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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL - UNINTER
CURSO BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL – EaD
Polo: Altamira
Josenilda F de Araújo
Brasileiro uma identidade quase nacional
 
 
 Girleine Chaves Duarte RU: 2001201
 Acadêmica do Curso de Serviço Social 
 UNINTER 
Resumo:
 Este artigo tem por objetivo de mostrar que a identidade nacional é o conceito que sintetiza um conjunto de sentimentos, os quais fazem um individuo sentir-se parte complementar de uma sociedade ou nação. Ela é construída por meio de uma autodescrição da cultura patrimonial de uma sociedade, que se pode apresentar a parti de uma consciência de unidade. Existe um conceito bem amplo para a identidade, ela pode ser vista com um conjunto de traços próprios de um sujeito ou de uma comunidade que assinalam os indivíduos dos demais, também pode ser a consciência que uma pessoa tem de si mesma. A cultura brasileira é um misto de varias culturas ideologias e crenças. É isso que forma sua identidade. Por isso é Fundamental que tenha a valorização de todas as culturas que formam a identidade brasileira. 
	
 
	 	
 ALTAMIRA – PA
2017
Introdução
Este trabalho tem o objetivo de mostrar como essa autodescrição foi criada e como opera. A identidade nacional é construída, dialogicamente, a partir de uma autodescrição da cultura. Dois grandes princípios regem as culturas: o da exclusão e o da participação. Com base neles, elas autodescrevem se como culturas da mistura ou da triagem. A cultura brasileira considerasse uma cultura da mistura. 
Construção histórica do Brasil
 A identidade nacional é uma criação moderna. Começa a ser construída no século XVIII e desenvolve-se plenamente no século XIX. A nacionalidade é, portanto, uma identidade. O processo de formação indenitária consistiu, então, na “determinação do patrimônio de cada nação e na difusão de seu culto” (THIESSE, 1999, p. 12). Uma nação deve apresentar um conjunto de elementos simbólicos e materiais: uma história, que estabelece uma continuidade com os ancestrais mais antigos; uma série de heróis, modelos das virtudes nacionais; uma língua; monumentos culturais; um folclore; lugares importantes e uma paisagem típica; representações oficiais, como hino, bandeira, escudo; identificações pitorescas, como costumes, especialidades culinárias, animais e árvores-símbolo (THIESSE, 1999, p. 14). O Brasil representou uma das primeiras experiências bem-sucedidas de criar uma nação fora da Europa. A nação é vista como uma comunidade de destino, acima das classes, acima das regiões, acima das raças. Para isso, é preciso adquirir uma consciência de unidade, a identidade, e, ao mesmo tempo, é necessário ter consciência da diferença em relação aos outros. 
 Na construção da identidade brasileira teria que ser levada em conta a herança portuguesa e, ao mesmo tempo, apresentar o brasileiro como alguém diferente do lusitano. É isso que explica o modelo adotado para descrever a cultura brasileira. No entanto, a constituição da nação brasileira apresenta um problema, já que a independência é proclamada por um príncipe português, herdeiro do trono de Portugal. Não houve, portanto, uma ruptura completa com a antiga metrópole. O trabalho de construção da nacionalidade começa, então, com a nacionalização do monarca. Pedro I é mostrado como alguém que renuncia a Portugal e assume a nacionalidade brasileira. Nossos livros de História repetem incessantemente o episódio do Dia do Fico, em que o Príncipe afronta as Cortes Portuguesa, para “fazer o bem de todos e a felicidade geral da Nação”. Na célebre representação da independência, produzida por Pedro Américo, D. Pedro, do alto de um cavalo, no ponto mais elevado da colina do Ipiranga, está com a espada desembainhada, apontada para o céu, gritando “Independência ou Morte”. A descrição desse fato nos manuais de História diz que D. Pedro, antes do grito inaugural de nossa nacionalidade, arrancou fora os laços portugueses. Confronte-se essa representação do episódio da Independência, cujos contornos épicos são marcados pela majestosa iconografia do Parque do Ipiranga, em São Paulo, com aquela apresentada pelo diário do Padre Belchior, confessor de D. Pedro. Na construção da identidade brasileira teria que ser levada em conta a herança portuguesa e, ao mesmo tempo, apresentar o brasileiro como alguém diferente do lusitano. É isso que explica o modelo adotado para descrever a cultura brasileira. Com base em proposta de Zilberberg e Fontanille, feita para mostrar como os valores tomam forma e circulam no discurso, pode-se dizer que há culturas que se veem como unidade e outras, como mistura, o que significa que há dois mecanismos a regê-las: o princípio de exclusão e o princípio da participação (2001, p. 27). Esses princípios criam dois grandes regimes de funcionamento cultural. O primeiro é o da exclusão, cujo operador é a triagem. Nele, quando o processo de relação entre valores atinge seu termo leva à confrontação do exclusivo e do excluído. As culturas reguladas por esse regime confrontam o puro e o impuro. O segundo regime é o da participação, cujo operador é a mistura, o que leva ao cotejo entre o igual e o desigual. A igualdade pressupõe grandezas intercambiáveis; a desigualdade implica grandezas que se opõem como superior e inferior (2001, p. 29). Assim, há dois tipos fundamentais de cultura: as da exclusão e as da participação, ou, em outras palavras, as da triagem e as da mistura. 
