterior requer um processo iterativo. Porém, segundo Miller (Fox & MacDonald, 2001), com somente uma iteração obtêm-se um erro menor que 1% se o valor inicial for estimado com a seguinte relação: 2 9,00 Re 74,5 7,3 log.25,0 D e f (2.58) Sendo o número de Reynolds obtido por: DVDVRe (2.59) 28 – massa específica [kg/m3] V – velocidade média do escoamento [m/s] D – diâmetro do tubo [m] - viscosidade dinâmica [Pa.s] - viscosidade cinemática [m2/s] Para perdas localizadas g ckH pc 2 . 2 (2.60) k – coeficiente de perda Método do comprimento equivalente : Este método assume que uma tubulação que possui ao longo de sua extensão uma série de singularidades (perdas localizadas) é equivalente a uma tubulação reta de comprimento maior (sem singularidades). Com base neste conceito o que se faz é adicionar ao comprimento de tubo reto “real” (da tubulação) comprimentos retos “virtuais”, cuja perda de carga seria a mesma caso fossem consideradas as singularidades, ou seja, as singularidades são “substituídas”, para efeito de cálculo, por um comprimento de tubo reto. A vantagem desta abordagem é que nas fórmulas de Hazen-Williams (eq.2.55) e de Darcy Weisbach (eq. 2.56) o termo “L” corresponde a tubo reto, então o que se faz neste caso é considerar: eequivalentreto LLL (2.61) Sendo “Lequivalente” o comprimento devido às singularidades, que são valores obtidos de tabela. Exemplo: um cotovelo 90º (raio longo) de 50 mm (diâmetro) tem a perda de carga equivalente a um tubo reto de 1,1 m. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ALÉ, J.V. Turbinas Hidráulicas. Porto Alegre: 2001. Apostila FOX, R.W.; MACDONALD, A.T. Introdução à mecânica dos fluidos. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Ed. LTC, 2001. GUIMARÃES, L.B. Máquinas Hidráulicas. Curitiba: UFPR, 1991. HENN, E.A.L. Máquinas de Fluido. 2ª ed, Porto Alegre: UFSM, 2006. KSB Bombas Hidráulicas S.A. Manual de treinamento: seleção e aplicação de bombas centrífugas. 5ed. 2003 MACINTYRE, A.J. Bombas e instalações de bombeamento. 2ª Ed. Rio de Janeiro: 1997, LTC. MACINTYRE, A.J. Ventilação industrial e controle da poluição. Rio de Janeiro: 1990, LTC. MATTOS, E.E.; FALCO, R. Bombas Industriais. 2ª ed. Rio de Janeiro: Interciência, 1998. MAYS, L.W. Hydraulic Design Handbook. McGraw-Hill: New York, 1999. SOUZA, Z.; BRAN, R. Máquinas de Fluxo: turbinas, bombas e ventiladores. Rio de Janeiro: ed. LTC, 1969. PC-Pessoal Realce 29 CAPÍTULO 3 PERDAS E RENDIMENTOS 3.1. Introdução Na transformação da energia hidráulica em trabalho mecânico ou vice-versa, nem toda energia é realmente convertida de uma forma em outra, como seria o ideal, existindo uma parcela desta energia que acaba sendo perdida em processos irreversíveis, que degradam formas de energia mais nobres (mecânica) em formas de energia de qualidade inferior (calor e energia interna). Estas perdas que ocorrem nas máquinas de fluxo podem ser classificadas como internas e externas. As internas estão localizadas no interior da carcaça da máquina, resultado da movimentação do fluido nesta região. As externas são as encontradas fora da carcaça, como o atrito do eixo com mancais, anéis de vedação e outras, que não estão relacionadas com o movimento do fluido em seu interior. Dentre as possíveis perdas que ocorrem, as mais significativas são: Hidráulicas (perda interna) Volumétricas (perda interna) Mecânicas (perda externa) 3.2. Perdas A seguir serão analisadas cada uma destas perdas e a forma de estimar seus valores. Perdas Hidráulicas Ocorrem dentro das turbomáquinas desde a seção de entrada até a de saída e são as mais significativas. São provocadas pelo: atrito de superfície entre o fluido e as paredes da máquina (canais de rotor e sistema diretor); deslocamento de camada limite provocado pela forma dos contornos internos das pás, aletas e outras partes constitutivas; pela dissipação de energia por mudança brusca de seção e direção dos canais que conduzem o fluido através da máquina; e pelo choque do fluido contra o bordo de ataque das pás, que ocorre quando a máquina funciona fora do ponto nominal (ponto de projeto). Estas perdas devem ser consideradas nos cálculos das alturas de queda e elevação, resultando: pt HHH , (3.1) “Ht“ é a altura de queda/elevação teórica desenvolvida pelo rotor; “H” é a altura de queda/elevação; “Hp” é a altura de perda de pressão; e “+” é usado para geradores e “-“ para