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TRABALHO DE ECONOMIA

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ECONOMíA
LIBERALISMO/NEOLIBERALISMO/SOCIALISMO
MARIA ALVES B. CARDOSOS
SÃO JOÃO DOS PATOS-MA
JULHO/2017
MARIA ALVES BEZERRA CARDOSO
Trabalho de economia
Resumo
LIBERALISMO/NEOLIBERALISMO/SOCIALISMO
TRABALHO APRESENTADO COMO REQUISITO PARA OBTENÇÃO DE APROVAÇÃO NA DICIPLINA DE ECONOMIA, NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO NO INSTITUTO FEDERA DO MARANHÃO - IFMA.
PROF: CARLO HENRIQUE
SÃO JOÃO DOS PATOS-MA
Resumo
Trata o presente trabalho de um estudo sobre os vários momentos do Estado, dando-se destaque aos aspectos sociais, principalmente a sua intervenção no domínio econômico. Para a efetivação do artigo foi feita uma pesquisa qualitativa em sites com artigos referentes ao assunto. Percebe-se, na evolução histórica do Estado, o quanto há consequências numa intervenção maior ou menor do Estado no domínio econômico.
PALAVRAS-CHAVE: Estado; Domínio Econômico.
SUMARIO:
1-Introdução.........................................................................................................1
2-liberalismo.........................................................................................................3
3-Neoliberalismo..................................................................................................4
4-socialismo.........................................................................................................7
5-Bibliografia........................................................................................................8
 
Introdução:
 Em meados dos séculos XVIII e XIX, as transformações que ocorreram na Europa e no continente americano, possibilitaram o surgimento de novas ideias com a preocupação de dar sentido a rápida ascensão do sistema capitalista, pensadores se propuseram a reformar ou legitimar as novas relações de ordem social, econômica e política que ganhavam fôlego em um mundo que passava por uma grande transformação.
 Com a impressionante capacidade de racionalizar gastos, recursos e gerar riquezas o capitalismo possibilitou o aperfeiçoamento e a exploração da mão-de-obra, da tecnologia e dos recursos naturais, após a deflagração da Revolução Industrial, as Mesmo com o desenvolvimento de tais potencialidades e a criação de governos que prometiam colocar os homens em posição equivalente, a nova ordem consagrada pela burguesia tinha seus problemas. Em linhas gerais, a ordem capitalista e os governos liberais ainda conviviam com as desigualdades que promoviam a distinção dos indivíduos em classes sociais. Foi nesse contexto que surgiram duas grandes linhas interpretativas dessa nova realidade: o liberalismo e o socialismo.
 A corrente liberal defendia os vários pressupostos que compunham essa nova realidade oferecida pelo capitalismo. Aprovavam o direito à propriedade privada, amplas liberdades no desenvolvimento das atividades comerciais e a igualdade dos indivíduos mediante a lei. Além disso, elogiavam a prosperidade do homem de negócios ao verem que sua riqueza beneficiava a sociedade como um todo. Dessa forma, ao acreditavam que a riqueza seria uma benesse acessível a todos que trabalhassem.
 Com relação à miséria e as desigualdades, a doutrina liberal acredita que a pobreza do homem tem origem em seu fracasso pessoal. Para que pudesse superar essa situação de penúria, o pobre deveria ter uma postura colaborativa para com seus patrões tendo o cuidado em preservar os seus bens e dar o máximo de sua força de trabalho na produção de mais riquezas. Concomitantemente, lhe seria exigida paciência e fé enquanto virtudes que o ajudariam na superação de sua condição.
 Partindo para a interpretação socialista, temos um outro tipo de compreensão que nega os argumentos liberais que tentavam naturalizar as desigualdades. O pensamento socialista, inspirado por pressupostos lançados pelo Rousseau, tenta enxergar esses problemas como consequência das relações sociais estabelecidas entre os homens. Seguindo tal linha, os socialistas passariam a realizar uma crítica ao comportamento assumido pelos homens em sociedade que estabelecia tais diferenciações.
