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Direito Processual Civil

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Aula 10/02/17
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
DOS RECURSOS:
Teoria Geral dos Recursos
Fundamento de Existência dos Recursos. 
INCONFORMISMO DO SER HUMANDO
O ser humano é inconformado por natureza, por isso ocorre o desenvolvimento da humanidade. 
Expressar o inconformismo só existe por causa do recursos “Esfera Recursal” (segunda esfera de julgamento). Para ter uma segunda opinião, sendo limitado a 1 recurso, buscando-se a paz, pois não concordar mas se conforma. 
ERRO DO PODE JUDICIARIO
Quem julga é o ser humano que é passivo de cometer equivoco/erro, podendo ser corrigido pela 2ª instância devido ao Recurso. Depois do trânsito em julgado não pode ser mais discutido. Se a decisão for errada e não tivesse recurso teria que permanecer a decisão errada. 
	Dois Tipos de ERROS:
“ERROR IN PROCEDENDUM” = Erro de procedimento = erro de forma. 
As vezes o juiz solta a sentença ótima com relação ao mérito e erra quanto a forma. 
Ex: CC (julgamento = relatório/Fundamentação/Parte Decisória) porem o juiz pode esquecer de colocar o relatório, desta forma a sentença é anulada, pois não tem as 3 partes obrigatórias. 
EX2: o juiz solta a sentença em outro idioma, pode ser anulada por recurso pois esta previsto ser em português. Se tiver expressões estrangeiras já consagradas no direito tem que ser considerada. Quando necessário o texto em estrangeiro tem que constar a tradução oficial.
“ERROR IN JUDICANDUM” Erro de Julgamento = Erro de justiça (subjetivo).
O juiz erra quanto o mérito. A justiça é subjetiva, o que pode ser justo para uns é injusto para outros. Quem se sente injustiçado ataca com o Recurso. 
1.3 PROXIMIDADE/AFASTAMENTO DO ORGÃO JULGADOR QUANTO AS PARTES
O julgamento é realizado pelo juiz que teve contato com as partes na audiência ou decorrer do processo, que pode ser bom ou mal para o julgamento. 
No caso do recurso a 2ª instancia não tem nenhum contato com as partes, só o papel será analisado e complementará de forma mais justa a decisão da 1ª instância. 
Ex: o juiz precisa aplicar uma pena justa, porem pode ocorrer casos que devido próximo do juiz ao interrogar o réu pode o juiz ficar parcial (com raiva ou dó), e julgar uma pena não aplicando a dosimetria determinada pela lei. 
Aula 17/02/17
CONCEITO DE RECURSO 
Recurso é o meio voluntario e idôneo apto a, na mesma base processual ensejar a invalidação, reforma, esclarecimento ou suprimento de uma decisão judicial.
VOLUNTARIO: facultativo, não é obrigatório, a parte recorre se quiser. Esse elemento diferencia o recurso das demais ações que são praticadas no decurso do processo. A parte que perdeu se ela não se conforma ela recorre. 
OBSERVAÇÃO sobre Voluntario: 
código de 73 tinha o instituto contestado pela doutrina ele recebia o nome de “recurso de oficio” onde o juiz era obrigado pela lei a interpor contra sua própria sentença em alguns casos (02 casos específicos), esse recurso fere o principio da Imparcialidade.
Na década de 90 o recurso de oficio deixou de existir e passou a existir o “reexame necessário”, tendo a natureza jurídica de mecanismo para dar eficácia a decisão judicial (1ª instância) 
Ex: Recurso de oficio = Sentença do juiz, espera-se 15 dias se a parte não recorreu ocorre-se o transito em julgado gerando efeitos, porem em 2 casos essa sentença não vai gerar efeito nenhum até que a sentença com os autos suba para o tribunal e seja revista pelo embargadores e que o tribunal através do acordão permaneça a sentença do juiz. Ela não gerara efeitos até ser reexaminada pela 2ª instância (não esta valendo). 
Essa pratica contradiz com o conceito de recurso, pois ele é um ato voluntario (se ela quiser) porem neste caso de recurso de oficio era obrigatório. 
A natureza é de dar eficácia a decisão. 
O CPC 2015 manteve o Reexame Necessário com quase nenhuma alteração. 
SEÇÃO III – Da Remessa Necessária
“Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: 
I – proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público (administração publica indireta); 
II – que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avoca-los. 
§ 2º Em qualquer dos casos referidos no § 1º, o tribunal julgará a remessa necessária. 
§ 3º Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a: I – 1.000 (mil) salários mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público;”
Explicação:
I – Jose entra com ação contra a Fazenda Publica, o juiz diz na sentença diz SIM (contra a fazenda publica) sendo esse dinheiro da indenização de fonte publica. Desta forma fica combinado que esta sentença se o tribunal reexaminar a matéria e manter a decisão, pois se houve-se um erro na sentença atingiria toda a sociedade. 
Se a Fazenda Publica ganha não tem reexame necessário 
Embargos à execução fiscal: Principal fonte de arrecadação do Estado é o recolhimento de tributos. Quando o contribuinte não paga um tributo o Estado cobra através da ação de execução fiscal. Dentro dessa ação o contribuinte pode se defender (ampla defesa) o nome dessa defesa é o Embargos à execução fiscal. São julgados procedente os embargos , neste caso o Estado teve prejuízo dos tributos, sendo necessário o reexame necessário para ser confirmada pelo Tribunal.
Embargos à execução fiscal tem a mesma função da contestação, mas com outro nome 
Duas Exceções que não tem reexame necessário:
1 - § 3º Artigo. 496
 I – 1.000 (mil) salários mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público;
II – 500 (quinhentos) salários mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados; 
III – 100 (cem) salários mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público.
Obs: se o município for capital de Estado passa de 100 para 500. 
2- “§ 4º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em: I – súmula de tribunal superior; II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III – entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV – entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.”
Se for a sentença baseada sobre a Súmula Vinculante, pois o juiz é obrigado a aceitar. A sumula vinculante é vinculada ao judiciário. 
PROCESSAMENTO DO REEXAME NECESSARIO
Se a fazenda publica manifestar o recurso dentro do prazo de 15 dias da sentença o processo já sabe para 2ª instancia. Somente tem o reexame necessário se a Fazenda não recorrer. 
