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Introdução economia resumo Smith, Ricardo, Marx

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Objeto de Estudo
Bloco 1- Pensamento Clássico – Smith / Ricardo
Bloco 2- Critica ao Pensamento Clássico/ Critica Marxista
Adam Smith
*Processo divisão de Trabalho
‘Economia Feudal - Individual
‘Economia da Manufatura – Coletiva (Social)
*Processo de Produção Manuf. (ind.)
‘Alterações Econ.: Invenções
‘Mudanças nos Instrumentos de trabalho ----- “Homem também começa a se especializar
*Conclusão: Divisão de Trabalho Simplifica o trabalho
Consequência
*Divisão de Trabalho aumenta a especialização
*O aumento da especialização aumenta a produção
*O aumento da produção aumenta a troca
*O aumento da troca aumenta o acesso a bens
*O aumento a acesso a bens aumenta a prosperidade
Denominador: Todos bens
TEORIA DO BEM COMUM DE SMITH
A sociedade que existia na época. Sociedade:
*Proprietários de terras Renda da Terra
*Trabalhadores Salário (W)
*Acumulador de capitais Lucro
RIQUEZA = W + RENDA DA TERRA + LUCRO PARA ADAM SMITH
Livro de Adam Smith sobre resumo
Cap 1
ECONOMIA DO TEMPO
DESTREZA E HABILIDADE
MÁQUINAS
Cap 2
NECESSIDADES DA TROCA ESTIMULO PRODUÇÃO DIVERSIFICADA
Cap 3 
MERCADO REDUZIDO
PAPEL DO ESTADO 
ESTADOS COMANDADOS POR TIRANOS CORRUPTOS
NÃO BUSCA O BEM COMUM
TEORIA DO ESTADO MINIMO: PRECISA CUMPRIR FUNÇÕES SOCIAIS
----------- FUNÇÕES
-- PROTEGER O PAIS CONTRA INVASORES
-- PROTEGER INDIVIDUOS CONTRA INJUSTIÇA
-- MANTER UM CONJUNTO PÚBLICO DE INSTITUIÇÕES / SAÚDE, EDUCAÇÃO E SEGURANÇA/
-- DEPOIS APARECE UMA QUARTA FUNÇÃO, QUE SERIA PROTEÇÃO A PROPRIEDADE PRIVADA
DAVID RICARDO
OBJETO DE ANÁLISE: DISTRIBUIÇÃO DE RENDA.
ELE PENSAVA QUE 
TANTO OS PROPRIETÁRIOS DE TERRAS E OS PROPRIETÁRIOS DE CAPITAL IRIA SE BENEFICIAR COM O AVAÇO DAS MÁQUINAS
USO GENERALIZADO DAS MÁQUINAS IRIA LEVAR A REDUÇÃO DO PREÇO DA MERCADORIA
ACREDITAVA QUE A CLASSE TRABALHADORA IRIA SE BENEFICIAR COM AS MÁQUINAS POIS PODERIA COMPRAR MAIS
NÃO HAVERÁ REDUÇÃO DE SALÁRIO: POIS OS CAPITALISTAS TINHAM MÃO DE OBRA
ELE ACREDITAVA SE NISSO EM 1800
MUDANÇAS TEÓRICAS.
 AS CRENÇAS ANTERIORES SÓ VALEM PARA OS PROPRIETÁRIOS DE TERRAS E PROPRIETÁRIOS DE CAPITAL
A INTRODUÇÃO DA MÁQUINA CAUSA PREJUIZO A CLASSE TRABALHADORA
CONCLUSÕES SOBRE SUA MUDANÇA DE PERCEPÇÃO
O USO ACELERADO DA MÁQUINA VAI AUMENTAR A RENDA LIQUIDA DA NAÇÃO
O USO ACELERADO DA MÁQUINA PREJUDICA OS TRABALHADORES
PARA OS TRABALHADORES NÃO SER PREJUDICADO SE HOUVESSE UM AUMENTO DA PRODUÇÃO BRUTA SIMULTANEAMENTE COM A PRODUÇÃO LIQUIDA
 RICARDO DIZ PORÉM, MESMO COM ISSO NÃO QUER DIZER QUE É CONTRA AS MÁQUINAS
No processo produtivo o uso cada vez maior das máquinas irá gerar um aumento de preços que leva ao aumento dos preços dos alimentos e quem perde com isso é o assalariado pois influencia m seu salário real.