 Dessa forma, os argumentos que justificavam as desigualdades por meio do fracasso pessoal perdem terreno para o questionamento profundo de toda a lógica que formava a sociedade capitalista. Antes de apontar o progresso do capital como um benefício, os socialistas realizam uma investigação que vai detectar na oposição entre as classes sociais a força que opera grande parte dessas relações e problemas da sociedade.
 Tendo suas bases lançadas, liberalismo e socialismo vão compor duas matrizes interpretativas distintas e, algumas vezes, opostas. Contudo, esses pressupostos serão posteriormente reinterpretados em um processo de compreensão da sociedade que, até hoje, apresenta novas possibilidades. Por isso, novos intelectuais se debruçam na mesma importante tarefa de se compreender, criticar e apontar alternativas para nossos moldes de desenvolvimento.
 Liberalismo
 Conhecidos como “liberais”, para estes o próprio sistema, seria autônomo fazendo suas próprias regras de funcionamento. Criada pelo médico e economista francês François Quesnay, resumidamente, era o “Laissez-Faire” ou, literalmente, deixar fazer. O trabalho de Quesnay foi desenvolvido posteriormente, na Inglaterra, por Adam Smith. A base do pensamento desses teóricos era a de um Estado mínimo, que não fizesse qualquer intervenção no mercado e na economia. Acreditavam que elas bastariam para repor no seu devido lugar qualquer desorganização momentânea da economia. O próprio mercado era o grande regulador de tudo. Achavam que o Estado não deveria intervir na economia, permitindo que a livre concorrência entre os produtores e o poder de organização da iniciativa privada agisse livremente.
 Para esses liberais, o Estado deveria ter um papel bastante reduzido. Apenas o suficiente para que o sistema pudesse seguir seu caminho e evoluir livremente. Suas únicas atribuições deveriam ser a Justiça, a Diplomacia, a Defesa Nacional e a Segurança Interna. É neste quarto ponto que o Estado já começava a mostrar sua verdadeira função como defensor da classe que chegava ao poder, reprimindo e sufocando os trabalhadores. A Inglaterra e a França, foram os primeiros países a criarem leis para impedir a livre organização e associação de trabalhadores. Mas o sistema não parava de crescer. A busca permanente de mais lucros, pelos capitalistas, traz os primeiros problemas. Em primeiro lugar, o grau de exploração sobre os trabalhadores ia crescendo e chegando a um limite que as leis já não conseguiam controlar. Vencendo a repressão, os trabalhadores se organizam e questionam a sociedade, rebelam-se, e ai que surge os primeiros pensadores e filósofos que começam a dizer que as relações sociais não precisavam ser sempre assim, com uma classe dominando a outra. O socialismo passa a ser a meta dos explorados e isto assusta a burguesia que não podia mais contar com a simples segurança de suas leis e de seus soldados. 
 Neoliberalismo
 O início da década de 30 foi marcado pela grande crise econômica, onde foi registrado uma grande quantidade de trabalhadores desempregados em todas as grandes economias ocidentais. Nos Estados Unidos, em particular, os números foram assustadores: cerca de 13 milhões de trabalhadores estavam desempregados.
 Em geral, conhecemos as consequências atuais do modelo chamado “neoliberalismo”. Podemos ver a sua face mais conhecida através da desregulamentação da economia, flexibilização das relações de trabalho, formação dos blocos econômicos regionais, redução do papel do Estado e predomínio das grandes empresas globais que chegam a sugerir a existência de um “Estado” acima dos Estados nacionais. Também o poder das instituições mundiais e regionais que regem este projeto – FMI, BIRD, OMC,TROIKA, etc. mostram a função e o objetivo de suas existências. Mas é preciso perguntar: de onde veio esta ideologia? De que forma os ideais dos antigos liberais como François Quesnay e outros (Laissez-Faire) foram resgatados a ponto de se transformarem na ideologia hoje dominante no planeta? 
