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modelagem de Bandura

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INSTITUTO DE ENSINO SUERIOR DO SUL DO MARANHÃO - IESMA
INUDADE DE ENSINO SUPEROR DO SUL DO MARANHÃO-UNISULMA
CURSO DE PSICOLOGIA 
ATÁLIA CRISTINA PONTES DOS SANTOS
CLARA JÚLIA MARIA
JHULI SOUZA BARBOSA
JULIANA CAROLINE DOS ANJOS FÉLIX
MARIA CLARA TEIXEIRA NOGUEIRA
NAZI VICTORIA BARROSO SANTOS
TEORIAS DE PERSONALIDADE
Imperatriz-Ma
2017
ATÁLIA CRISTINA PONTES DOS SANTOS
CLARA JÚLIA MARIA
JHULI SOUZA BARBOSA
JULIANA CAROLINE DOS ANJOS FÉLIX
MARIA CLARA TEIXEIRA NOGUEIRA
NAZI VICTORIA BARROSO SANTOS
TEORIAS DE PERSONALIDADE: Albert Bandura
Trabalho apresentado a disciplina de Teorias de Personalidade, ministrada pelo professor Thiago Ribeiro, como requisito parcial para obtenção da 1ª Nota.
Imperatriz-Ma
2017
1 – Introdução
Albert Bandura, psicólogo canadense, filho de imigrantes vindos da Polônia. Formulou uma teoria social cognitiva que investiga o comportamento do indivíduo durante a interação no contexto social, mesmo behaviorista, Bandura aceitava os aspectos cognitivos. Ele comprovou em pratica que não era efetivamente sempre exercer um reforço para que ocorresse a aprendizagem, sustentando assim a teoria da aprendizagem de observação. 
Abordaremos os principais processos que ocorrem durante a aprendizagem de observação, além de, descrever sobre Autorreforço, Autoeficácia e Modificação do Comportamento. Destacaremos como cada processo ocorre e mostrando como isso aplicado no contexto social. Objetiva e adaptável, ela é aplicável na vida real, um fato que a faz ser amplamente aceita no Psicologia.
2 - Teoria da Modelagem
Bandura criticou a ênfase dada por Skinner a sujeitos animais e não a sujeitos humanos. A abordagem de Bandura é uma teoria da aprendizagem social, ele não espera que achemos relevantes para o dia a dia os dados de experimentos que não envolvam interação social.
Bandura, assim como Skinner, reconhece o resultado do reforço positivo, mas ele acredita que praticamente todas as formas de comportamento podem ser aprendidas sem que experimente diretamente qualquer reforço. Também chamada de aprendizagem observacional, sua abordagem indica a importância da observação do comportamento das outras pessoas. Em vez de recebermos diretamente o reforço, podemos aprender pelo reforço vicariante observando o comportamento dos outros e suas consequências.
Outra característica da aprendizagem social é que Bandura fala que os processos cognitivos podem influenciar a aprendizagem de observação, não existe uma ligação direta entre estimulo e resposta ou entre comportamento e reforço, como Skinner diz.
3 - A Vida de Bandura
Nasceu em uma cidade pequena na província de Alberta, no Canadá. Seus pais eram imigrantes da Polônia que enfatizavam o valor da educação. Assim que terminou o colegial, no verão, foi trabalhar com construções no deserto, tapando buracos. Essa foi uma experiência fascinante para o jovem, que desenvolveu grande interesse pela psicopatologia da vida. Frequentou a universidade da Columbia britânica em Vancouver como estudante e cursou psicologia apenas por conveniência, fascinado pelo curso obteve seu Ph. D. em 1952. Em 1973, foi eleito presidente da American Psychological Association.
4 - Modelagem: A Base da Aprendizagem de Observação
A ideia básica de Bandura é que pode ocorrer aprendizagem por meio de observação ou exemplo e não apenas por meio de reforço direto. Para ele, o condicionamento operante, no qual ocorre o comportamento de ensaio e erro até que a pessoa apresente a resposta certa, é um meio ineficiente e potencialmente perigoso de aprender habilidades como nadar ou dirigir. Para, Bandura, a maior parte dos comportamentos humanos é aprendida por meio de exemplos, seja intencional ou acidentas.
