Buscar

Resumo Paulo César Busato: crimes contra a vida, lesões corporais e crimes contra honra

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Direito Penal - Parte Especial 1 - Artigo 121 ao Artigo 234 do Código Penal – Paulo César Busato.
O atual Código Penal sistematiza sua parte especial mediante o bem jurídico tutelado. Aqui é importante diferenciar o bem jurídico do correspondente objeto material do delito, este é aquele que sofre de modo real o resultado da conduta incriminadora, enquanto aquele é não necessariamente é um valor corpóreo, que corresponde a justificativa político-criminal determinante da criminalização da conduta. 
Título I: Dos Crimes Contra a Pessoa.
Coloca a pessoa humana como foco de interesse da organização jurídica, adotando o paradigma do antropocentrismo.
Capítulo I: Dos Crimes Contra a Vida:
A vida é o maior bem jurídico e serve de suporte para os demais, na medida em que, sem está nem mesmo existiria o direito, cuja pretensão é organizar as relações interpessoais da sociedade. Esse título do código penal encontra fundamento na própria CRFB’88, que no caput de seu artigo 5º garante a inviolabilidade do direito à vida.
HOMICÍDIO: é uma violação do bem jurídico vida como tal considerado a partir do nascimento, ou seja, aplica-se somente a vida extrauterina. 
Por ser um crime material, ou seja, um crime cujo há necessidade de um resultado, cabe tentativa. A tentativa de homicídio pode ser perfeita ou imperfeita. Denomina-se perfeita aquela em que vitima sobrevive por circunstâncias alheias a vontade do autor, após realização de todos os atos de execução. Ao contrario caso sejam interrompidos os atos executórios, por circunstâncias alheias a vontade do autor, chama-se tentativa imperfeita.
A ainda que ressalvar-se a questão do crime impossível, onde por ineficácia absoluta do meio ou impropriedade do objeto o crime não se consuma e neste caso extingue-se a punibilidade.
Modalidades e tipos de ação: 
A. Homicídio Simples: tipificado no ART 121, caput, cuja sua redação conta apenas com dois elementos matar e alguém, e a pena vária de 6 a 20 anos. Matar, do ponto de vista penal de homicídio, significa cessar a atividade encefálica onde está preexistia, conforme parâmetro da lei 9434/97, caput do artigo 3º. Desta forma o crime de homicídio exige uma ação, sendo comissivo na maioria as vezes, mas nada impede que o crime se configure a partir de omissão imprópria, ou seja, o omitente deveria e poderia agir para impedir o resultado, porém não o fez, conforme descrito no artigo 13, § 2º.
Destarte, a elementar alguém pressupõe uma pessoa viva, caracterizando-se como crime impossível, previsto no artigo 17, o homicídio de alguém já morto, a partir da impropriedade do objeto que impede a consumação do fato, não existindo para tal a punibilidade; igualmente ocorre quando a ineficácia absoluta do meio resulta em crime não consumado (ex: matar com arma de brinquedo).
É necessário ainda lembrar que, quando se configuram homicídios sucessivos de modo sistemático caracteriza-se genocídio previsto em legislação especial, juntamente com os casos de homicídio de vítimas especificas como por exemplo, o Presidente da República ou o do Senado Federal.
Por fim, o homicídio simples poderá enquadrar-se em hediondo mediante situações especificas, enunciadas no inciso I, do artigo 1º da lei 8072/90, sendo quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente.
Ressalva-se a segunda parte do enunciado do ART. 121§4º, segundo o qual a pena deverá ser aumentada em 1/3 quando o crime for praticado contra menores de 14 anos ou maiores d 60.
B. Homicídio Privilegiado: tipificado no ART 121, §1º como causas de diminuição de pena, que vária, de acordo com a decisão judicial de cada caso especifico, de 1/6 a 1/3.
Desta forma, caso o ato de matar alguém seja motivado por relevante valor social ou moral, ou ainda, ocorra sob domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, cabe a redução da pena, sendo necessário para isto somente uma das hipóteses mencionadas, ou seja, o homicídio privilegiado é um tipo misto alternativo.