Se após o Acordão da 2ª instancia a Fazenda não concordar pode caber Recurso para STJ ou STF. 
O reexame necessário ocorre somente da 1ª para 2ª instancia , da 2ª para a 3ª somente vai ocorrer se tiver Recurso Especial ou Extraordinário. 
Ex: o juiz esquece de enviar os autos e a fazenda não recorreu (esqueceu de enviar os autos para o cartório) neste caso o tribunal tem o poder de Avocar (ordem ao juiz) para remeter os autos. Querendo o juiz ou não esses autos subirão. 
Avocar = chamar para si. 
Aula 10/03/17
IDÔNEO 
IDÔNEO no dicionário: Que demonstra aptidão e capacidade para ocupar determinados cargos, para realizar determinadas tarefas etc.; apto e competente. [Jurídico] Que possui as características necessárias para desempenhar determinadas tarefas e/ou para tomar posse de certos cargos; sobre quem se pode confiar: advogadoidôneo.
Idôneo = Apto. Adequado. Honesto. Competente. Capacitado. Possuidor de bens suficientes para responder por uma obrigação. Próprio para atingir a finalidade a que se destinava. 
Recurso Idôneo é o previsto na lei processual civil brasileira. 
NA MESMA BASE PROCESSUAL
Ex: Fora da base processual = Quando ocorre uma petição inicial e no processo ocorre uma liminar de direito liquido e certo, o mecanismo de impugnação é através de uma petição de mandado de segurança (sendo essa uma segunda base processual). 
Ex2: Na mesma base processual = Petição Inicial e sentença, neste caso ocorrer a impugnação na mesma base processual que já existe. 
Recurso vale para:
Invalidação: Anulação da decisão (recurso serve para anular uma decisão).
Reforma da decisão: inverter o julgamento (é o caso mais comum, a alteração do julgamento).
Esclarecimento: toda decisão que venha do poder judicial deverá ser clara, legível para quem esta lendo.
Suprimento da Decisão: ataca o vicio da omissão, complementar esta decisão, integrar a decisão. 
Quatro tipos de decisões judiciais:
1)Despacho = mero andamento do processo
“Artigo. 1001 = dos despachos não cabe recurso”
2) Decisão interlocutória =
3) Sentença = põe fim ao processo
4) Acordão = decisão do tribunal
Recurso ataca apenas Decisão Interlocutoria, Sentença e Acordão. 
O despacho não se ataca via “nada”. 
PRINCIPIOS RECURSAIS DO DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Citar princípios que somente se aplica aos recursos.
Principio da Unirrecorribilidade
Contra uma decisão cabe apenas um recurso. 
Tem uma exceção no caso de 
PI		S		TJ		Rec Especial			STJ – lei Federal
						Rec Extraord			STF – CF
No caso de sentença cabe recurso ao TJ se violar lei Federal será recursos especial ao STJ
Se violar a Constituição Federal caberá recurso Extraordinário ao STF 
Principio da Taxatividade
Somente cabe recurso se for espécie taxativamente expressa na lei. Em sede de processo civil estão previstos os recursos em 3 lugar: CPC, Lei do juizado especial cível e na lei de execução fiscal. 
CPC estão previstos 9 recursos –Artigo. 994 CPC
Lei do Juizado 01 recurso – Lei 9.099 “recurso”
Lei de execução 01 recurso – “Embargos Infringentes” = total 11 recursos de Processo Civil
Principio do duplo grau de jurisdição
Em primeira estancia existem as Varas, em segunda instancia é realizada pelos tribunais. A existência de uma estancia superior para reexaminar o caso que foi examinado abaixo. Esse principio não é constitucional, ele é legal (previsto no CPC Artigo. 496 CPC.)
“Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença”
O duplo grau de jurisdição só ocorre da primeira para segunda estancia. Brasilia só olha se houve violação da Constituição Federal ou Lei Federal. No Brasil não existe 3ª jurisdição, somente existe estancia Suprema e Superior que não reexamina.
Principio da proibição da “Reformatio Impejus” (reforma para pior).
É proibida a reforma para pior no Brasil. Uma pessoa somente recorre para ver sua situação no processo melhorada, então o tribunal esta proibido de piorar a sua situação, podendo manter a situação ou melhorar, mas nunca piorar. 
A x B
Ex: PI o A (autor) pediu 10 e a Sentença foi 7, na apelação judicial o Acordão somente pode ser de 7 até 10. 
EX2: PI o A (autor) pediu 10 e a sentença foi 7, o B não concordou com a sentença e pediu recurso o Acordão somente pode ser de 07 a 0. 
EX3: Se houver recursos das duas partes (réu e autor) pode ser a sentença aumentada ou diminuída pois as duas partes recorreram.
Principio da Fungibilidade
Juiz soltou uma sentença cabe o Recurso de Apelação. 
Juiz soltou decisão interlocutória cabe o Agravo de Instrumento
Se entrar com recurso errado não será julgado pelo tribunal. Somente cabe um recurso e o recurso certo em cada decisão. 
As vezes o juiz poderá aceitar o recurso errado como se certo o fosse, esse é o principio da fungibilidade. 
Para se aplica o principio da fungibilidade se estiver presente dois requisitos:
Boa fé.
Se o tribunal identificar que o recorrente esta de boa fé, e não esteja apenas ganhar tempo e procrastinar o processo. 
Identificação de Duvida objetiva.
Duvida subjetiva só existe na cabeça do recorrente. Duvida objetiva é que existe na cabeça de todos da sociedade jurídica, comunidade jurídica científica. 
PRESSUPOSTOS RECURSAIS DE ADMISSIBILIDADE
São requisitos que devem estar presentes/preenchidos/respeitados, para que o recurso seja julgado. 
Se respeitar TODOS os requisitos o recurso será julgado pelo tribunal, senão, não será julgado. 
Os pressupostos no Brasil são divididos em:
GERAIS X ESPECIFICOS
Pressupostos Gerais:
Objetivos x Subjetivos 
05 		02
 
Ex: carta de correspondência com namorado em Porto Seguro, recebeu a carta, a CARTA LI
Pressupostos Objetivos e Subjetivos – respeitar TODOS 
C = Cabimento
A = Adequação
R = Regularidade 
T = tempestividade
A = Ausência de fato extintivo ou impeditivo do direito de recorrer
L = Legitimidade
I = Interesse Recursal
Cabimento = Contra esta decisão que esta sendo atacada, cabe recurso? 