 Durante a constituição de nosso país “Brasil”, houve vários desentendimentos de como deveria ser o modelo sócio politico, nem mesmo os seus idealistas se expressavam da mesma maneira. No segundo império houve uma preocupação em se construir um monarca que a população amasse. A construção desse monarca, Dom Pedro II, deu-se por varias f ases desde sua infância até sua deposição. Já na construção da republica não houve essa preocupação gerando assim vários conflitos, pois a população em sua maioria não participava da escolha de seus lideres nem tão pouco a s leis eram criadas para o povo. O fator da “não” nacionalidade também foi um d os motivos principais para geração d e conflitos. Constituída Republica dos Estados Unidos do Brasil sem um sentimento de nacionalidade não fez com que o povo se sentisse em uma nação e sim em uma área extensa de terras com divisas “País” Brasil. No sul do Brasil suas culturas e costumes sempre foram muito diferentes do norte e nordeste do Brasil. O país, em sua historia de formação, desde o império, teve dificuldade em manter o país unido. Até hoje ainda há muita dificuldade em se criar um a nacionalidade, pois a miscigenação das raças e a pouca visão politica voltada p ara o povo e para o povo não geram o sentimento nacionalista que se espera de uma nação. “Oliveira conceitua a identidade nacional com um conceito que indica a condição social e o sentimento de pertencer a uma determinada cultura”. E acrescenta que o conceito de identidade nacional só começou a ganhar força no século XIX, quando surgiu a noção de nação. Em um indivíduo, o nível de identidade nacional vai depender da sua participação ou exclusão relativamente à cultura que o envolve. É um tema relacionado com a identidade cultural, ou seja, o conjunto das características de um povo, oriundas da interação dos membros da sociedade e da forma d e interagir com o mundo. Na Espanha,como exemplo de que no mesmo país existem regiões com culturas tão distintas que a identidade nacional não é tão forte. O País Basco e a Catalunha pretendem obter a independência, o que indica que não se identificam com a nacionalidade espanhola. Muitos bascos e catalães recusam ser chamados de espanhóis. O Brasil, sendo um país de enorme diversidade cultural, econômica, social e étnica tem no idioma português um elemento de unificação do país. O conceito de identidade nacional brasileira é frequentemente discutido, e vário autores indicam que é difícil haver coesão e uma forte identidade nacional quando existem grandes diferenças econômicas sociais e políticas. Por esse motivo, várias pessoas afirmam que não existe a identidade n acional brasileira ou que se existe, está desaparecendo. Giacon também concorda que a identidade nacional “é uma forma discursiva produzida em determinado contexto histórico, (…) sua definição p assa, então, a estar associado ao fruto d o pensamento intelectual e político de cada época da história dessa comunidade”. 
 No Brasil, ao longo do tempo, h ouve muitas tentativas de definir qual seria a identidade nacional e qual a definição que poderia ter o brasileiro. Essas definições dependiam em muito d a visão política, que vigorava em determinados momentos históricos e da visão que o brasileiro tinha de si mesmo e do outro. A identidade regional, em um país extenso como o Brasil, é observável, e facilmente identificada. Os gaúchos são exemplo disso, pois apresentam costumes e tradições religiosas muito particulares como a preferência pelo churrasco e mantendo a tradição de utilização de cavalos para passeio e como meio de transporte. Autores citados por Giacon corroboram com a regionalidade, como Darcy Ribeiro em seu livro O povo brasileiro, e Sérgio Buarque de Hollanda, quando escreveu Raízes do Brasil, por exemplo, partem de pressupostos diversificados (mestiços, raça, etnia, hibrido) que alicerçam a tentativa de definição desse conceito movediço que é a identidade nacional exemplificando que dificilmente poderia ser captado em sua totalidade, não podendo ser definido. Diante disso, o que entendemos por ser brasileiro? Ser brasileiro não é somente cantar o hino nacional ou soltar rojões quando a seleção brasileira de futebol ganha. O sentimento nacionalista e o sentimento de ser brasileiro se da através de ações publicas, voltadas para o povo de uma forma que os valorizem pelas suas particularidades e valores culturais e regionais. Com isso o assistente social tem papel fundamental na aplicação dessas ações publicas valorizando o cidadão “brasileiro”. Concordo com Oliveira, quando cita que: “Ser brasileiro é ter sentimentos paralelos, ora de ódio, f rente à nossa degradante política socioeconômica, ora de orgulho por sermos presenteados com um país abençoado por Deus, e bonito por natureza”. (“...) Ser brasileiro é poder conviver harmoniosamente numa gigantesca miscigenação de raças, ideologias, credos, religiões, culturas, porém, sempre unidos em prol de um interesse comum: um Brasil digno a todos os brasileiros.” Assim o assistente social, observando essas particularidades, locais, regionais, culturais, tem o dever de englobar as informações, encaixar no s termos legais, que parecem ser a única unificação no Brasil. O restante são especificações próprias de cada grupo de indivíduos moradores na mesma “nação”.
Conclusão:
 A cultura brasileira eufonizou de tal modo à mistura que passou a considerar inexistentes as camadas reais da semiose onde opera o princípio da exclusão: por exemplo, nas relações raciais, de gênero, de orientação sexual etc. A identidade auto descrita do brasileiro é sempre a que é criada pelo princípio da participação, da mistura. Daí se descreve o brasileiro como alguém aberto, acolhedor, cordial, agradável, sempre pronto a dar um “jeitinho”. Se oculta o preconceito, a violência que perpassa as relações cotidianas etc. 

 
Referencias 
FONTANILLE, Jacques; ZILBERBERG, Claude. Tensão e 
signifi cação. São Paulo: Discurso Editorial/Humanitas, 2001. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Identidade_nacional
Mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/a-identidade-nacao-brasileira.
THIESSE. Anne-Marie. La création des identités nationales. Europe 
XVIIIeXXesiècle. Paris: Editions du Seuil, 1999.

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