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ESTRUTURA DA MEMBRANA

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ESTRUTURA DA MEMBRANA 
→ A ​ membrana plasmática ​circunda a célula, ​define seus limites ​e 
mantém as diferenças essenciais entre o citosol e o ambiente 
extracelular.  
SÃO ESTRUTURAS DINÂMICAS E FLUIDAS. 
No​ interior das células eucarióticas​, as ​membranas do núcleo,​ do retículo 
endoplasmático (RE), do aparelho de Golgi, da mitocôndria e de outras organelas 
circundadas por membranas ​mantêm as diferenças características entre o conteúdo 
de cada organela e o citosol​. 
→ os ​gradientes iônicos ​que atravessam a membrana, estabelecidos 
pelas atividades das proteínas especializadas da membrana, podem 
ser ​usados para sintetizar ATP ​, ​coordenar o transporte de solutos 
selecionados através da membrana ou, como nos músculos e nervos, 
produzir e transmitir impulsos elétricos ​.  
→ contém ​proteínas ​que ​atuam como sensores de sinais externos​, 
permitindo que as células ​mudem seu ​ ​comportamento em resposta aos 
sinais ambientais, incluindo aqueles de outras células ​.  
Essas proteínas sensoriais, ou receptoras, ​transferem informação​, em vez de 
moléculas, através da membrana.  
→ Apesar de funções distintas, todas as membranas biológicas 
possuem uma estrutura geral comum: cada uma é ​constituída por uma 
fina película de moléculas de lipídeos e proteínas unidas 
principalmente por interações não covalente.  
→ As membranas celulares ​são estruturas dinâmicas, fluidas e a 
maioria de suas moléculas move-se no plano da membrana ​. ​Moléculas 
lipídicas são organizadas como uma ​camada dupla contínua ​.  
→ ​Bicamada lipídica proporciona a estrutura fluida básica da 
membrana e atua como uma barreira relativamente impermeável à 
passagem da maioria das moléculas solúveis em água ​.  
A maioria das ​proteínas de membrana​ atravessam a bicamada lipídica e medeiam 
quase todas as funções da membrana, incluindo o ​transporte de moléculas 
específicas​ através dessa bicamada e a ​catálise de reações associadas à membrana​, 
como a síntese de ATP.  
→ Algumas ​proteínas transmembrana​ atuam como ​ligações estruturais 
que conectam o ​citoesqueleto ​através da bicamada lipídica à matriz 
extracelular ​ou a uma célula adjacente, enquanto ​outras atuam como 
receptores para detectar e transduzir sinais químicos do ambiente 
celular ​.  
Existem muitas proteínas de membrana diferentes que permitem que a célula 
funcione e interaja com seu ambiente, e estima-se que cerca de 30% das proteínas 
codificadas pelo genoma de uma célula animal sejam proteínas de membrana. 
 
 
 
 
 
 
Micaelle Martins ​1° semestre 2021 
 
BICAMADA LIPÍDICA  
→ ​forma ​a e ​strutura básica de todas as membranas celulares.  
→ Fosfoglicerídeos, esfingolipídeos e esterois são os principais lipídeos 
das membranas celulares. 
As moléculas lipídicas constituem cerca de 50% da massa da maioria das membranas 
das células animais, e quase todo o restante são proteínas. 
→ Todas as ​moléculas lipídicas ​da membrana plasmática são 
anfifílicas ​, ​(possuem uma extremidade hidrofílica (“que ama água”) ou polar, e uma 
extremidade hidrofóbica (“que teme a água”) ou apolar)​.  
 
