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APRESENTACAO DA AULA 3

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CCA0138 – COMUNICAÇÃO E SEMIÓTICA 
Aula 3: Peirce e o signo: tríade 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Conteúdo desta aula 
PEIRCE E O SIGNO: 
TRÍADE 
1 
O ESTUDO DOS SIGNOS; RELAÇÕES ENTRE FENOMENOLOGIA E 
SEMIÓTICA; DEFINIÇÕES E CLASSIFICAÇÕES 
2 
PRÓXIMOS 
PASSOS 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade. 
A semiótica, em sentido lato, é a ciência que 
estuda os sentidos, suas estruturas e 
combinações, manifestados em significantes 
que faz referência a um significado conforme 
um sistema de significação de valores. O 
significante reporta o mundo exterior como, 
por exemplo, a imagem acústica; o 
significado, o mundo interior, como os 
conceitos. (VASCONCELOS, 2007) 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade. 
A semiótica, atenta ao ensinamento de Saussure, toma uma orientação sensivelmente diferente. Para 
construir os sistemas das linguagens, ela toma como modelo a linguística, sua ordenação e estrutura ou 
explica o sistema da linguagem. Também, nesse tipo de procedimento, a linguística passa a ser mais 
evidente que a semiótica, não acompanhada pela teoria sociológica, antropológica e psicanalítica sem 
muita explicação. 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Comunicação e Semiótica 
Peirce e o signo: tríade. 
Toma, então, em consideração que a linguística, entre os ramos 
da ciência, que trata da prática humana, foi a primeira a 
construir-se como ciência exata, ou seja, pode estudar o 
comportamento do homem na sociedade. Nesse sentido, 
qualquer ciência humana fica ligada à semiótica, ou seja, a 
semiologia como ciência dos signos e dos sistemas 
significantes impregna as ciências humanas: a sociologia, a 
antropologia, a psicanálise, a teoria da arte etc. 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade 
Ao distinguir o sistema da língua do sistema de outros signos, Saussure diferencia a semiótica da 
semiologia, que definira como a ciência que estuda “a vida dos signos no seio da vida social”. O signo 
semiológico (signo linguístico) também é composto de um significante e um significado, no entanto 
leva em conta a substância do signo semiológico. Barthes, em seus estudos, prioriza o signo 
semiológico e as suas funções. Prefere o estudioso nomear os signos semiológicos de origem 
utilitária e funcional, funções sígnicas. 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade 
Peirce e o signo: tríade 
Os estudos semióticos aqui destacados têm como campo 
específico de teoria e aplicação a análise da ação e atividade 
dos signos. Charles Sanders Peirce foi o cientista responsável 
pela delimitação desse campo que será tratado como a 
ciência geral dos signos. 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade 
Tomar-se-á como base a observação das relações lógicas 
intrínsecas ao processo de significação e representação, 
teorizando um conceito de signo que priorize o processo 
dinâmico e evolutivo do significado. Evidencia-se, assim, 
as bases fenomenológicas no processo sígnico. 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade. 
A sistematização de Peirce, em relação à Semiótica e o próprio conceito de signo, passando às 
análises e categorizações das tricotomias sígnicas, é inseparável de sua fenomenologia e de seus 
fundamentos lógicos, observáveis, segundo Lucia Santaella em: 
 
“O engendramento lógico existente entre os três correlatos da 
entidade signo: o fundamento do signo (representamen), o objeto e 
o interpretante." 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade 
Um signo (representamen), para Peirce, é aquilo que, sob certo aspecto, representa alguma coisa 
para alguém. Para uma pessoa receptora, em primeiro momento, será criada na mente (semiose) um 
signo equivalente a si mesmo, ou um signo mais desenvolvido. Este recebe a designação de 
interpretante (referência), e a coisa representada (objeto), formando, assim, a “relação triádica”. 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade. 