EX: a apelação é contra uma sentença e sobre esta cabe recurso, então tem cabimento. 
Ex2: chega um agravo de instrumento e a decisão é um despacho, então não tem cabimento.
Adequação = Ser o recurso adequado, ou seja, certo. 
Obs: vide aula sobre principio da fungibilidade. Se o tribunal aceitar o recurso errado com certo o fosse. 
Aula 17/03/17
Regularidade Formal = atender a forma exigida pela lei, pois o não atendimento ocorre o fenômeno da nulidade. 
EX1: recurso de apelação a lei exige a forma escrita, se fizer da forma oral não será reconhecido.
E2: o CPC exige o vernáculo correto (língua portuguesa Artigo. XII Constituição Federal) se o recurso estiver em inglês ele não será reconhecido. 
Ex3: identificação das partes, causa de pedir, pedido a forma que deve ter a apelação.
Obs: PREPARO : o valor recolhido aos cofres públicos como custas especificas. Se não recolher as custas causa o fenômeno da DESERÇÃO. Para ver o valor das custas tem que ver a lei de custas Estadual ou Federal, alguns Estados é de 2% do valor da condenação. 
Obs: Algumas pessoas estão dispensadas de recolher este preparo MP, Autarquia, Defensoria Publica, União, Estado, Beneficiário da Assistência Gratuita e demais. 
Obs: A pessoa que não recolher dentro do prazo, se comprovar justa causa pode recolher depois. 
Existe uma sumula do STJ que diz que se for protocolado o recurso dentro do prazo no dia final (entre 16hs e 19hs), pode ser feito o recolhimento do preparo no primeiro dia útil subsequente. 
Em que prazo deve ser recolhido o Preparo:
- Juizado especial cível, até 48hs após a interposição. 
- CPC deve demonstrar o recolhimento no ato de interposição. 
Recolher e demonstrar a guia GARE que o recolhimento foi realizado juntado no processo
Porte de Remessa e de retorno
	Custas que também recolhe, tendo que recolher as duas coisas. Serve para pagar os deslocamentos dos autos, com natureza juridica de taxa. Preparo + porte de remessa. Todo ano o TJ solta o valor de acordo com o volume, o pagamento é proporcional de acordo com o numero de volume dos autos.
	Não há necessidade de recolhimento se os autos são eletrônicos. 
	
	Deverá demonstrar este recolhimento também no ato de interposição ( preparo + porte de remessa )
	
Tempestividade = o recorrente tem prazo para apresentar o recurso, se protocolar fora do prazo o recurso é intempestivo. 
Prazos: 
“Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão. § 1º Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão intimados em audiência quando nesta for proferida a decisão. § 2º Aplica-se o disposto no art. 231, incisos I a VI, ao prazo de interposiçãode recurso pelo réu contra decisão proferida anteriormente à citação. § 3º No prazo para interposição de recurso, a petição será protocolada em cartório ou conforme as normas de organização judiciária, ressalvado o disposto em regra especial.
§ 4º Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada como data de interposição a data de postagem. § 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias. § 6º O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de interposição do recurso.”
(esquema)
PRECLUSÃO TEMPORAL: quando passa o prazo ocorre a PRECLUSÃO TEMPORAL, ou seja, já passou o prazo estabelecido na lei. 
	PRECLUSÃO CONSUMATIVA: quando exerce o direito dentro do prazo encerra o seu direito pelo próprio exercício, já esta consumado. Uma vez protocolado, não pode ser feito aditivo. 
 	
Ausência de fato extintivo ou impeditivo do direito de recorrer = 
Fato Extintivo: extingue o direito de recorrer, ocorrendo anterior a interposição do recurso. No Brasil é a Renuncia do direito de recorrer (antes do protocolo). 
Ex: no final da maioria dos processos é colocada uma clausula que o acordo formaliza a renuncia ao direito de recurso. Quando houver sentença não pode mais ter recurso pois houve fato extintivo do direito (renuncia). 
Fato Impeditivo: Desistência, feito após o protocolo do recurso. Manifesta-se que não pretende o julgamento do recurso. 
Ex: o juiz abre para contra razões, vai pro tribunal e tem a sessão de julgamento, composta por relatório, sustentação oral e votos, com os votos do desembargador. Qual o termo inicial para apresentar o termo de desistência? logo após protocolar a Apelação, a desistência do próprio recurso. Quando se inicia o julgamento que é com a prolatação do primeiro voto, não pode mais desistir. 
Tanto para a renuncia como para a desistência a outra parte não precisa concordar, não precisa da anuência da outra parte. 
A renuncia ou a desistência de uma das partes não altera o direito da outra. É um direito pessoal, desiste do que é seu e não do que é dos outros. 
 
Legitimidade Recursal = quem é legitimo no processo. 
As partes: Autor e Réu
MP: como fiscal da lei 
Terceiro Interessado: atingido pelos efeitos da decisão
Obs: o MP pode recorrer como Partes ou como Fiscal da Lei. 
Obs: o terceiro interessado no corpo do recurso deverá constar no que consiste o seu interesse, para ser aceito o recurso. 
Interesse Recursal = consiste na sucumbência, ou seja, no prejuízo que a parte teve no processo. Terá interesse recursal toda vez que a parte poder ter a sua situação melhorada no processo (seja uma melhora de ordem processual ou material), nesse sentido, fácil perceber que terá interesse de agir a pessoa que não alcançou tudo o que esperava do processo.
AxB
 
P.I.					Sentença = 1O			 	 AP
A = 10	
AxB
 
P.I.					Sentença = 7					AP
A = 10	
Sucumbência Reciproca: quando os dois ganharam e perderam ao mesmo tempo, ambos tem interesse recursal. 
EFEITOS DOS RECURSOS
EVITAR A PRECLUSÃO: não deixar precluir , mantendo viva a discussão sobre o assunto agora em segunda instancia. Quando não recorre acaba a discussão sobre o processo.
Video Aula sobre Apelação
Apelação - Artigo. 1009 CPC. Da sentença cabe apelação. A sentença é um ato decisório que põe fim ao procedimento em 1ªinstancia. O que não for sentença e tiver fim é uma decisão interlocutória. 
A finalidade é impugnar todas as questões que forma decididas no procedimento, que não comportem agravo de instrumento. 