→ ​Fosfolipídeos​: são os mais 
abundantes lipídeos da membrana. 
Possuem um grupamento da cabeça 
polar contendo um grupo fosfato e 
duas caudas hidrocarbonadas 
hidrofóbicas. 
OBS: INSATURAÇÃO REPRESENTA ‘DOBRA’ NA 
CADEIA  
Geralmente, uma cauda possui uma ou mais 
ligações duplas cis-atuantes, enquanto a outra 
cauda não possui essa ligação.. 
 As diferenças no comprimento e na 
saturação das caudas e dos ácidos 
graxos influenciam como as moléculas 
fosfolipídicas encaixam-se umas nas 
outras, afetando a fluidez da membrana 
 
→ Os ​ principais fosfolipídeos são ​fosfoglicerídeos ​, os quais possuem 
uma c ​adeia principal de glicerol de três carbonos.  
Duas longas cadeias de ácidos graxos são unidas por pontes ésteres aos átomos de carbono 
adjacentes do glicerol, e o terceiro átomo de carbono do glicerol está ligado a um grupo 
fosfato, que, por sua vez, é ligado a um entre vários tipos de grupamentos de cabeças. 
Combinando diferentes ácidos graxos e grupamentos de cabeças, as células produzem 
diferentes fosfoglicerídeos. A fosfatidiletanolamina, a fosfatidilserina e a fosfatidilcolina são os 
mais abundantes fosfoglicerídeos das membranas das células de mamífero ​s​. 
→ ​Esfingolipídeos​: são constituídos por esfingosina no lugar do 
glicerol. A esfingosina é uma longa cadeia acil com um grupo amino 
(NH2) e dois grupos hidroxila (OH) em uma extremidade.  
Na esfingomielina, o esfingolipídeo mais comum, uma cauda de ácido graxo é ligada ao grupo 
amino e um grupo fosfocolina é ligado ao grupo hidroxila terminal. Juntos, os fosfolipídeos 
fosfatidilcolina, fosfatidiletanolamina, fosfatidilserina e esfingomielina constituem mais da 
metade da massa de lipídeos da maioria das membranas celulares de mamíferos. 
→ Bicamada lipídica de muitas membranas celulares contém 
glicolipídeos ​e ​colesterol​. Os ​glicolipídeos ​assemelham-se aos 
esfingolipídeos ​, ​mas no lugar do grupo fosfato ligado à cabeça, possui 
um açúcar ​.  
Micaelle Martins ​1° semestre 2021 
 
→ A membrana plasmática eucariótica contém, especialmente, grandes 
quantidades de colesterol – até 1 molécula para cada molécula de 
fosfolipídeo. ​O colesterol é um esterol​.  
Ele contém uma estrutura em anel rígida a qual se liga a um único grupo hidroxila 
polar e a uma pequena cadeia de hidrocarbono apolar. As moléculas de colesterol 
orientam-se na bicamada com seu grupo hidroxila próximo aos grupamentos de 
cabeças polares das moléculas de fosfolipídeos adjacentes. 
 
Os fosfolipídeos formam bicamadas espontaneamente:​ ​a 
forma e a natureza anfifílica das moléculas de fosfolipídeos causam a 
formação de bicamadas de forma espontânea em ambientes aquosos.  
Moléculas hidrofílicas ​ dissolvem-se facilmente em água, porque contêm grupos 
polares carregados ou não carregados que podem formar interações eletrostáticas 
favoráveis ou ligações de hidrogênio com as moléculas de água.  
Moléculas hidrofóbicas ​ são insolúveis em água porque todos ou quase todos os 
seus átomos são apolares e não carregados e, portanto, não podem formar 
interações energeticamente favoráveis com as moléculas de água. Se dispersos na 
água, irão forçar as moléculas de água adjacentes a se reorganizarem em estruturas 
semelhantes a gelo que envolvem as moléculas hidrofóbicas 
↪​Sua​ formação aumenta​ com a ​energia livre ​porque essas estruturas de cadeias de 
cristais são mais ​organizadas ​do que as moléculas de água circundantes. Entretanto, 
o custo dessa energia livre é minimizado se as moléculas hidrofóbicas (ou as porções 
hidrofóbicas das moléculas anfifílicas) agruparem-se, e, assim, um menor número de 
moléculas de água é afetado​.  
- Quando as moléculas anfifílicas são expostas a um ambiente 
aquoso, se agregam de modo espontâneo, escondendo suas 
caudas hidrofóbicas no interior onde ficam protegidas da água, 
expondo suas cabeças hidrofílicas para a água.  
- Dependendo de sua forma, elas podem fazer isso de duas 
maneiras: podem formar ​micelas esféricas com as caudas para 
dentro​ ou formar ​folhas de camadas duplas, ou bicamadas, com 
as caudas hidrofóbicas para o interior entre as cabeças 
hidrofílicas ​.  
- As mesmas forças que fazem os fosfolipídeos formarem as 
bicamadas também proporcionam uma ​propriedade de 
autosselamento​. ​Uma pequena fenda na bicamada cria uma 
borda livre em contato com água ​ e, devido ao fato de serem 
energeticamente desfavoráveis, ​os lipídeos tendem a se 
rearranjar espontaneamente para eliminar a borda livre ​. 
 (Nas membranas plasmáticas eucarióticas, as fendas maiores são reparadas pela 
fusão de vesículas intracelulares.)  
- A proibição das bordas livres tem profundas consequências: a 
única forma de uma bicamada evitar a existência de bordas é 
pelo fechamento sobre si mesma, formando um compartimento 
fechado.  
(Esse comportamento excepcional, fundamental para a formação de células vivas, é 
decorrente da forma e da natureza anfifílicadas moléculas de fosfolipídeos). 
Micaelle Martins ​1° semestre 2021 
 