INTERPRETANTE 
(ou referência) 
SIGNO OBJETO 
(ou referente) 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade 
Pode-se observar que a linha que une o signo ao 
interpretante (referência), assim como a que liga ao 
objeto (referente), são diferentes das que ligam ao 
signo. Há relações causais entre interpretante e 
signo, como se pode inferir, pela referência feita por 
fatores sociais e psicológicos constatáveis por meio 
dos efeitos causados pelo signo sobre a atitude do 
receptor e de outros. Há também uma relação entre 
o interpretante e o objeto, por isso a linha não é 
pontilhada. 
INTERPRETANTE 
OBJETO SIGNO 
Árvore 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade 
Segundo Almeida Jr (2003), se tomarmos como exemplo 
de signo uma árvore representada sobre uma tela, 
veremos que não há relações pertinentes entre o signo e 
o objeto, pois o interpretante é que faz a mediação entre 
o representamen e o objeto, no caso, árvore pode ser 
substituída por tree (inglês) ou arbre (francês) ou albero 
(italiano). A relação permanecerá. Com isto, percebe-se 
que entre o signo e o objeto não há relações 
pertinentes. 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade 
No exemplo, árvore vista com meus olhos e o signo /árvore/, que utilizei para defini-la, não há uma 
relação significativa ou de obrigatoriedade, pois não se liga uma coisa à outra. 
ÁRVORE 
TREE 
ARBRE 
ALBERO 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade 
• Consideremos, assim que, para os signos (ícone e índice), haverá sempre uma relação direta 
entre signo e objeto. Diante disso, vale atentar que a Semiótica pode dividir-se em: 
• “Gramática pura” (determinar o que deve ser verdadeiro) quanto ao signo para que este possa 
dar-lhe significado; 
• “Lógica” (estudo do que é verdadeiro) em relação ao signo para que este possa aplicar-se ao 
objeto; 
• “Retórica pura” (estudar as leis), um signo dá origem a outro e um pensamento provoca outro. 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Comunicação e Semiótica 
Peirce e o signo: tríade. 
"Um signo dirige-se a alguém, isto é, cria na mente dessa pessoa 
um signo equivalente, ou talvez um signo mais desenvolvido. 
Chamo o signo assim criado o interpretante do primeiro signo" 
(PEIRCE, apud NOTH, 1998, p.72) 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade 
1.5 O estudo dos signos; relações entre fenomenologia e semiótica; definições e classificações. 
• Peirce propõe a existência de dez tricotomias e sessenta e seis classes de signo, no entanto 
destacaremos aqui apenas três tricotomias: 
• A primeira diz respeito ao signo; a segunda, à relação entre o signo e o objeto; e a terceira às 
relações entre o signo e seu interpretante. 
• A segunda tricotomia (relações semânticas), propõe uma divisão dos signos, assim conceituados: 
Ícone, Índice e Símbolo. 
 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade. 
O signo pode ser compreendido, como fazem Oswald Ducrot e Tzvetan Todorov (1972), como uma 
entidade que pode “tornar-se sensível para um grupo definidode utentes e marcar uma ausência 
nela própria”. 
“A parte do signo que se pode tornar sensível é chamada significante; a parte ausente, significado; e 
a relação que ambas mantêm entre si, significação.” (Ducrot e Todorov, in: O pesquisador e seu 
outro, p. 102). 
SIGNIFICADO 
SIGNIFICANTE 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade 
Quase todos os teóricos distinguem, no signo, a significação denotativa e a significação conotativa. 
Enquanto a primeira resulta de sua função referencial, ou seja, de sua relação de significante, palavra, 
com o objeto real, a segunda destaca a significação particular produzida pelo conteúdo emocional, 
experimentada por um dado grupo cultural e forjada por esse grupo. 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade 
Ao pensarmos na linguagem verbal, tendo a língua como código, os signos linguísticos são os 
responsáveis pela representação das ideias. Para os associarmos com essas ideias, vamos refletir sobre 
a linguagem simbólica sígnica. É importante também obtermos informações sobre como a palavra, 
considerada signo, pode simbolizar as coisas do mundo. 