Maior concentração de capital acumulado para os prop de capital
Resumo das teses de Ricardo
 SOCIEDADE: PROPRIETÁRIOS DE CAPITAL E TRABALHADORES
RICARDO NÃO CONSIDERAVA OS PROPRIETÁRIOS DE TERRA, POIS ELE DIZIA QUE ESSES PROPRIETÁRIOS CONSOMEM O QUE NÃO É DELES, E ISSO PREJUDICA A EXPANSÃO DA RENDA LÍQUIDA.
RIQUEZA: SALÁRIO / LUCRO OU W / L
EXPLICAÇÃO SOBRE LUCRO: O LUCRO É PARTE DA PRODUÇÃO NÃO PAGA EM TORNO DE SALÁRIO.
CONCLUSÃO: 
NATUREZA DA SOCIEDADE: NÃO É HARMÔNICA
OS INTERES DOS HOMENS, SÃO COMUNS E DIFERENTES. MAS NEM TODOS ATINGEM ESSES INTERESSES.
AUMENTO DE CONFLITOS TRABALHISTAS
CRÍTICA DE INTERDEPENDÊNCIA ENTRE OS HOMENS.
EXISTÊNCIA DA SOCIEDADE É DETERMINADA PELAS NOVAS FORMAS DE PRODUÇÃO
KARL MARX
1818 1883
1841 Doutor em Filosofia
1842 Editor de Jornal Romenia (Alemanha)
1844 Foi para Paris Conhece Angels Começa a escrever sobre Econ
1845 Vão Para Bruxelas, escrevem o Manifesto Comunista em 1848
1849 Volta para Alemanha
1850 Vai para Londres, porém está sem condições financeiras
Algumas Obras
1845 Miséria da Filosofia
1848 Manifesto Comunista
1859 Contribuições a crítica da Economia Política
1867 Volume I Capital
II em 1867. III 1894 ---------- Ambos Angels editou ///// IV 1905 Kautski Teoria da Mais Valia
Período Histórico
1ª Revolução Consolidada – Iniciando 2ª Revolução Ind.
Os conflitos entre capital e trabalho se intensificam (Sindicatos)
Crescimento exponencial das cidades
Expansão dos serviços urbanos: Insuficientes. (Saúde, Educação e Habitação)
Objeto de Estudo
Preocupação: Entender as relações sociais de produção
Objetivo: Analisar as leis gerais do Modo de Produção
Ponto de Partida: Mercadoria
Pois toda mercadoria é portadora o produto do trabalho humano
Processo de Produção
Relações de Produção Matéria Prima / Capital (K) / Trabalho
Se confrontam 
Propriedade K (Prop. Privada do capital)
Trabalhadores
Interesses Contraditórios
Fim: HOMEM ESTABELECE SEU DOMINIO SOBRE A NATUREZA
Filosofia e Metodo de Marx
Filosofia: Convencional: Formular Ideias Como o mundo ira funcionar
Crítica de Marx: Módulo Material de produção que vai definir as relações sociais
Formular novas ideias
Para se pensar o mundo a partir da materialidade. Método de Produção
Método: Matéria Histórico
Distinção: Forças Produtivas
Relações de Produção
Estrutura econ. Da sociedade ^^
Forças Produtivas
Grau de domínio do homem sobre a natureza
As forças produtivas revelam o nível do processo técnico
As forças produtivas mostram a relação entre o número de produção e quantidade de trabalho
Relações de Produção
A interação do homem no processo de produção:
Vertical: Capital x Trabalho
Horizontal: As interações entre os diversos capitais
TEORIA DA MAIS VALIA
Procedimento: Distinção: Jornada de Trabalho / Força de Trabalho / Valor da Força
Força de trabalho: Aptidão Física ---- Antes de começar a jornada de trabalho você vende a aptidão
Valor: 1- Quem Define? Como define? Valor correspondente a uma cesta de bens
O QUE É MAIS VALIA?