Busca reformar ou anular a sentença em 1ª instancia.
§1º Tudo o que não for mais impugnado por Agravo de Instrumento não precisa mais ser o agravo retido (excluído no CPC).
§2º Se além das questões da sentença, se tiver outras questões o recorrente vai poder manifestar na suas contrarrazões, para o tribunal reanalisar. 
Artigo. 996 haverá interesse e legitimidade recursal aquele que for sucumbenta em alguma medida. 
Erros “in procedendum” ou “erro in judicando” se o magistrado os fundamentar a sua decisão poderá ser atacado pela apelação. 
Recurso/Apelação ADESIVA = a parte que resolveu não apelar nos 15 dias seguintes da sentença, pode depois que verificar que a outra parte entrou com a apelação pedir a apelação Adesiva, ou seja, não tinha a intensão, mas ao tomar conhecimento que a outra parte resolveu apelar ela pode fazer a sua apelação. Fica subordinada a PRINCIPAL, se a principal não passar na admissibilidade, a apelação adesiva não poderá ser admitida.
A interposição do recurso de apelação é no juízo “A QUO” o juízo de 1ª instancia, não é direto no tribunal, é feito o processamento.
São duas petições: 1ª petição Apresentação e 2ª petição das Razões
Intimação do apelado para apresentar as contra razoes (15 dias) se as contrarrazões trouxe questões que não tiverem agravo.
Remessa dos autos ao tribunal é feito pelo juízo da 1ª instancia (A quo)
O juízo de admissibilidade sera feito pelo tribunal.
Não há agravo de instrumento
O relator do tribunal fara analise dos requisitos de admissibilidade. 
O relator pode proferir uma decisão monocromática Artigo. 996
EFEITOS: 
Efeito Suspensivo: em regra tem esse efeito, as exceções estão no artigo 1012
Efeito Devolutivo Artigo. 1013 uma determinada decisão houve o recurso de apelação da sentença toda ou parte da sentença. Ao tribunal sera devolvido a apreciação daquele capitulo especifico que foi objeto do recurso de apelação. A autor do recurso que vai delimitar os limites do recurso de apelação. 
Efeito Translativo Artigo. 1013 §1º e §2º o tribunal pode analisar qualquer questão do capitulo que foi encaminhado pela apelação, ainda que recorrente não tenha citado TODAS as questões dentro Daquele Capitulo que foi objeto da apelação. 
Existindo mais de 1 fundamento o juiz acolhe apenas 1 deles e devolve ao tribunal TODOS os fundamentos.
Artigo. 1013 §3º decidir o mérito, o tribunal imediatamente julgara o mérito ou seja não vai devolver o processo para o novo julgamento , o próprio tribunal julgara o mérito. 
§4º se a sentença na 1ª instancia decretou prescrição, se o tribunal analisa que não houve prescrição, possibilita que diante da reforma do julgamento o tribunal vai fazer o processo para economia processual. 
§5º questões relativas a tutela provisória são recurso de agravo de instrumento, mas se fo da sentença sera impugnada no recurso de apelação. 
EFEITO DEVOLUTIVO:
Efeito pelo qual o recurso devolve a matéria para novo julgamento. Juiz realizou a decisão e a parte não concorda com a analise e recorrendo devolve a matéria para apreciação. 
Efeito Translativo ou Devolutivo aprofundado: a possibilidade do Tribunal de falar sobre matéria de ordem publica no Recurso (liberdade do Tribunal sobre matéria de ordem publica). 
Quem faz a delimitação da matéria é o recorrente, escolhendo o ponto da sentença que ele impugna, levando a nova analise. 
Tribunais superiores não julgam com efeito translativo (não adentra matéria não impugnada).
EFEITO SUSPENSIVO:
A Eficácia da decisão ficará a espera do julgamento do recurso.
Somente a apelação tem efeito suspensivo automático, mas outros recursos pode pleitear. 
Quando se recorre da sentença é suspenso a execução (todos os pedidos na sentença).
Efeito obstativo:
Se tem recurso tem possibilidade de provimento e ainda não forma coisa julgada, com efeito que vai impedir a formação da coisa julgada. Todos os recursos tem esse efeito.
EFEITO SUBSTITUTIVO:
A nova decisão substitui a decisão anterior. A decisão monocrática que julga o Acordao substitui a sentença. A ultima é que tem valor, substituindo a anterior. Somente ocorre se no Acordao teve o julgamento do mérito recursal. Se o julgamento para na admissibilidade não houve julgamento da matéria.
Efeito Expansivo: Meu recurso ter efeito que eu não espero, exemplo no litisconsórcio quando o recurso não foi feito por todos (litisconsortes)tendo um efeito maior do que queria uma das partes, efeito expansivo. Conseguir algo a mais do que almejava, queria de efeito.
Efeito Diferido: Vinculo entre um recurso e o julgamento de outro recurso, somente existe atrelado ao recurso principal (recurso adesivo).
Efeito Interruptivo: Recursos interrompem o prazo de interposição de outros recursos. Embargos de declaração a sentença não será impugnada por apelação e depois tem um novo prazo de interposição do recurso principal. Enquanto ainda não julga os embargos o efeito da sentença esta interrompido, tendo novo prazo (15 dias) inclusive para os juizados. 
JUIZO RECURSAL
JUIZO DE ADMISSIBILIDADE: o direito de recorrer é pertinente a todas as partes , mas há um conjunto de regras a seguir para ter validade. É um exame sobre estas regras (interesse, legitimidade, ausência de atos de disposição, preparo, regularidade procedimental, tempestividade, adequação, cabimento – CARTALI). Analise se você cumpriu os requisitos para interposição do recurso. 
Acontece pelo juízo Ad Quem. 
Ad Quem = juízo que irá julgar o recurso. Pode ser o resultado positivo ou negativo. Negativo = não reconhecer o recurso (faltou pressupostos), Positivo = reconhece o recurso apto para o juízo de mérito e tem todos os elementos para julgamento de mérito. 
JUIZO DE MÉRITO: sempre que solicita a reforma da decisão é o pedido um juízo de mérito, tendo o tribunal que responder se concede ou não concede seu pedido. Se o tribunal reconhece o recurso (admissibilidade) ele passa para o julgamento do mérito, ver se ele tem razão de existir, sua fundamentação e se terá êxito. Analise da fundamentação. 
