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VIVEIRO FLORESTAL Área destinada à produção, manejo e proteção das mudas para o plantio. classificados: • temporários, • permanentes, • de recipientes, • de raiz nua • de espera. 3.1 VIVEIRO FLORESTAL Viveiro permanente Finalidade produzir mudas durante muitos anos • Requer planejamento mais cuidadoso • Custo mais elevado • Instalado próximo aos centros consumidores de mudas • Maiores dimensões que os viveiros temporários • Área dividida em benfeitorias (galpões, casas, caixas d’água, etc...), área de produção de mudas e área de crescimento. VIVEIRO FLORESTAL Viveiros temporários ou provisórios Destina-se a produção de mudas por período curto. • Instalações simples, mais rústicos • Menor custo de construção • Tamanho reduzido • Instalados dentro ou próximo da área de plantio Viveiros de recipiente Produzem mudas em embalagens com sistema radicular protegido pelo substrato. • Pode ser temporário ou permanente Recipientes • Biodegradáveis (palha, papel, laminados de madeira ou embalagens hidrossolúveis). Devem ser retirados no momento do plantio para liberar as raízes e facilitar o estabelecimento. Algumas vezes somente o fundo é retirado • Não biodegradáveis (sacos plásticos, tubetes, bandejas com células...). As mudas devem ser completamente liberadas destes antes do plantio • Em comparação às mudas de raiz nua, as mudas embaladas: Apresentam maiores custos (com embalagens, com enchimento das embalagens e necessidade de maior área para a produção de mudas) Apresentam melhor estabelecimento no plantio O plantio é mais fácil e apresenta maior sucesso, principalmente, em dias mais quentes e secos PS. Um viveiro florestal pode produzir mudas de raízes embaladas e nuas, uma vez que a escolha da técnica depende da rusticidade e da facilidade de propagação da espécies Viveiros de raiz nua Produzem mudas sem substrato e/ ou recipientes para proteção das raízes. • Pode ser temporário ou permanente • Semeadura -> diretamente no solo dos canteiros • Mudas são retiradas apenas na ocasião do plantio • Cuidado devem ser tomados para, no momento do plantio: não danificar as raízes evitar insolação direta e ressecamento do sistema radicular Vantagem da muda ser mais barata para produzir e transportar Viveiro de espera • Pode ser temporário ou permanente • Visa conduzir as mudas ao tamanho maior • Utilizado principalmente na arborização urbana, praças, jardins etc... Viveiro de espera • Geralmente está disposto em local anexo ou afastado do viveiro, onde não é necessário o tráfego intenso de máquinas, pessoas e equipamentos. • As mudas são produzidas de forma convencional, posteriormente, são colocadas em embalagens maiores e/ou covas no solo até que atinjam o tamanho ideal para o plantio Fonte: Paiva & Gonçalves, 2001 Localização: O viveiro deve estar próximo de fonte d’água, disponibilidade de mão-de-obra e de material necessários para a sua instalação e manutenção. Água: em quantidade e qualidade suficiente durante todo o ano é fundamental para seu funcionamento. Facilidade de acesso: facilitará a entrada de insumos, mão de obra para o seu manejo FATORES IMPORTANTES PARA INSTALAÇÃO DE VIVEIROS Proximidade da área de plantio ou de comercialização: Reduz o custo de transporte, danos e perda de umidade às mudas Evitar locais sujeitos a ventos fortes: Os ventos causam danos às mudas provocam maior estresse hídrico FATORES IMPORTANTES PARA INSTALAÇÃO DE VIVEIROS Local bem arejado e ensolarado: • protegem contra doenças e diminuem as chances de formação de mudas estioladas (enfraquecidas, descoloradas, amolecidas) • Possibilitam a formação de mudas com um bom grau de aclimatação para enfrentar as condições adversas dos locais de plantio definitivo • Deve-se preferir locais com máxima insolação, a necessidade de sombreamento é conduzida, artificialmente Solo deve ser: • leve, de textura arenosa a areno-argilosa, de boa drenagem após as chuvas fortes • pouco pegajosos quando úmidos e menos duros, quando secos • lençol freático deve estar a uma profundidade que proporcione boa drenagem durante o ano todo • Devem ser evitados locais que haja necessidade de se fazer drenagem Topografia: • Apresentar-se levemente inclinada (2 a 3%) • Terreno com declividade maior de 3% deve ser nivelado