É o valor criado para força de trabalho além do valor da cesta de bens necessários a manutenção e reprodução física dessa força de trabalho
Teoria do Lucro
Trabalho passado > C.C
Trabalho presente> M.V
Capital Constante: CC
Capital Variável= CV
Mais Valia = MV
Trabalho passado, quanto maior ele maior o desenvolvimento do modo de produção
Trabalho presente, é a jornada de trabalho
MV / CV = A cada 1 hora que você trabalha para tu quanto tu trabalha para o chefe
2 Mais Valia
Mais valia absoluta Prolonga a jornada de trabalho
Mais valia relativa Reduz do tempo de trabalho necessário
Capitalismo, trabalho assalariado e valor de troca
A mais-valia é o termo utilizado por Karl Marx em alusão ao processo de exploração da mão de obra assalariada que é utilizada na produção de mercadorias. Trata-se de um processo de extorsão por meio da apropriação do trabalho excedente na produção de produtos com valor de troca. Para entendermos melhor, precisamos considerar que Marx via o trabalho como:
“(...) um processo de que participam o homem e a natureza, processo em que o ser humano com sua própria ação impulsiona, regula e controla seu intercâmbio material com a natureza. Defronta-se com a natureza como uma de suas forças. Põe em movimento as forças naturais de seu corpo, braços e pernas, cabeça e mãos, a fim de apropriar-se dos recursos da natureza, imprimindo-lhes forma útil à vida humana. Atuando assim sobre a natureza externa e modificando-a, ao mesmo tempo modifica sua própria natureza. Desenvolve as potencialidades nela adormecidas e submete ao seu domínio o jogo das forças naturais.”*
Portanto, o trabalho era o ato definidor do homem, seu meio direto de interação com o mundo e, ainda mais importante, a forma como garantiria sua sobrevivência no mundo anterior ao período vivido por Marx, isto é, um mundo agrário onde o ser humano tinha ligação direta com a terra, de onde tirava seu sustento. Porém, isso se modificou na nova sociedade que surgiu no período que sucedeu a Revolução Industrial, que se baseou no sistema econômico do capitalismo.
Para Marx, o capitalismo baseia-se na relação entre trabalho assalariado e capital, mais especificamente na produção do capitalpor meio da expropriação do valor do trabalho do proletário pelos donos dos meios de produção. A esse fenômeno Marx deu o nome de mais-valia.
Todavia, antes de entendermos o conceito da mais-valia, é preciso entender que, assim como outros teóricos da economia, como Adam Smith e David Ricardo, Karl Marx sustentava a ideia de que o valor de troca de uma mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho aplicado em sua produção. O próprio trabalho, de acordo com Marx, possui valor agregado, que é determinado pelo valor dos meios de subsistência (comida, habitação, transporte etc.) necessários para que o trabalhador sobreviva. Dessa forma, todo trabalho empregado na produção de um sapato, por exemplo, agrega custos em seu valor de troca final.
Nesse processo, a força de trabalho comprada pelo proprietário dos meios de produção por meio do salário pago ao trabalhador também se torna uma mercadoria, que é comprada para que o produto seja manufaturado. No curso da produção, o trabalho utilizado na produção agrega valor ao produto final, que é vendido pelo capitalista pelo valor de troca determinado pelo mercado.
Entretanto, não é suficiente para o capitalista que o valor de venda do produto seja igual ao valor que ele investiu inicialmente. O dono dos meios de produção deseja obter lucros, o que não pode fazer vendendo o produto mais caro do que seu preço de mercado. O trabalhador, por sua vez, espera receber pela quantidade de trabalho que empregou na produção da mercadoria em questão. É aqui que Marx verifica o fenômeno da mais-valia. O empregador, para que obtenha lucro em sua transação, exige uma quantidade maior de força de trabalho do que paga para o trabalhador, que se vê obrigado a trabalhar além do que lhe é pago, pois só receberá seu salário se cumprir com o que foi proposto.
♦ Mais-valia absoluta e Mais-valia relativa
A partir do conceito de mais-valia, Marx fez distinção de duas formas de extorsão da força de trabalho: a mais-valia absoluta e a mais-valia relativa.