ESTRELA 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade 
Vale dizer que “a linguagem tem como função ‘dizer alguma coisa’. O que é exatamente essa ‘coisa’ em 
vista da qual se articula a língua, e como é possível delimitá-la em relação à própria linguagem? Está 
proposto o problema da significação”. (BENVENISTE, 1976) 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade 
A linguística passa a ter duplo objeto: ciência da linguagem e 
ciência das línguas, mas é das línguas que se ocupa o 
linguista. A linguística é, em primeiro lugar, a teoria das 
línguas, e teoria dos signos. 
 
Procedendo aos estudos, vê-se a língua como “um sistema 
em que nada signifique em si e por vocação natural, mas em 
tudo signifique em função do conjunto; a estrutura confere 
às partes a sua ‘significação’ ou a sua ‘função’ mediadora”. 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade 
Deve-se destacar que, para Saussure, a linguagem é caracterizada como reflexão do pensamento, é 
consciente, significativa, na comunicação resulta na concretização da palavra falada ou escrita. Deve-se 
observar que não há signo sem significante e significado do mesmo modo como uma moeda não pode 
deixar de ter cara ou coroa. 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade 
Em seu “Curso de Linguística Geral”, Ferdinand de Saussure 
descreveu um signo como uma combinação de um conceito com 
uma imagem sonora. As imagens sonoras são usadas para 
produzir uma elocução. 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade 
Vamos considerar que o processo da linguagem é 
mental, entretanto, entende-se que a articulação desta 
provém do subconsciente e do inconsciente. 
Exemplo: se eu olho para o céu vejo nuvens escuras, 
posso concluir que provavelmente irá chover. Vem logo 
à mente que, antes de sair de casa, deixei roupas 
estendidas no varal, rapidamente penso que é melhor 
recolhê-las antes que a chuva chegue. 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade 
Em cada época histórica da vida, cada geração, cada país, classe social, idade, região possui sua 
linguagem, seu vocabulário, sua pronúncia, que sofrem variações. Além disso, a linguagem é produto 
do inconsciente e do consciente dessas manifestações. Logo, cada língua articula o mundo de forma 
diferente; o que possui um significado em certa língua, pode possuir dois ou até mais, em outra. 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade 
• Signo arbitrário: não há relação necessária entre ele e o objeto apresentado, e difere do símbolo 
que nunca é completamente arbitrário. 
• A significação de um signo não deve ser confundida com o significado desse mesmo signo. 
 Significado → Conceito (imagem mental); 
 Significação → União entre o significado e o significante. 
POR QUE LÁPIS 
SE CHAMA LÁPIS? 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade 
A questão do significado está no domínio da língua (depende apenas do sistema e está antes e acima do 
ato individual), e a da significação, no da fala (Individual, localizada no tempo e no espaço). 
Vaca 
Exemplo: o significado “vaca” é idêntico ao significante 
“vaca”, dado que os dois evocam-se mutuamente em 
qualquer circunstância. O primeiro é a tradução fônica 
de um conceito, enquanto que o segundo é sua imagem 
mental. 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade 
Ver vídeo “LAPSUS” (Juan Pablo Zaramella): 
https://www.youtube.com/watch?v=UWMyFkvL84E 
Comunicação e Semiótica 
AULA 3: PEIRCE E O SIGNO - TRÍADE 
Peirce e o signo: tríade. 
Indicação de leitura 
MOURA, Marilda Franco de. Comunicação e 
Semiótica. Rio de Janeiro: Editora da Universidade 
Estácio de Sá, 2015, 186p. (Unidade I: Itens 1.3, 1.4 e 
1.5) 
Sugestão de leitura complementar: 
MEDEIROS, Túlio Tibério Quirino. A fenomenologia 
pragmaticista de Charles S. Peirce. Prometeus 
Filosofia em revista. Ano 2 - no.3 Janeiro-
Junho/2009 ISSN: 1807-3042. 
Assuntos da próxima aula: 
1. Bases interpretativas: informação, 
comunicação, partilhamento.

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