4.1 - Estudos com o joão-bobo 
Utilização de um boneco joão-bobo plástico e inflável para induzir determinado comportamento, tendo estudos iniciais com crianças de pré-escola.
4.2 - Outros estudos de modelagem
 De acordo com a teoria de Bandura, o comportamento dos filhos deveria refletir o do pai e da mãe, pois pais e mães de crianças inibidas são inibidos e pais e mães de crianças agressivas são agressivos.
A modelagem verbal pode induzir determinados comportamentos, contando que as atividades envolvidas sejam adequadamente explicadas em sua totalidade. As instruções verbais são normalmente completadas por demonstrações de comportamentos.
4.3 - Desinibição
 Refere-se ao enfraquecimento de uma inibição ou repressão por meio da exposição a um modelo. As pessoas são mais propensas a se livrarem de suas inibições contra o comportamento agressivo se virem outras pessoas fazendo o mesmo. O fenômeno de desinibição pode influenciar também o comportamento sexual.
4.4 - Os efeitos da modelagem da sociedade
 Com base em extensivas pesquisas, Bandura concluiu que muitos comportamentos são adquiridos por meio de imitação do comportamento de outras pessoas. Desde a infância desenvolvemos respostas a modelos que a sociedade nos oferece. Adquirimos costumes e comportamentos de acordo com o que é socialmente aceitável. Até mesmo as pessoas que se desviam das normas sociais seguem modelos considerados indesejáveis pelo resto da sociedade.
Bandura é um crítico notório do tipo de sociedade que fornece maus exemplos para as crianças, se o que vemos é o que nos tornamos, então não há muita distancia em vermos um personagem violento na televisão e seguirmos seu exemplo.
No sistema de Skinner, os reforçadores controlam o comportamento; para Bandura, os modelos o controlam.
4.5 - Características da situação de modelagem
 Existem três fatores que influenciam a modelagem: as características dos modelos, as características dos observadores e as consequências recompensadoras associadas ao comportamento.
4.5.1 - Características dos modelos
Temos tendência a sermos influenciados por quem parece ser mais semelhante a nós, outras características do modelo que afetam a imitação são a idade e o sexo, status e prestígio também são fatores importantes.
4.5.2 - Características dos observadores
 As pessoas com autoconfiança e autoestima baixas são muito mais propensas a imitar o comportamento de um modelo do que aquelas com autoconfiança e autoestima altas.
4.5.3 - As consequências recompensadoras associadas ao comportamento
 As consequências recompensadoras associadas a um comportamento particular podem influenciar a extensão da modelação e até mesmo anular o impacto das características dos modelos e dos observadores.
5 - Os Processos de Aprendizagem de Observação
Para Bandura, os processos de aprendizagem de observação são governados por quatro mecanismos relacionados entre si: processos de atenção, retenção, produção e processos motivacionais e incentivo.
5.1 - Processo de Atenção
 Para que ocorra a aprendizagem de observação, é de suma importância que preste muita atenção no modelo. Pois, a atenção faz com que tenha uma maior precisão na obtenção de informações para que o indivíduo possa imitar corretamente o seu modelo.
Vários fatores influenciam no grau da atenção que cada indivíduo terá sobre o seu modelo, destaca-se a idade, status, sexo e grau de semelhança. Ou seja, quanto mais identificamos com o modelo, maior será o grau de atenção. Além de, variar também de acordo com a função das habilidades cognitivas e de percepção dos observadores e do valor do comportamento que está sendo modelado.
5.2 - Processos de Retenção
Ao repetimos o modelo que nos fora apresentado, é preciso sermos capazes de lembramos depois. Para que isso ocorra, Bandura afirma que nossas informações sejam guardadas, utilizando dois métodos, um por meio de um sistema representativo intenso de imagens ou de um sistema verbal.
O primeiro método, afirma que formamos uma imagem mental do comportamento do modelo e a utilizamos como base para imitações futuras. Enquanto o segundo, utiliza da codificação verbal como forma de armazenamento. Um exemplodesse método, é descrevermos passo a passo, cada parte do comportamento que estamos observando. E são esses métodos aplicados juntos que fornecem os meios pelos quais armazenamos as situações observadas e as ensaiamos para desempenha-las depois.
