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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOS PRESIDENTE DO EGRÉGRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ... Mário, nacionalidade..., estado civil..., profis são..., residen te e domiciliado..., por seu advogado que esta s ubscreve (conforme procuração anexa), vem à presença de Vossa Excelência, não s e conformando com a r. sentença transitada em julgado, propor REVISÂO CRIMINAL com fundamento no artigo 621, I do CPP, pelas razões de fato e direito a seguir expostas: I – Dos Fatos O Apenado, foi condenado pelo crime de lesão corporal grave, prevista no artigo 129, §1°, I do Código Penal – CP, decorren te de uma lesão causada a vítima no emprego de um cano. Infelizmente, o Apendo perdeu o prazo legal para a apresentação da Apelação, conduto, existem fatos que ainda precisam ser esclarecidos no processo. II – Do Direito Excelentíssimo Desembargador, os autos em examinado, está eivado de vícios que acarretam a sua nulidade. Em primeiro lugar, s e faz mister observar a falta da prov a complementar do exame de corpo de delito. No texto da lei, conforme express o no artigo 168, §2° do Código de Processo Penal, tem-se que, é obrigatória a realiza ção do exame de corpo de delito no prazo de 30 dias, a partir da data do crime, sendo que sua falta acarreta a nulidade contida no artigo 564, III, b’ do CPP. Ocorre, então, que nos autos dess e processo, não se ve rifica que tenha sido realizada tal exigência da lei. Tendo apenas sido realizada um exame nos primeiros 15 dias, sendo realizado outro exame depois de 90 dias, tendo apenas os pe ritos se baseado em informações da vítima e do hospital, o que não caracteriza em momento algum como perícia. Não tendo n enhuma prova que corrobore com a agravante da vítima ficar indisposta por pelo menos 30 dias. Por esses motivos, pede que s eja reconhecida a nulidade constante no artigo 564, III, b’ do CPP. Contudo, não acolhe ndo, Vossa Excelência, tal tese, há de se ter então em se gundo momento a verificação da falta de provas sobre a lesão. Como anteriormente ex posto, não há prova que realmente deixe notada a gravidade da lesão, sendo então o crime cometido, apenas o de lesão corpor al, com pena de 3 meses a um amo, como consta do artigo 129, fazen do assim com que a ação penal seja pública condicionada a re presentação contando c om 6 meses antes da sua decadência. Com isso nota-se a nulidade por ausência de representação, const ante do artigo 5 64, III, a’ do CPP. No caso, o que se tem são informações da vítima e do hospital, não have ndo prova periciada, e que quand o do c omparecimento da vítima dentro dos 90 dias após o exame, não havia mais nenh um resquício ou indicio que a gravidade da lesão foi severa a ponto de ter ficado 30 dias sem poder exercer sua ocupação. Por isso, não há o que se falar em lesão grave, apenas em le são, que está descrita no c aput do artigo 129 do CPP, que possui a ne cessidade de re presentação da vítima em 6 meses , o que não foi poss ível, sendo assim ge ra a nulidade por ausê ncia de representação, conforme artigo 5 64, III, a’ do CPP, ou ainda a extinção de sua punibilidade de acordo com o artigo 107, IV, do CP. Sendo assim, requer, seja declarada a nulidade ou a extinção da punibilidade. Não sendo ainda, este o entendimento de Vossa Excelência, tem-se por último a nulidade por incompetência que deriva da desclassificação. Conforme inteligência do artigo 564, I, do CPP, é nulo o processo que tramita em juízo incompetente. Dada a desclassificação do tipo de lesão corporal grave, ar tigo 129, §1 °, I do CP, para lesão, artigo 129 , caput, tem se que o processo deveria tramitar no JECRIM , pois como a pena do artigo 129, caput, é de apenas 3 meses a 1 ano, não sendo competente então a Vara Comum. Portanto, requer, seja declarada a nulidade por incompetência. III - PEDIDOS Diante do exposto requer: A declaração nulidade ab initio do processo, de acordo com o artigo 564, III, b’; Caso assim não entenda, seja acolhido o reconhecime nto da nulidade ou extinção da punibilidade derivadas da desclassificação do crime, conforme artigos 564, III, a’, do CPP e 107, IV, do CP respectivamente; Ou, ainda, seja reconhecida a nulidade por incompetência do Juízo; Requer, também, se ja reconhecido o direito do Apendo a indenizaç ão prev ista no artigo 629 do CPP. Nestes termos, Pede deferimento. Local...,data... Advogado.../OAB
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