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Primeiro atendimento ao paciente politraumatizado de face Paciente que chega com politraumatismo de face apresenta: Olhos de guaxinim Fratura de mandíbula e maxila, Fratura de nariz. Muitas vezes o paciente chega desacordado e ele vai ao óbito não pelas fraturas, mas, sim por causa da obstrução das vias aéreas. Trauma: Conjunto de lesões ou alterações funcionais causadas pela ação de uma força externa. Politrauma Conjunto de lesões múltiplas, simultâneas, de vários segmentos do corpo, onde pelo menos uma ou a combinação de várias é potencialmente letal. Causas de morte AVC, câncer, politrauma (mais mata) Etiologia Agressão, trânsito, quedas, esportes de ação, acidentes de trabalho etc. Fases do trauma: Pré-hospitalar: Proteção de vias aéreas Controle de hemorragia externa Estabilização de fraturas Estabilização da coluna vertebral (fratura de femur, tomar cuidado!) Transporte rápido Período pré-clínico: Período do tratamento antes do paciente chegar a um centro hospitalar do atendimento (é interessante oferecer campanhas para a população) Período clínico Após a chegada ao hospital Avaliação da situação e triagem: Isolamento do local Medidas de segurança para evitar doenças transmissíveis Triagem: priorizar o atendimento e prevenir transferências inapropriadas (antes de encaminhar o paciente tem que estabilizar, fazer venóclise, soro...) Posicionamento e transporte: remoção segura e transporte rápido Condutas: Acesso venoso Curativos Proteção da coluna cervical Intubação endo traqueal (paciente não consegue respirar normal) Compressão de ferimentos Administração intravenosa de fluidos Imobilizar fraturas de ossos longos Avaliação inicial e ressuscitação ABC do trauma Manutenção do volume circulante (transfudir sangue por exemplo) Monitoração ABC do trauma (cái): A (AIRWAY): manutenção das vias aéreas com controle da coluna cervical B (BREATHING): respiração e ventilação (se tem ruido, som diferente) C (CIRCULATION): insuficiência circulatória, choque hipovolêmico D (DISABILITY): avaliação neurológica E (EXPOSURE): retirada de roupas, controle da hipotermia Manutenção das vias aéreas: Buscar simetria dos movimentos de inspiração e expiração Deficiência de oxigênio: 0-1min: irritabilidade cardíaco 0-4min: dano cerebral não é comum 4-6min:dano cerebral é possível 6-10min:dano cerebral é muito comum Acima de 10 min: dano cerebral irreversivel Sinais de deficiência respiratória: Estridor que é um som produzido pelo fluxo de ar através de uma via aérea parcialmente obstruída Retração intercostal que é uma retração da musculatura entre as costelas durante a inspiração, sofrimento respiratório grave, dificuldade na expansibilidade pulmonar Rouquidão Respiração forçada Traqueia tracionada Palidez, taquicardia e pressão sanguínea elevada: hipóxia (O2) e hipercapnia CO2) Confusão Agitação Inconsciência Cianose (extremidades arroxeadas) Observar: Mobilidade mandibular, tamanho e mobilidade da língua, condição da dentição, quantidade de secreção, presença de hemorragia, sinais de obstrução... Ouvir: sons anormais (respiração estridosa e rouquidão) Respiração e ventilação (desobstrução): Remover corpos estranhos Coibir hemorragia Aspirar sangue, coágulos e secreções Visualizar a orofaringe Influencia circulatória, choque hipovolêmico (posicionamento do paciente) Manter a postura que esteja permitindo via aérea desimpedida Paciente em posição de supino com perda de consciência -> elevar o mento, hiperfluxo ou rotação da cabeça e do pescoço. Avaliação neurológica (utilizar mecanismos de via aérea artificial) Orofaríngea Nasofaríngea Esofágica Utilizar intubação endotraqueal