resumo wilson

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Transtorno de Ansiedade
Definição e caracterização
Incluem transtornos relacionados ao medo e ansiedade num grau elevado e persistente.
Medo é a resposta emocional a ameaça imediata.
Ansiedade é a antecipação de respostas emocionais a ameaça.
Num estado de medo apresentamos uma excitabilidade aumentada momentânea, visto que o organismo está preparado para lutar ou fugir.
Num quadro ansioso o sujeito experimenta por algum tempo tensão muscular e estado de vigilância em função de uma preparação do organismo para um perigo futuro.
Os transtornos de ansiedade diferem entre si nos tipos de objetos ou situações que determinam medo e ansiedade.
Os transtornos de ansiedade podem ser altamente comórbidos entre si, logo faz-se necessário uma avaliação detalhada dos tipos de objetos e situações temidas e evitadas pelo sujeito.
A punição enfrentada pelos indivíduos no seu dia a dia pode repercutir em toda a sua relação com o seu ambiente externo e/ou interno.
O transtorno de ansiedade configurasse-a como tal quando o comportamento de medo e ansiedade persistem e apresentam-se num grau elevado.
Boa parte dos sujeitos com transtorno de ansiedade apresentam padrão de comportamento de esquiva.
Fobia Específica
O medo ou ansiedade está relacionado à uma situação ou objeto particular (estímulo fóbico).
Nesse caso, o grau do medo experimentado pode variar com a proximidade do objeto ou situação temida, como também pode ocorrer com a antecipação da presença ou na presença real do objeto ou situação.
Classes gerais de estímulos fóbicos:
Animal (aranhas, insetos, cães...).
Ambiente natural (alturas, tempestades, água...).
Sangue-injeção-ferimentos(agulhas, procedimentos médicos invasivos, transfusões...).
Um indivíduo que fica ansioso apenas ocasionalmente ao ser confrontado com a situação ou objeto não seria diagnosticado com fobia específica.
O sujeito evita a situação, ou, se não consegue ou decide não evitá-la, a situação ou objeto evoca temor ou ansiedade intensos.
Pessoas com fobias específicas alteraram suas circunstâncias de vida com o objetivo de evitar o objeto ou situação fóbica o máximo possível.
O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao perigo real apresentado pelo objeto ou situação ou mais intenso do que é considerado necessário.
A fobia específica deve causar sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do sujeito para que o transtorno seja confirmado.
Os comportamentos de esquiva são com frequência óbvios, porém às vezes são menos óbvios.
A esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis meses.
Fobia Social
Medo ou ansiedade persistente e num grau elevado diante de uma ou mais situações sociais em que o sujeito é exposto a possível avaliação por outras pessoas.
Exemplos: encontrar e se relacionar com pessoas que não são tão próximas, comer em lugares públicos, utilizar banheiros públicos, falar em público...).
Medo de agir e as pessoas notarem sintomas de ansiedade que serão avaliados negativamente.
Exemplo: ruborizar, atropelar palavras, mãos trêmulas...
O comportamento de medo ou ansiedade apresentado pelo sujeito é desproporcional à ameaça real apresentada pela situação social e o contexto sociocultural.
O Transtorno de Pânico
Um ataque de pânico é um surto abrupto de medo intenso ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos. Os ataques são recorrentes e inesperados.
O sujeito experimenta quatro (ou mais) dos seguintes
sintomas:
Palpitações, coração acelerado, taquicardia.; 2. Sudorese; 3. Tremores ou abalos; 4. Sensações de falta de ar ou sufocamento; 5. Sensações de asfixia; 6. Dor ou desconforto torácico; 7. Náusea ou desconforto abdominal; 8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio; 9. Calafrios ou ondas de calor; 10. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento); 11. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar distanciado de si mesmo); 12. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”; 13. Medo de morrer.
Apreensão ou preocupação persistente acerca de novos ataques de pânico, bem como sobre suas consequências.
Exemplo: medo de ter um novo ataque quando estiver cortejando alguém; medo de perder o controle; medo de sofrer um ataque cardíaco; medo de enlouquecer...
Aumento do comportamento supersticioso.
Exemplo: deixar de ir para academia porque acha que a crise se relaciona a isso; deixar de comer alimentos específicos; acompanhar-se de pessoas específicas.
Agorafobia
Medo ou ansiedade intenso apresentado pela exposição a algumas situações:
Uso de transporte público (automóveis, ônibus, trens, navios, aviões);
Permanecer em espaços abertos (áreas de estacionamentos, mercados, pontes...).
Permanecer em locais fechados (lojas, cinemas, boates...).
Permanecer em uma fila ou ficar num grande contingente de pessoas.
Sair de casa sozinho.
O indivíduo apresenta pensamentos de que pode ser difícil escapar ou de que o auxílio pode não estar disponível no caso de desenvolver sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes ou constrangedores.
Em situações agorafóbicas, geralmente o sujeito evita ou enfrenta na presença de uma companhia.
Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)
Ansiedade e preocupação excessivas acerca de diversos eventos ou atividades.
O sujeito tem dificuldade de controlar a preocupação e evitar pensamentos que interfiram na atenção às atividades diárias.
A ansiedade e a preocupação experimentada configura-se com três (ou mais) dos seguintes sintomas:
Inquietação ou sensação de estar com “os nervos à flor da pele”.
Fatigabilidade.
Dificuldade em concentrar-se, esquecimentos ou sensações de “branco”.
Irritabilidade.
Tensão muscular.
Perturbação do sono (sono insatisfatório e inquieto).