Somente feito pelo Ad Quem (2º grau por colegiado). Da resposta pode ser Provido, Parcialmente Provido ou Improvido.
Aula: 31/03/17 (faltei)
EFEITO SUSPENSIVO
Sentença = serve para produzir efeito.
A sentença é recorrível através de Apelação.
Enquanto a apelação não é julgada não esta gerando nenhum efeito, somente quando o Acordão for julgado vai gerar efeito. 
Quando entra com recurso os efeitos da sentença fica SUSPENSO até ser julgado o recurso. 
Efeito Suspensivo: é o efeito que faz com que a sentença não produza nada até o recurso ser julgado (efeito paralisante)
RECURSOS EM ESPECIE
APELAÇÃO
Prazo: 15 dias
Forma: Escrita
Conteúdo: Artigo. 1010 – Os nomes e qualificação , Exposição dos fatos de direito, as razoes do pedido , o pedido de nova decisão. 
Preparo: sim
Porte de Remessa e Retorno: sim
Decisão: Regra – Sentença
	Exceção – Decisão Interlocutória que não desafie agravo de instrumento
Obs: em um recurso pode haver varias decisões interlocutórias no curso do processo. Se não gostar de uma decisão interlocutória pode recorrer. 
Contra decisão Interlocutória cabe Recurso = Agravo de Instrumento
O agravo de instrumento é regido pelo Artigo. 1015 (14 casos que cabe agravo), se não for nenhum desses casos, pode-se entrar com Apelação.
EFEITOS DA APELAÇÃO
Regra: DEVOLUTIVO + SUSPENSIVO
Exceção: Devolutivo, previstos no Artigo. 1012 §1º incisos de I a VI
JUIZO DE RETRATAÇÃO
Regra: não tem
Exceção: tem 3 casos que p juiz pode se retratar
Sentença sem julgamento de mérito (Artigo. 485) juiz poderá se retratar no prazo de 05 dias. 
“Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
§ 7º Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se.”
A petição Inicial esta tão ruim que o juiz deferiu a petição e faz através da Sentença (Artigo. 331) , no prazo de 5 dias o juiz poderá se retratar, mandará citar o réu e o processo prossegue. Se ele não se retratar o réu será citado para apresentar contra razoes e o processo vai ao Tribunal. 
“Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se.”
Juiz já tinha outros casos idênticos e tinha julgado pela improcedência , neste caso o juiz pode julgar o mérito sem citar o réu (sem instrução do processo), contra a sentença cabe a apelação em 15 dias. Neste caso em especifico o juiz pode se retratar em 5 dias. SE ele não se retratar terá a citação do réu e contra razoes, subindo para tribunal (permanece a improcedência ou julga a procedência), Artigo. 332 §3º
“Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar: 
§ 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.”
PROCESSAMENTO DA APELAÇÃO NAS DUAS INSTANCIAS
O juiz diz que efeito cabe a apelação, não faz admissibilidade e envia ao Tribunal.
Chegando no tribunal a apelação aguarda a distribuição. Feita a distribuição o Desembargador RELATOR vai fazer o exame de admissibilidade (ver se foi desrespeitado algum pressuposto) será julgador pela Relator , 2º desembargador e 3ºdesembargador. 
Se os pressupostos estiver ok vai para o presidente da câmara (Sessão de julgamento).
Dia de julgamento: ATOS 1º faz um relatório do processo
			2º facultativamente o apelante poderá sustentar oralmente por 15 minutos (obrigatório a utilização de beca)
			3ºfacultativamente a sustentação do Apelado por 15 min. 
			4º voto do relator, do 2º desembargador e 3º desembargador, podendo fazer o juízo de admissibilidade. 
Qualquer um dos 3 pode pedir vista dos autos pelo prazo de 10 dias, assim o presidente da câmara interrompe o julgamento e marca outra data para continuar o julgamento. 
Depois do voto dos 3 o presidente da câmara pronuncia o resultado do julgamento. 
No gabinete do relator será elaborado o Acordão. 
Secretaria publica o Acordão, se houver violação da Constituição Federal ou Lei Federal, caberá recurso para Brasilia. Você sabe o resultado no dia, mas somente na publicação começa a contar o prazo de recurso. 
Obs: em julgamento em que participem 3 pessoas , somente 04 são os resultados possíveis ( 3x0, 2x1, 1x2, 0x3) quando a votação é unânime encerra, mas quando ocorre decisão por maioria de votos automaticamente não encerra, terá um novo julgamento fora os 3 desembargadores anteriores + 2 participaram, terá novo procedimento de julgamento completo JULGAMENTO INFRINGENTE DA APELAÇÃO. 
obs: nos EUA obrigatoriamente os julgamentos tem que ser unânime.
NP2
Aula 05/05/17
AGRAVO DE INSTRUMENTO – Artigo. 1015 NCC
Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutória que versam sobre ...
Forma: 
“Do Agravo de Instrumento 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
 I – tutelas provisórias; 
II – mérito do processo; 
III – rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
 IV – incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
V – rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; 
VI – exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII – exclusão de litisconsorte;
VIII – rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX – admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
X – concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; 
XI – redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º; 
XII – (VETADO); 
XIII – outros casos expressamente referidos em lei. 
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.”
Efeito Regra: seja o agravo de instrumento somente em efeito devolutivo
Efeito Exceção: o relator do agravo poderá atribuir também o efeito suspensivo
Processamento: 			03 dias
			15 dias (T.J.)
AxB				Agravo de Instrumento
P.I.		 D.I.
O agravo de instrumento você entra direto na segunda instancia
Quando entra com o agravo , os autos continuam, o processo não para (continua andando normalmente). Tira copia dos autos (xerox) para ser protocolado junto com o Agravo. Chegando lá no tribunal oagravo mais as copias serão autuada a petição de Agravo (tendo assim dois autos) sendo recolhido o porte de retorno, pois assim que for julgado os autos vão voltar para baixo (juntar ao processo). Tem peças que precisa tirar cópia e tem peças que são facultativas (opcionais) , tem um rol de peças obrigatórias (Artigo. 1017).
Se o processo tiver base física, mas se for de forma eletrônica, não precisa tirar copia de nenhum documento, pois o Desembargador terá acesso ao sistema. 
Da data de agravo tem até 03 dias para entrar com uma petição no processo (lá em baixo) informando o juiz que você entrou lá em cima com o agravo.