- A bicamada lipídica também tem outras características que a 
tornam uma estrutura ideal para membranas celulares. Uma das 
mais importantes entre elas é a sua fluidez, que é crucial para 
muitas das funções da membrana. 
 
 
→ A bicamada lipídica é um fluido bidimensional: 
moléculas lipídicas individuais são capazes de se difundir livremente 
no plano de uma bicamada lipídica 
→ A fluidez de uma bicamada lipídica depende de sua 
composição e temperatura: ​ há ​influência de ligações duplas 
cis-atuantes nas cadeias de hidrocarbonos. As ​ ​ligações duplas 
dificultam o agrupamento das cadeias tornando mais difícil de 
congelar a bicamada lipídica ​. Além disso, devido às ​cadeias ​de 
hidrocarbonos de lipídeos ​insaturados estarem mais distantes​, as 
bicamadas lipídicas por eles formadas são mais delgadas do que as 
bicamadas formadas por lipídeos saturados. 
EXEMPLO: Uma bicamada sintética feita de um único tipo de fosfolipídeo muda do estado 
líquido para um estado cristalino rígido (ou gel) bidimensional em uma temperatura 
característica.  
Essa mudança de estado é denominada ​ transição de fase​, e a temperatura na qual isso ocorre 
é mais baixa (a membrana torna-se mais difícil de congelar) se as cadeias de hidrocarbonos 
forem curtas ou possuírem ligações duplas.  
Uma cadeia curta reduz a tendência das caudas hidrocarbonadas de interagirem umas com 
as outras ​, na mesma camada ou na monocamada oposta, e as ​ ligações duplas cis-atuantes 
produzem torções nas cadeias que as tornam mais difíceis de se agruparem, de modo que a 
membrana se torna mais fluida a baixas temperaturas 
→ ​O ​colesterol ​modula as propriedades da bicamada lipídica​.  
Quando misturado com fosfolipídeos, ​aumenta a propriedade de 
barreira permeável da bicamada lipídica.  
O colesterol se insere na bicamada com o grupo hidroxila próximo às cabeças 
polares dos fosfolipídeos, de modo que seus rígidos anéis esteroides interajam e 
parcialmente imobilizem aquelas regiões de hidrocarbonos próximas aos 
grupamentos de cabeças polares. Reduzindo a mobilidade dos primeiros grupos CH2 
das cadeias das moléculas de fosfolipídeos, o colesterol torna a bicamada lipídica 
menos deformável nesta região, reduzindo a permeabilidade da bicamada a 
pequenas moléculas solúveis em água. Embora o colesterol aumente o 
empacotamento dos lipídeos na bicamada, isto não torna as membranas menos 
fluidas. Às altas concentrações encontradas na maioria das membranas plasmáticas 
dos eucariotos, o colesterol também impede que as cadeias de hidrocarbonos 
agrupem-se e cristalizem. 
→ Apesar de sua fluidez, as bicamadas lipídicas podem 
formar domínios de composições distintas  
→ A assimetria da bicamada lipídica é funcionalmente 
importante  
Micaelle Martins ​1° semestre 2021 
 