máquinas motoras. Reginaldo Comentário do texto O motor apresenta uma energia que deve ser transferida ao rotor. Como o sistema mecânico de acoplamento e transmissão não é perfeito existirá uma dissipação mecânica de energia quantificada como perda mecânica.nullA energia efetivamente absorvida pelo rotor é denominada energia de elevação.nullDevido à dissipação de energia no interior da bomba (por atrito) a energia do rotor não é transferida totalmente ao fluido sendo as perdas quantificadas como perdas hidráulicas.nullAlém disto, parte da vazão que entra na bomba recircula na mesma e escapa por má vedação. Esta perda de energia é denominada perda volumétrica.nullA energia realmente absorvida pelo fluido é denominada altura manométrica.null PC-Pessoal Comentáriodo texto Altura referente a perda hidráulica PC-Pessoal Comentário do texto O arrasto total é a soma do arrasto de atrito e pressão. Esta parcela está relacionada com o arrasto de pressão. reginaldosousa Comentário do texto Voluta (Mostrar figura). reginaldosousa Comentário do texto característica do sistema(tubulações e reservatórios) 30 Perdas Volumétricas São as perdas que ocorrem devido à “fuga” de fluido pelos espaços entre o rotor e a carcaça, e entre a carcaça e o eixo, nos labirintos das turbomáquinas. Estas perdas não afetam muito a altura de queda/elevação. Figura 3.1 – Esquema de labirinto em bomba centrífuga Os labirintos são os espaços entre o rotor/carcaça e eixo/carcaça da máquina, sendo sua função evitar o atrito sólido (contato) entre estas partes e ao mesmo tempo minimizar a fuga de fluido. São formados por anéis de desgaste renováveis, alojados na parte fixa da máquina ou no rotor, ou em ambos. Estes anéis permitem diminuir a folga e substituição destas partes quando gastos, sem que esse desgaste afete diretamente as partes fixas e móveis da máquina. Os anéis de desgaste são em geral de materiais menos resistentes que o da máquina. Figura 3.2 – Alguns tipos de labirintos Verificando a Fig. 3.3 é possível identificar dois pontos de fuga de fluido. Uma parcela (qe) se dá pelo labirinto “Lae” para fora da máquina (eixo/carcaça), e em geral é muito pequena dependendo do labirinto utilizado entre o eixo e a caixa da máquina (engaxetamento ou selo mecânico), podendo ser muitas vezes desprezada. A outra perda (qi) se dá pelo labirinto (Lai) entre o rotor e a carcaça. Esta fuga ocorre no sentido da região de alta pressão para a de baixa pressão, ou seja, nas turbinas ocorre antes de chegar ao rotor, sendo que esta parcela de fluido não participa da transferência de energia, e nas bombas ocorre após passar o rotor, retornando para o tubo de sucção, sendo novamente bombeado, exigindo maior potência de acionamento da bomba. Desta forma a vazão que realmente passa pelo rotor (Fig. 3.3)e participa efetivamente das trocas de energia: it qQQ , (3.2) “Qt“ é a vazão teórica “Q” é a vazão considerada no cálculo das alturas de queda e elevação “qi” é a vazão perdida “+” é usado para geradores e “-“ para máquinas motoras 31 Figura 3.3 – Esquema de perdas por fuga de fluido pelos labirintos nas máquinas de fluxo Perdas mecânicas São as perdas externas e representam principalmente as perdas por atrito em mancais, gaxetas e atrito do ar nos acoplamentos e volantes de inércia. Para as turbinas deve-se considerar ainda as perdas devido ao consumo de energia do regulador de velocidades. As perdas nos mancais são função do peso da parte rotativa que ele suporta, da velocidade tangencial do eixo e do coeficiente de atrito entre as superfícies de contato. No caso das gaxetas deve-se considerar a velocidade tangencial do eixo, o coeficiente de atrito, da superfície de atrito e do grau de aperto da sobreposta da gaxeta, quanto maior este aperto maiores as perdas mecânicas. 