 Em 1932, foi eleito Franklin Delano Roosevelt (Democrata), o trigésimo segundo presidente dos Estados Unidos. A sua proposta de governo era tirar o país da crise através de investimentos do Estado e a criação de um novo modelo que superasse a crise. Para sustentar seu projeto mostrava os estudos do economista britânico John Maynard Keynes que fazia uma crítica aos inconvenientes de uma economia baseada na total liberdade dos mercados (monopólios, oligopólios, concentra- ção de poderes, etc.) e sugere que o Estado deveria passar a regular algumas atividades econômicas: salários, preços, taxas de juros, valor da moeda, etc. Roosevelt implanta então sua política de combate à recessão e um novo modelo conhecido como New Deal (Nova Distribuição). Mas é apenas ao final da Segunda Guerra (1945) que suas ideias, serão utilizadas através do chamado Walfare State (Estado de bem-estar social). Tratava-se de um conjunto de programas voltados a dar um mínimo de vida digna para a camada mais popular, através de créditos para a moradia, atendimento sanitário gratuito, programas de aposentadoria, etc. O modelo conhecido como keynesianismo tornou-se alternativa para o capitalismo até que a crise do petróleo e as novas exigências do mercado que se expandia colocaram em cheque seus princípios. 
 Em novembro de 1946, Friendrich von Hayek escreve “O Caminho da Servidão”, contestando violentamente qualquer forma de planejamento da economia ou o seu controle por parte do Estado e considerado por muitos como o primeiro trabalho – a “bíblia” – do neoliberalismo. Ainda sob o impacto da segunda Guerra e das consequências do nazismo, Hayek procura mostrar que o nazismo e o comunismo são uma só coisa, são iguais, uma vez que ambos colocam o controle da economia sob os poderes do Estado. Mas o mundo capitalista, envolvido com os problemas da reconstrução do pós-guerra e o início do que foi chamado de “guerra fria”, não queria saber de novos levantes operários ou uma nova onda de reivindicações sociais que pudesse convulsionar o novo equilíbrio mundial buscado.
 Analisando os motivos por trás das crises, Hayek conclui que “a origem das crises estava nos sindicatos que reivindicavam aumentos excessivos nos salários e, assim, corroíam as bases da acumulação do capital e, por outro lado, pressionavam o Estado para aumentar os gastos sociais”. O neoliberalismo considera os sindicatos como os principais inimigos do mercado e do lucro. A tal ponto que Milton Friedman, em um dos seus artigos, disse que “o que precisamos é de uma boa lei para acabar com os sindicatos”. E, seguindo esse princípio, Margareth Thatcher deu início a uma verdadeira guerra contra os sindicatos britânicos. Em uma entrevista, disse a senhora Thatcher: “eu não conheço sociedade, eu conheço indivíduos”. Ou seja, estava lançada a lei básica do neoliberalismo: é cada um por si e nada de coletivo!
 Efeitos do neoliberalismo para a classe trabalhadora: Para o movimento sindical, nesta categoria aparecem os principais problemas que devem ser enfrentados, em particular a crise persistente na economia; as constantes mudanças desencadeadas pelo avanço tecnológico atingem diretamente os conceitos de trabalho até aqui utilizados pelo movimento e as relações entre os vários setores da economia – cria-se, assim, um novo trabalhador chamado de “cibertariado”; 
 Os conceitos historicamente utilizados para definir “população economicamente ativa” estão passando por mudanças que merecem a atenção do movimento sindical. O crescimento do setor de serviços, o aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho e a maior utilização do trabalho precário, surge no planeta uma imensa fatia de trabalhadores que vivem neste tipo de trabalho (jornadas reduzidas, salários reduzidos e sem direitos trabalhistas), o “precariado”;
 A influência dos grandes veículos de informação e propaganda tem um papel fundamental nesta mudança, a globalização econômica, a maior parte das atuais altera as ações no mundo do trabalho são consequências desse processo, com o aumento do papel das grandes empresas multinacionais e a expansão dos chamados blocos regionais de comércio. A principal forma de garantir que exista uma mesma relação capital/trabalho em todo o mundo é exatamente fazendo com que não existam leis trabalhistas diferenciando um país de outro. Quanto menos regulamentação do Estado no mundo do trabalho, mais próximo estarão da livre negociação ou do livre contrato preconizado por Hayek e seus discípulos.
