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Seleção de cor Matiz = nome da cor, ex: amarelo, vermelho... Croma ou saturação= é a quantidade de pigmentos que determinado matiz apresenta, ex: amarelo claro, vermelho escuro... Valor= é a quantidade de cinza do matiz, também chamado de brilho. Fatores que influenciam na seleção de cor Ambiente Ambiente deve ter cores neutras e sem brilho, para reduzir o estresse e o cansaço visual. Para não haver interferências de cores com a roupa do paciente, ele deve ser coberto por um pano de campo de cor neutra. Remoção de excesso de maquiagem, principalmente batom. Isso possibilita a determinação da cor do dente com a coloração natural dos lábios e do tecido gengival. Observador Domínio de cores pelo profissional. Paciente posicionado no mesmo nível dos olhos do observador, de tal forma que a luz incida de maneira similar no dente da escala e no objeto. Manter distância de 60 cm entre paciente e CD. Objeto O dente usado como referência deve ter estrutura dentaria suficiente e tenha sua cor original, de preferência não tenha passado por tratamento endodôntico e restaurador. Profilaxia, ou jatos de bicarbonato previamente a tomada de cor afim de remover manchas e placa bacteriana eventualmente existentes. O dente e a escala devem ser umedecidos antes da tomada de cor. O dente usado como referência pode ser o vizinho, dente homônimo do lado oposto ou o antagonista. Na tomada de cor primeiramente o CD deve determinar a cor da parte central do dente (corpo), em seguida as nuances de cor da região cervical (mais escura, ou seja com mais croma ou saturada), e depois da região incisal (mais translucida, mais clara com menos croma). Dentes mais jovens possuem borda incisal mais translucida, o que diminui com idade devido ao desgaste incisal. Fontes de luz A tomada de cor deve ser feita sob luz natural, com refletor odontológico pois evita acentuação dos tons amarelo-laranja dos dentes. Devem ser feitas várias tomadas de cor durante o tratamento, em diferentes horas do dia sob condições de luminosidade diferentes. Escala de cores A escala de cores possui algumas limitações, entre elas estão: Número reduzido de matizes em relação ás variações dentárias. Diferenças entre temperaturas de fusão da cerâmica da prótese e do dente da escala. Variações de uma escala para outra, em um mesmo matiz e croma. Diferença de espessura entre o dente da escala e da faceta da coroa, que é mais ou menos 1 mm. Não se deve utilizar escala de resina para confecção de cerâmicas devido as diferenças físicas dos materiais, reflexão de luz, metamerismo entre outros fatores. A escala mundialmente aceita para seleção de cor é a VITAPAN CLASSICAL SHADE GUIDE. Metamerismo é um fenômeno onde duas amostras coloridas são iguais sob uma determinada fonte de luz, mas diferentes em outra condição de iluminação. As letras correspondem as seguintes cores, A= marrom; B= amarelo; C=cinza; D= vermelho. Os números de 1 ao 4 correspondem a quantidade de pigmento existente, ou seja a croma ou saturação. A tomada de cor e seleção do dente da escala deve se iniciar de acordo com matiz encontrada no corpo do dente, depois deve ser feita a comparação da cervical e incisal do dente natural com o da escala. Se o matiz estiver correto, passa-se para seleção do croma. A cor C apresenta baixo valor, e o croma 3 é o intermediário sendo esses melhores para as comparações iniciais da seleção de cor. A sequência boa para comparação de matizes é C-B-A-D. Em caso de erro é possível aperfeiçoar a cor com detalhes de caracterização extrínseca e intrínseca aumentando a saturação e diminuindo o valor, mas em casos de erro de matiz não é possível modificar com corante, e a correção só poderá ser feita com nova determinação de cor e repetição da cerâmica. A determinação do valor é mais difícil pois requer ambiente com baixa luminosidade, que possibilite a ativação de células responsáveis pela visão do preto e branco. Na