3.3. POTÊNCIAS A potência é efetivamente a grandeza mais importante em termos de custos envolvidos em uma instalação, tanto de máquinas geradoras como máquinas motoras. Esta grandeza define a quantidade de energia por unidade de tempo gerada por máquinas motoras (turbinas) ou consumida por máquinas geradoras (bombas e ventiladores). Figura 3.4 – Esquema indicando as perdas em máquina geradora A Fig. 3.4 mostra as potências e perdas durante o processo de transformação de energia elétrica em energia hidráulica em uma máquina geradora. Conforme pode-se verificar da figura, o motor elétrico entrega potência ao sistema (eixo), sendo que parte da potência é perdida como perdas mecânicas (Ppm). O rotor recebe uma parcela de potência (Per) sendo parte perdida (Ppr) devido ao atrito com as pás, descolamento de filme, e outras. O fluido que sai do rotor carrega uma potência e perde parte no atrito com a carcaça, turbulência, e outras (Ppi), sendo a potência efetivamente recebida pelo fluido desde sua entrada até a saída da bomba a parcela de potência hidráulica (Ph). Reginaldo Comentário do texto Pef reginaldosousa Comentário do texto Potência perdida no rotor. reginaldosousa Comentário do texto No rotor tem-se perda volumétrica (Ppv) e hidráulica (Pph) representada aqui por Ppr (potência por perda no rotor).nullNo sistema diretor (voluta) tem-se a perda hidráulica. Neste caso o nome mais adequado para Ppi seria Pph. reginaldosousa Nota Tem-se também perda hidráulica no rotor. Neste caso ocorreria variação de H antes e depois do rotor. 32 Figura 3.5 – Esquema indicando as perdas em máquina motora A Fig. 3.5 mostra as potências e perdas durante o processo de transformação de energia hidráulica em energia elétrica em uma máquina motora. Conforme pode-se verificar da figura, o fluido entrega potência ao sistema (Ph), sendo que parte da potência é perdida como perdas internas (Ppi). O rotor recebe uma parcela de potência (Pi) sendo parte perdida (Ppr) devido ao atrito com as pás, descolamento de filme, e outras. O fluido que sai do rotor carrega uma potência (Per) e perde parte como perda mecânica (Ppm) resultando a potência efetiva entregue para o eixo de saída. Se houver algum tipo de transmissão entre o eixo e o gerador, pode haver ainda uma perda de potência na transmissão, e há finalmente uma perda no gerador, resultando depois de todo este trajeto uma parcela de potência elétrica. Potência eficaz (total) Conforme já mencionado é natural que ocorram perdas hidráulicas no interior das máquinas hidráulicas e perdas mecânicas pelo atrito mecânico que ocorrem externamente entre as suas partes fixas e girantes. Assim, nem toda energia cedida ou recebida pelo fluido pode ser transformada em trabalho mecânico no eixo da máquina, tem- se então a potência eficaz ou efetiva é que expressa pela potência entregue/recebida do fluido, mais as potências perdidas no processo. pmipmprepiprpmhef PPPPPPPPPP (3.3) “Pef“ é a potência eficaz no eixo da máquina “Ph” é a potência hidráulica “Pp” é a potência perdida “Pi“ é a potência interna “Ppm” é a potência perdida mecânica “+” é usado para geradores e “-“ para máquinas motoras A potência efetiva ou eficaz (Pef) é definida como sendo a potência entregue pela turbina ao gerador ou a potência entregue pelo motor à bomba ou ventilador. Todas as perdas internas e externas produzem uma perda de potência que reduz a entrega, ou aumenta a necessidade, de potência eficaz das máquinas. Potência perdida no rotor Durante o funcionamento do equipamento o rotor está imerso no fluido de trabalho. Ao entrar em operação, o atrito do fluido com o rotor gera uma perda de potência, que será denominada neste texto de potência perdida no rotor (Ppr). Também conhecida por perda por atrito de disco (disk friction loss). Segundo HENN (2006), a potência consumida por esta perda pode ser estimada por: 23DuKPpr (3.4) “K” é um coeficiente adimensional função do número de Reynolds é a massa específica do fluido de trabalho [kg/m3] “u” é a velocidade tangencial correspondente ao diâmetro externo do rotor [m/s] “D“ é o diâmetro externo do rotor [m] PC-Pessoal Comentário do texto Estudar pela figura 3.5 que está no link dropbox que foi disponibilizado para a turma.null 33 60 Dnu (3.5) “n” é a rotação [rpm] Segundo HENN (2006) nas máquinas axiais esta perda pode, em geral, ser desprezada. Para rotor radial semi- aberto (uma superfície de contato) ou de um rotor com dupla admissão, considera-se somente metade do valor calculado como perda no rotor. Potência interna Considerando somente as perdas internas obtêm-se a potência interna:ttpii HQHHqQP (3.6) “Pi“ é a potência interna “+” é usado para geradores e “-“ para máquinas motoras Potência de elevação Dada por: tpe QHHHQP (3.6) “Pi“ é a potência interna “+” é usado para geradores e “-“ para máquinas motoras Potência hidráulica Aplicando o conceito físico, definimos a potência hidráulica como sendo o produto do peso de fluido que