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Pedagogia Surda

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Quando pensamos, comunidade surda, concluímos que essa comunidade é só para surdos. As pessoas confundem-se ou mesmo não possuem conhecimento sobre eles.
Uma característica da comunidade surda é ser composta por um grupo de pessoas que vivem num determinado local, compartilham objetivos comuns aos dos seus membros, e trabalham no sentido de alcançarem esses objetivos. A comunidade surda também incluir pessoas que não são surdas, mas que apóiam os objetivos da comunidade e trabalham junto as pessoas surdas para os alcançarem.
Artefatos culturais são representações de atitudes, tradicionais, valores normas, entre outros. Alguns artefatos identificado por Strobel são:
Experiências Visuais: O primeiro artefato da cultura surda é a experiência visual da vida.
Linguístico: A Língua dos sinais é fundamental, se apresentado como uma dos mais importantes aspecto da cultura surda .
 Familiar: Quando a família ouvinte sabe da existência da cultura Surda e procura se aprofundar e aprende LIBRAS, participa da comunidade surda dá tambem a criança surda, oportunidade de relação e efetiva troca de saberes durante os diálogos.
Literatura surda: Refere-se aos registros através de CD-ROOM, vídeos e dvd das dificuldades e/ou vitórias, de diversas experiências vividas pelo povo surdo, poetas e escritores, registram suas expressões literárias em língua...
 Vida Social e Esportiva: São acontecimentos culturais, tais como casamento entre os surdos, festa, lazeres e atividades nas associações de surdo, eventos esportivos e outros.
Artes Visuais: Os povos surdos fazem muitas criações artísticas que sintetizam suas emoções, suas histórias, sua subjetividade e sua cultura.
Politica: Consiste em diversos movimentos e lutas do povo surdo pelos seus direitos.
 Materiais: há artefatos culturais materiais resultante da transformação da natureza pelo trabalho humano, e sua utilização é condicionada pelo desenvolvimento do comportamento cultural dos povos surdos, que auxilia nas acessibilidade nas vidas cotidianas de sujeitos surdos, assim como os autores americanos alegam no caso de crianças surdas com famílias surdas.
Movimento Surdo, abrange uma ampla cultura que é muito presente nos movimentos. O movimento surdo tem negociações com a cultura surda. Com as novas tecnologias traz as novas estratégias e novas maneira de preparar o movimento surdo e existe uma explosão nas redes sociais das organizações do movimento surdo, articulado com a educação de surdos no cenário contemporâneo. Registros dos movimentos de hoje são constantes e importantes para dados, estudos e pesquisas. 
Escola de Surdo ( Educação Bilíngue de surdos) 
A educação bilíngüe de surdos no Brasil esta amparada pela Lei e é recomendada pelo Ministério Nacional da Educação (MEC), como sendo uma proposta válida e eficaz para o ensino das duas Línguas reconhecidas pelo país, Língua Portuguesa e LIBRAS, necessárias para a inclusão social efetiva destes sujeitos. 
O Decreto n° 5.626 de 22/12/2005, que regulamenta a Lei nº 10.436/2002, em seu capítulo VI, artigo 22 determina que se organize, para a inclusão escolar:
"I – escolas e classes de educação bilíngüe, abertas a alunos surdos e ouvintes, com professores bilíngües, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental;
II – escolas bilíngües ou escolas comuns da rede regular de ensino, abertas a alunos surdos e ouvintes, para os anos finais do ensino fundamental, ensino médio ou educação profissional, com docentes de diferentes áreas do conhecimento, cientes da singularidade lingüística dos alunos surdos, bem como a presença de tradutores e intérpretes de Libras – Língua Portuguesa." (NOVAES, 2010 p.73)
Ainda no artigo 22, parágrafo 1º, este Decreto descreve como escola ou classe de ensino bilíngüe “aquelas em que a Libras e a modalidade escrita da Língua Portuguesa sejam língua de instrução utilizada no desenvolvimento de todo o processo educativo”.