 No Brasil, a ideologia neoliberal ingressou com toda força, por meio da mídia e de pressões das instituições financeiras internacionais que começaram a incutir na população o neoliberalismo como sendo uma realidade inafastável, pois estava diretamente ligada à globalização.
 Sendo assim, o Estado Neoliberal é hoje uma realidade social, política e econômica, que tem aspectos positivos e negativos. Entretanto, entendemos que as sequelas sociais estão sendo muito altas com o neoliberalismo, pois se observa, cada vez mais, um distanciamento entre as classes sociais, o rico ficando mais rico e o pobre tendendo para situação de miséria.
Portanto, a qualidade e eficiência do Estado vai ser consequência da própria atuação da sociedade, da consciência política da coletividade e da busca e alcance da liberdade como um instrumento de desenvolvimento social e econômico.
 
Socialismo
 Ao criar os falantérios, que eram fazendas agroindustriais coletivas, o francês Charles Fourier acreditava que a sociedade pudesse ser reorganizada, mas ao contrário do que pensava, não conseguiu pessoas que estivessem interessadas em financiar este projeto, apesar da alegação de que essas fazendas sobrepujaria a desarmonia causada pelo capitalismo, que surgiu pelo papel anárquico do comércio e da divisão do trabalho.
 Em outro ponto, Robert Owen, administrador de Manchester na Inglaterra, pôde observar bem de perto as condições a que os trabalhadores eram submetidos e revoltou-se com os aspectos do progressismo industrial. Por isso, queria uma sociedade onde todos seriam iguais, idealizada, onde houvesse absoluta igualdade.
 Na Escócia, Owen conseguiu a aplicação de seus projetos e ideias e implementou uma comunidade de alto padrão, em que as pessoas trabalhavam apenas dez horas por dia e tinham alto nível de instrução. O sucesso de sua cooperativa e as suas críticas a religião e à propriedade, o obrigaram a ir para os Estados Unidos, onde acabou fundando a New Harmony.
 Surgiu então o socialismo científico, em meio ao socialismo utópico, que propunha transformar a realidade, uma proposta revolucionaria do proletariado. KARL MARX, filosofo e economista que contava com a colaboração de Friedrich Engels, publicou três conceitos, sendo o de mais-valia, o conceito de luta de classes e ainda de revolução socialista.
 Seguindo os conceitos históricos do materialismo, todo tipo de sociedade é caracterizado pelas condições da economia e da sociedade. Além disso, ainda segundo Marx, existem alguns fatores que estão ligadas a ela, como a ideologia, a política e as instituições, que recebem o nome de superestrutura.
 Para ele, a sociedade e formada pela luta de classes, por exemplo o antagonismo existente entre dominados e dominadores, como os senhores e servos na Idade Média e operários e burgueses no mundo contemporâneo, que induziram diversos confrontos e a diversas transformações da sociedade. Esse antagonismo está relacionado à estrutura produtiva, especialmente à existência da propriedade privada.
 Sendo contrário à burguesia e ao capitalismo KARL MARX socializar os meios de produção e instalar através da ditadura dos proletáriosum controle do estado, o que eliminaria de vez a propriedade privada. Em seguida, o alvo era o consumismo, que representaria o fim das desigualdades econômicas e sociais e até mesmo do estado.
Referencias:
Pesquisa virtual:
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LIMA, Nelson Paulo. Como não privatizar: uma proposta para o Brasil. Brasília: Valci, 1999.
MORAIS, José Luis Bolzan de. As crises do Estado e da Constituição e a transformação espacial dos direitos humanos. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002.
PERIN, Jair José. A intervenção do Estado no domínio econômico e a função das agências de regulamentação no atual contexto brasileiro. Revista de informação legislativa. Brasília, n. 159, jul-set. 2003.
TÁCITO, Caio. Do Estado liberal ao Estado de bem-estar social. In: Temas de direito público: estudos e pareceres. Rio de Janeiro: Renovar, 1997.
SILVA, Sérgio André R. G. da. A legitimidade das agências reguladoras. Revista de direito administrativo, Rio de Janeiro, n. 235, jan-mar. 2004.
VILLABI, Gual. El intervencionismo del Estado em las actividades econômicas. Barcelona: Bosch, 1946.

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