passa através da máquina, na unidade de tempo, pela altura de queda ou elevação; portanto este conceito é útil tanto para bombas como para turbinas hidráulicas: Assim pode-se escrever: gQHQHPh (3.7) :peso específico em [N/m3] Q: vazão em volume [m3/s] H: altura de queda ou elevação [m] Ph: potência hidráulica [W] g: gravidade (adota-se nesta apostila o valor de 9,81 m/s2) : massa específica [kg/m3] Então, potência hidráulica é a potência entregue a máquina motora (turbina) ou a potência fornecida pela máquina geradora (bomba) pelo/para o fluido. Esta potência difere da potência efetiva devido a perdas que ocorrem nas transformações de energia, como será visto no próximo capítulo. Para ventiladores a potência hidráulica é dada por; QHpQP th (3.8) Considerando que a potência perdida interna é a produzida pelas perdas de pressão e por fuga de fluido: pihi PPP (3.9) Reginaldo Comentário do texto Pe Reginaldo Riscado Já foi visto. PC-Pessoal Riscado reginaldosousa Riscado 34 “Ph“ é a potência hidráulica “Ppi” é a potência perdida interna “+” é usado para geradores e “-“ para máquinas motoras Potência bruta - turbinas Conceito utilizado para turbinas, é a potência contida no desnível topográfico da instalação, sendo uma função da queda bruta. geob gQHP (3.10) Potência no gerador elétrico - turbinas Conceito utilizado para turbinas, é a potência elétrica nos terminais do gerador. É a potência hidráulica multiplicada pelo rendimento da turbina ( t), rendimento de transmissão ( TR) e rendimento do gerador ( ge). O produto dos três rendimentos é o rendimento global ( G). O rendimento da transmissão diz respeito às perdas provocadas pela potência entregue pelo eixo da turbina e a potência recebida pelo gerador. Neste processo pode-se ter perdas caso a transmissão seja feita por polias e correias, ou outro elemento de transmissão que possa ser usado. O rendimento de geração está relacionado com as perdas no gerador, que fazem com que a potência elétrica entregue pelo gerador seja diferente da potência recebida por este. GgeTRtge gQHgQHP (3.11) geTRtG (3.12) Tabela 3.1 – Rendimento global ( G) de geração de turbinas hidráulicas. 3.4. Rendimentos As perdas descritas anteriormente são difíceis de quantificar, por isto o que se faz é relacioná-las através dos rendimentos e da potência. Rendimento hidráulico: Considera as perdas de pressão no interior da máquina. Como é muito difícil a obtenção do termo “Hp” na eq.3.1, faz-se uma relação que define o rendimento hidráulico (hydraulic efficiency) o que permite avaliar as perdas. 1 t h H H (3.13) “+” é usado para geradores e “-“ para máquinas motoras PC-Pessoal Riscado 35 Rendimento volumétrico Considera as perdas por fuga de fluido e para determinar isto é . 11 ti v Q Q qQ Q (3.14) “+” é usado para geradores e “-“ para máquinas motoras Rendimento interno Considera as perdas de pressão e por fuga de fluido, . vh i h i P P . 1 (3.15) “+” é usado para geradores e “-“ para máquinas motoras Rendimento mecânico É o rendimento que considera as perdas externas e sua relação é dada por: 1 ef i m P P (3.16) “+” é usado para geradores e “-“ para máquinas motoras Rendimento total A potência efetiva relaciona-se com a potência hidráulica através do rendimento total da instalação, que é sempre menor que 1. Como é difícil a determinação das perdas, é usual adotar-se outra grandeza denominada de rendimento total, a qual permite avaliar estas perdas. mhtmvh ef h t v P P ... 1 1 (3.17) “+” é usado para geradores e “-“ para máquinas motoras Para bombas e ventiladores, dependendo do tamanho da máquina, o rendimento total varia de 60 a 85%. Rendimento do gerador ge) - turbinas Tem a relação mostrada a seguir e fica na faixa de 90 a 97%. e ge ge P P (3.18) Rendimento: A tabela 3.2 mostra os rendimentos orientativos para turbinas: 36 Tabela 3.2 – Rendimentos orientativos para turbinas EXERCÍCIOS 1. Calcule a altura de queda e a potência efetiva do aproveitamento hidroelétrico esquematizado na Fig.1, sabendo que o rendimento total é de 89% e conhecendo-se: a. Q=0,4 m3/s b. Diâmetro na tubulação de entrada: 300 mm c. Largura do tubo de sucção na saída: 500 mm d. Altura do tubo de sucção na saída: 200 mm Resp. H=39,32 m; Pef=186,6 CV Figura 1 Figura 2 2. Calcule o desnível entre o nível do reservatório de aspiração e o do reservatório elevado (Fig.2), para a vazão de 0,020 m3/s, conhecendo-se: a. Altura de pressão na saída da bomba: 40 mca b. Altura de pressão na entrada da bomba: 2 mca c. Diâmetro de sucção: 0,1 m d. Diâmetro de recalque 0,075 m e. Perda de carga na sucção: 1,22 mca f. Perda de carga no recalque: 4,0 mca Resp. Hest=33,65 m 3. Determinar a altura de queda e a potência hidráulica da turbina Francis instalada em um laboratório de máquinas hidráulicas (Fig. 3) sabendo que: a. Q=56,2 l/s b. Pressão indicada no manômetro: 3,2 mca c. Diâmetro da entrada da máquina: 280 mm d. Velocidade na saída: desprezível Resp. H=5,04 m; Ph=2,78 kW Figura 3 Figura 4 reginaldosousa Riscado reginaldosousa Texto digitado canal de fuga. reginaldosousa Riscado reginaldosousa Texto digitado canal de fuga. reginaldosousa Comentário do texto OK! reginaldosousa Comentário do texto OK! reginaldosousa Comentário do texto OK! 37 4. Determinar a altura de elevação e a potência hidráulica da bomba de um laboratório de máquinas hidráulicas (Fig.4), sabendo-se que: a. Pressão indicada no manômetro: 6 mca b. Pressão indicada no vacuômetro: -3,5 mca c. Vazão recalcada: 56,2 l/s d. Diâmetro da tubulação na entrada: 300 mm e. Diâmetro da tubulação na saída: 250 mm Resp. H=9,73 mca; Ph=5,36 kW 5. Em uma instalação de bombeamento (Fig.5) são conhecidos os seguintes dados: a. Q=10 l/s b. Diâmetro da tubulação de sucção: 3” c. Diâmetro da tubulação de recalque: 2 ½” d. Perda de carga na sucção: 0,56 m e. Perda de carga no recalque: 11,4 m f. Rendimento total: 85% Pede-se determinar: Potência hidráulica da bomba Potência efetiva da bomba Pressão que indicará um vacuômetro instalado na linha de sucção a uma altura de 5 m do nível da água Pressão que indicará um manômetro instalado no tubo de recalque, na posição indicada na figura. Resp. a) 5,09kW; b) 8,15 CV; c) -5,805 mca; d) 44,89mca Figura 5 Figura 6 6. Calcule a diferença de pressão estática ( p), em mmHg, fornecida por um ventilador da Fig. 6 e também sua potência efetiva, sabendo que: a. Q=50 m3/s b. L2xb2=2 x1,5 m2 c. D1=2 m d. Rendimento total de 80% Resp. p=122,86 mmHg; Pef= 1.417,62CV 7. Determinar a potência hidráulica e efetiva de uma turbina de ação (Pelton) sendo: a. Q=150 l/s b. Pressão do manômetro da entrada: 455 mca c. Diâmetro externo do injetor na seção de medida de pressão: 30 cm d. Diâmetro interno do injetor na seção de medida de pressão: 15 cm e. Correção de instalação do manômetro: desprezível f. Rendimento total:85% Resp. Ph=669,4 kW; Pef=774,2 CV 8. No aproveitamento hidroelétrico da Fig.7, deseja-se saber o valor da vazão turbinada, da perda de carga no medidor de vazão e da perda de carga total na tubulação forçada, conhecendo-se : a. Pressão na entrada do manômetro: 93,44 mca b. Velocidade da água no canal de fuga: 0,88 m/s c. Relação entre as áreas do medidor de vazão e da tubulação forçada: 0,55 d. Diâmetro do bocal: 0,89 m e. Diferença de pressão no bocal: 5% de H f. Relação entre a perda de carga na tubulação forçada e a altura disponível: 0,10 reginaldosousa Comentário do texto OK! reginaldosousa Riscado reginaldosousa Texto digitado Resposta certa:nullnull8,14 CV reginaldosousa Riscado reginaldosousa Texto digitado Resposta certa:nullnull44,82 mcanull reginaldosousa Riscado reginaldosousa Texto digitado 124,9 mmHg reginaldosousa Comentário do texto OK! nullOBS: Considere a massa específica do ar = 1,2 kg/m3 reginaldosousa Riscado reginaldosousa Texto digitado L3 x b3 reginaldosousa Riscado reginaldosousa Texto digitado D2 reginaldosousa Riscado reginaldosousa Texto digitado Pef=1418 CV reginaldosousa Riscado reginaldosousa Texto digitado Ph= 670,1 kW reginaldosousa Riscado reginaldosousa Texto digitado Pef= 774,4 CV reginaldosousa Comentário do texto OK! reginaldosousa Comentário do texto OK!nullnullConsidere o coeficiente de perda de carga localizada no bocal = 2,75 reginaldosousa Comentário do texto OK!nullnullOBS: Desconsidere a Figura 5 apresentada nesta apostila e considere a Figura 5 apresentada no arquivo "AcertoDosExerciciosDaApostilaMaquinasDeFluidos" disponível no link Dropbox da disciplina. 