→ Os glicolipídeos são encontrados na superfície de 
todas as membranas plasmáticas eucarióticas ​PAG 576 
Resumo: 
As membranas biológicas consistem em uma ​camada dupla contínua de moléculas                     
lipídicas onde as proteínas de membrana ficam embebidas. Essa bicamada lipídica é                       
fluida​, com moléculas lipídicas individuais capazes de difundirem-se rapidamente                 
dentro de sua própria monocamada. As moléculas lipídicas de membrana são                     
anfifílicas​. ​Quando colocadas em água, elas se reúnem espontaneamente em                   
bicamadas, as quais formam um compartimento fechado. Embora as membranas                   
celulares contenham centenas de espécies diferentes de lipídeos, a membrana                   
plasmática das células animais contém três classes principais: ​os fosfolipídeos, o                     
colesterol e os glicolipídeos​. Os fosfolipídeos são classificados em duas categorias                     
de acordo com sua cadeia principal: os ​fosfoglicerídeos ​e os ​esfingolipídeos​.  
A composição de lipídeos das monocamadas interna e externa são diferentes,                     
refletindo as distintas funções das duas faces da membrana celular. Diferentes                     
misturas de lipídeos são encontradas na membrana das células de diferentes tipos,                       
bem como nas várias membranas de uma única célula eucariótica. Os fosfolipídeos                       
inositol são uma classe secundária de fosfolipídeos, os quais, no folheto citosólico da                         
bicamada lipídica da membrana plasmática, desempenham uma importante função                 
na sinalização intracelular: em resposta a sinais extracelulares, cinases lipídicas                   
específicas fosforilam os grupamentos de cabeças desses lipídeos para formar sítios                     
de ancoragem para proteínas sinalizadoras citosólicas, enquanto fosfolipases               
específicas clivam determinados fosfolipídeos inositol para gerar pequenas               
moléculas de sinalização intracelular.   
Micaelle Martins ​1° semestre 2021 
 
PROTEÍNAS DE MEMBRANA:​desempenham a 
maioria das ​funções específicas da membrana​. 
→ Fornecem suas ​características ​e ​propriedades funcionais. 
Como consequência, as quantidades e os tipos de proteínas das 
membranas são altamente ​variáveis​.  
Na membrana de mielina, que atua principalmente como isolante elétrico do axônio 
da célula nervosa, menos de 25% da massa da membrana são constituídos por 
proteína.  
→ Membranas envolvidas com a produção de ATP ​(como a membrana 
interna das mitocôndrias e dos cloroplastos)​, aproximadamente 75% são 
proteínas.  
→ Membrana plasmática típica possui uma ​quantidade 
intermediária de proteínas​, com ​cerca de metade de sua massa.  
→ Sempre ​há mais moléculas lipídicas do que moléculas de 
proteína​ nas membranas celulares, ​pois as moléculas lipídicas são 
pequenas quando comparadas com as moléculas de proteína, cerca de 50 moléculas 
lipídicas para cada molécula de proteína nas membranas celulares que possuem 
massa de proteína de 50%​.  
→ As proteínas de membrana ​variam amplamente em estrutura​ e 
no modo como se associam com a bicamada lipídica, refletindo 
suas funções distintas.  
→ Podem se associar à bicamada lipídica de várias maneiras  
→ ​As proteínas de membrana são anfifílicas,​ possuindo uma 
região hidrofóbica e uma hidrofílica.  
→ Muitas ​atravessam a bicamada lipídica e, portanto, são 
denominadas proteínas transmembrana​, com uma porção em 
cada um dos lados. ​Suas ​regiões hidrofóbicas​ passam pela membrana e 
interagem com as ​caudas hidrofóbicas das moléculas lipídicas do interior da 
bicamada​, onde são mantidas fora da água. Suas ​regiões hidrofílicas estão expostas 
à água nos dois lados da membrana.  
→ A ​ligação covalente​ da cadeia de ácidos graxos ​que se inserem na 
monocamada citosólica da bicamada lipídica​ aumenta a hidrofobicidade 
de algumas dessas proteínas transmembrana.  
→ Outras proteínas de membrana estão localizadas inteiramente 
no citosol e estão anexadas à monocamada citosólica da 
bicamada lipídica, tanto por uma a-hélice anfifílica exposta na 
superfície da proteína, quanto por uma ou mais cadeias lipídicas 
covalentemente ligadas.  
Ainda, outras proteínas de membrana estão totalmente expostas na superfície 
externa da célula, ligada à bicamada lipídica somente por uma ligação covalente (por 
meio de um oligossacarídeo específico) à um lipídeo de ancoragem na monocamada 
externa da membrana plasmática.  
Micaelle Martins ​1° semestre 2021 
 