em patamares, para atingir a declividade recomendada. Neste caso, proteger o talude com plantio de gramíneas de porte rasteiro Fonte: Wendling et al., 2001. PARA PROTEÇÃO Limpeza e proteção da área: A área do viveiro e seu entorno (50 m) deve ser isenta de plantas indesejáveis, de difícil controle e das árvores que proporcionem sombreamento. PARA PROTEÇÃO Construir canaleta no entorno do viveiro para servir de obstáculo às águas da chuva, sendo esta operação imprescindível na parte superior do viveiro. Construir, uma cerca com fios de arame farpado, ou, preferencialmente, de tela, para evitar a entrada de animais. DIVISÃO DO ESPAÇO FÍSICO: • Área do viveiro florestal depende: do número de mudas tipo de embalagem tipo de reprodução ou plantas a serem produzidas do tempo necessário para a produção de mudas das perdas por seleção do tamanho dos canteiros da largura das ruas internas das instalações que forem consideradas necessárias, conforme o tipo de viveiro. • Divisão da área do viveiro: •Área produtiva: sementeiras, canteiros, área de estaquia e área destinada à repicagem, área de aclimatação e de rustificação •Área não produtiva: estradas, ruas, galpões, construções em geral, área livre para o preparo de substrato e enchimento de embalagens - Viveiro bem planejado -> 60 % de área produtiva - Quando mecanizados a área produtiva -> 60 a 70%. CONSTRUÇÃO DO VIVEIRO • Sementeiras e Canteiros: No solo ou suspenso Largura 0,90 m a 1,20, distantes 0,60 m Comprimento depende da divisão (número múltiplo de 6) Dispostos na direção leste-oeste para que recebam mais insolação Dispostos no sentido paralelo à inclinação do terreno SEMENTEIRAS São canteiros de alta densidade de plântulas por m² Utilizadas para espécies que levam muito tempo para germinar ou possuem as sementes muito pequenas. Possibilitam a repicagem, Garantem o suprimento no caso de perdas e propiciam maior uniformidade no canteiro. CANTEIROS DE SOLO Muito utilizados, proporcionam custo reduzido Cuidados com o ENCANTEIRAMENTO DAS EMBALAGENS: Evita que as embalagens tombem e protege contra o ressecamento do substrato Espaços vazios devem ser mínimos. Encanteiramento em diagonal é melhor do que o longitudinal O ALINHAMENTO DAS EMBALAGENS: • Realizar com auxílio de piquetes e arames ou gabarito • Manter igual largura em toda a extensão do canteiro Fonte: Ribeiro et al., 2001 Fonte: Ribeiro et al., 2001 CANTEIRO SUSPENSO: Utilizados quando a produção de mudas é feita em tubetes. Base: Bandejas, caixas de isopor ou telas • Dispostas a 0,8 m a 1 m da superfície do solo • Sementeiras ou canteiros quando suspensos facilitam os trabalhos Ribeiro et al., 2001 (Exemplo de canteirosuspenso para bandejas) Ribeiro et al., 2001 (Exemplo de canteiro com base de tela) ESTRADAS E CAMINHOS: • Estradas limitadas a um mínimo necessário • Caminho entre os canteiros: largura de 0,50 a 0,60 m • Ruas secundárias entre conjunto de canteiros: ± 2 m de largura • Ruas principais separam conjunto de canteiros e ruas secundárias, além do entorno do viveiro: ± 6 m QUEBRA VENTOS: • Em locais de ventos fortes • No entorno do viveiro • Protege mudas do estresse hídrico e regula a temperatura • Devem estar localizadas distante dos canteiros • A altura das árvores deve ser homogênea (sem falhas ao longo da barreira). Fonte: Wendling et al., 2001 Errado - Muito fechado Correto Ação protetora dos quebra-ventos é: •6 vezes > do que a altura das árvores do lado do vento •20 vezes a altura das árvores para o lado abrigado (Figura) Fonte: Wendling et al., 2001 CERCA DE PROTEÇÃO: - Ideal é que a área do viveiro seja cercada com tela - Muros são desaconselhável: impede a ventilação DRENAGEM DO SOLO: Sempre recomendada a implantação de sistemas de drenagem, considerando que a irrigação contínua provoca o entupimento dos poros do solo e excesso de umidade superficial. • Valas cegas: • largura de 40 a 60 cm • no fundo das valas são colocadas pedras maiores • preenche com terra ou brita • inclinação facilita o deslocamento rápido da água Fonte: Wendling et al., 2001 DRENOS: São utilizados tubos, cerâmicas, canos de PVC ou bambu. Canal pode ser triangular e quadrangular ou circular Distância entre valas depende do tipo de solo: terreno argiloso ± 10 a 12 m, terrenos areno-argiloso ± 12 a 80 m, terreno arenoso ± 60 a 100 m terreno turfosos ± 25 a 60 m. Disposição mais utilizadas do sistema de drenagem - Espinha de peixe - Drenagem em paralelo Sistema de suprir irrigação diária • Planejamento deve ocorrer antes de instalar as bancadas e demais construções do viveiro • Sistema dependerá do tamanho da área a ser irrigada e do local onde as mudas estão acondicionadas (estufa, casa de sombra ou área de pleno sol). • Sistema de irrigação sugerido: • Na casa de vegetação ou estufa -> por nebulização • Mini jardim clonal -> por gotejamento • Área de aclimatação e rustificação -> por aspersão CONSTRUÇÕES • Tipo e o tamanho depende: • da quantidade de mudas • condições climáticas da região • recursos disponíveis pelo produtor As principais construções são: • Casa do viverista: Necessidade de morador na área • Galpão: Abrigo para os trabalhadores nos dias de chuva para trabalhos de repicagem, preparação de substratos Galpão: • Deve ter área fechada e separada para depósito para defensivos, adubos, ferramentas, substratos, recipientes... • Poderá ter escritório em anexo (controle de estoque, de vendas, de trabalhadores, compras de materiais e insumos, a distribuição de tarefas e a administração em geral) • Poderá ter um laboratório de sementes em anexo • Deve ter uma área aberta Wendling et al., 2001 (Ex. de galpão) TANQUE OU CAIXA DE ÁGUA PARA IRRIGAÇÃO: • Tamanho calculado em função da necessidade máxima de água para as plantas • Construído de concreto ou adquiridos prontos (caixas de cimento amianto, caixas de fibra...). TANQUE OU CAIXA DE ÁGUA PARA ADUBAÇÃO: • Estrutura importante: Local para diluição de adubo em água para fertirrigação ESTUFA OU CASA DE VEGETAÇÃO: • Coberta com materiais transparentes: confere às plantas proteção contra geadas, ventos, chuvas e granizo • Aumentar o percentual de enraizamento em mudas por estaquia • Propicia condições adequadas (calor e umidade) • Controle dos fatores ambientais pode ser automático uso de timer (c/ relógio programado) ou o controle é feito manualmente, através da abertura e fechamento de cortinas laterais. ESTUFA OU CASA DE VEGETAÇÃO: • É recomendado um termômetro que registre temperatura máxima e mínima no centro da estufa. • Temperatura máxima no interior da casa de vegetação não deve exceder a 30o C e a mínima não pode baixar de 15o C. • Em locais muito quentes que as estufas grandes tenham no mínimo 3 m de pé direito (altura do chão até o telhado, no centro da estufa). Principais modelos: Capela e Teto em Arco. Estufa modelo capela funciona bem em regiões com muita chuva, porém tem pouca resistência aos ventos. Estufa modelo teto em arco apresenta grande resistência aos ventos. O teto abaulado possibilita um excelente aproveitamento da luz solar. Pode ser adquirida na forma kit pré-fabricado Desvantagem: acúmulo excessivo de calor em locais quentes Principais modelos: Capela e Teto em Arco. Tipo capela Tipo arco Casa de Sombra ou de Aclimatação: Estrutura coberta por sombrite • Utilizada para colocar mudas produzidas por mini estacas ou mais sensíveis, após saída da casa de vegetação • Substitui a estufa para o enraizamento de plantas de mais fácil propagação • Utilizada para seleção de mudas que saem da casa de vegetação Área de Rustificação: É um ambiente dentro do viveiro, sem qualquer proteção de plástico ou sombrite ou outro material de cobertura Finalidade de proporcionar condições de alta insolação, de ventos e de menor umidade para adaptação da planta ao ambiente de plantio PS. Em sistemas de propagação vegetativa por micro estacas de Eucalyptus spp., empresas tem utilizada cobertura de plástico nesta área, o que reduz a proliferação de doenças nesta fase final da produção Deverá ser recolhida uma ART anual; Pessoa jurídica (porte pequeno) poderá fazer registro coletivo, através de associação; Profissional poderá ser responsável por mais de 1 viveiro, de acordo com a carga horária; Toda pessoa física deverá ter um profissional; Também podem ter associações; Fiscalização: através do Livro registro Ano, denominação do viveiro, razão social, CNPJ, registro no CREA, endereço, coordenadas geográficas, nome responsável técnico, RENASEM, Planejamento anual, visitas técnicas, nº da ART Placa do profissional no local
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