5.3 - Processos de Produção
O processo de produção nada mais é, da pratica de tudo que conseguimos após termos prestado atenção, guardado e ensaiado as representações simbólicas do comportamento de um modelo. Faz necessário que praticamos tudo que foi retido para que haja uma produção adequada do comportamento.
5.4 - Incentivos e Processos Motivacionais
Por mais que conseguimos prestar atenção e memorizemos os modelos, é preciso de incentivo para executa-los. Esses incentivos são influenciados pelos reforços que recebemos.
Bandura identificou que não é necessário a existência do reforço para que ocorra a aprendizagem. Em suas pesquisas, ele descobriu que crianças imitavam comportamentos independente de alguma recompensa ou não. Assim, o incentivo não é fator determinante, ele é apenas um auxiliador.
6 - Autorreforço e Autoeficácia
O autorreforço ocorre quando estipulamos padrões pessoais e comparamos nosso comportamento com determinados padrões, como se fossem metas a serem alcançadas. Se o comportamento está de acordo com esses padrões a pessoa sente-se orgulhosa, satisfeita. Caso o contrário, o indivíduo responde com culpa, insatisfação. Em casos extremos, a pessoa pode se autopunir emocionalmente.
 Segundo Bandura, a autoeficácia refere-se a sentimentos de autoconfiança, competência, a expectativa de que podemos lidar com situações e obter o resultado desejado. Pessoas com baixa autoeficácia sofrem com o sentimento de inutilidade, sentem-se incapazes de lidar com situações cotidianas.
6.1 - Fontes de informações sobre autoeficácia
 O julgamento sobre nossa autoeficácia baseia-se em quatro fontes de informação: aquisição de desempenho, experiências vicariantes, persuasão verbal, estimulação fisiológica e emocional.
Aquisição de desempenho: quando realizamos determinada atividade e temos sucesso na mesma nos sentimos mais seguros em realiza-la novamente, fortalecendo nossos sentimentos de autoeficácia. Da mesma forma que se fracassarmos esses sentimentos diminuíram.
Experiências vicariantes: quando vemos outras pessoas semelhantes em capacidade, realizando tarefas com sucesso nossa autoeficácia é fortalecida.
Persuasão verbal: trata-se do poder de convencimento que outras pessoas têm sobre determinado indivíduo, fortalecendo sua autoeficácia.
Estimulação fisiológica e emocional: o quanto a pessoa sente-se calma ou nervosa vai interferir diretamente no seu desempenho.
7 - Os Estágios de Desenvolvimento de Modelagem e Autoeficácia 
7.1 - Infância
Ao decorrer da infância, a modelagem limita-se a imitação direta. Na infância, é primordial que o comportamento modelado seja repetido várias vezes depois da primeira tentativa do bebê. Outrossim, é indispensável que o comportamento modelado encontre-se dentro dos limites de desenvolvimento sensório-motor do bebê. Em volta dos dois anos, às crianças já cresceram suficientemente os processos de atenção, retenção e produção para iniciar a imitação de um comportamento algum tempo após da exposição a ele, porém não imediatamente. Os comportamentos que consideramos reforçadores e que, decidimos imitar modificam-se com a idade. As crianças menores são primeiramente reforçadas com estímulos físicos, tais como comida, afeição ou punição. Já as maiores, associam reforçadores físicos positivos a sinais de aprovação provenientes de modelos significativos e reforçadores indesejados a sinais de desaprovação. Logo mais, essas recompensas ou punições tornam-se autoadministradas. Dessa forma a autoeficácia também se desenvolve gradualmente. Os comportamentos de pais e mães que levam a elevada autoeficácia distinguem entre meninos e meninas. Em alguns estudos mostraram que os homens com elevada autoeficácia tiveram, quando crianças, relações carinhosas com o pai. A mãe era mais exigente que o pai, com expectativas de níveis mais elevados de desempenho e realizações. Em contrariedade, as mulheres com alta autoeficácia experimentaram, quando crianças, pressão de bom desempenho por parte do pai. A relevância da influência dos pais diminui á medida que o mundo do bebê se expande e admite modelos adicionais, como irmãos, amigos e outros adultos. Bandura também considerou importante a ordem de nascimento dentro da família, para ele os filhos primogênitos e filhos únicos possuem base diferente da dos filhos posteriores para julgamento de sua própria capacidade. E é mais provável que irmãos do mesmo sexo competirem entre si do que os de sexos diferentes, fator também relacionado ao desenvolvimento de autoeficácia. Os professores iniciam julgamentos de autoeficácia por meio de seu impacto sobre o desenvolvimento de capacidade cognitiva e de resolução de problemas, as quais são vitais para a atuação satisfatória de um adulto. Muitas vezes, as crianças classificam sua própria competência em termos das avaliações que os professores fazem delas.
