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Unicarioca Curso de Gestão de Recursos Humanos Disciplina: Administração de Pessoal Professor Raquel SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO - O empregador não tem a obrigatoriedade de efetuar nenhum pagamento ao empregado, no período de suspensão. Embora permaneça o vínculo entre o empregado e o empregador, ficam suspensas as demais cláusulas do contrato de trabalho. Não acarreta a rescisão contratual. Durante o período que o contrato estiver suspenso, o trabalho não é prestado nem é devido o salário. O período de suspensão do contrato de trabalho não é computado como tempo de serviço. São exemplos de suspensão: O afastamento do empregado a partir do 16º dia em virtude de auxilio doença ou de acidente do trabalho, licenças concedidas pelo empregador sem remuneração, serviço militar, etc. INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO – Na interrupção do contrato de trabalho, também permanece íntegro o vínculo entre as partes, continuando em vigor uma ou mais cláusulas contratuais. Em regra geral, o trabalho não é prestado na interrupção, mas o salário será devido total ou parcial. O período em que o contrato de trabalho estiver interrompido é computado como tempo de serviço. São exemplos de interrupção: até 2 dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, etc.; até 3 dias consecutivos, em virtude de casamento; por 5 (cinco) dias, em caso de nascimento de filho; até 2 dias consecutivos ou não, para fim de se alistar eleitor; no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar; nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior, etc. FÉRIAS CONCEITO: Férias é o período de descanso anual, que deve ser concedido ao empregado após o exercício de atividades por um ano, ou seja, por um período de 12 meses, período este denominado "aquisitivo". As férias devem ser concedidas dentro dos 12 meses subsequentes à aquisição do direito, período este chamado de "concessivo". O objetivo das férias é o descanso. Descanso este que vem reparar e repor as energias gastas após 12 meses de trabalho. O corpo do ser humano necessita de descanso. Em virtude disto, a lei não permite a conversão de todo o período de férias em pecúnia, ou seja, a tão famosa situação "vender as férias". É apenas autorizado que o empregado converta 1/3 do direito a que fizer jus de férias em pecúnia - dinheiro. DIREITO ÀS FÉRIAS Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração, computando-se este período inclusive como tempo de serviço. O período a ser gozado de férias está diretamente relacionado ao número de faltas sem justificativa legal, ocorridas no período aquisitivo, conforme a seguinte regra: a) 30 dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 vezes dentro do período aquisitivo; b) 24 dias corridos, quando houver tido de 6 a 14 faltas dentro do período aquisitivo; c) 18 dias corridos, quando houver tido de 15 a 23 faltas dentro do período aquisitivo; d) 12 dias corridos, quando houver tido de 24 a 32 faltas dentro do período aquisitivo; e) O empregado que faltar, dentro do período aquisitivo mais de 32 dias, não terá direito a férias. DA PERDA DO DIREITO A FÉRIAS Perderá o direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: A) deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subsequentes à sua saída; B) permanecer em gozo de licença, recebendo salários, por mais de 30 dias; C) tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente do trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. DA CONCESSÃO A época da concessão das férias corresponderá ao melhor período de interesse do empregador, salvo as exceções. Entretanto, há exceções, a seguir descriminadas. O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, desde que não haja prejuízo para o serviço. FRACIONAMENTO DO PERÍODO As férias deverão ser concedidas pelo empregador, em um só período, durante o período concessivo. Apenas em casos excepcionais as férias poderão ser concedidas em 2 períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 dias corridos. Menores de 18 Anos e Maiores de 50 Anos É proibido fracionar o período de férias dos empregados menores de 18 e maiores de 50 anos. FORMALIDADES PARA A CONCESSÃO - Comunicação ao Empregado A concessão das férias deverá ser comunicada ao empregado, com antecedência mínima de 30 dias, mediante "aviso de férias", mencionando o período aquisitivo a que se referem e os dias em que serão gozadas, dando o empregado ciência. Carteira de Trabalho e Previdência Social – Apresentação A legislação trabalhista determina que o empregado antes de entrar em gozo de férias deverá apresentar sua CTPS ao empregador para que seja anotada a respectiva concessão. Registro de Empregados Quando da concessão das férias, o empregador, deverá efetuar a anotação devida nas fichas de registro de empregado. ABONO PECUNIÁRIO O empregado pode converter 1/3 das férias em abono pecuniário. O abono de férias deverá ser requerido até 15 dias antes do término do período aquisitivo. Após este prazo, caberá ao empregador aceitar ou não a solicitação do empregado. PRAZO PARA PAGAMENTO DAS FÉRIAS O pagamento das férias, do adicional de 1/3 e do abono deverá ser feito até dois dias antes do início. Vencido o prazo de concessão, sem que o empregador tenha concedido as férias, o empregado fará jus a receber as férias em dobro. ADIANTAMENTO DA 1ª PARCELA DO 13º SALÁRIO Fazem jus ao adiantamento do 13º salário os empregados que gozarem férias a partir do mês de fevereiro. O empregado que quiser receber a primeira parcela do 13º salário deverá requerê-la no mês de janeiro do ano correspondente. FÉRIAS E DOENÇA O empregado que ficar doente durante as férias não terá seu período de gozo suspenso ou interrompido. Após o término das férias, se o empregado continuar doente, começará a contar a partir dali os 15 dias para a empresa efetuar o pagamento, competindo à Previdência Social conceder o auxílio-doença previdenciário após referido período.
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