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27/10/2017 1 Cinesiologia do cíngulo do membro inferior e quadril Profa. Dra. Priscila Rossi de Batista 27 de outubro de 2017 Introdução Membros Inferiores • Submetidos a altas forças, devido ao contato repetitivo dos pés com o solo • Suporte da massa central e dos MMSS Cíngulo do MI (cintura pélvica): elo entre tronco e MMII • esta relação deve ser considerada para examinar os movimentos e contribuições musculares Cíngulo do MI x Equilíbrio e Postura • Cíngulo do MI / quadril formam um sistema de cadeia cinética fechada, no qual as forças sobem ou descem • O posicionamento da cintura pélvica e quadril contribui para manter o equilíbrio e a postura em pé, empregando ação muscular contínua para ajustes finos necessários. Força de sustentação em cada cabeça de fêmur no suporte duplo (apoio bipodal) • cada perna corresponde a 1/6 TBW • as duas pernas juntas correspondem a: 1/6 + 1/6 = 1/3 TBW • portanto a parte superior do corpo corresponde a 2/3 TBW • cada cabeça femoral sustenta a metade do TWB: 1/2 * 2/3 TBW = 1/3 TBW *TBW: Total Body Weight Momento de força dos abdutores para manterem a condição de equilíbrio Força de sustentação em cada cabeça de fêmur no suporte simples (apoio unipodal) Tronco X Pelve X Membros Inferiores • É importante avaliar os movimentos nos dois MMII, na pelve e no tronco, devido à influência de uma parte sobre as demais • Não focar a atenção em uma única articulação! MI contralateral: estabilização e suporte pelve: posicionamento do MMII tronco: eficiência da musculatura do MI 27/10/2017 2 Cíngulo do MI e Quadril • Art. lombossacral • Art. sacroilíaca • Sínfise púbica • Art. do quadril (art. coxofemoral) • Suporte do peso corporal • Mobilidade: ↑ ADM dos MMII • Inserção de 28 músculos do tronco e da coxa Ligamentos das articulações sacroilíacas • ligamentos sacroilíacos anteriores e posteriores Ligamento ílio-lombar • ligamentos púbicos superior e inferior Ligamentos da sínfise púbica Diferenças da pelve entre os gêneros • Pelve da mulher: • pelve mais fina, mais leve e mais larga • sacro mais largo atrás • abre-se para fora na frente - Isso influencia as ações musculares ao redor da articulação - Importância da estrutura óssea e ligamentar para gestação e parto Articulação do quadril • Classificação: • sinovial, esferóide, triaxial Ligamento transverso do acetábulo Ligamento da cabeça do fêmur Articulação do quadril • Cápsula articular • Ligamentos – iliofemoral, pubofemoral e isquiofemoral 27/10/2017 3 Osteocinemática do quadril Osteocinemática do quadril lateral medial Atrocinemática • Face articular convexa que se movimenta: deslizamento no sentido contrário ao rolamento Rolamento: guiado pela osteocinemática Ex.: na abdução de quadril a cabeça do fêmur rola para cima (superiormente) Consideração clínica Ângulo de inclinação • Ângulo no plano frontal entre a cabeça femoral e o lado medial da diáfise do fêmur 27/10/2017 4 Ângulo de torção • Entre o colo e a diáfise do fêmur Posição de travamento do quadril Posição da pelve lordose dorso plano • Lateralmente a EIAS está no mesmo nível que a EIPI • EIAS + baixa = pelve anterovertida e aumento lordose lombar • EIAS + alta = pelve retrovertida e dorso plano 27/10/2017 5 Movimentos da pelve • Ponto de referência : EIAS • Inclinação anterior: extensão coxa, flexão do tronco fletido • Inclinação posterior = flexão coxa, extensão tronco • Inclinação lateral: a pelve acompanha o apoio unipodal Ângulo Q Articulação Sacroilíaca • Articulação entre o sacro e o ílio • Articulação plana (cartilagem e líquido sinovial) • Reforçada por fortes ligamentos – Ligamentos + espessos nos homens – + frouxos nas mulheres – + mobilidade da sacroilíaca nas mulheres Ligamento sacroespinal (espinha isquiática) Ligamento sacrotuberal (túber isquiático) Ligamento sacroilíaco anterior Ligamentos da articulação sacroilíaca Função da articulação sacroilíaca • Atenuar forças devido a uma mudança rápida na distribuição do peso do corpo – Absorção de energia (força) • Minimizar forças rotacionais na coluna • Papel importante na marcha – > flexibilidade da pelve durante a marcha CG em relação ao sacro • CG anterior ao sacro > tensão do ligamentos posteriores forçando o sacro para baixo contra o ilío e para frente • CG nos homens passa + anterior ao sacro que nas mulheres – Sacro sofre > cargas – Articulação + tensa e + estável 27/10/2017 6 Mecanismo da disfunção anterior (mulheres) Pelve e tronco anteriorizados Falta suporte dos abdominais CG + anterior > tensão anterior lig. posteriores frouxos Asas do ílio se afastam (sacro + largo anterior) e sacro cai dentro do ílio causando distúrbios da SI • Psoas Maior • Psoas Menor • Ilíaco Músculos atuantes Músculos anteriores da coxa MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA- GLÚTEO MÁXIMO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Linha glútea posterior, ligamento sacrotuberal e face posterior do sacro e cóccix Trato iliotibial e as fibras mais profundas na tuberosidade glútea Estende a coxa e ajuda na rotação lateral Ajuda a levantar da posição sentada MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA- GLÚTEO