7.2 - Adolescência
Os conhecimentos de transição da adolescência implicam lidar com novas demandas e pressões, desde um maior interesse sexual até a escolha da faculdade ou da carreia a seguir. Os adolescentes têm de estabelecer novas competências e avaliações para suas habilidades. Bandura observou que o sucesso desse estagio depende do nível de autoeficácia estabelecido durante a infância.
7.3 - Vida Adulta 
Bandura atribuiu à vida adulta em dois períodos, adulta, jovem e meia idade. A primeira compreende adaptações como casamento, ascensão profissional. É indispensável que exista elevada autoeficácia para que essas experiências apresentem resultados positivos. As pessoas com baixa autoeficácia não serão capazes de lidar com essas situações adequadamente e é bem provável que não consigam se adaptar. Para Bandura mães com elevada autoeficácia que trabalham fora experimentam significativamente menos tensão física e emocional resultante dos conflitos trabalho-família do que as mulheres com baixa autoeficácia. Os anos da meia idade também são estressantes, pois as pessoas reavaliam sua carreira e sua vida familiar e social.
7.4 - Velhice
As revisões de autoeficácia na velhice são défices. O declínio das capacidades mental e física, a aposentadoria e o afastamento da vida social podem exigir nova autoavaliação. Uma diminuição de autoeficácia pode posteriormente afetar os funcionamentos físicos e mental como um tipo de profecia autorealizada. Para Bandura, autoeficácia é o fator crucial na determinação do sucesso ou fracasso ao longo de toda vida.
8 - Modificação do comportamento
Ao formar sua teoria social-cognitiva, Bandura tinha o objetivo de modificar ou transformar os comportamentos aprendidos que eram indesejáveis à sociedade. Bandura se concentra nos aspectos externos, nos comportamentos inadequados ou destrutivos, na crença de que são aprendidos, exatamente como todos os outros comportamentos. Ele não trata dos conflitos inconscientes subjacentes. É o comportamento ou sintoma o alvo da aprendizagem social.
8.1 - Medos e fobias
Bandura aplicou técnicas de modelagem para extinguir medos e outras reações emocionais intensas. Em um estudo inicial, crianças com medo de cachorros observavam outras crianças da mesma idade brincando com o animal. O temor a cachorro diminuiu consideravelmente no fim na observação.
Essa técnica de modelagem chama-se participação guiada e tem como princípio assistir um modelo vivo manusear o causador do medo e depois o indivíduo participa com ele. Por exemplo, para tratar fobia de cobra, pessoas assistem um modelo manusear uma cobra através de uma janela. Com o passar do tempo ele entra na sala. Depois é encorajado a tocar a cobra com luvas até que, por fim, toca sem as luvas.
Outra técnica chama-se modelação encoberta na qual o paciente é instruído a imaginar um modelo lidando com a situação temida; não há de fato um modelo.Foi demonstrado que as técnicas de modelagem influenciam a capacidade de tolerar a dor. Foi feito um estudo com universitários que estavam fazendo exercícios. Foi mostrado a eles um filme com modelos fazendo os mesmos exercícios, alguns pareciam suportar a dor mais dos outros. Os que viram os modelos que toleravam a dor continuou a se exercitar por um período de tempo muito maior. Ainda mais os que viram os modelos que não toleraram começaram a sentir dor mais cedo e aumento da frequência cardíaca.
8.2 - Ansiedade
Vários comportamentos podem ser modificados por meio da abordagem de modelagem. Foi analisado, pelo menos, dois exemplos: medo de tratamento médico e ansiedade frente a testes.