A mais-valia absoluta ocorreria em função do aumento do ritmo de trabalho, da vigilância sobre o processo de produção ou mesmo da ameaça da perda do trabalho caso determinada meta não fosse alcançada, ainda que em detrimento da saúde e do bem-estar do trabalhador. O empregador exige maior empenho na produção sem oferecer nenhum tipo de compensação em troca e recolhe o aumento da produção de excedentes em forma de lucro.
Já a mais-valia relativa estaria ligada ao processo de avanço científico e do progresso tecnológico. Uma vez que não consegue mais aumentar a produção por meio da maior exigência de seus empregados, o capitalista lança mão de melhorias tecnológicas para acelerar o processo de produção e aumentar a quantidade de mercadoria produzida. Esse processo acontece sem que, no entanto, seja oferecida qualquer bonificação ao trabalhador. Este passa ser aos poucos substituído pelo maquinário tecnológico, de modo que a quantidade de trabalho social é diminuída e a mão de obra humana é trocada por uma mão de obra mecânica.
Entre o arcabouço teórico das obras marxistas, o conceito de mais-valia é central para a discussão sobre as relações de trabalho que surgiram nas sociedades capitalistas. As obras de Karl Marx, mais especificamente seu trabalho mais citado, “O capital”, foram enormes empreendimentos dedicados à compreensão das profundas relações existentes na nova configuração social que surgiu em seu tempo. Marx, assim como outros estudiosos de sua época, estava preocupado com os novos problemas sociais que se agravavam nos centros urbanos. Sua proximidade com os movimentos trabalhistas da época influenciou profundamente seus trabalhos e sua forma de abordagem dos fenômenos associados à nova configuração do sistema econômico que surgia.
Suas ideias de maior destaque, entre outras, eram as seguintes:
Valor – conceito que se relaciona ao tempo, qualidade e quantidade de força de trabalho empregada na elaboração de uma tarefa;
Trabalho – O homem, por excelência, se trata de um ente que é produtivo, e, por isso, essencialmente ativo. Desse modo, o trabalho é uma peça-chave para sua dignidade, uma vez que se trata de uma potência humana. O sistema capitalista, de forma nociva, produz riqueza a partir da força de trabalho dos indivíduos;
Mais-valia – trata-se da diferenciação entre o valor gerado pelo trabalho empregado pelo indivíduo e qual a remuneração que recebe do empregador capitalista;
Luta de classes – tensão imposta pela desigualdade de forças dos grupos sociais, que se dividem entre os proprietários – dos meios de produção – e o proletariado – os trabalhadores em si;
Anarquia de produção – a falta de uma organização centralizada, que promova a sinalização do direcionamento para uma produção dentro da sociedade, pode acabar gerando muitas crises, de tempos em tempos;
Crises capitalistas – Segundo Marx, esse sistema seria abalado por crises, de tempos em tempos, que se caracterizariam tanto por serem estruturais, quanto por sua periodicidade. Após essas instabilidades viria a crise final, acumulando as demais crises, detonando o fim do modo de produção capitalista;
Final do sistema capitalista – o grupo de proletários seria maior e, por isso, seus direitos podem prevalecer. Fariam protestos nas ruas, dando início a uma sociedade justa, equilibrada, acabando com a propriedade privada de todos os meios produtivos. Tudo isso culminaria em um desenvolvimento pleno do ser humano.
Se refletirmos um pouco, as ideias de Karl Marx são marcantes até os dias atuais, conforme há um aumento de movimentos sociais e sua mobilização por causas como combate à corrupção e fim de privilégios de homens públicos.
PONTO OPCIONAL SMITH
Smith acreditava que a iniciativa privada deveria ser deixada agir livremente, com pouca ou nenhuma intervenção governamental. A competição livre entre os diversos fornecedores levaria forçosamente não só à queda do preço das mercadorias, mas também a constantes inovações tecnológicas, no afã de baratear o custo de produção e vencer os competidores. Ele analisou a divisão do trabalho como um fator evolucionário poderoso a propulsionar a economia. Uma frase de Adam Smith se tornou famosa: "Assim, o mercador ou comerciante, movido apenas pelo seu próprio interesse egoísta (self-interest), é levado por uma mão invisível a promover algo que nunca fez parte do interesse dele: o bem-estar da sociedade."