38 g. O diâmetro de entrada da turbina é igual ao da tubulação forçada h. Considerar a diferença de pressão no bocal, como perda de carga Resp. H=98,20 mca, Q=6,74 m3/s; Hmedidor=4,91 mca; hP=14,73 mca Figura 7 Figura 8 9. Determinar a altura disponível e a potência hidráulica da bomba de abastecimento (Fig.8) da torre do banco de turbinas de um laboratório de máquinas hidráulicas sabendo que: a. Pressão na entrada da máquina: -5,5 mca b. Pressão na saída da máquina: 5,5 mca c. Vazão recalcada: 56,2 l/s d. Diâmetro da tubulação de entrada: 300 mm e. Diâmetro da tubulação de saída: 250 mm Resp. H=10,98 mca; Ph=8,0 CV 10. Determinar a altura disponível e a potência hidráulica da turbina Francis instalada em laboratório de máquinas hidráulicas (Fig. 9) sabendo que:: a. Pressão na entrada da máquina: 3,2 mca b. Energia de velocidade na saída da máquina desprezível c. Diâmetro da entrada da máquina: 280 mm d. Vazão: 56,2 l/s Resp. Figura 9 Figura 10 11. Determinar a potência hidráulica que pode fornecer o aproveitamento da Fig.10, sabendo que: a. Queda bruta é de 18 m b. Prevê-se a construção de uma barragem que irá elevar esta queda em 2 m c. A vazão que será encaminhada através da tomada d’água à tubulação adutora, de 3,0 por 0,5 m, por meio de um molinete de equação: c=0,0911.n+0,038. Obteve-se 58 sinais por minuto e considerou-se a velocidade média d. O comprimento virtual da tubulação adutora será de 80 metros e a velocidade do escoamento no seu interior será de 2,5 m/s e. a velocidade da água no canal de fuga é desprezível 12. Na instalação esquematizada na Fig.11, foram medidas as seguintes grandezas: a. Pressão no manômetro: 50 mca b. Pressão no vacuômetro: -3 mca c. Diferença de pressão no manômetro acoplado ao bocal medidor de vazão: 1,0 mca d. Número de Reynolds do escoamento na tubulação de recalque maior que 2.105 reginaldosousa Riscado reginaldosousa Texto digitado H= 98,185 mca reginaldosousa Riscado reginaldosousa Texto digitado Q= 6,69 m3/s reginaldosousa Riscado reginaldosousa Texto digitado Ph=8,23 CV reginaldosousa Riscado reginaldosousa Texto digitado altura manométrica total reginaldosousa Comentário do texto OK! reginaldosousa Comentário do texto OK!nullnullOBS: Desconsidere a Figura 10 apresentada nesta apostila e considere a Figura 10 apresentada no arquivo "AcertoDosExerciciosDaApostilaMaquinasDeFluidos" disponível no link Dropbox da disciplina.null reginaldosousa Comentário do texto H= 5,362 mcanullnullPh= 2,956 kW reginaldosousa Comentário do texto Considere um coeficiente de Hazen‐Willians de 120. reginaldosousa Comentário do texto Onde c é a velocidade do escoamento em m/s e n anullrotação da hélice em rps. A rotação n é determinadanullpelo número de sinais divididos pelo tempo de aquisição. reginaldosousa Comentário do texto Equipamento utsado para medição de vazão. reginaldosousa Comentário do texto OK!nullnullResposta:nullPh=34,02 kW 39 Pede-se determinar a potência hidráulica da bomba. (Resp. 2881,2 W) Figura 11 Figura 12 13. Na travessia da Baia de Guaratuba com uma linha adutora mergulhada para abastecimento da cidade, há necessidade de um controle permanente de vazão, tanto na entrada como na saída da adutora, a fim de detectar qualquer vazamento da mesma. Para realizar este controle serão instalados dois venturis, um na saída e outro na entrada da adutora, ambos ligados a aparelhos registradores, de modo a se ter em qualquer instante, o valor da vazão. Deseja-se saber o acréscimo no custo de operação anual da bomba alimentadora do sistema, sabendo que a diferença de pressão acusada pelos medidores deve ser compensada por um acréscimo na altura disponível da bomba, de maneira que a pressão reinante na saída da adutora seja igual a pressão reinante no mesmo ponto, caso não existissem os aparelhos medidores. Características da adutora: a. Vazão: 60 l/s b. Diâmetro: 150 mm c. Tempo de funcionamento: 10 horas por dia 360 dias por ano d. Custo kWh: R$ 0,3879/kWh e. Venturi I: diâmetro de 100 mm f. Venturi II: diâmetro de 110 mm g. Para o cálculo da potência usar o rendimento total como 74% 14. Pergunta-se qual o valor do acréscimo ou decréscimo na produção de energia, na instalação da figura, se forem feitas as seguintes modificações na mesma: a. Eliminação de 0,36 m de perda de carga na entrada da adutora pela adoção de cantos arredondados; b. Uma vez determinada a vazão por meio do bocal, eliminação total do aparelho. Considerar a diferença de pressões no bocal igual a perda de carga localizada no mesmo. c. Abaixamento do nível de jusante de 0,5 m A vazão, por hipótese, é a mesma antes e depois das modificações. Considerar que a turbina tem um rendimento total de 80%, funciona 10 horas