O relevante valor social está intimamente relacionado ao coletivo, enquanto o relevante valor moral assimila-se como algo compreensível, ou seja, onde qualquer pessoa, posta no lugar do agente, teria ímpetos de atuar de modo similar. Ademais ambas as ações devem ser proporcionais as relevantes motivações, relevante pois supõe relevo, porque se destaca a ponto de ser reconhecido em plano geral. De modo prevalente utiliza-se a ideia de que, quando o caso é de algo admissível socialmente como relevante, mas possui interesse coletivo fala-se em relevante valor social, já quando se trata de algo admissível como socialmente relevante, mas guarda interesse meramente individual, tem-se o relevante valor moral.
A terceira hipótese para diminuição da pena, o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, tem como primeiro requisito o domínio de violenta emoção, de forma que deve ser algo intenso e incontrolável, ou seja, a emoção que gera a situação concreta de privilegio é aquela que pode ser identificada como de tal intensidade que tome o controle das ações do sujeito. O segundo requisito é temporal, ou seja, deve ocorrer logo em seguida a provocação, deste modo entende-se como logo em seguida situações de imediação determinadas pelo contexto fático, que traduz uma situação onde não se rompe o ciclo emocional, isso porque a explosão emotiva que caracteriza o privilegio tem seu ápice no momento em que o agressor e atingido pela provocação. 
O último requisito para configuração da redução de pena é a injusta provocação da vítima, onde deve ser feita a valoração da provocação no contexto social, utilizando-se como norte a proporcionalidade e a razoabilidade. É certo que não se trata de uma provocação que necessite de uma reação homicida, pois nesse caso seria legitima defesa. O homicídio, neste caso, será sempre um excesso na reação.
** Diferenciações artigo 65, III, c (última parte): Caso não haja propriamente o domínio de violenta emoção, mas sim a influência aplica-se a pena de homicídio simples com a atenuantes, igualmente ocorre nos casos em que não haja concreta imediação entre a provocação e a atuação ou em que não haja injusta provocação por parte da vítima, mas somente um ato injusto. **
C. Homicídio Qualificado: tipificado no ART 121, §2º, a pena incide de 12 a 30 anos, variando conforme condenação. São enquadradas aqui os tipos de ação que, por distintas razões, recebem um “plus” de desvalor. De modo geral, em casos diversos do homicídio, figuram como agravantes genéricas, tipificadas no art. 61 do CP, sendo assim não se aplicam as agravantes nos casos de homicídio, pois configurar-se-ia bis in idem.
Constituem tipos qualificados homicídio cometidos por determinados motivos (inciso I, II, V, VI, VII) ou por meios (inciso III) e modos (inciso IV) excepcionalmente reprováveis.
No inciso I, o legislador prescreveu uma forma consistente na exemplificação seguida de uma cláusula generalizante. Assim, assinala como qualificado o homicídio quando praticado mediante paga ou promessa de recompensa ou por outro motivo torpe, sendo torpe algo repugnante, que ofende gravemente a moralidade média ou os princípios éticos dominantes. 
No inciso II, o legislador opta por um conceito. Sendo fútil uma motivação desproporcional a ação final, tal que se enquadra em insignificante. 
No inciso III, estabelece-se um elenco de tópicos relacionados aos meios de execução, e completa com uma clausula que abre passo para uma interpretação análoga, quando diz que se encaixam nesse inciso qualquer meio insidioso, ou cruel, ou que possa resultar em perigo comum.
Quanto aos modos de execução, elencados no inciso IV, o homicídio resulta qualificado quando praticado mediante traição, emboscada, dissimulação, ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido. Nota-se que o ato não necessita intencionalmente dificultar ou impedir a defesa da vítima, basta que o faça, independente da intenção, porem a qualificadora dependede que o autor tome uma providência, se ele somente se aproveita de situação de exposição ou fragilidade em que a vítima se autocolocou não há que se falar em homicídio qualificado. 
No inciso V, aparece uma motivação com especial fim de agir de assegurar a execução, a impunidade ou a vantagem derivada de outro crime qualquer, consumado ou tentado.
D. Homicídio Qualificado-Privilegiado: as causas de diminuição de pena são de caráter subjetivo, pois estão relacionadas à motivação do agente. Já as qualificadoras dividem-se entre as de caráter igualmente subjetivo e outras de caráter objetivo, relacionadas ao meio e modo de execução. Sendo assim há incompatibilidade entre o privilegio e as qualificadoras de caráter subjetivo, pois se admite-se que o réu matou por relevante valor social ou moral automaticamente declara-se que o motivo do crime não foi fútil e nem torpe.