MÉDIO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Superfície externa do ílio entre crista ilíaca e linha glútea posterior Face lateral do trocânter maior do fêmur Abduz e roda medialmente a coxa MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA- GLÚTEO MÍNIMO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Face externa do ílio entre linha glútea anterior e inferior Face anterior do trocânter maior do fêmur Abduz e roda medialmente a coxa 27/10/2017 7 MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA- TENSOR DA FÁSCIA LATA ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO EIAS; parte anterior da crista ilíaca Trato iliotibial Flete a coxa e em certo grau faz rotação medial da coxa MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA- PIRIFORME ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Face anterior do sacro e ligamento sacrotuberal Borda superior do trocânter maior Abduz e roda lateralmente a coxa MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA- OBTURADOR INTERNO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Face pélvica da membrana obturadora e adjacências ósseas Face medial do trocânter maior Estabilização Roda lateralmente a coxa estendida e abduzem a coxa fletida MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA- GÊMEO SUPERIOR E INFERIOR ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Gêmeo Superior: espinha isquiática Gêmeo Inferior: túber isquiático Face medial do trocânter maior Abduz e roda lateralmente a coxa MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA- QUADRADO FEMORAL ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Margem lateral do túber isquiático Tubérculo quadrado na crista intertrocantérica Estabilização Rotação lateral da coxa MÚSCULOS DA REGIÃO GLÚTEA- OBTURADOR EXTERNO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Margens do forame obturado e face externa da membrana obturadora Fossa trocantérica Estabilização Roda lateralmente a coxa 27/10/2017 8 MÚSCULOS FEMORAIS ANTERIORES MÚSCULOS FEMORAIS ANTERIORES- SARTÓRIO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO EIAS; parte superior da incisura inferior a ela Parte superior da face medial da tíbia Flete, abduz (fraca) e gira lateralmente a coxa e flete o joelho Músculo mais longo do corpo Quadríceps femoral MÚSCULOS FEMORAIS MEDIAIS MÚSCULOS FEMORAIS MEDIAIS- GRÁCIL ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Corpo e ramo inferior do púbis Parte superior da face medialda tíbia Aduz a coxa; flete a perna e ajuda na rotação medial 27/10/2017 9 MÚSCULOS FEMORAIS MEDIAIS- PECTÍNEO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Linha pectínea do púbis Linha pectínea do fêmur, inferiormente ao trocanter menor Aduz, flete e ajuda na rotação medial da coxa MÚSCULOS FEMORAIS MEDIAIS- ADUTOR LONGO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Corpo do púbis inferior à crista púbica Terço médio da linha áspera do fêmur Aduz a coxa Flete a coxa e tende a girá-la medialmente • Mais superficial dos 03 adutores • Está no mesmo plano do pectíneo MÚSCULOS FEMORAIS MEDIAIS- ADUTOR CURTO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Corpo e ramo inferior do púbis Linha pectínea e parte proximal da linha áspera Aduz a coxa Flete a coxa e tende a girá-la medialmente MÚSCULOS FEMORAIS MEDIAIS-ADUTOR MAGNO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Parte adutora: ramo inferior do púbis e ramo do ísquio Parte associado ao jarrete: túber isquiático Parte adutora: tuberosidade glútea, linha áspera, crista supracondilar medial Parte jarrete: tubérculo adutor do fêmur Aduz a coxa; Parte adutora: flete a coxa Parte associado ao jarrete:estende a coxa • Obturador externo • Adutor curto • Adutor longo • Adutor magno • Grácil Músculos mediais da coxa Inclinação pélvica • Os abdutores de um lado da pelve trabalham junto com os adutores no lado oposto para manter a altura e nível da pelve. • Se o grupo muscular abdutor é mais forte ou contraturado que o grupo adutor contralateral, a pelve inclina-se para o lado mais forte • no caso dos adutores (mais fortes ou contraturados), o efeito ocorrerá na direção oposta. 27/10/2017 10 MÚSCULOS FEMORAIS POSTERIORES MÚSCULOS FEMORAIS POSTERIORES- BÍCEPS FEMORAL ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Cabeça longa: túber isquiático Cabeça curta: linha áspera e acima da crista supracondilar lateral do fêmur Face lateral da cabeça da fíbula (divisão dos tendões pelo colateral fibular) Flete a perna e roda lateralmente com joelho fletido; estende a coxa MÚSCULOS FEMORAIS POSTERIORES SEMITENDÍNEO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Túber isquiático Face medial da parte superior da tíbia Estende a coxa MÚSCULOS FEMORAIS POSTERIORES-SEMIMEMBRANÁCEO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Túber isquiático Parte posterior do côndilo medial da tíbia Estende a coxa Músculos do Jarrete Lesão e Paralisia dos Hamstrings • Semitendíneo • Semimembranáceo Músculos posteriores da coxa • Bíceps femoral PATA DE GANSO Tendões: Sartório Grácil Semitendíneo 27/10/2017 11
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