Medo de tratamento médico. Foi feito um estudo com crianças que estavam cm cirurgias agendadas e nunca haviam estado em um hospital. Elas foram divididas em: um grupo experimental e um grupo de controle. O primeiro assistiu um filme sobre a experiência de um garoto num hospital que lidou muito bem com a situação. Já o segundo assistiu um filme de um garoto fazendo um passeio.
A ansiedade das crianças foi avaliada uma noite antes do procedimento cirúrgico e nas semanas seguintes. Os resultados informaram quer o filme de modelação foi eficaz na redução de ansiedade. 
Ansiedade frente a testes. Para alguns estudantes universitários, a ansiedade frente a testes é tão séria que seu desempenho nas provas não mostra realmente o seu verdadeiro conhecimento. Uma pesquisa foi feita com universitários e, baseado nos resultados de teste de personalidade foram divididos em dois grupos: os com elevada ansiedade frente a testes e os com baixa ansiedade.
Alguns assistiram a um vídeo de um vídeo de um modelo falando sobre mecanismo de coping. Outros viram um filme com o mesmo modelo, mas que falava somente de como se sentia ansioso nos testes. Um terceiro filme, o modelo falava sobre outras atividades universitárias.
Logo após foram mostradas sílabas aleatória aos estudantes para que memorizassem, e depois foi testada sua capacidade de lembra-la. Os resultados mostraram que os estudantes que viram o vídeo sobre sua eficácia quando submetidos a testes tiveram um desempenho melhor do que os outros.
8.3 - Questões éticas na modificação do comportamento
Embora a modelagem mostrasse resultados positivos, técnicas provocaram críticas por parte dos educadores, políticos e até alguns psicólogos. Eles sugeriram que modificação do comportamento explora as pessoas, manipula-as e as controla contra a sua vontade. Bandura dizia que estão completamente erradas. Pelo contrário, a modificação só acontece com o conhecimento do cliente e isso é muito importante pois as técnicas só serão eficazes se ele houver quais comportamentos estão sendo reforçados. Bandura explicou que na verdade as técnicas de modelagem aumentam a liberdade pessoal.
9 - Questões sobre a Natureza Humana
Albert Bandura tem uma posição clara sobre a questão do livre-arbítrio versus determinismo. Um conceito que Bandura nomeou de determinismo recíproco, no qual a pessoa tem controle do comportamento, por meio de processos cognitivos, e pelo ambiente, por meio das situações sociais externas. Depois ele introduziu a noção de reciprocidade triádica, na qual três fatores interagem: comportamento, processos cognitivos e variáveis situacionais, conceituando que o comportamento é determinado pela interação de variáveis comportamentais, cognitivas e ambientais.
As nossas reações a estímulos são autoativadas, conforme as nossas expectativas adquiridas. Acompanhando as leis de Bandura para aprendizagem por meio de observação, podemos verificar e interpretar os efeitos potenciais de nossas ações e determinar quais comportamentos são apropriados para cada situação, e cada comportamento irá nos trazer uma determinada resposta de acordo com os eventos externos que presenciamos, assim, nos fazendo capaz de escolher e modelar nosso comportamento para receber reforço e evitar punição. Tal ponto de vista admite autoconsciência, autorreforço e outras formas de regulação de comportamento.
Bandura sugere que a grande parte dos comportamentos é aprendida e que fatores genéticos ficam em segundo plano, reconhecendo que fatores hereditários como aparência física podem influenciar nos reforçadores que as pessoas recebem, sobretudo na infância. Na teoria de Bandura as experiências infantis são importantes, por a aprendizagem infantil ser provavelmente mais influente do que a da vida adulta. Porém, a possibilidade de as experiências infantis serem desaprendidas ao longo da vida é real e podem ser substituídas por novos padrões de desempenho e comportamentos, visto que não temos obrigação de viver com os mesmos reforçadores que recebemos nos primeiros anos de vida. Já que certos comportamentos pelo menos resultam da experiência, pode-se dizer que Bandura aceita a singularidade da personalidade e que nosso objetivo fundamental e definido na vida é constituir padrões de desempenho realistas, de modo a mantermos o nível adequado de autoeficácia.
