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Eletrotécnica Geral UNIDADE 1: Circuitos de corrente contínua e de corrente alternada senoidal 1 - Revisão de circuitos elétricos de corrente contínua, trabalho, potência e Leis de Kirchhoff. 2 - Métodos de análises e teoremas para circuitos de corrente contínua. 3 - Circuitos elétricos de potência em corrente alternada (CA) monofásicos: definição de impedância; corrente elétrica; potência real; reativa e aparente; fator de potência; correção do fator de potência. 4 - Circuitos elétricos de potência em CA trifásicos equilibrados. MEDIDAS ELÉTRICAS UNIDADE 2: Motores, geradores e transformadores elétricos. 1 - Revisão de eletromagnetismo e circuitos magnéticos. 2 - Acoplamento magnético e transformadores elétricos. 3 - Conversão eletro-mecânica de energia. 4 - Motor de indução, motor de corrente contínua, máquina síncrona: construção, curvas características, seleção e instalação. MEDIDAS ELÉTRICAS UNIDADE 3: Dispositivos elétricos de comandos e de proteção. . 1 - Chave de partida soft starters e inversores de frequência. 2 - Dispositivos de comando e proteção de circuitos. 3 - Dimensionamentos e proteção de circuitos de motores e interruptor de corrente de fuga. 4 - Tipos de relés (partida, tempo, máxima e mínima). MEDIDAS ELÉTRICAS UNIDADE: Projetos contra descargas atmosféricas 1 - O para-raios, sua atuação e classificação. 2 - Resistência de terra e eletricidade atmosférica. 3 - NBR 5419 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. 4 - Elaboração de um anteprojeto de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas. Circuito elétrico É formado quando se tem um “caminho” fechado por onde circula uma corrente elétrica. Para que seja possível esta circulação são necessários uma fonte de tensão, uma resistência e um caminho fechado, que é formado por condutores. A fonte de tensão é representada por uma bateria, a resistência por uma lâmpada e o caminho fechado por fios condutores. Na presença de um interruptor, haverá circulação de corrente somente quando o interruptor estiver fechado, ou seja, seus contatos estiverem fechados. Note que a corrente elétrica percorre todos os condutores do circuito; se em algum ponto o condutor partir a corrente será interrompida. A figura 2.1 é representada em eletricidade conforme a figura 2.2. Seccionadores: responsáveis por controlar/ bloquear o fluxo da corrente (Ex. Interruptor); Proteção: garante a segurança da instalação e/ ou usuários. Quando ocorre um evento não permitido no sistema ele desliga automaticamente o circuito (Ex. Disjuntor, fusíveis, etc.) Lei de Ohm A Lei de Ohm é a lei básica da eletricidade e eletrônica, fundamental para o estudo e compreensão dos circuitos elétricos. Nos meados de 1800, Georg Simon Ohm pesquisou a relação entre a tensão existente sobre um simples circuito elétrico e a corrente através do circuito. Ele descobriu que, em circuito onde a resistência não variava com a temperatura, à medida que aumentava a tensão, a corrente aumentava na proporção direta. A constante de proporcionalidade é conhecida como “resistência elétrica”. Esta relação pode ser escrita como: V = R. I (Lei de Ohm) Onde V - tensão elétrica em volts (V) R - resistência elétrica em ohms () I - corrente elétrica em ampères (A) Esboçando um gráfico da tensão em função da corrente, observa-se uma relação linear, onde o coeficiente angular é o valor da resistência. Resistências lineares e não lineares As resistências que acompanham a lei de Ohm para qualquer valor de tensão são chamadas resistências lineares ou resistências ôhmicas; ou seja, o valor da resistência é sempre constante, independente da tensão. As resistências que não acompanham a lei de Ohm são chamadas resistências não lineares. São resistências cujo valor varia em função da tensão aplicada em seus terminais. A curva a seguir exemplifica uma relação tensão x corrente para uma resistência não linear comparada com uma resistência linear. (Gráf. 2) Potência elétrica e energia É a capacidade de realização de trabalho por unidade de tempo, ou seja, a transformação da energia elétrica em outro tipo de energia, como energia calorífica (forno), energia mecânica (motor), energia luminosa (lâmpada) etc. Em um resistor, quanto maior a tensão elétrica aplicada, mais o resistor tende a se aquecer, pois pela Lei de Ohm será maior a corrente que circulará por ele. A potência é proporcional à tensão e corrente aplicada a um resistor; logo, pode-se escrever que: Potência = tensão . corrente A unidade da potência é joules por segundo ou watts. Na forma matemática, tem-se: P = V . I Onde P - potência em watts (W) V - tensão elétrica em volts (V) I - corrente elétrica em ampère (A) A partir da Lei de Ohm podemos escrever: • a potência em função da resistência e corrente: P = R . I² • a potência em função da resistência e tensão P = V² R sendo a unidade da resistência dada em ohms ( Ω ). A potência elétrica determina a energia dissipada por um resistor em um determinado tempo. Para se calcular a energia gasta durante este intervalo de tempo basta multiplicar a potência dissipada durante este tempo