“sr. Juiz em tal data ... eu agravei contra a sua decisão interlocutória” esse ato é obrigatório, pois assim o juiz pode se retratar. Se o juiz se retratar o Relator vai julgar o agravo como PREJUDICADO, pois o juiz já mudou sua decisão, sendo o agravo não tem mais objeto (desnecessário).
Se não houver retratação o próximo passo é o prazo de 15 dias para as contrarrazões do agravado (quem entra é o agravante) EX: AxB Agravante x Agravado
Para julgar o Agravo de instrumento é muito semelhante do julgamento da apelação: Relator, 2º desembargador e 3º desembargador. Com diferença que não tem sustentação oral, o resto é tudo igual. 
No agravo não existe novo julgamento se não houve unanimidade. 
AGRAVO INTERNO – Artigo. 1021
 
Prazo: 15 dias
Forma: Escrita
Preparo: Não 
Porte de Remessa e Retorno: não
Finalidade e Processamento: 
Juiz deu a sentença e você não gostou e entrou com a Apelação no tribunal sendo o próximo passo ir para o gabinete do Relator , ele solta um decisão que é prejudicial para o agravante EX: o recurso é intempestivo, não será reconhecido, por não cumprir um dos pressupostos, sendo o agravo de interno para a decisão do desembargador. 
É julgado dentro do próprio tribunal que a apelação está. EX: no próprio Tribunal de Justiça. 
Por isso não precisa de preparo, nem remessa. 
Existe para um único caso, atacar decisões do Relator (em qualquer tipo de recurso).
 
Não interessa qual é o recurso, contra ela cabe o agravo interno contra a decisão do relator, no andamento do seu recurso. 
Depois de interpor o recurso de agravo interno , esse relator dará 15 dias para as Contra Razoes.
O agravo interno irá para julgamento, que será julgado pela mesma pessoa que julgaria a sua ação (03 pessoas). Sendo o processo de julgamento igual do agravo de instrumento (não tem sustentação oral). 
Somente entrar com o agravo a parte que teve o prejuízo na decisão do Relator. 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – Artigo. 1022
Toda decisão que venha do poder judiciário deve ser clara (fundamentada), sendo necessário que seja entendida por quem lê, para todos (inclusive população) entender para fiscalizar a decisão do poder judiciário. 
As vezes algumas decisões não são claras , contendo vícios, são:
Vicio da contradição
Vicio da Obscuridade
Vicio da Omissão
Vicio do Erro material
Deverá essa decisão com esse vícios (01 ou mais desses vícios) através dos Embargos da Declaração.
Finalidade: Impugnar a ação que contem alguns destes 4 vícios. 
Fundamentação Legal: Artigo. 1022 ao 1026 CPC e Lei 9099/95 Juizado Especial Cível Artigo. 48, 49 e 50 
Prazo: 05 dias
Preparo: Não
Porte de Remessa e Retorno: não
Obs: o prazo 
Juizado especial Civel conta o prazo como CPC = Dias Uteis
Juizado especial Civel de SP = entende ser com o CPC antigo (usar esse)
Forma: depende
Na Justiça comum = CPC = Forma Escrita
Na Justiça Especial = Lei 9099/95 = Escrita ou Oral
A forma Oral não tem prazo , faz na hora que sai a sentença e o Assistente do juiz reduz a termo
Cabe Embargos de Declaração nas Decisões: 	Decisão Interlocutória (qualquer uma)
						Sentença
						Acordão
Não pode: Despacho (é irrecorrível, conf. Artigo. 1001 CPC) “dos Despachos não cabe recurso
Vicio da contradição
Decisão com 2 partes inconciliáveis (contraditórias). Ex: julgo improcedente os danos materiais pois não houve o acidente e julgo os danos morais devido o acidente = neste caso ocorreu uma contradição na sentença, deverá ser atacado com Embargos de Declaração.
Vicio da Obscuridade
É contrario a clareza, precisa ser assim, não pode haver falta de entendimento de que lê a decisão. Ex: juiz julga o pedido NÃO, pois de acordo com a lei X , alterada pela lei Y, modificada pela lei W, revogada pela lei T = nesse caso a decisão é obscura sendo necessário o juiz esclarecer sua decisão.
Vicio da Omissão
Negativa do julgamento (ausência) da prestação jurisdicional. Ex: fez 3 pedidos , juiz julga 01 e 02 e com o 3 não fala nada, deixa de julgar, ocorre a omissão quanto ao pedido 03 = juiz é obrigado a julgar todos os pedidos. Ex2: na tese de defesa o réu na contestação tem 2 teses, se deixar de apreciar 01 conterá a omissão. 
Omissão pode ocorrer no Pedido ou Tese de Defesa
Omissão =falta de apreciação do juízo
Pedido = o autor entra com os embargos
Tese de defesa = o réu entra com os embargos
Vicio do Erro material
Equivoco do juiz com algum dado objetivo do processo. Ex: erro do nome das partes, erro de digitação.
Embargos não serve para modificar a sentença, para isso existe a Apelação. Salvo quando ao julgar os embargos o juiz se vê obrigado a alterar o julgamento. 
Embargo é feito para Juízo “A Quo” para o próprio juiz (1ª instancia)
Se a decisão é de 2ª instancia (Acordão) interpõe o relator (não é para os 3 , é somente para o Relator)
Quem Julga: 1ª instancia = juiz de direito “Ad Quem”
	 2ª instancia = Órgão Colegiado que soltou a sentença. 
O Embargo recebido pelo Relator é julgado pelo órgão colegiado (Relator / 2ºdesembargador /3º desembargador)
Não altera a sentença, apenas corrigi os vícios. 
O que altera a sentença é a apelação que vai para o tribunal
Processamento:
				
			5 dias				Decisão complementadora
		
		 Sentença			Embargos de Decl.			Sentença
		Com 1 dos 4 vicios
Se não houve o vicio o juiz não ACOLHE os Embargos
A regra é que não exista contra razões pois uma decisão clara interessa a toda a sociedade (obrigação do juiz realizar decisão clara) não tem prazo para C.R.
EXCEÇÃO: 
01 caso terá Contra Razões = Quando os embargos de declaração forem julgados com EFEITOS INFRINGENTES.
