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Revisão sobre membranas As membranas celulares são formadas por uma bicamada lipídica. Além dos lipídeos, as membranas também possuem proteínas classificadas como integrais ou intrínsecas e periféricas ou extrínsecas. Os lipídeos das membranas são de três tipos: Fosfolipídeos – Maiores constituintes e que formam a bicamada através do seu arranjo entre as caudas (região polar, hidrofóbica ou lipossolúvel) - (figura 1) Glicolipídeos – Encontrados somente na monocamada externa da bicamada lipídica. Irão formar o glicocálix juntamente com as glicoproteínas de membrana. Colesterol – Encontrado entre os fosfolipídeos. Vamos focar mais nos fosfolipídeos e nas proteínas, que serão os mais importantes para o processo de absorção dos fármacos: Os fosfolipídeos (figura 1) são os maiores constituintes das membranas celulares. Possuem uma região polar e outra apolar. Figura 1- Fosfolipídeo. 2/3 A região polar é hidrofílica, enquanto que a região apolar (que são as caudas) repele a água. Como nossas células possuem água dentro e fora, os fosfolipídeos se organizam nas membranas dispostos em bicamadas (figura 2), pois as caudas apolares “atraem” outras caudas, expondo para o meio aquoso somente as cabeças, que são a região polar. A região central da membrana é uma região hidrofóbica (figura 2). As proteínas podem ser de dois tipos: intrínsecas (integrais) e extrínsecas (periféricas). As intrínsecas (ou integrais) atravessam toda a bicamada lipídica, enquanto que as extrínsecas (ou periféricas) só possuem contato com uma monocamada (figura 3). As proteínas intrínsecas podem ser de diversas naturezas e, portanto, desempenhar diversos papéis na membrana. Elas podem ser: proteínas canais, proteínas transportadoras e proteínas do tipo receptor. Figura 2- Organização dos fosfolipídeos na membrana. Figura 3. Arranjo da membrana plasmática mostrando seus componentes e as proteínas. 3/3 As proteínas canais formam poros por onde substâncias hidrofílicas, como os íons, podem atravessar a membrana (figura 4). As proteínas transportadoras possuem uma região onde a substância a ser transportada “se liga”. Logo em seguida, essa proteína muda sua conformação e a substância é liberada do outro lado da membrana. As proteínas do tipo receptor não permitem a passagem de nada através da membrana. Elas possuem um sítio de ligação a um mensageiro químico que se ligará a ela em um tipo de ligação chamado “chave/fechadura”, isto é, uma ligação específica. Esse assunto será abordado mais à frente em Farmacodinâmica. Figura 4: proteínas canais e transportadoras.
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