→ Muitas das ​proteínas podem ser liberadas da membrana​ por 
procedimentos de extração suaves​, como a ​exposição a forças 
iônicas muito altas ou muito baixas ou a pH extremo,​ que 
interferem nas interações proteína- -proteína, mas deixam a 
bicamada lipídica intacta. ​Essas proteínas normalmente são referidas como 
proteínas periféricas de membrana​. As proteínas transmembrana e muitas proteínas 
mantidas na bicamada lipídica por grupos lipídicos ou regiões de polipeptídeos 
hidrofóbicos que se inserem nocentro hidrofóbico da bicamada lipídica não podem 
ser liberadas dessa forma.  
→ ​O modo como as proteínas de membrana estão associadas à 
bicamada lipídica reflete a função da proteína.  
→ Somente as proteínas transmembrana podem atuar nos dois 
lados da bicamada ou transportar moléculas através dela.  
Os receptores de superfície celular, por exemplo, são geralmente proteínas 
transmembrana que ​ligam moléculas sinalizadoras​ do espaço extracelular e ​geram 
sinais intracelulares diferentes do lado oposto da membrana plasmática.  
Para transferir uma pequena molécula hidrofílica através da membrana, uma 
proteína de transporte de membrana deve proporcionar uma via para a molécula 
atravessar a barreira permeável hidrofóbica da bicamada lipídica​.  
→ A ligação à membrana, através de uma única âncora de lipídeo, 
não é muito forte, então um segundo grupo lipídico 
frequentemente é adicionado, ancorando a proteína mais 
firmemente à membrana.  
Para a maioria das cinases Src, uma segunda modificação lipídica é a ligação 
de um ácido palmítico, um ácido graxo saturado de 16 carbonos, a uma 
cadeia lateral de cisteína da proteína. Essa modificação ocorre em resposta a 
um sinal extracelular que auxilia a recrutar a cinase para a membrana 
plasmática. Quando a via de sinalização é desligada, o ácido palmítico é 
removido, permitindo que a cinase volte ao citosol.  
→ Outras proteínas de sinalização intracelular, ​como as pequenas 
GTPases da família Ras​, usam uma combinação de ligação de grupo 
prenila e ácido palmítico para recrutar as proteínas para a 
membrana plasmática.  
→ ​Muitas proteínas se ligam temporariamente à membrana. 
Algumas são as clássicas proteínas periféricas de membrana que se associam às 
membranas por interações reguladas proteína-proteína. Outras passam por uma 
transição de proteína solúvel para proteína de membrana por meio de uma alteração 
conformacional que expõe um peptídeo hidrofóbico ou lipídeo de ancoragem 
covalentemente ligado​. ​Muitas das pequenas GTPases da família de proteínas Rab 
que regulam o tráfego de membrana intracelular (discutido no Capítulo 13), por 
exemplo, mudam dependendo do nucleotídeo que está ligado à proteína​.​ No seu 
estado ligado à GDP, elas são solúveis e livres no citosol, ao passo que, no seu estado 
ligado à GTP, sua âncora lipídica fica exposta e as prende nas membranas.  
→ A ligação covalente de um dos tipos de lipídeos pode auxiliar 
na localização de proteínas solúveis em água para a membrana, 
após sua síntese no citosol. 
Micaelle Martins ​1° semestre 2021 
 