 					AP
		15 dias						novo prazo de 15 dias de apelação
P.I.	S (05 dias Embargos)
Neste caso se o juiz não julgou a prescrição e quando há o embargo e percebe que esta prescrito, então mudará a sentença abrindo o prazo de 5 dias para as contra razões
Obs: Ficar atento se abriu o prazo é porque pode ser alterada a sentença.
EFEITO do Recurso de Embargos de Declaração:
- Devolutivo
- Pode ter efeito Suspensivo
- Interruptivo: interrompe prazo de recurso da apelação 
Assim que entra com os embargos declaração interrompe o prazo de qualquer recurso até o juiz julgar os embargos , ai começa novamente o prazo para Apelação (+ 15 dias).
EMBARGOS PROTELATORIOS
Parte entra para procrastinar o andamento do processo e ganhar tempo para fazer a apelação. É incabível.
Gera sanção = juiz poderá condenar o embargante de multa do valor da causa de até 2% com juros corrigido. 
Mas se o embargante entra com novos Embargos Protelatório o Órgão julgado pode aumentar até 10%
(não se soma as duas multas, limite total é 10%)
Aula 12/05/17
RECURSO ORDINÁRO
Fundamentação Legal: Artigo 1027 ao 1028
Forma: Escrita
Prazo: 15 dias
Preparo: 05 dias
Porte de Remessa e retorno: 05 dias
Interposição: no juiz “A Quo”
Hipóteses de cabimento: 
STF				STJ
Artigo. 1027 , I , CPC 				Artigo. 1027, II, CPC
Decisão Denegatória (M.S./H.D./M. Injunção)	 1º caso: Decisão Denegatória (M.S.) pelo TJ ou TRF Qdo vier do Tribunal Superior (STJ/TSE/STM/TST)	 2º caso: 	Bras./município x Estado Estrangeiro/Org. Intern. 	
Quando entra com o recurso para o STF é contra decisão proferida para um dos 4 tribunais , de ações deMandato de Segurança, Habeas Data ou Mandato de Injunção com Decisão Denegatória (não).
No caso do STJ pode ocorrer em 2 casos: 1º no caso de decisão denegatória realizada pelo TJ ou TRF. Também caberá o recurso ordinário toda vez que forem parte pessoa domiciliada no Brasil ou município x estado estrangeiro, ou , Organização internacional. A competência para julgar estas ações que tem parte uma pessoa natural contra um Estado estrangeiro é a Justiça Federal na sua 1ª instancia, nessa hipótese caberá Recurso Ordinario para o STJ – NÃO CABE APELAÇÃO.
O CPC no que tange os pressuposto e requisitos, vide recurso de apelação (anda do mesmo jeito), o CARTALI também se aplica aqui.
Juizo “Ad quem” = quem julga o recurso
Juizo “A Quo” = quem soltou a decisão que você esta atacando
RECURSO EXTRAORDINARIO / RECURSO ESPECIAL 
Artigo. 1029 CPC: “o recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal serão interpostos perante o presidente ou vice presidente do Tribunal recorrido, em petições distintas que conterão:
I – exposição dos fatos de direito;
II- a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III- as razoes do pedido de reforma ou invalidação da decisão recorrida.”
Esta previsto as hipóteses de recurso na Constituição Federal, Artigo. 102 III, a, b, c, d (a letra D era anteriormente do STJ e passou com a nova redação para o STF)
A principal hipótese de recurso extraordinário é da letra A. 
STF = guardião da Constituição Federal
STJ = guardião das Leis Federais
“Artigo.102 Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe- III – julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
Violou Artigo, principio, norma internacional por conteúdo de Constituição Federal, artigo da DCT (disposições finais e transitórias). Violou qualquer coisa com relação a Constituição Federal. 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; 
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição; 
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.”
O guardião de lei federal é o STJ, porem esta alínea foi colocada no STF. 
“Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
III – julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; 
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; 
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. 
Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal de Justiça.”
C = Toda vez que houver conflito de posicionamento de tribunais diferentes, contra este acordão você entra com recurso especial, tendo uma copia do acordão no seu caso pois outro Tribunal disse “sim”, levar ao STJ as divergências entre os tribunais do Brasil e unifique o entendimento em todos os tribunais. STJ tem o papel de uniformizar todas as decisões sobre a mesma matéria. 
EX: PI (lei X) – Sentença Não – Apelação – TJ/SP (Acordão disse Não) , mas tem o acordão no TJ/RJ que disse SIM
Tem que vir de tribunais diferentes. (ex: TJ x TRF ou TST)
Formalismo excessivo (RIGOR TECNICO) nos dois recursos, somente 10 Ministros que julgam no Rec. Extraord. , e somente 33 Ministros que julgam no Rec. Espec. Sendo assim, os assistentes que examinam os recursos e se tiver algo fora do lugar ele não será reconhecido. Poucos recursos no final são julgados no STF e STJ. 
Ex: se o preparo der R$ 1027,12 e fizer o deposito de 10 centavos já não caber recurso, não tem 2ª chance. 
Se não tiver a procuração juntado no dia o recurso não será reconhecido. 
Falta de assinatura na petição, não é aceito. 
REC. ESPECIAL: somente é possível interpor recurso quando a decisão for prolatada pelo TJ (27) ou TRF (05) em única ou ultima instancia (expresso no Artigo. 105 , III da Constituição Federal), não caberá se for a decisão de nenhum outro órgão do Brasil. 
REC. EXTRAORD.: cabe quando a decisão for de qualquer tribunal, não tem previsão no Artigo. 102 de tribunal determinado. Cabe quando a Constituição Federal for violada. 
EX: PI – S – AP – TJ (AC Constituição. Federal) – Rec. Extraord. – STF
Neste recurso geralmente a decisão vem do TJ ou TRF sobre matéria de Constituição Federal, mas tem outros casos, como no Juizado Especial Civel.
EX: Juizado Especial Civel – Sentença – Recurso (10 dias) – Colégio Recursal (Acordão) se violar Constituição Federal vai caber Recurso Extraordinário ao STF 
Obs: esse caso é raro acontecer
A lei que rege a Execução Fiscal é a lei 6830, contra ação de execução fiscal promovida contra você pode entrar com os EMBARGOS Á EXECUÇÃO (começa com PI e termina com a Sentença). Se o valor do embargos tiver abaixo de 50 ORTN’s , contra essa sentença não caberá APELAÇÃO, caberá EMBARGOS INFRINGENTES (prazo de 15 dias), sendo julgado pelo próprio juiz que soltou a sentença. Se esse juiz violar a Constituição Federal , contra essa decisão caberá Rec. Extraord. Para STF.