O que é o Livre Mercado?
Ao contrário do mercantilismo, o livre mercado é "baseado na produção e demanda, com pouca ou nenhuma intervenção do governo. Um mercado completamente livre é idealizado na forma de uma economia de mercado onde compradores e vendedores podem fazer suas transações livremente baseadas em um acordo mútuo de preços sem a intervenção do estado em forma de taxas, subsídios ou regularizações" (Investopedia).
É óbvio que a ideologia de nenhuma intervenção do Estado na economia é algo utópico, já que o mesmo precisa arrecadar impostos e precisa de uma mínima regularização. Contudo, podemos ter um governo com regularizações simples quando se trata de transações e que possui taxas igualitárias, o inverso do protecionismo, onde há taxas maiores para importações do que em produtos nacionais.
Como funciona?
O pensamento básico por trás do livre mercado é: ambas as partes ganham com a troca, tanto o comprador quanto o vendedor, diferente do modelo mercantilista que acredita sempre que só há só um ganhador, o vendedor. No livre mercado teríamos um imposto para todos os produtos, sem distinção de produto nacional ou importado, como é feito nos países desenvolvidos. Contudo, para que tudo isso seja possível é necessário que o governo tenha um câmbio e balança comercial flutuante, além de igualar as taxas da melhor forma possível, não somente pensando em importação e exportação, mas também em produtos industrializados e não industrializados, produtos, serviços, entre outras distinções.
Adam Smith, criador da teoria econômica acreditava que não há a necessidade de um governointervencionista pois o mercado produzirá bens de qualidade a um preço que a sociedade espera, pois a sociedade, na busca por lucros, irá responder as exigências do mercado.
Vamos a um exemplo:
Imagine que sou vendedor o único vendedor de cachorro quente no mundo, e os vendo a R$1,00 e o produto é composto apenas de pão, salsicha e mostarda. Vamos imaginar agora que todo mundo está interessado em comer cachorro quente, aumentando assim a demanda pelo meu produto. Assim, elevarei meu preço a R$5,00 e não farei nenhuma mudança, afinal estou vendendo o mesmo produto a um preço maior, ganhando assim maiores lucros. Ao ver meu progresso, outras pessoas também começarão a vender cachorro quente a um preço mais barato e além disso, colocarão mais ingredientes para chamar a clientela. Deste modo que, para não fechar meu negócio, terei que abaixar meu preço e desenvolver um melhor produto para atrair os antigos clientes. No final, eu e os concorrentes nos beneficiamos pois conseguimos produzir lucro com nosso produto e os clientes também ficaram satisfeitos, pois eles puderam comprar um produto de qualidade a um preço competitivo.
David Ricardo
David Ricardo nasceu em Londres, em 18 ou 19 de abril de 1772. Terceiro filho de um judeu holandês que fez fortuna na bolsa de valores, entrou aos 14 anos para o negócio do pai, para o qual demonstrou grande aptidão. Aos 21 anos rompeu com a família, converteu-se ao protestantismo unitarista e se casou com uma quacre. Prosseguiu suas atividades na bolsa e em poucos anos ficou rico o bastante para se dedicar à literatura e à ciência, especialmente matemática, química e geologia.
A leitura das obras do compatriota Adam Smith, principal teórico da escola clássica com The Wealth of Nations (1776; A riqueza das nações), levou-o a interessar-se por economia. Seu primeiro trabalho, The High Price of Bullion, a Proof of the Depreciation of Bank Notes (1810; O alto preço do lingote de ouro, uma prova da depreciação das notas de banco), mostrou que a inflação que então ocorria se devia à política do Banco da Inglaterra, de não restringir a emissão de moeda. Um comitê indicado pela Câmara dos Comuns concordou com os pontos de vista de Ricardo, o que lhe deu grande prestígio
Ricardo fazia distinção entre a noção de valor e a noção de riqueza.
O Valor era considerado como a quantidade de trabalho necessária à produção do bem, contudo não dependia da abundância, mas sim do maior ou menor grau de dificuldade na sua produção.
Já a riqueza era entendida como os bens que as pessoas possuem, bens que eram necessários, úteis e agradáveis.