No entanto, não há incompatibilidade para o reconhecimento simultâneo de privilegio com as qualificadoras objetivas, sendo possível tipificar o seguinte: art. 121, §1º c/c §2º, III ou art. 121, §1º c/c §2º, IV ou ainda art. 121, §1º c/c §2º, III e IV.
E. Homicídio Culposo: o Código Penal brasileiro, seguindo a tendência dos demais, adota a opção pela punibilidade do crime imprudente como exceção, exigindo, para tanto, expressa previsão em cada tipo penal. Por outro lado, o Código penal ainda opta pela distinção entre imprudência (não observar as regras de segurança), negligência (omissão, não fazer o que deveria) e imperícia (fazer algo que não sabe).
O homicídio culposo, previsto no ART. 121, §3º, é aquele realizado sem que seu autor pretenda efetivamente produzir o resultado morte. Cabe ainda ressaltar aqui os casos de culpa consciente, onde o sujeito sabe do risco de determinada ação, mas tem total confiança que poderá impedir o resultado, cujo não deseja e nem aceita de qualquer forma. 
Nesse tipo penal, cabe a concessão do perdão judicial nos casos em que, as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária, conforme ART. 121 §5º.
Por fim, ressalva-se a primeira parte do enunciado do ART. 121§4º, segundo o qual a pena deverá ser aumentada em 1/3, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante.
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXILIO AO SUICÍDIO: o induzimento e a instigação ao suicídio são forma de participação moral, já o auxílio reflete-se em uma participação material e estão tipificados no ART. 122 do Código Penal.
É elemento complementar o ato de suicídio perpetrado pela vítima, ou seja, é ato de ceifar direta e voluntariamente a própria vida. De tal forma que o ato de participação em suicido de quem não tem normal discernimento e consciência da realidade, de modo que não posso resistir a interferência, constitui crime de homicídio. Porem caso haja somente uma redução da capacidade de consentimento do sujeito encontramo-nos diante da hipótese do ART. 122, P.Ú, II, que duplica a pena em questão. Por fim, se o crime é praticado por motivo egoísta, conforme ART. 122, P.Ú, I, a pena também será duplicada.
Somente haverá punição a participação no suicídio se ele se consumar, ou dele advenha lesão corporal grave, apesar da não efetivação do ato. Não há aqui a possibilidade de tentativa, pois caso o induzimento, instigação ou auxilio levem a um atentado da vítima contra sua própria vida, o tipo já está consumado.
Ressalva-se que o sujeito ativo não pode participar dos atos de execução, caso contrário seja punido por homicídio.
INFANTICÍDIO: tipificado no ART.123, o bem jurídico protegido é novamente a vida humana. Trata-se, na verdade, de uma forma especial de homicídio privilegiado, porém enquadra-se em um crime próprio, já que, somente a mãe, em estado puerperal, poderá cometer.
Ademais, o tipo exige a presença do estado puerperal comprovado e que este tenha efetivamente afetado a autora do delito. Estado puerperal é uma descarga hormonal, que a mulher sofre durante o parto, e sob esta influência pode-se sofre perturbações emocionais.
Porém não basta apenas que a afetação ocorra. O tipo exige ainda uma dimensão temporal, pois o crime somente poderá ser perpetrado durante o parto ou logo após. Este “logo após” é delimitado pela duração do estado puerperal, o que pode chegar a até 2 meses.
A consumação dar-se-á com a morte, sendo o crime material com possibilidade de tentativa. Além de material o infanticídio é também um crime próprio, na medida em que só pode ser praticado pela mãe para com o nascente ou recém-nascido. Destarte, no caso de concurso de pessoas aplicar-se-á o art. 30 do CP, na medida em que trata-se de elementares do crime acarretando em transferência da condição para o partícipe. 
Ademais, caso ocorra erro de pessoa, ou seja, a mãe desejando matar seu filho, sob influência do estado puerperal, e tendo certeza de que este o é mata outro recém-nascido, o sujeito ativo responderá por infanticídio, conforme art. 20, §3º.
ABORTO: o bem jurídico que visasse proteger é a vida, que do conceito jurídico cessa com a inatividade cerebral, desta forma torna-se inviável a punição do aborto nos casos de anencefalia, na medida em que, não há atividade cerebral e consequentemente, do ponto de vista jurídico, não há vida. Deduz-se, pois, que a expulsão do ventre do feto anencéfalo é um indiferente penal. Em consonância a isto em 2013 o STF publicou o acórdão da ADPF nº 54, no qual decidiu não criminalizar o aborto de anencéfalo.
