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Direito civil, direito de estar só

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Universidade Anhanguera- Unian ABC
Bacharel em Direito
Trabalho de Direito Civil
Prof: Dra, Solange
Aluna: Jeniffer Paola
RA: 3156220162
São Bernardo do Campo-SP
Introdução
Os direitos à intimidade, à privacidade e à honra, fazem parte dos Direitos da Personalidade e estes, segundo Sílvio Venosa, “São direitos privados fundamentais, que devem ser respeitados como conteúdo mínimo para permitir a existência e a convivência dos seres humanos, (...) cabendo ao Estado reconhecê-los”.
Estes direitos são subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio ou o que é decorrência natural de sua personalidade e são segundo o Art. 11. Do Código Civil, intransmissível e irrenunciável, salvo em casos excepcionais presente em lei, são absolutos, impenhoráveis, portanto eles são direitos naturais, pessoais e se encontram fora do comércio, portanto, merecem a proteção legal.
Para Carlos Gonçalves a intimidade, a privacidade e a honra, junto com a imagem, fazem parte dos “Direitos à Privacidade”, pois todos abrangem direitos relacionados à vida privada das pessoas.
 Direito à Privacidade
O Direito à Privacidade, também conhecido como Direito de resguardo é o direito de estar só ou se reservar com a família e protege a opção dos indivíduos de não expor elementos ou informações pessoais e envolve também, a proteção ao domicílio, a proibição à espionagem (uso proibido de escutas e gravação de vídeo por terceiros), à inviolabilidade de correspondência e o sigilo, em que as informações dos indivíduos não podem ser divulgadas sem autorização dos mesmos.
A privacidade tem relação, também, com a Teoria do Esquecimento, em que é direito da pessoa de que assuntos passados não sejam retomados na sociedade.
 
Direito à Intimidade
Os doutrinadores costumam conceituar esse direito como aquele que procura defender a vida pessoal e os indivíduos em si de interferências de terceiros em suas vidas intimas.
Este direito busca garantir que as pessoas possam manter sua vida de forma intima, resguardando informações pessoais e, evitando a espionagem e as intromissões de outros indivíduos, tendo a liberdade de agir e de se preservar de forma que não seja importunado pela indiscrição ou curiosidade alheia.
Direitos da Personalidade:
Conclusão: 
4. CONCLUSÃO
Concluindo, é possível afirmar que a intimidade corresponde ao conjunto de informações da vida pessoal do indivíduo, hábitos, vícios, segredos desconhecidos até mesmo da própria família, como por exemplo, as preferências sexuais, dentre outros, ao passo que a vida privada está assentada no que acontece nas relações familiares e com terceiros, como interferir em empréstimo feito junto aos seus familiares ou obter informações sobre o saldo bancário do empregado, devendo ser preservado no anonimato o que ali ocorre. Dito isto, constata-se que o direito à intimidade se situa em um círculo concêntrico menor que o direito à vida privada.
Finalmente, cumpre salientar que tanto a proteção à intimidade como à vida privada devem ter como fundamento maior a proteção à dignidade da pessoa humana, da qual emana toda e qualquer proteção ao indivíduo.
Para Bittar os direitos da personalidade independem de leis que os positivem, por serem inerentes ao ser humano. Quanto a isso vale salientar que alguns dos direitos da personalidade foram reconhecidos primeiramente pela doutrina para, depois, serem positivados por leis específicas. A necessidade de estar só se coloca para o homem em diversos momentos de sua vida, seja no âmbito pessoal ou no profissional. Dessa dita necessidade de isolamento e resguardo de elementos da vida íntima surge o conceito de privacidade, ou seja, a prerrogativa concedida constitucionalmente ao indivíduo para que este proteja aqueles fatores que deseja que não sejam conhecidos pelos demais.

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