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Ação Civil Ex delicto

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DIREITO PROCESSUAL PENAL I
Professor: Marco Antonio de Jesus Bacelar
quarta-feira, 1 de março de 2017 - 11:27
quarta-feira, 1 de março de 2017
Professor: Marco Antonio de Jesus Bacelar
AÇÃO CIVIL EX-DELICTO
Efeito financeiro da sentença penal condenatória
Previsão Legal - Lei 10.406/02
• “A ninguém é lícito causar lesão ao direito de outrem” (F.C. Tourinho Filho)
• Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Responsabilidade Civil
Um mesmo fato gerador pode ter duas conseqüências: punição civil e punição penal.
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.
Previsão Legal – CPP
Art. 63. Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros.
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá ser efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso IV do caput do art. 387 deste Código sem prejuízo da liquidação para aapuração do dano efetivamente sofrido.
Previsão Legal – CPP
Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória:
IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido;
Execução da Sentença
Diante do parágrafo único do art. 63, e inciso IV do art. 387 do CPP, conforme a redação dada pela Lei 11.719/08, os efeitos civis da sentença penal estão autorizados a ser executados no juízo cível;
Pode haver necessidade de liquidação, dependerá da forma fixada pelo juiz.
Assistente
Art. 268. Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31.
Regra da não indenização
Art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
(excludente de ilicitude – art. 23 do CP)
Exceção a regra na excludente de ilicitude
Art. 20, § 3º do CP:
 “O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime”.
Exceção a regra na excludente de ilicitude
Um agente reagindo contra injusta agressão, atinge um inocente.
A hipótese se resolve pela legítima defesa.
Aberratio ictus – “aberração no ataque ou desvio do golpe. Dá-se quando o autor, desejando atingir uma pessoa, vem a ofender outra”
O terceiro tem direito a reparação do dano, através de ação regressiva contra o causador.
Sentença absolutória e repercussão cível
Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato.
Ação Civil ex-delicto
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça:
I - estar provada a inexistência do fato;
II - não haver prova da existência do fato;
III - não constituir o fato infração penal;
IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração penal;
V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal;
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1o do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência
VII – não existir prova suficiente para a condenação
Mérito Decidido
Somente os incisos I e IV vedam por completo a reparação do dano.
Impossibilidade de decisões de mérito antagônicas por órgão diferentes do judiciário.
Entretanto, uma conduta pode ser lícita no crime, mas ilícita no cível.
Titularidade para Execução
Art. 68. Quando o titular do direito à reparação do dano for pobre (art. 32, §§ 1o e 2o), a execução da sentença condenatória (art. 63) ou a ação civil (art. 64) será promovida, a seu requerimento, pelo Ministério Público.
O MP não tem mais essa legitimidade, art. 127 da CF.
Defensoria Pública, Art.134 da CF.

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