Requer necessariamente o dolo, seja ele direto ou eventual (assume o risco de produzir o resultado), sendo impune o aborto provocado imprudentemente.
Por ser um crime material admite tentativa, desde que os meios abortivos empregados sejam adequados para a provocação do mesmo.
Modalidades e tipo de ação:
Auto Aborto ou Provocado com seu Consentimento: tipificado no ART. 124 do CP, cujo núcleo do tipo é provocar, que consiste em realizar manobras que ensejam o aborto, excluindo-se, portanto, a hipótese de aborto espontâneo.
Aborto Provocado por Terceiro: configura pratica abortiva realizada por pessoa diversa da própria gestante, e subdivide-se em duas modalidades: 
Provocado sem o consentimento da gestante: tipificado no ART. 125, onde há dois sujeitos passivos, o feto e a gestante, porquanto a realização do delito implica necessariamente ofensa a integridade física ou saúde desta, além de inviabilização da vida daquele. É presumível que o exige-se da gestante a capacidade para consentimento, sendo assim as menores de 14 anos, alienada ou débil mental que consente para a pratica delitiva, não é pessoal capaz de consentir, pelo que, eventual consentimento é inválido. Da mesma forma, o consentimento obtido mediante fraude, violência ou grave ameaça é tido por inválido, conforme art. 126, p.ú. 
Provocado com o consentimento da gestante: tipificado no ART. 126, onde a imputação destina-se exclusivamente ao terceiro e não a gestante. 
** Forma Qualificada: tipificado no ART. 127, e aplica-se somente nos casos do art. 125 e 126, tendo em vista que os excessos de resultado são provocados contra a gestante e, não seria possível a punição de autolesão ou suicídio. A pena será aumentada de 1/3, se em consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave. Já se por qualquer dessas causas, sobrevém a morte da gestante duplica-se a pena. **
Aborto Legal: previsto no ART. 128, é caso de exclusão da antijuridicidade, na medida em que sequer existe o crime. Desmembra-se em duas hipóteses:
Aborto necessário: sempre realizado por médico para salvar a vida da gestante, devendo ser o aborto o único meio capaz para isto. Não há qualquer necessidade de concordância da gestante.
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro: caso de exclusão da pretensão de ilicitude nos casos em que a gravidez resultede estupro, sendo necessário para o aborto a autorização da gestante, ou no caso de incapacidade civil, de seu representante legal. É necessário que haja pelo menos um indício confiável de que a gravidez é produto de estupro, porém não há necessidade não há necessidade de aguardar o trânsito em julgado de uma sentença condenatória.
Capítulo II: Das Lesões Corporais.
Dentro dos crimes contra a pessoa, o Código também inclui no seu âmbito de bens jurídicos, além da vida, a integridade física e a saúde. É importante dizer a que proteção normativa jurídica-penal dirige-se ao ser humano independente e, no caso deste ser dependente (feto), limita-se à preservação da vida. Vale dizer que, no entanto, não é impune a lesão ao feto que produz no nascido efeitos quanto a sua integridade física e corporal.
É necessária a comprovação mediante laudo pericial, e sem qualquer vestígio de dano a integridade física ou saúde caberá somente a imputação por meio da contravenção penal de vias de fato.
O termo integridade física e saúde abrange qualquer classe de dano, seja ele anatômico ou fisiológico e ainda psíquico ou perturbações mentais, que, sem dúvida, são representativos de uma redução na saúde da vítima. 
O crime de lesão corporal guarda fronteira com alguns crimes pertencentes ao capítulo da periclitação da vida e da saúde, mais especificamente nos referenciados como “perigo”, na medida em que, a partir da consumação enquadra-se em lesão corporal, segundo princípio da consunção (aplicável nos casos em que há uma sucessão de condutas com existência de um nexo de dependência. De acordo com tal princípio o crime fim absorve o crime meio). Também ocorre delimitação pelo princípio de especialidade em relação a outros tipos penais como a tortura, o crime de transplantes ilícitos de órgãos e os delitos de esterilização ilegal de seres humanos.
A consumação se dá com efetivo dano à integridade física ou à saúde de outrem, portanto admite-se a tentativa, ainda que restrita a modalidade dolosa. Há linha atenue entre a tentativa de lesão e a consumação de vias de fato, para tanto configura-se aquele quando o intento de ferir é manifesto, mas a ação desencadeada para a produção do resultado é interrompida por interferência de terceiro.