pag 578 
 
RESUMO 
Enquanto a bicamada lipídica determina a estrutura básica das                 
membranas biológicas, as ​proteínas são responsáveis pela             
maioria das funções da membrana​, servindo como ​receptores 
específicos, enzimas, transportadores, e assim por diante. As               
proteínas transmembrana atravessam a bicamada lipídica​.           
Algumas dessas proteínas de membrana são ​proteínas de               
passagem única​, nas quais a cadeia polipeptídica atravessa a                 
bicamada como uma única a-hélice. 
Outras são ​proteínas de passagem múltipla, nas quais a cadeia                   
polipeptídica cruza a bicamada múltiplas vezes, seja como uma                 
série de a-hélices ou como folhas b arranjadas na forma 
de um barril. ​Todas as proteínas responsáveis pelo transporte de                   
íons e de pequenas moléculas solúveis em água pela membrana                   
são de ​passagem múltipla​. ​Algumas proteínas de membrana não                 
atravessam a bicamada, mas se ligam em um dos lados da                     
membrana​. Algumas estão ligadas na porção citosólica por uma                 
a-hélice anfipática na proteína de superfície ou por uma ligação                   
covalente de uma ou mais cadeias lipídicas, outras estão ligadas                   
na ​porção não citosólica por uma âncora GPI​. Algumas proteínas                   
associadas à membrana estão ligadas por meio de interações                 
não covalentes com as proteínas transmembrana. Na membrana               
plasmática de todas as células eucarióticas, a maioria das                 
proteínas expostas na superfície celular e algumas moléculas de                 
lipídeos da monocamada externa possuem cadeias de             
oligossacarídeos covalentemente ligadas a elas. Como as             
moléculas de lipídeo da bicamada, muitas proteínas de               
membrana são capazes de se difundir rapidamente no plano da                   
membrana. Entretanto, as células possuem maneiras de             
imobilizar proteínas específicas da membrana, bem como formas               
de manter confinadas tanto as proteínas da membrana quanto                 
as moléculas lipídicas, em domínios específicos na bicamada               
lipídica contínua. ​A associação dinâmica das proteínas de               
curvatura da membrana conferem suas características e formas               
tridimensionais. 
 
 
 
 
Micaelle Martins ​1° semestre 2021 
 
 
TRANSPORTE DE MEMBRANA: ​PAG 598 
Estrutura e composição dos lipídios de membrana e 
dinâmica das membranas celulares: 
A ​estrutura dos glicerofosfolipídios ​ pode ​alterar a fluidez das 
moléculas ​ pelo ​plano horizontal da bicamada lipídica.  
Por exemplo, o ​aumento da insaturação da cadeia​ de hidrocarbonetos causa 
um ​afastamento espacial dos fosfolipídios,​ ​o que ​diminui suas forças de 
interação e aumentam sua difusão pela membrana​. ​Por outro lado, uma 
maior saturação dos hidrocarbonetos causa o efeito oposto​, algo que é 
muito comum em balsas ou rafts lipídicos.  
Uma outra característica é o ​aumento da rigidez da membrana através 
do aumento da concentração de colesterol. ​Por apresentar anéis 
esteroides em sua estrutura, eles acabam diminuindo a possibilidade 
de deformações da membrana. 
 
 
 
Associação da proteína à membrana: 
1) ​Atravessando completamente a membrana:​ nesse caso, a ​ proteína 
apresenta uma porção hidrofóbica que a ancora na membrana, e 
apresenta porções polares em ambos os lados da bicamada, voltadas 
para o meio aquoso ​. Essas proteínas podem ser de ​passagem simples 
ou de múltiplas passagens ​. São consideradas ​proteínas integrais da 
membrana, pois não podem ser retiradas dela. 
 
2) Proteínas ancoradas a um dos lados da membrana: ​podem estar 
presas à membrana por uma parte de sua estrutura proteica, ou por 
uma âncora adicionada após sua síntese (ácido graxo, cauda GPI). 
Podem se associar ou deixar a membrana em caso de mudança 
conformacional ou quebra da âncora. 
 
3) Proteínas associadas indiretamente à membrada: ​ são proteínas que 
i ​nteragem com outras proteínas de membrana, ​ ​mas não interagem 
diretamente com a bicamada lipídica ​. São presas por ligações 
eletrostáticas fracas, e podem difundir livremente para o citosol ou o 
meio extracelular. 
 