O reconhecimento pela Lei brasileira nº 10.436/2002, da LIBRAS como Língua oficial, abriu o caminho para a educação bilíngüe para os surdos e a aceitação da existência de uma “cultura surda”.
 A CULTURA E IDENTIDADE SURDA 
Toda Língua é uma construção cultural utilizada como forma de transmissão de conhecimentos e da cultura da comunidade que a utiliza. Por isso, segundo Bagno (2003; apud NOVAES, 2010) a Língua sinalizada deve ser vista “não só como ferramenta que devemos usar para obter resultados”, ela é produtora e transmissora de cultura.
A cultura surda é definida por Strobel , como:
"O jeito de o sujeito surdo entender o mundo e de modificá-lo a fim de se torná-lo acessível e habitável ajustando-os com as suas percepções visuais que contribuem para a definição das identidades surdas e das almas das comunidades surdas. Isto significa que abrange a língua, as idéias, as crenças, os costumes e os hábitos do povo surdo." 
(STROBEL, 2008; apud NOVAES, 2010)
A partir desta compreensão, pode-se perceber a existência de uma identidade específica e inerente ao sujeito surdo. A existência desta identidade contempla as características culturais e sociais de produção e transmissão cultural, Perlin (1998 apud SALLES, et al; 2004 p 41) divide, tendo como base os níveis de participação na comunidade surda, as características assumidas na identidade surda. São pelo autor classificadas como:
• Identidade Flutuante: quando o surdo se espelha no ouvinte, vivendo de acordo com a realidade do ouvinte;
• Identidade inconformada: quando o surdo não consegue viver de acordo com a realidade do ouvinte e se sente como tendo uma identidade subalterna;
• Identidade de transição: quando o contato do surdo com a comunidade surda não acontece na infância, o que traz um conflito cultural interno;
• Identidade híbrida: quando o sujeito nasce ouvinte e sofre uma perda auditiva, e este se utiliza para comunicar a língua sinalizada e para pensar a língua oral;
• Identidade surda: quando o surdo pôde desenvolver-se em contato precoce com a língua sinalizada e a comunidade surda, aprendendo a perceber o mundo visualmente. 
A partir da compreensão do termo bilíngüe como sendo um sujeito conhecedor e eficiente em duas línguas, o que se propõe como forma de ensino para a aquisição da segunda língua, que para o sujeito surdo é a Língua Portuguesa, é a forma escrita da língua oral ensinada a partir de sua língua materna. Isto se deve ao conceito de que o sujeito surdo interage melhor com o sentido da visão, e pelo respeito à sua condição de surdez, que dificultaria a aquisição da língua oral.
Esta preocupação quanto à necessidade do ensino da segunda língua, em sua forma escrita, se baseia na estreita relação existente entre cidadania e competência comunicativa. 
Segundo Karnopp, 2005 (apud VICTOR, et al.; 2010): 
"Aqui o acesso à palavra (em sinais e na escrita) é traduzido como uma forma de acesso das pessoas ao mundo social e lingüístico, sendo condição mínima e necessária para que o aluno possa participar efetivamente da aula, entendendo e fazendo-se entender."
A importância da palavra sinalizada e escrita está então, na possibilidade da comunicação sobre si.
Pedagogia Surda
A pedagogia surda é um dos modelos que valoriza a língua de sinais e reconhece que a mesma é fundamental para o aprendizado do aluno Surdo. Em geral, este método busca busca valorizar a cultura e as especificidades de aprendizado de criança surda. Este método defende que as crianças surdas deve ser estimuladas o mais cedo possível na língua de sinais e sugere diversas práticas que são utilizada hoje na educação de surdos 
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/14750/14750_3.PDF	
https://static.scielo.org/scielobooks/m6fcj/pdf/almeida-9788574554457.pdf

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