Admite as seguintes modalidades:
Lesões Corporais Dolosas: o dolo deverá corresponder a ação aqui tipificada, ou seja, o agente deve desejar especificamente lesionar. O tipo das lesões corporais comporta dolo direto de primeiro ou segundo grau e também o dolo eventual, desta forma subdividem-se em:
Lesão Corporal Leve (ART. 129, caput): tratadas como leve por exclusão, desta forma enquadraram-se aqui as condutas não tipificadas no §1º,2º e 3º do art. 129, que porém, deixem vestígios aferíveis por laudo pericial, caso contrário estaremos diante de meras vias de fato.
Lesão Corporal Grave (ART.129, §1º) ou Gravíssimas (ART. 129, §2º): as lesões graves são aquelas que resultam incapacidade para ocupações habituais por mais de 30 dias (não se resumem em trabalho); perigo de vida (houve perigo de morte, ou seja, a pessoa esteve na iminência de perder a vida); debilidade permanente de membros, sentido ou função (é diminuição da capacidade funcional e não deve ser possível fixar um momento futuro de recuperação); aceleração de parto (expulsão precoce do ventre da mãe, porém é necessário o nascimento com vida e também o conhecimento do agente do estado da vítima).
Já as chamadas lesões gravíssimas incluem a incapacidade permanente para o trabalho (atividade laboral ou profissional pela qual possa o sujeito sustentar-se e refere-se a perda de possibilidade de atuação no mercado de trabalho); enfermidade incurável (processo patológico que apresenta falta de probabilidade de cura: ex.: glaucoma); perda ou inutilização de membro, sentido ou função (cessa ou interrompe completamente a atividade em questão); deformidade permanente (dano estético perceptível); aborto (sempre preterdoloso, pois caso tratar-se de dolo resta qualificação do crime de aborto qualificado pela lesão, desta forma deve ser produzido sempre involuntariamente).
Lesão Corporal Seguida de Morte (ART. 129, §3º): aqui o dolo do agente é dirigido à lesão corporal, porém sobrevém a morte por imprudência.
Lesões Corporais Imprudentes Simples (ART. 129 §6º) ou Majoradas (ART. 129 §7º): são subdivididas segundo a gravidade, de modo que, qualquer que seja a magnitude da lesão corporal, se o elemento subjetivo que orienta o ilícito for a imprudência o tipo penal será a lesão corporal culposa, do §6º. Porem as lesões que enquadrarem-se nas circunstâncias especiais do art. 121 §7º terão a pena aumentada em 1/3, sendo quando o crime resulta de inobservância de regras técnicas de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. É importante mencionar que as lesões de transito já não são mais abrangidas pelo CP, mas sim pela lei 9503/97 em decorrência do Princípio da Especialidade. 
O Código Penal brasileiro prevê quatro situações em que os tipos penais de lesões corporais (dolosas) são diferenciados quanto ao seu sujeito passivo, sendo:
Lesão Corporal Majorada (ART. 129, §7º): nos casos em que o crime for praticado contra menores de 14 anos ou maiores de 60 anos aumenta-se a pena em 1/3. Esse aumento decorre da hipossuficiência das vítimas em proverem sua defesa.
Lesão Corporal Doméstica (ART. 129, § 9º e 10º): quando a lesão corporal é leve e praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, resta caracterizada a lesão corporal doméstica de natureza leve, cujo a pena varia de 3 meses a 3 anos de detenção. Já quando a violência no âmbito doméstico é perpetrada gerando lesão grave, gravíssima ou seguida de morte ocorre o acréscimo de 1/3 sobre a pena na forma prevista no §10º, desde que as vítimas sejam as já mencionadas.
Lesão Corporal Doméstica contra Pessoa Portadora de Deficiência (ART. 129, §11): aumenta de 1/3 a pena prevista no §9º, caso a vítima seja portadora de deficiência, conforme descrito no §11. Porém para tanto é necessário que as lesões sejam de natureza leve.
Lesão Corporal contra Agente descrito no art. 142 e 144 da CRFB’88, Integrantes do Sistema Prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu Cônjuge, Companheiro ou Parente Consanguíneo até 3º grau, em razão desta condição: aumenta-se a pena de 1/3 a 2/3.
Para além desses casos, existe previsão de diminuição de pena (1/6 a 1/3) no ART. 129, §4º, caso o autor tenha cometido o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima.