RESUMO: 
As ​bicamadas lipídicas são praticamente ​impermeáveis ​à maioria das                 
moléculas polares. 
Para transportar pequenas moléculas hidrossolúveis para o interior ou                 
para o exterior das células, ou para os compartimentos intracelulares                   
Micaelle Martins ​1° semestre 2021 
 
envoltos por membrana, as ​membranas celulares contêm várias               
proteínas de transporte ​, cada qual ​responsável pela transferência de 
um soluto ou de uma classe de solutos em particular através da                       
membrana ​. Existem duas classes de proteínas de transporte de                 
membrana – ​transportadoras e de canal. Ambas ​formam caminhos                 
proteicos através da bicamada lipídica. Enquanto o transporte por                 
transportadores ​pode ser ativo ou passivo, o fluxo de soluto pelas                     
proteínas de ​canal ​é sempre passivo. 
Tanto o transporte de íons ativo quanto o passivo é influenciado pelo                       
gradiente de concentração desses íons e pelo potencialde membrana                   
– ou seja, pelo seu gradiente eletroquímico. 
 
 
 
Resumo 
As proteínas transportadoras ligam solutos específicos e os transferem                 
através da bicamada lipídica sofrendo mudanças conformacionais que               
alternadamente expõem o sítio de ligação a soluto em um lado da                       
membrana e então em outro. Algumas proteínas transportadoras               
transportam um único soluto “morro abaixo”, enquanto outras podem                 
atuar como bombas para transportar um soluto “morro acima” contra                   
seu gradiente eletroquímico, utilizando energia fornecida pela hidrólise               
de ATP, por um fluxo a favor do gradiente de outro soluto (como Na+ 
ou H+), ou pela luz, para coordenar a série de mudanças                     
conformacionais necessárias de maneira ordenada. As proteínas             
transportadoras pertencem a um pequeno número de famílias. Cada                 
Micaelle Martins ​1° semestre 2021 
TRANSPORTE PASSIVO:​ ​TRANSPORTE PELA MEMBRANA CELULAR A 
FAVOR DO GRADIENTE ELETROQUÍMICO 
TRANSPORTE ATIVO: ​ ​TRANSPORTE PELA MEMBRANA CELULAR CONTRA O 
GRADIENTE ELETROQUÍMICO, NECESSITANDO DE UMA FONTE DE ENERGIA 
PARA SER REALIZADO. 
TRANSPORTADORES​: ​ realizam o ​transporte de um número certo de íons 
ou ​moléculas ​a partir da ​abertura e fechamento de sua estrutura​ como 
uma comporta (​não abrindo simultaneamente para os dois lados da membrana 
celular​). podem ser do tipo ​uniporte ​(​realizam difusão facilitada de um único 
componente, de forma passiva​) ou ​acoplado ​(​transportam dois componentes, um 
a favor e outro contra o gradiente de concentração; simporte, se ambos os 
componentes seguem o mesmo sentido, e antiporte se seguem sentidos contrários​). 
TRANSPORTADORES TIPO BOMBA​:​ transportadores que utilizam a 
quebra de atp para realizar transporte ativo. 
CANAL IÔNICO: ​ ​proteína de membrana que se ​abre dos dois lados da 
membrana​, ​permeabilizando-a para o íon correspondente a ser 
transportado. Somente permite transporte passivo, e permite a passagem 
contínua de íons enquanto estiver aberto. 
 
 
família evoluiu a partir de uma proteína ancestral comum, e todos os                       
seus membros operam mediante um mecanismo semelhante. A família                 
de ATPases transportadoras do tipo P, que inclui a bomba de Ca2+ e a                           
bomba de Na+ -K+, é um exemplo importante; cada uma dessas                     
ATPases sequencialmente fosforila e desfosforila a si própria durante o                   
ciclo de bombeamento. A superfamília de transportadores ABC é a                   
maior família de proteínas de transporte de membrana e apresenta                   
grande importância clínica. Nessa família estão incluídas as 
proteínas responsáveis pela fibrose cística, pela resistência a fármacos                 
em células cancerosas e em parasitas que causam a malária, e pelo                       
bombeamento de peptídeos derivados de patógenos no RE para que                   
os linfócitos citotóxicos reconheçam a superfície de células infectadas. 
 
Micaelle Martins ​1° semestre 2021

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