EX: PI – S – Embargos Infringentes – S (viola Constituição Federal) – Rec. Extraord. (STF)
	RECURSO EXTRAORDINÁRIO
	RECURSO ESPECIAL
	JUIZO "AD QUEM" : STF
	JUIZO "AD QUEM" : STJ 
	PRAZO: 15 DIAS
	PRAZO: 15 DIAS
	FORMA: ESCRITA
	FORMA: ESCRITA
	PREPARO: SIM
	PREPARO: SIM
	PORTE DE REMESSA E RETORNO: SIM
	PORTE DE REMESSA E RETORNO: SIM
	CASO PERMITIDOS: Artigo. 102, III, a,b,c,d - CF
	CASO PERMITIDOS: Artigo. 105, III, a,b,c - CF
	Efeito: Devolutivo + Suspensivo
	Efeito: Devolutivo + Suspensivo
	Formalismo
	Formalismo
	JUIZO "A QUO" : T.J. / T.R.F. /Colégio Recursal/Executivo Fiscal ao julgar Embargos Infringentes
	JUIZO "A QUO" : T.J. / T.R.F.
	Somente Questão de Direito Constitucional; Fato
	Somente Questão de Direito; Fato
	Exaurimento de Instancias
	Exaurimento de Instancias
	Pré-Questionamento
	Pré-Questionamento
	Eleição Paradigma
	Eleição Paradigma
	Repercursão Geral
	Repercursão Geral
 O STJ já pacificou o entendimento que apesar de não caber recurso especial contra decisão do Colégio Recursal, cabe RECLAMAÇÃO para o STJ (procedimento administrativo).
Aula 19/05/17
SOMENTE QUESTOES DE DIREITO:
Somente sobre para o STF e STJ questões de Direito, não sobre questões de fato. Ministro STF não ouve testemunhas, não existe essa possibilidade. As provas servem para demonstrar a existência de um fato.
Questões fáticas são discutidas apenas na 1ª e 2ª instancias (Brasil tem Duplo grau de jurisdição).
EXAURIMENTO DE INSTANCIAS
Todas as instancias anteriores devem ter sido exauridas, passado obrigatoriamente por todas as anteriores previstas no ordenamento jurídico. 
								STJ
Ex:						Colegiado
		Juizado Especial		
					Lei Federal		
		 PI		 S
Neste caso, o STJ não reconhecerá o recurso, pois foi julgado pelo órgão colegiado e o STJ somente reconhece quando julgado pelo Tribunal	
								STF Rec. Extr.
						 S
		Fisco(+500RTN)	recurso
					Embargos Infringentes
		PI		S
PRE QUESTIONAMENTO
Necessidade de já haver discutido anteriormente a matéria que vai para Brasília no processo. 
Desde as instancias anteriores já tem que ser discutido aquela matéria.
Matéria que nunca foi questionado pode constar no Recurso Extraordinário ou Recurso Especial.
Ex: o Artigo X tem que ser questionado ou na 1ª ou na 2ª instancia, para a matéria ser analisada pelo STJ/STF.
							Artigo. X	 STJ
							
		Artigo. X		Artigo. X
					 Lei Federal Sentença
		 PI		 Sentença
ELEIÇÃO DE PARADIGMA
Presidente do Tribunal escolhe um só recurso para subir ao STJ e ser julgado, devido aos outros terem a mesma matéria e ficarão os outros “99mil”parados esperando o que subiu ser julgado.
Somente o processo ELEITO PARADIGMA que sobre. 
O presidente elege 01 caso, essa escolha é feita de acordo com o processo que tem mais fundamentações, desta forma o STJ consegue aprofundar no exame da matéria. 
Se o STJ também solta Acordão como NÃO, o tribunal solta aos 99 mil que estavam pendentes que foi NÃO. Desta forma Não será reconhecido o recurso, não será enviado a Brasilia os que ficaram esperando.
Se o STJ solta o Acordão como SIM, o STJ envia um Oficio ao Tribunal informando que ele entende de tal forma que julgou SIM. O tribunal vai enviar para os 99 mil casos (os respectivos desembargadores de cada caso) para julgar novamente pelo TJ, sendo necessário 2º julgamento dos Desembargadores. Se estes julgarem SIM ficará igual o STJ 
Obs: se os desembargadores resolverem julgar Não, os processos subirão automaticamente para o STJ e este com certeza vai responder SIM, pois essa é a decisão dele, ou seja, é inútil o desembargador no 2º julgamento ir contra a decisão do STJ.
Os desembargadores que terão que julgar pela 2ª vez são os mesmos do 1º julgamento. 
REPERCURSÃO GERAL
O único recurso no Brasil é o recurso extraordinário.
STF = 11 ministros divididos em 2 turmas de 5 cada + presidente.
STJ = 33 ministros
Esta consubstanciado na Extrapolação dos limites subjetivos da lide no julgamento.
O resultado do julgamento não vai atingir somente A e B (partes) mas a sociedade (com a situação idêntica).
EX: A entra com ação contra INSS devido tempo de aposentadoria. Quando o STF julgar esse recurso, a decisão afetará todos os demais brasileiros que também estão com processo referente a tempo de aposentadoria. Pode a ação para A ser de 01 Salario mínimo, porem vai repercutir para toda a população, ou seja, valor de custo total será grande. 
Obs: não é questão do valor, e sim da Repercussão Geral. Também não é questão de quem ganhou ou perdeu no recurso anterior.
Votação da Repercussão Geral:
Tem que ser votado por 2/3 dos 11 ministros = 7,3.... = 8 ministros
O Recurso Extraordinário fica esperando os 11 ministros decidirem se tem repercussão geral para depois ser julgado.
O STF no regimento interno estipula que os ministros da 1ª turma = 05 fazem a votação e se não for concluso (votos divididos) vai para votação Plena , ou seja, os outros 5 ministros da 2ª turma realizam o voto. 
Voto: 	1=sim
	2=sim
	3=não
	4=não
	5=não
Existe a indecisão, podendo ser sim ou não se votarem 8, então vai para 2ª turma decidir.

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