A segunda forma privilegiada de lesão é prevista no ART. 129, §5º, que enuncia que sendo as lesões leves e reciprocas ou estando presentes qualquer das hipóteses do §4º poderá o juiz aplicar pena de multa.
O §8º do ART.129 ainda prevê a aplicação do perdão judicial para as hipóteses de lesão corporal culposa, em que as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
Quanto a ação penal, são de Ação Penal Pública Condicionada à representação da vítima as lesões corporais leves e as lesões corporais culposas.
Capítulo V: Dos Crimes Contra Honra.
Remanesce um núcleo da questão da honra que é associado a dignidade humana, tratando-se, pois, da proteção do livre desenvolvimento da personalidade. A doutrina em geral divide o bem jurídico honra em duas dimensões;
Honra Subjetiva: consiste na autoimagem, ou seja, autoestima;
Honra Objetiva: consiste na reputação, ou seja, como o sujeito é visto socialmente;
Sustenta-se a utilidade da distinção no sentido de estabelecer quando o bem jurídico é atingido e, portanto, o momento da consumação do delito.Ademais, os crimes contra honra dividem-se em: 
Calúnia (ART.138): consiste em imputar a alguém, falsamente, fato definido como crime, cuja ofensa é dirigida a honra objetiva, ou seja, a reputação da vítima. A consumação aqui ocorrerá com o conhecimento de terceiros. 
Contudo a calúnia, conforme ART.138, §2º, também pode dirigir-se aos mortos, cujo a proteção destina-se a honra dos parentes destes (ascendentes, descendentes, irmãos e cônjuges), que tem total interesse na preservação de sua imagem.
O tipo é aberto, de forma livre, ou seja, pode ser perpetrado de diversos modos, desta maneira as formas de execução admitem diversos meios, seja pela palavra escrita ou oral, gestos e até meios simbólicos. Além disso a ofensa deve dirigir-se a pessoa certa e determinada, não constituindo crime dirigir a imputação aos políticos, por exemplo. É necessário ressaltar que verifica-se plenamente possível que pessoa jurídica seja vítima de calúnia, sem sequer discutir a questão da viabilidade ou não da incriminação de pessoa jurídica. Situação similar é a que envolve menores de 18 anos ou doentes mentais, desta forma a ideia de que se a vítima for incapaz, não haverá delito é insustentável, isso porque o que lhes imputou foi um fato, e tal fato é definido como crime, o que não significa que se vá imputar-lhe a pena.
A referência feita como fato implica que este seja concreto e não uma mera atribuição de qualidade desairoso, como por exemplo ladrão ou corrupto. De mesmo modo é necessário que o fato imputado esteja expressamente definido como crime, de tal forma que a imputação de contravenção pode configurar difamação, mas não calúnia.
Além disso a imputação deve estar na esfera do possível (Napoleão), e ser falsa, cuja falsidade deve ser de conhecimento do autor da calúnia ou, no mínimo, supor que seja. Caso o agente se engane sobre a falsidade da imputação, incidirá o erro sobre o elemento normativo do tipo falsamente, conduzindo à exclusão do dolo e, de consequência, da responsabilidade, eis que inexiste previsão legal especifica de crime imprudente.
Pode ser que o ato da calúnia atinja terceira pessoa, situação em que se denomina calúnia reflexa, como, por exemplo, quando diz que a vítima corrompeu um policial, sendo evidente que a imputação atinge reflexamente o policial. Outro tipo de calúnia mencionado pela doutrina é a implícita, ou seja, quando não se imputa diretamente, mas pode a imputação ser inferida da expressão utilizada, como acontece, por exemplo, quando em uma discussão um dos indivíduos diz “pelo menos eu nunca desfalquei cofres públicos”. O §1º inclui ainda uma modalidade diferente de tipo de ação, consistente em propagar ou divulgar a calúnia que se reconhece como tal (falsa) e, neste caso, pouco importa se a pessoa que receber a informação já a conhecia.
É necessário salientar que, segundo distinção doutrinária, se a calúnia se dirige ao Presidente da República, do Senado, da Câmara e do STF, havendo imputação de crime de responsabilidade aplica-se o art. 26 da Lei nº7.170/83.