O preço de um bem era o resultado de uma relação entre o bem e outro bem
Esse preço era representado por uma determinada quantidade de moeda, obviamente que variações no valor da moeda implicam variações no preço do bem.
Ricardo definia o Valor da Moeda como a quantidade de trabalho necessária à produção do metal que servia para fabricar o numerário. Analiticamente
Se o Valor da Moeda variasse, o preço do bem variava mas o seu Valor Não.
A teoria de David Ricardo é válida para bens reproduzíveis (Por exemplo um objecto de arte tem valor pela sua escassez e não pela quantidade de trabalho que lhe está inerente).
Tal Como Adam Smith, Ricardo admitia que a qualidade do trabalho contribuía para o valor de um bem.
Princípio Rendimentos Decrescentes
Sua principal contribuição foi o princípio dos rendimentos decrescentes, devido a renda das terras. Tentou deduzir um teoria do valor a partir da aplicação do trabalho.
Outra contribuição foi a Lei do Custo Comparativo, que demonstrava os benefícios advindos de uma especialização internacional na composição dos commodities do comércio internacional. Este foi o principal argumento do Livre Comércio, aplicado pela Inglaterra, durante o século XIX, exportando manufaturas e importando matérias primas.
A Renda
A Renda deveria ser tal de forma a que permitisse ao rendeiro a conservação do seu lucro à taxa de remuneração normal dos seus capitais.
O seu peso no Rendimento depende das condições de produção. Quem trabalha em melhores condições paga mais renda, contudo, quem acabava por pagar essa renda, era na realidade o consumidor final.
Eis uma grande diferença relativamente a Adam Smith, pois Smith acreditava que a Renda era a diferença entre o Rendimento e o Somatório dos Salários e dos Lucros.
O Salário
O trabalho era visto como uma mercadoria.
Há a distinguir duas noções de preços, a saber:
Preço Corrente à Salário determinado pelo jogo de mercado e pelas forças da procura e da Oferta
Preço Natural à O Salário que permitia subsistir e reproduzir sem crescimento nem diminuição.
O Preço Natural não é constante. Varia de acordo com o caso específico dos países, das épocas, ou seja, depende do ambiente em que se esteja inserido.
Este Preço tende a elevar-se (tomemos em consideração por exemplo, o facto, de o bem estar passar a incluir objectos que antes eram considerados de luxo e que com o progresso tecnológico e principalmente social, se tornam mais baratos e essenciais).
Duas situações podem ocorrer:
Se o Preço de Mercado for maior que o Preço Natural , existirá a tendência a viver melhor, e com mais condições de vida. Este facto levará a uma tendência para uma maior reprodução. Com a reprodução subirá a população. Essa subida da População levará a um aumento do número de trabalhadores (um aumento da procura de trabalho) e consequentemente os Salário praticado abarão por descer para o nível do Preço Natural
Se O Preço Natural for superior ao Preço de Mercado, a qualidade de vida das populações será menor, estabelecendo-se um raciocínio antagónico ao anterior, isto é, tendência para a menor reprodução, o que baixará a Procura de Trabalho. Essa diminuição da Procura de Trabalho levará a uma subida dos salários
Começa-se aqui a desenhar um dos ciclos viciosos que iremos explorar com maior detalhe na Sétima Parte da História do Pensamento Económico, que será também dedicada ao Pensamento de David Ricardo.
Os Lucros
Smith considerava que as Rendas era a diferença entre o Rendimento e os Salários+Lucros. (Rendas=Rendimento-Salários-Lucros)
Ricardo por outro lado, estabelece que os Lucros são a diferença entre o Rendimento e os Salários+Rendas (Lucros=Rendimentos-Salários-Rendas).
Um Agricultor que é detentor do Capital, guarda um lucro que é o que sobra depois de pagos as rendas e os salários.
Caso o Agricultor seja detentor das Terras, ganha o Lucro e a Renda.
Sendo as Rendas Fixas, os lucros tornam-se cada vez mais importantes, quanto mais baixos sejam os salários. Começa aqui a surgir a noção do Lucro ser um fenómeno inerente à Luta de Classes.
A teoria do Crescimento
Para Ricardo o crescimento depende da acumulação de capital, logo, depende da sua taxa de crescimento, isto é do Lucro.