10 - A avaliação na Teoria de Bandura
Bandura, assim como Skinner, põe foco no comportamento e não nas variáveis motivacionais, não utilizando medidas de avaliação, tais como livre associação, análise de sonhos ou técnicas projetivas, e diferente de Skinner, aceitou o o funcionamento de variáveis cognitivas, e são essas variáveis e o comportamento que podem ser avaliadas. Nos estudos de autoeficácia, as variáveis comportamentais e cognitivas foram avaliadas quantitativamente. O teste de ansiedade em estudantes universitários foi avaliado a partir de inventários de personalidade. Sendo assim, na abordagem de aprendizagem social da personalidade é importante a avaliação de variáveis comportamentais e cognitivas.
11 - A pesquisa na Teoria de Bandura
Investigações de laboratório bem controladas na rigorosa tradição da psicologia experimental tem a preferência de Bandura. Ele estuda grandes grupos de pessoas e compara o seu desempenho médio por meio de análise estatística, selecionando indivíduos que apresentaram vários distúrbios comportamentais, com idades variando da pré-escola à vida adulta, portanto sua teoria de aprendizagem social é baseada em um amplo corte transversal da população, aumentando a generalização e a aplicabilidade dos seus resultados de pesquisas.
11.1 - Autoeficácia 
11.1.1 - Diferença de Idade e Gênero
De acordo com pesquisas realizadas, a autoeficácia difere em função de gênero e idade. Atingindo seu pico aos 20 anos, logo mais decaindo com o decorrer da idade. Independente do gênero, ela aumenta na infância e diminui após os 60 anos de idade.
11.1.2 - Aparência Física
Consideramos a sugestão de Bandura de que a aparência física pode influenciar os reforços que as pessoas recebem dos outros e assim, o modo de como se sentem a respeito de si mesmas. 
Por exemplo, ter um rosto redondo, olhos grandes, dorso nasal pequeno e queixo pequeno (cara de criança) revelou-se fortemente relacionado as convicções de baixo controle na juventude e meia-idade. Outro resultado importante foi o efeito significativo da atratividade física sobre as convicções de controle. Pessoas classificadas como menos atraentes relataram sentimentos de controle mais baixos tanto no trabalho como nas situações sociais. Além disso, pessoas mais baixas relataram sentimentos inferiores de controle na jovem idade adulta do que pessoas mais altas ou de altura média.
11.1.3 - Desempenho Acadêmico
Foram demostradas nas pesquisas uma relação significativamente positiva entre autoeficácia e desempenho acadêmico, na qual os professores com um alto grau de autoeficácia em sua capacidade acadêmica acabam criando mais oportunidades para seus alunos a conquistarem em níveis mais elevados, a motivação, o nível de esforços, nível de aspiração e persistência em situações de sala de aula estavam positivamente relacionadosa autoeficácia.
Também foram observadas diferenças em escolas na maneira como tal incute autoeficácia nos seus alunos. Em escolas que promoviam autoeficácia os diretores se preocupavam mais com educação do que com implantação de políticas e regulamentos e os professores estabeleciam altos padrões e expectativas para seus alunos, já em promotoras de baixa autoeficácia, os diretores trabalhavam mais como administradores e disciplinadores do que como educadores e os professores tinham poucas expectativas com relação ao desempenho acadêmico de seus alunos.
11.1.4 - Opção de Carreira e Desempenho no Trabalho
 Quanto mais elevado o nível de autoeficácia, maiores serão as perspectivas de carreira e o interesse por elas. 
11.1.5 - Saúde física
A autoeficácia também tem influência em aspectos do nosso bem-estar físico. Em um estudo feito em mulheres grávidas que tiveram aulas sobre técnicas de relaxamento e exercícios de respiração que poderiam reduzir a dor para a hora do parto tinham a crença de quem possuíam maior controle sobre a dor do que as que não tiveram aulas sobre tais técnicas, e quanto mais altas a autoeficácia e o sentimento de controle das mulheres, mais tempo elas conseguiriam tolerar o desconforto experimentado durante o parto, diminuindo também a quantidade de remédios pedidos para as dores.
A autoeficácia também se relaciona com a manutenção de comportamentos saudáveis.
Hábitos de estilos de vida podem favorecer ou prejudicar a saúde. Eles permitem que as pessoas exerçam perto do controle comportamental sobre a sua vitalidade e a qualidade de sua saúde. A crença na eficácia influencia todas as fases de mudança pessoal – se as pessoas chegam a pensar em modificar os seus hábitos de saúde, se reúnem a motivação e a perseverança necessárias para terem sucesso na escolha que farão e como elas manterão da melhor forma os hábitos que conseguiram mudar (Bandura, 1995, p.28).