pelo intervalo de tempo. Energia = potência . tempo Onde • energia - é dada em joule; • potência - é dada em watts; • tempo - em segundos. Como esta unidade de energia é muito pequena, a unidade mais utilizada na prática é o quilowatt - hora (kWh); note que a unidade de potência é dada em quilowatt e o tempo em hora. Resistor elétrico Energia cinética transformada em Energia térmica pela vibração dos átomos [ Efeito Joule ]; Dispositivos resistivos: lâmpadas incandescentes, chuveiro, ferro elétrico, etc... O componente que realiza essa transformação é o resistor, que possui a capacidade de se opor ao fluxo de elétrons. Resistor Elétrico Aplicações: Estabelecer valor adequado de tensão do circuito Limitar a corrente Constituir-se numa carga Resistor Elétrico Possui único valor de resistência em condições normais Tipos principais: • Fio enrolado • Filme de carbono • Fio metálico • SMD Resistores de fio enrolado •Componentes robustos que suportam altas temperaturas; • Corpo de porcelana/cerâmica como base enrolado por um fio (ex: níquel-cromo) + camada externa de proteção; • Valores nominais: ordem de kΩ; • Suportam alta potência (até 1000 kW) e possuem alta tolerância (10% a 20%). •Corpo de porcelana recoberta com filme de carbono + revestimento de resina com código de cores impresso; • Faixa de valores até 10 MΩ; • Dimensões físicas determinam a potência (até 3W); Tolerância média (5% a 10%). •Corpo de porcelana recoberta com liga metálica (níquel- cromo) + revestimento de resina com código de cores impresso; • Melhor dissipação de calor (potência maior que filme de carbono – até 7W); • Valores mais precisos (tolerância 1% a 2%). •Utilizados em placas eletrônicas; •Potência até 16W e tolerância de 0,1% a 5%; • Terminais de solda acoplados no próprio corpo; • Identificação nos componentes ou na placa do circuito; Resistores Variáveis Resistências podem ser modificadas • Potenciômetros • Reostato (maiores potências)Leis de Kirchhoff Com o conhecimento da lei de OHM e das condições que caracterizam o movimento da cargas elétricas em circuitos fechados, Kirchhoff estabeleceu leis que facilitaram a problemas, simples ou complexos, os quais recebem o nome de Leis de Kirchhoff. Leis de Kirchhoff Assim para encontrar as grandezas elétricas de um circuito utilizamos as leis de Kirchhoff que permite calcular os valores de corrente e tensão de um circuito. Para entender as leis de Kirchhoff precisamos conhecer alguns conceitos de malhas, nós e ramos. Malha, Nó e Ramo Nós essenciais: é um ponto de derivação elétrica de 3 ou mais condutores ( ponto onde a corrente se divide) Malha, Nó e Ramo Ramo: é uma ligação de um nó principal a outro. No exemplo abaixo podemos observar que entre os dois nós das extremidades temos três ramos realizando a ligação entre eles. Nó 1 Nó 2 Malha, Nó e Ramo Malha: contorno fechado do circuito constituído de, pelo menos, dois ramos. A D C E B F Malha 01 - CABEC Malha 02 - ADFBA Primeira Lei de Kirchhoff (LKC) ou Lei dos nós A soma das correntes elétricas que entram em um determinado nó é igual a soma das correntes que saem dele. Ou seja, a soma das correntes em um nó é nula. Segunda Lei de Kirchhoff (LKT) ou Lei das malhas Percorrendo uma malha em determinado sentido, a soma das tensões que têm o mesmo sentido do percurso é igual à soma das tensões que têm sentido contrário. A soma algébrica (levando em consideração o sinal) das tensões em uma malha percorrida em determinado sentido é nula. Segunda Lei de Kirchhoff (LKT) ou Lei das malhas Métodos de solucionar circuitos Método das tensões dos nós (utilização da 1ª Lei de Kirchhoff - LKC – ou Lei dos nós). Método das correntes de malha (utilização da 2ª Lei de Kirchhoff – LKT – ou Lei das malhas). Método das correntes nos nós Passo a passo: I = (VN ) – (VN ) ± E Req. no ramo (VN ) = Tensão do nó onde a corrente sai; (VN ) = Tensão do nó onde a corrente Chega; +E = Quando a tensão favorece a corrente; -E = Quando a tensão desfavorece a corrente; Req = Resistência equivalente no ramo considerado Método das tensões dos nós Exercícios LKC 1) Calcule as tensões e correntes utilizando o Método das tensões dos nós. Nó A I1= VA - VB – 20 5 Nó B i1 i2 i3 I2= VA - VB – 10 10 I3= VA - VB 20 Exercício I1= VA - 20 5 i1 i2 i3 I2= VA – 10 10 I3= VA 20 Se Σ 𝐼 = 0 Podemos escrever que I1 + I2 + I3 = 0 VA – 20 + VA – 10 + VA = 0 5 10 20 VA – 20 + VA – 10 + VA = 0 5 10 20 mmc =20 4VA – 80 + 2VA – 20 + VA = 0 7VA = 80 + 20 7VA = 100 VA = 14,3V I1 = 14,3 – 20 = -1,14A 5 I2 = 14,3 – 10 = 0,43A 10 I3 = 14,3 = 0,71A 20 Exercício i1 i2 i3 Exercício (LKT) i2 i1 A C D E B F Malha 01 - CABEC Malha 02 - ADFBA Malha 01: 20 – 5i1 – 20i1 + 20i2 = 0 Malha 02: -10 – 10i2 – 20i2 + 20i1 = 0 Exercício Malha 01: 20 – 5i1 – 20i1 + 20i2 = 0 Malha 02: -10 – 10i2 – 20i2 + 20i1 = 0 - 5i1 - 20i1 + 20i2 = 20 - 25i1 + 20i2 = 20 -10i2 – 20i2 + 20i1 = -10 -30i2 + 20i1 = -10 - 25i1 + 20i2 = 20 (-3) - 30i2 + 20i1 = -10 (2) - 60i2 + 75i1 = - 60 -60i2 + 40i1 = -20 115i = - 50 115i1 = - 50 I1 = - 0,43 - 25 (0,43) + 20i2 = 20 - 10,75 + 20i2 = 20 20i2 = 30,75 i2 = 30,75/20 i2 = 1,53A
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