Para Ricardo a existência de uma taxa de lucro elevada, implica um maior crescimento económico. Esse maior crescimento Económico levará a existência de uma poupança mais abundante, que permitirá a sua canalização para o Investimento.
Desenvolvimento Económico é assegurado pelo aumento do emprego e também pela melhoria das técnicas de produção.
Já o Comércio tem pouca importância no Crescimento Económico, sem contudo deixar de ser necessário. A sua importância releva da teoria das vantagens comparativas, pois permite que com a maior exportação, possamos importar mais e mais barato. Por isso o Comércio é muito importante, sem contudo representar um papel muito relevante para o Crescimento Económico.
Portanto, Ricardo defende que enquanto existir evolução da taxa de lucro, o crescimento estará assegurado. Contudo o Lucro, como vimos na Teoria da Repartição do Rendimento na Sexta Parte da História do Pensamento Económico, depende de outras variáveis, mais concretamente dos Salários e das Rendas, e aqui se começará a desenhar uma das contradições do sistema capitalista, que Marx irá explorar, mais concretamente a tendência para a baixa da taxa de lucro.
Raciocínio de Ricardo é muito simples.De fato, o Mundo apresenta uma tendência para a expansão. Essa expansão tem consequência ao nível da subida da população. A Subida da População levará a que novas terras (as menos férteis) tenham que ser cultivadas.
Como mais terras são cultivas, irá se verificar uma diferenciação no pagamento das rendas para as terras mais ou menos férteis.
Como as rendas aumentam, fruto da subida do preço das rendas das terras mais férteis, obviamente que o lucro diminuirá.
Ricardo explica esta tendência para a baixa da taxa de lucro de uma outra forma.
A acumulação de capital leva a uma subida da população (por exemplo com a existência de uma melhoria das condições de vida, haverá uma maior tendência para a procriação). Isso levará a um aumento da procura de trabalho, que levará a uma subida do nível de salário (consequentemente das condições de vida), existindo a necessidade de se aumentar a produção. Esse aumento da produção é obtido com a utilização de terras menos férteis, o que, como vimos anteriormente, levará a uma subida das rendas. O Lucro irá obviamente descer, e se o preço dos produtos agrícolas sobe, isso irá se repercutir no salário que também ira crescer, em conclusão, mais um factor que corrobora a ideia da tendência para a baixa da taxa de lucro.
Por causa desta lei, o crescimento fica ameaçada. Quanto maior for a taxa de lucro, menor será a apetência para o investimento.
Mais cedo ou mais tarde, o Rendimento Nacional parará de crescer, atingindo-se uma fase estacionária.
Ricardo encontrou duas formas de retardar isto:
1. Pela Importação de Produtos Agrícolas Com a importação de produtos agrícolas, consegue-se impedir que o preço suba e consequentemente os salários e as rendas aumentem.
2. Aumento da Produtividade Agrícola, via mecanização e novas descobertas à Esta mecanização poderá Ter um efeito perverso, obviamente que me refiro ao problema do desemprego. Contudo, Ricardo considerava que o seu desenvolvimento irá ser lento.
A Crítica de Marx à Teoria Clássica
Karl Marx, como economista, foi diretamente influenciado por Adam Smith e David Ricardo, além de apreciador dos escritos de Thompson e Hodgskin, embora também os criticasse. A principal crítica de Marx sobre esses economistas estava na ausência de uma análise histórica nas teorias de tais autores e na falta de se considerar a produção como uma atividade social, que vai ser organizado por ele através dos “modos de produção” pelos quais a humanidade passou/passa: escravista, feudal, capitalista, etc.
Os economistas modernos, segundo Marx, eram incapazes de fazer diferença entre características universais da produção (comuns a todos os modos de produção) e características específicas do capitalismo. Isso levava a duas distorções principais:
Crença de que o capital estava presente em todos os processos de produção: foram os equívocos de todos os economistas anteriores a Ricardo (exceto Hodgskin);
Crença de que toda atividade econômica era simplesmente uma série de trocas: todos os economistas posteriores a Ricardo (principalmente Senior e Bastiat) acreditavam nesta distorção.