Também há influências em relação a recuperação de doenças físicas, como por exemplo, foi verificado em estudos que pessoas com elevada autoeficácia respondiam melhor aos tratamentos cognitivo e comportamental para doenças pulmonares do que os pacientes com baixa autoeficácia. Assim como homens que sofreram ataques cardíacos apresentaram uma taxa mais alta de retorno às atividades normais e menos amedrontados e menos depressivos quando eles e suas esposas acreditavam em seu coração bom e recuperado. Então, quanto mais alta a autoeficácia dos pacientes, maior seria a probabilidade de que seguissem programas de exercícios prescritos e de que melhorassem.
11.1.6 - Saúde mental
 Pesquisas mostram que pessoas que se auto avaliam como sofríveis em eficácia social e acadêmica são mais propensas a experimentar depressão. 
11.1.7 - Coping com estress
Uma autoeficácia realçada e um senso de controle da vida relacionam-se positivamente à capacidade de lidar satisfatoriamente com o estresse e de minimizar seus efeitos prejudiciais sobre o funcionamento biológico. Bandura escreveu: "Um forte senso de eficácia de coping reduz a vulnerabilidade ao estresse e à depressão em situações difíceis e fortalece a resiliência à adversidades" (Bandura, 2001, p.10). Elevada autoeficácia é associada ao fortalecimento do sistema de imunidade do corpo, à diminuição da liberdade de hormônios relacionados ao estresse e à redução de suscetibilidade a infecções respiratórias.
11.1.8 - Eficácia coletiva
Da mesma forma que um indivíduo pode desenvolver autoeficácia, um grupo de pessoas de um mesmo meio, pode desenvolver uma eficácia coletiva. Por exemplo times de futebol ou voleibol, grupo em uma empresa, vizinhos, uma turma de escola ou de faculdade. Um grupo com eficácia coletiva tem mais chances de atingir seus objetivos.
11.2 - Relações entre Comportamento Agressivo, Televisão e Videogame.
Várias pesquisas afirmam que presenciar algum ato de violência nos torna violento, mesmo que seja em alguma cena vista na televisão, em filmes ou na vida real, o que foi afirmado também nos estudos de Bandura.
As influencias dos conteúdos agressivos nos meios de comunicação e nos jogos de videogame, formam um modelo que acabam sendo imitados e aprendidos principalmente pelas crianças que não conseguem ainda determinar o que é violento ou não, levando essas crianças a tomarem atitudes agressivas. Além de, também jovens e adultos imitarem inconscientemente tais comportamentos mesmo que possuem conhecimento sobre o que é violência. 
CONCLUSÃO
A Teoria da Modelagem mostra que se pode aprender através da observação do comportamento de outras pessoas, sem a necessidade de um reforço diretamente. Ao longo do trabalho foi visto que Bandura preza por uma sociedade com comportamentos modelos exemplares porque é observando esses modelos que as crianças adquirem boa parte, se não toda, dos seus comportamentos. Por esse motivo é que faz tão importante as características dos modelos, dos observadores e as consequências recompensadoras. 
Bandura explica em sua teoria o passo-a-passo de como ocorre a aprendizagem que começa no processo de atenção, passa para retenção e, por fim, o processo de produção, quando é praticado o comportamento para ser fixado. Nesse sentido é imprescindível o autorreforço e a autoeficácia para que se consiga chegar no objetivo almejado. 
O teórico prova claramente, através de experimentos, a aplicabilidade e os resultados positivos que as técnicas de modelagem trazem, proporcionando maior qualidade de vida, aumentando a autoeficácia e a liberdade pessoal dos seus clientes.
REFERÊNCIAS
Schultz, Duane P.; Schultz, Sydney Ellen. História da Psicologia Moderna - Tradução da 10ª Edição Norte-americana. 10. ed. São Paulo: Cengage Learning. 2014.
Schultz, Duane P.; Schultz, Sydney Ellen. Teorias da Personalidade - Tradução da 9ª Edição Norte-americana. 9. ed. São Paulo: Cengage Learning. 2010.

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