por dia, durante 360 dias por ano e que o preço do kWh é de R$ 0,3879/kWh. Figura 13 15. Determinar na instalação de bombeamento da Fig.14, a leitura do manômetro e a vazão da bomba para as seguintes condições: a. Potência hidráulica da bomba: 26,65 CV b. Perda de carga no medidor de vazão igual a 10% da altura disponível da bomba c. Diâmetro do orifício do diafragma igual a 100 mm d. Pressão negativa na entrada da bomba: -3,53 mca e. Coeficiente de vazão (Cq) constante com o número de Reynolds f. Diâmetro de recalque igual ao diâmetro de sucção g. Relação entre as áreas do orifício e da tubulação: 0,6 Resp. 0,2931 m3/s ; 1,987 mca. 40 Figura 14 Figura 15 16. Em uma instalação de recalque são conhecidos os seguintes dados: a. Vazão: 10 l/s b. Altura bruta: 40 m c. Diâmetro da linha de sucção: 3” d. Diâmetro da linha de recalque: 2 ½ “ e. Perda de carga na linha de sucção: 0,56 m f. Perda de carga na linha de recalque: 11,4 m Pede-se determinar: A potência hidráulica da bomba A pressão que indicará um vacuômetro instalado na linha de sucção a uma altura de 5 m do nível da água A pressão que indicará um manômetroinstalado no tubo de recalque, na posição indicada na Fig.15 17. Na instalação da Fig.16, deseja-se conhecer o valor da altura estática de recalque, sendo conhecidos os seguintes elementos, além dos constantes no desenho: a. Leitura do vacuômetro: -2,96 mca b. Leitura do manômetro: 23,60 mca c. Diferença de pressão no bocal: 0,58 mca d. Diâmetro do orifício do bocal: 0,107 m e. Considerar que o coeficiente de vazão (Cq) é constante com Reynolds. f. Comprimento dos trechos retilíneos da tubulação de recalque: 27 m g. Material construtivo da tubulação: ferro galvanizado h. Diâmetro da tubulação de sucção: 0,20 m i. Diâmetro da tubulação de recalque: 0,15 m Figura 16 18. Na instalação da Fig.17, o cálculo da potência, usando a altura disponível determinada através da leitura manométricas, difere do resultado obtido pela balança dinamométrica que aciona a bomba. 41 Como os demais aparelhos estão calibrados, desconfia-se que o manômetro colocado na saída da bomba apresenta algum defeito, não registrando corretamente a pressão existente naquele ponto. A fim de dirimir a dúvida, pede-se calcular analiticamente o valor da pressão no manômetro, comparando-a com a leitura do aparelho. Dado: a. Leitura do manômetro: 36,40 mca b. Leitura do vacuômetro: -2,96 mca c. Diferença de pressão no bocal: 0,927 mca (considerar como perda de carga) d. Diâmetro do orifício do bocal: 0,107 m e. Diâmetro da tubulação de recalque: 0,150 m f. Diâmetro da tubulação de sucção: 0,200 m Os demais valores estão apresentados na figura e sabe-se que o valor do coeficiente de vazão é constante com Reynolds. Figura 17 19. Na instalação abaixo esquematizada pede-se determinar a potência hidráulica e as pressões que registrarão os aparelhos de medida instalados na entrada e saída da bomba. Sabe-se que: a. A vazão a ser recalcada é de 60 m3/h b. A viscosidade da água é de 10-6 m2/s c. A perda de carga no medidor de vazão é de 0,30 mca d. A tubulação é de ferro galvanizado Figura 18 20. A bomba hidráulica de fluxo da Fig.19 fornece uma potência hidráulica de 3,1 CV. Pergunta-se qual a diferença de pressões lida no manômetro ligado ao medidor de vazão de orifício do tipo bocal, quando a velocidade na linha de recalque for uma vez e meia a velocidade na linha de entrada da bomba. a. Viscosidade cinemática da água: 10-6 m2/s b. Diâmetro do orifício do bocal: 37,67 mm c. Líquido manométrico: tetracloreto de carbono (massa específica=1625,4 kg/m3) 42 Figura 19 21. A turbina Francis de ns=200, da instalação abaixo, no seu ponto de máximo rendimento, gira a 1.200 rpm e engole uma vazão de 0,875 m3/s. Pede-se determinar para o ponto considerado: a. A pressão registrada no manômetro instalado em sua entrada, considerando que a diferença de pressão provocada pelo bocal é toda da perda de carga; b. Potência efetiva Considerando: Diâmetro da tubulação de adução: 500 mm Material construtivo: aço rebitado Comprimento virtual: 152 m de tubo Diâmetro do orifício do bocal: 402 mm Reynolds maior que 2.105 Figura 20 22. Estuda-se uma instalação de bombeamento para uma indústria, tendo-se chegado as duas alternativas esquematizadas na Fig.21, em virtude da disponibilidade de canos no local. A vazão a ser recalcada é de 12 m3/h, sendo o líquido a