A produção exige um instrumento de produção, assim como não há “produção sem trabalho passado acumulado” e o capital é um dos instrumentos da produção (também é trabalho passado materializado). Assim, Marx define capital como “relação eterna e geral da natureza”. Apenas no modo de produção capitalista os instrumentos de produção e o trabalho acumuladoeram a fonte de renda e de poder da classe dominante.
Outra crítica de Marx aos economistas era sobre a propriedade ser considerada por eles sagrada e por ter sido erroneamente considerada como uma forma existente de propriedade privada capitalista. Além disso, criticou a separação total feita por Mill entre produção e distribuição, pois, para Marx, havia inúmeras formas de propriedade e cada modo de produção apresentava uma em particular e essas formas de propriedade é que determinavam a distribuição. Logo, propriedade e distribuição não eram independentes.
“Toda forma de produção cria suas próprias relações legais (tipos de propriedade), sua própria forma de governo, etc. Tudo o que os economistas burgueses sabem dizer é que a produção pode ser melhor levada a cabo através do policiamento moderno […] Esquecem-se, porém, de que esse princípio (do manda quem pode) também é uma relação legal, e que o direito do mais forte também vigora em suas ‘repúblicas constitucionais’, só que de outra forma.” (MARX)
Os economistas burgueses, quando aceitavam os direitos de propriedade capitalistas como universais, eternos e sagrados, e viam o capital como sendo comum a toda produção, deixavam de lado as instituições que, para Marx, eram específicas do capitalismo. Desse modo, a explicação de tais economistas estava baseada nas relações de troca, argumentando que eram harmoniosas, promoviam igualdade e liberdade entre os indivíduos “trocadores”.
Marx, entretanto, dizia que essa harmonia resultante das relações de troca era apenas um fato, mas não a causa primeira que levava os indivíduos a permutarem mercadorias. O real motivo eram as diferenças entre as necessidades dos indivíduos e sua produção, ou seja, interesses particulares sem preocupação com o bem-comum. Isso tudo, por fim, estaria embasado nas relações monetárias e na democracia burguesa, as quais camuflam a real desigualdade do sistema através de relações econômicas.
CLÁSSICOS E KEYNESIANOS
 
Os principais representantes da Escola Clássica de Economia Política Adam Smith e David Ricardo e os seus principais preceitos filosóficos estavam fundamentados no princípio do individualismo, da liberdade, da livre-concorrência e do comportamento racional dos agentes econômicos com a mínima intervenção do Estado na economia, tendo como uma das suas teorias o "valor-trabalho" e como base o equilíbrio automático, que ignorava as crises e os ciclos econômicos. Sua característica principal era a produção, deixando em segundo plano a procura e o consumo, e segundo Adam Smith, o objeto da economia é estender bens e riqueza a uma nação.
A linha de pensamento da Escola Keynesiana, seu principal expoente John Mayard Keynes, esta fundamentada na instabilidade do capitalismo, e apóia a intervenção do Estado com investimentos nos momentos de crise para gerar demanda e garantir níveis elevados de emprego, o pleno emprego. Realizando uma comparação direta, os Clássicos, limitam as intervenções do Estado dando mais liberdade aos cidadãos, e os Keynesianos, aprovam a intervenção do Estado como regulador da economia, em fase da fragilidade do sistema capitalista.
CONCLUSÃO
Em conformidade com as leituras que realizamos, identificamos que no pensamento dos economistas Clássicos, a filosofia do livre comércio e produção de bens, deixando a procura e o consumo para segundo plano e que a riqueza somente poderia ser conseguida mediante a posse do valor de troca, impulsionou a livre concorrência, chamado mercado comparativo e equilíbrio automático, onde o dinheiro era visto como meio de troca e a oferta da mão de obra.
O ponto de partida do pensamento dos economistas Keynesianos, era que o sistema capitalista tem um caráter profundamente instável, ou seja, operação da "mão invisível". Keynes defendia a intervenção moderada do Estado. Afirmava que não havia razão para o socialismo do Estado, pois não seria a posse dos meios de produção que resolveria os problemas sociais, ao Estado compete incentivar o aumento dos meios de produção e a boa remuneração de seus detentores.

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