O tipo penal é doloso, devendo, para tanto, pretender-se atribuir falsamente responsabilidade pela realização de um crime, ou seja, ferir a honra de outrem. Contudo não é apenas o elemento interno que interessa, mas também o normativo do dolo, ou seja, a transmissão de sentido, que envolve tanto quem transmite a mensagem quanto quem recebe. As modalidades de dolo são cabíveis no caput (direto, indireto e eventual), porém no §1º só admite-se o direto.
O consentimento, neste caso, afasta o interesse na declaração do injusto nos casos de bem jurídico exclusivamente individual. Situação diversa ocorre nos casos em que o interesse transcende o âmbito privado (ex.: funcionário público).
É possível dizer que a calúnia oral não admite tentativa, enquanto a escrita, sim, pois esta pode ser frustrada por circunstâncias alheias à vontade do agente, mesmo tendo sido efetivamente perpetrados atos de execução consistentes no início da realização do plano do autor.
**Exceção da Verdade: é permitida a produção de prova da veracidade do fato criminoso imputado a alguém, porém evidentemente há de ser uma situação concreta em que, a princípio, a imputação soasse como falsa, à mingua da prova da verdade. Provada a verdade exclui-se a pretensão de punibilidade, pela ausência da elementar normativa falsamente. Ademais existem algumas exceções, previstas no §3º, sendo elas:
Se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível: neste caso suspende-se o processo e o prazo prescricional, pois o reconhecimento da existência de crime depende da conclusão de outro processo;
Se o fato é imputado ao Presidente da república ou chefe de governo estrangeiro;
Se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível: isso vale tanto para as ações públicas quanto privadas, na medida em que, não se pode pretender a afirmação de verdade em uma exceção, contraposta a uma decisão judicial de mérito irrecorrível.
Difamação (ART. 139): a aflição aqui destina-se ainda à honra objetiva, cujo objetivo é macular a respeitabilidade alheia. Aqui o tipo penal não exige que a imputação do fato desairoso à moral da vítima seja falso, ele pode inclusive ser verdadeiro, basta, portanto, que seja certo e determinado.
O tipo tem forma livre, no entanto o ato de propagar a difamação não tem previsão legal, sendo assim não se pune aquele que propala difamação proferida por outrem, porém há necessidade de referenciar que a informação por proferida por aquele.
A ofensa deve dirigir-se a pessoa determinada e identificada, ademais não se exige qualquer qualidade especial dessa pessoa. Contudo não existe difamação contra os mortos (apenas no campo cível), mas pode configurar-se casos de difamação indireta, usando a ofensa aos parentes como forma de irrogar fato desairoso a pessoa viva, por exemplo, é possível imputar a alguém fato de ter sido criado por ladrões, atingindo, com isso, diretamente aos pais do difamado e indiretamente ele próprio. Admite-se também difamação a pessoa jurídica.
Novamente é necessário há consumação que o fato seja do conhecimento de terceiros, por quanto, quando a imputação é comunicada somente a vítima e está a propale, o crime de difamação não ocorre.
O crime é unicamente doloso, admitindo todas as suas formas, desta forma sempre que a situação fática transmita o sentido de uma pretensão de ofensa à honra estará presente o dolo. Novamente é evidente que o consentimento isenta o crime, por motivo de justificação, já que o bem jurídico em questão é disponível.
É admitida a tentativa na forma escrita, porém não na forma oral. Por fim, admite todas as formas de autoria e, inclusive coautoria, juntamente com a participação, que pode dar-se tanto em suas formas intelectuais (instigação e induzimento) quanto na forma material.
**Exceção da Verdade: é admitida apenas nos casos de funcionários públicos, quando o fato imputado desairosamente relaciona-se com a função por ele exercida, isso porque deve prevalecer o interesse público na apuração do fato para o eventual afastamento ou punição do servidor. Porém se o funcionário público praticou ato ímprobo em sua vida particular e não na atividade pública, não cabe exceção da verdade quanto ao tema.
Injúria (ART. 140): trata-se aqui da honra subjetiva, de tal forma que, a injúria é uma ofensa unicamente moral, à honra, onde atribui-se uma qualidade negativa a alguém. Desta forma a injúria aflige a autoestima, não necessitando que o resultado seja percebido por terceiros, bastando que seja percebido pelo próprio ofendido.
A injúria não consiste na imputação de fato determinado, bastando traduzir uma genérica atribuição de qualidades deprimentes ou reprováveis ou a vaga imputação de defeitos vexatórios. Como tal é um tipo de ação com forma livre, ademais o crime se apresenta, em geral, como um tipo de ação, restando impossibilitada a figura omissiva, portanto uma eventual omissão é tratada somentecomo uma descortesia, sem dimensão suficiente para caracterizar uma ofensa penal, conforme princípio da intervenção mínima.