dentição natural o valor se situa entre o 6 e 8, em uma escala de 0(negro) a 10(branco), o cinza médio tem valor 5. A escala VITA SYSTEM 3D-MASTER foi elaborada para eliminar a limitação da escala vitaplan classical com relação ao valor, na escala 3D a cor é determinada tridimensionalmente e abrange todas as cores do dente natural. Nessa escala os dentes são ordenados em cinco blocos, o valor é definido analisando os dentes no sentido horizontal da direita para esquerda com numeração do 1 ao 5. Em seguida, o croma do 1 ao 3 selecionando os dentes no sentido vertical. O matiz é determinado no sentido horizontal, que apresentam tonalidades mais amareladas e avermelhadas, R (direita), L (esquerda), M (centro). Dentes claros tem menos cinza por isso refletem mais luz, e dentes escuros tem mais cinza por isso refletem menos luz. Outra escala bastante utilizada é a VITA LINEARGUIDE 3D-MASTER. O valor é determinado de 0M até 5M. A saturação e o matiz são determinados por numeração de 0 a 5. Comunicação entre o CD e o técnico Uso de fotografias. TOMAR CUIDADO COM O USO DO FLASH, pois pode alterar a visualização da cor. Uso de diagramas. Aplicação de cerâmica A aplicação da cerâmica deverá seguir as orientações recebidas do CD quanto ao matiz, valor, croma e características intrínsecas que darão efeitos naturais na cerâmica, como machas brancas, trincas e etc. Tratamento de infraestrutura O objetivo dessa etapa é obter uma superfície limpa, uniforme e sem contaminações, com espaço ideal para cobertura do opaco. Isso diminui a ocorrência de tensões residuais responsáveis pelo deslocamento ou fratura da faceta estética. A espessura da cinta metálica é reduzida afim de mascara-la dentro do sulco gengival, 0,1 mm para ligas de Ni-Cr e de 0,3 a 0,5 para as de ouro. É feita a usinagem com discos ou pedras de oxido de alumínio para regularização da superfície que recebera a cerâmica. Depois é feita a limpeza da superfície com jatos de vapor d’água, após essa limpeza a peça não pode ser tocada na área que recebera a cerâmica. Por último se aplica jatos de oxido de zinco de alumínio, em um processo denominado texturização que tem função de aumentar o umedecimento da liga com a cerâmica, criar microretenções que favoreçam a união mecânica pela ação das forças compressivas e aumente a união química. Aplicação do opaco O opaco pode ser aplicado em forma de pó ou em pasta. A cerâmica opaca é aplicada sobre o metal em duas camadas, tem função de mascarar a cor acinzentada a IE e simular o efeito da dentina subjacente. A aplicação da primeira camada cobre a estrutura metálica, nessa etapa é feito o processo de caracterização intrínseca por meio de modificadores do opaco. Essa aplicação é feita com pincel e vibração para que a camada se deposite nas microretenções criadas na texturização, e reduza a permanência de bolhas entre o metal e a cerâmica opaca. A segunda camada cobre imperfeições deixadas pela primeira. A queima da cerâmica é feita nas duas camadas, em forno com temperatura de 960 C°. Aplicação de cerâmica de revestimento Mistura-se o pó da cerâmica com liquido de modelar, a aplicação é feita em pequenos incrementos com auxílio de um pincel ou espátula restabelecendo gradualmente a anatomia dentária. Após a aplicação da primeira camada é feita a primeira queima em forno com temperatura de 920 a 930 C°. Depois da queima a superfície apresenta-se com brilho suave e nessa fase já é possível se observar a contração inicial da cerâmica, após o resfriamento faz-se o primeiro ajuste no articulador corrigindo as relações dos pônticos com o rebordo, os contatos proximais e oclusão. Depois é aplicada a segunda camada onde é possível se fazer as caracterizações desejadas caso não tenham sido feitas durante aplicação do opaco, e levado ao forno novamente na mesma temperatura da primeira queima. Após o resfriamento, é feito os ajustes funcionais e estéticos no articulador.
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