recalcar, água limpa com viscosidade cinemática igual a 10-6 m2/s. Na alternativa “A” a linha de ferro galvanizado com rugosidade média, vai direto ao reservatório elevado. Suas características são: diâmetro de 2” e comprimento dos trechos retilíneos de tubo 30 m. Na alternativa “B”, a linha é do mesmo material construtivo e tem uma derivação, que será usada eventualmente, sendo a direção do fluxo determinada pelos registros situados junto ao “T” dessa derivação. Suas características são: diâmetro de 2 ½ “, e comprimento dos trechos retilíneos de tubo de 50 m. Pede-se informar para uma tomada de decisão, qual o valor do consumo mensal de cada alternativa, para um custo de kWh de R$ 0,3879/kWh. Observações: Pressupõe-se que as bombas para cada caso terão rendimento igual de 50% e funcionamento intermintente, totalizando 8 horas por dia, 20 dias por mês; e Desprezar as perdas de carga na linha de sucção, face a seu pequeno diâmetro 43 Figura 21 23. Pede-se calcular para a instalação de resfriamento da Fig.22, a altura disponível e a potência hidráulica da bomba hidráulica de fluxo utilizada para seu funcionamento. São conhecidos: a. Vazão: 227 l/min b. Viscosidade cinemática da água: 10-6 m2/s Figura 22 24. A instalação de bombeamento da Fig.23 destina-se a abastecer de água potável, o reservatório elevado de um prédio de apartamentos. Visando aproveitar tubos de 2” existentes no almoxarifado da construtora, a seção técnica da mesma recebeu consulta sobre o efeito que haveria, se a tubulação fosse construída não com o diâmetro de 2 ½ “ especificado no projeto, mas com o diâmetro de 2”. Como a diferença de custo entre as duas instalações , tubulação e bomba, não é muito significativo, a seção técnica decidiu expressar o efeito através do acréscimo do custo mensal da energia consumida, uma vez que ficou decidido não alterar a vazão de projeto, uma vez que a capacidade do reservatório elevado não é grande. Pede-se determinar este acréscimo de custo mensal e também os valores de pressão que serão registrados nos manômetros instalados na entrada e na saída da bomba, para as duas situações, sabendo que: Tempo de funcionamento da bomba é de 6 horas por dia e 30 dias por mês 44 Custo do kWh: R$ 0,3879/kWh Vazão de projeto: 200 l/min Viscosidade cinemática da água: 10-6 m2/s Rendimento total das bombas: 60% Perda de carga na tubulação de sucção desprezível Diâmetros das tubulações de sucção e recalque são iguais Material construtivo das tubulações: ferro galvanizado Comprimento total da tubulação de recalque: 75 m de tubo Singularidades da tubulação: o a - registro de gaveta o b – válvula de retenção (tipo leve) o c – cotovelo de 90º (raio longo) o d – “T” de passagem direta (2 “) – comprimento equivalente de 3,5 m de tubo o d – “T” de passagem direta (2 ½ “) – comprimento equivalente de 4,3 m de tubo o e – saída da canalização o f – entrada de borda Figura 23 25. A instalação de bombeamento da Fig.24 é utilizada para recalcar, por minuto, 600 litros de água limpa, do reservatório A ao B. Com a finalidade de se controlar melhor a pressão na entrada e na saída da bomba, decidiu-se instalar em cada um desses pontos, manômetros (ou vacuômetros), do tipo Bourdon. Pede-se calcular o valor da pressão que cada um dos aparelhos registrará, para que se possa adquiri-los com amplitude de escala adequada. Dados da instalação: a. Material construtivo: ferro galvanizado (k=0,000153) b. Diâmetro das tubulações de entrada e saída: 100 mm c. Dimensões da figura em metros 45 Figura 24 26. Uma indústria precisa recalcar 36 m3/h de água limpa, a uma altura de 25 m, em uma instalação que deverá funcionar 20 horas por dia, 300 dias por ano. O diâmetro econômico da tubulação de recalque para atender tais requisitos, resultou em 125 mm, conduzindo em função do material escolhido a uma perda de carga de 1,04 mca. A linha de sucção foi desprezada , em virtude de seu pequeno comprimento e pelo fato de que a bomba irá trabalhar afogada. O cálculo do custo da tubulação de 125 mm completa, atingiu a cifra de R$ 59.340,00 e o diretor técnico da empresa decidiu estudar a alternativa de utilizar uma tubulação de 75 mm de diâmetro, já existente no local e de custo amortizado, mesmo sabendo que ela levará a uma perda de carga no recalque de 11,13 m. A seção técnica, responsável pelo estudo
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