Se a injúria, porém, é dirigida a funcionário público, no exercício de suas funções, o crime é de desacato.
Pode caracterizar-se em uma ofensa direta ou indireta, ou seja, dirigida contra uma pessoa ou contra uma coletividade da qual o sujeito passivo faça parte.
Novamente o tipo penal é doloso, na medida em que, exige-se a transmissão de sentido do compromisso para com a produção do resultado ofensivo da honra da vítima.
O tipo é comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa e admitindo todas as formas de participação.
Por fim, a injúria divide-se em:
Injúria Real (ART. 140, §2º): injúria cometida mediante violência. Trata-se de uma agressão física que, na verdade, transmite o sentido de uma ofensa moral e não física, por sua natureza, ou pela forma como é perpetrada. Trata-se de uma forma qualificada.
Injúria Racial (ART. 140, §3º): trata-se de uma especialização da própria ofensa, ou seja, se o emprego da ofensa se mescla à utilização de certos elementos que definem a vítima, associando suas características pessoais a elementos negativos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou à condição da idosa ou portadora de deficiência. Nota-se que se difere dos crimes de racismo, pois estes, de modo geral, consistem em negar o exercício de algum direito do ofendido em face de suas condições.
**Perdão Judicial: há exclusão do crime por falta de pretensão de punibilidade, expresso no§1º do ART. 140. Desta forma, admite-se o perdão judicial em caso de provocação ou retorsão. A provocação deve ser reprovável, injusta e direta, ou seja, feita na presença do ofendido, porém grande parte da doutrina considera possível que a reação parta de outra pessoa que esteja presente e não da vítima, configurando-se injúria reflexa ou oblíqua. Já a retorsão imediata consiste em outra injúria, ou seja, uma contraposição de injúrias.
Ademais, é necessário ressalvar algumas disposições comuns aos três tipos de crime contra a honra citados a cima, sendo elas:
Causas especiais de aumento de pena (ART. 141): aumenta-se em 1/3 a pena caso a calúnia, difamação ou injúria ocorra contra o Presidente da República ou contra chefe de governo estrangeiro; contra funcionário público, em razão de sua função; contra pessoa maior de 60 anos ou portadora de deficiência, exceto nos casos de injúria; ou ocorra, ainda, na presença de várias pessoas ou por meio que facilite a sua divulgação. A pena será dobrada caso o crime ocorra mediante paga ou promessa de recompensa.
Causas especiais de exclusão da ilicitude ou antijuridicidade (ART. 142): aplicam-se somente a injúria ou difamação, e são as seguintes: ofensas irrogadas em juízo (evidentemente a eventual ofensa deve ter relação com a causa ou com a tese exposta); a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar; o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício. Porém, segundo o P.Ú é amplamente punível, por crime de injúria ou difamação, quem divulga as ofensas irrogadas em juízo, ou ainda quem divulga o conceito negativo de funcionário público.
Retratação (ART. 143): aplica-se somente a calúnia e difamação e consiste na isenção da pena para o autor que se retratar perante a vítima, antes da sentença. Ademais, para os crimes praticados mediante os meios de comunicação a retratação deverá ocorrer da mesma forma, se assim desejar o ofendido.
Pedido de explicações (ART. 144): visando aclarar a obscuridade a respeito da ofensa à honra perpetrada, a vítima pode optar por manejar o pedido de explicações, em que se solicita que o ofensor preste os devidos esclarecimentos, perante o juiz, a respeito da suposta ofensa à honra. Assim, oferecidas ou não as explicações, estas devem ser repassadas ao ofendido que decidirá se quer ou não dar continuidade a ação.
Ação penal (ART. 145): 
	Regra Geral
	Ação Penal Privada (queixa)
	Injúria Real com resultado de lesão corporal leve
	Ação Penal Pública Condicionada à representação
	Injúria Real com resultado de lesão grave
	Ação Penal Pública Incondicionada
	Quando a vítima for Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro
	Ação Penal Pública Condicionada à requisição do MJ
	Contra funcionário público, em razão da função
	Ação Penal Pública Condicionada à representação
	Injúria Racial
	Ação Penal Pública Condicionada à representação

Outros materiais