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Ferração Prova de sociologia LIVRO: MULHERES, RAÇA E CLASSE. Professor: felipe UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO Análise baseada no livro: Mulher, raça e classe de Angela Davis CAP. 1 E 2 Capítulo I: O legado da escravatura: bases para uma nova natureza feminina - Entre toda esta actividade intelectual a situação especial das mulheres escravas continuaram impenetradas. Eram incessantes os argumentos sobre a sua “promiscuidade sexual” ou a sua propensão “matriarcal” obscura. - O entendimento da mulher escrava. -A vitalidade familiar mostrou-se mais forte que os desumanos rigores da escravatura. - Matriarcado negro popularizado por Moynihan. - De acordo com Gutman ainda que as normas institucionalizadas da escravatura concedessem às mulheres um grande nível de liberdade sexual pré-matrimonial, elas eventualmente casavam de forma permanente e construíam famílias tanto por iniciativa do homem como delas mesmas. - o papel multidimensional das mulheres negras dentro da família e dentro da comunidade escrava como um todo. - Já que as mulheres eram vistas, não menos que os homens, como unidades de trabalho lucrativas, para os proprietários de escravos elas poderiam ser desprovidas de gênero. -Tal qual a maioria dos escravos, a maior parte das escravas trabalhava na lavoura. - Mas as mulheres também sofriam de forma diferente, porque eram vítimas de abuso sexual e outros maus-tratos bárbaros que só poderiam ser infligidos a elas. - A postura dos senhores em relação às escravas era regida pela conveniência: quando era lucrativo explorá-las como se fossem homens, eram vistas como desprovidas de gênero; mas, quando podiam ser exploradas, punidas e reprimidas de modo cabíveis apenas às mulheres, elas eram reduzidas exclusivamente à sua condição de fêmeas (DAVIS, 2016, p. 17-19). - Como escravas, o trabalho compulsoriamente ofuscou qualquer outro aspeto da existência feminina - Parece assim, que o ponto de partida de qualquer exploração da vida das mulheres negras sob a escravatura começa com a apreciação do papel de trabalhadoras. - o sistema da escravatura define os escravos como bem moveis - Tendo em conta que no século XIX a ideologia de feminilidade enfatizava os papéis de mães cuidadoras, companheiras dóceis e donas de casas para os seus maridos, as mulheres negras eram praticamente uma anomalia. - o papel da mulher negra durante a escravatura. - A exaltação ideológica da maternidade – popular durante o século XIX – não se estendia às escravas. - a abolição internacional do comércio de escravos começou a afetar a expansão da inicial e crescente indústria de algodão a classe dos donos de escravos foi forçada a confiar na reprodução natural como o método mais seguro de substituir e aumentar a população doméstica escrava.: as mulheres 12 negras tornaram-se crescentemente avaliadas pela sua fertilidade (ou falta dela): aquela que fosse potencialmente mãe de dez, doze, catorze ou mais tornava-se um tesouro cobiçado. - mas aos olhos dos donos, as mulheres escravas não eram mães em absoluto; eram simplesmente instrumentos que garantiam o crescimento da força de trabalho escravo - A exaltação ideológica da maternidade – popular durante o século XIX – não se estendia às escravas. - depois da interrupção de importação de escravos, um tribunal da Carolina do Sul decidiu que as escravas fêmeas não tinham quaisquer exigências legais sobre os seus filhos - de acordo com essa decisão as crianças poderiam ser vendidas para longe de suas mães, independente da idade, porque “os escravos infantis estvam na mesma posição de animais” -
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