Orofaríngea nasofaríngea Cricotireoidotomia (manobra de emergência, abertura de membrana) As indicações: Trauma maxilofacial com obstrução de via aérea Obstrução de orofaringe Condições em que a intubação endotraqueal seja contra-indicada Lesão de medula espinhal. Traqueostomia (abertura, exteriorização da luz traqueal) As indicações: Pacientes pediátricos Fratura de laringe Transsecção de traqueia Corpo estranho em laringe Estenose sub-glótica Ventilação prolongada Facilitação do manejo de lesões cervicais Ressecções oncológicas da região da cabeça e pescoço. Ventilação e oxigenação Máscara fixa com fluxo de oxigenio de 10 a 12 litros por minuto Máscara associada a sonda nasofaringea Intubação endotraqueal: AMBU com enriquecimento de oxigênio, respiradores mecânicos com saturação de O2=100% Insuficiência circulatória Classe I: Perda de até 15% de volume sanguíneo Pulso e respiração aumentados Não há necessidade de reposição sanguínea. Classe II: Perda de 20% a 25% de volume sanguíneo Taquicardia, taquipnéia, diminuição da PA, débito urinário. Estabiliza com o uso de soluções cristalóides. Classe III: Perda de 30 % a 40% de volume sanguíneo Taquicardia, taquipnéia, hipotensão Indicada a transfusão sanguínea. Classe IV: Perda de mais de 45 % a 50% do volume sanguíneo. Apresenta todos os sinais de choque hipovolêmico, excreção urinária mínima Indicada a transfusão sanguínea e eventual cirurgia para corrigir a causa da hemorragia. Choque Perfusão tecidual inadequada, generalizada, aguda, que se continuada pode produzir sérias consequências fisiopatológicas. A classificação: hipovolêmico, cardiogênico, obstrutivo e distributivo. Choque hipovolêmico Redução da quantidade de fluidos no leito vascular Perda sanguínea venosa maior que 30% = choque Perda sanguínea arterial menor que 30%=choque Choque mais comum em pacientes com trauma maxilofacial Hemorrágico: Perda sanguínea se dá por forças meios externos ou internos. Causas externas: lacerações Causas internas: sangramento gastroinstestinal, fratura de fêmur, lesões por esmagamento, ruptura de orgãos internos. Não-hemorrágico: Saída de fluido intravascular para o compartimento extravascular. Causas: queimaduras, peritonite, esmagamento, feridas cirúrgicas, expansão pleural, vômitos, diarreia, hiperglicemia, diabetes insípidus, diurese excessiva e pancreatite. Manifestações clinicas do choque: Pulso firme e filiforme Pele fria e rápida Pressão sanguínea baixa Aumento da frequência respiratória Ansiedade e agitação na fase inicial. Apatia e exaustão na fase seguinte Dispneia Náusea e vômito Diminuição do debito urinário Coma Princípios gerais do tratamento do choque: Controlar hemorragia Acesso venoso efetivo Administração de cristaloides Instalação de sonda uretral Instalação de sonda gástrica Avaliação da resposta terapêutica inicial Limitar o grau e duração Diagnóstico Condição do paciente e severidade do choque devem ser avaliados em intervalos regulares Monitoração Evitar oscilações na terapia Considerar dados laboratoriais, mas tambem dados clinicos Avaliação neurológica inicial História e exame inicial Perda de consciência após trauma Mudança no comportamento mental do paciente Crise ou sincope após o trauma Paciente mostra-se consciente ou inconsciente Respiração espontânea ou assistida Trauma de coluna vertebral associada Reflexo de vômito Reflexo motor. Escala de Glasgow: Abertura do olho: 4 = abertura espontânea 3 = abertura do comando vertical 2 = abertura por estimulo doloroso 1 = não abre o olho Resposta motora 6 = obedece aos comandos 5 = localiza a dor 4 = movimenta com a dor 3 = resposta flexora anormal 2 = resposta extensora anormal 1 = não movimenta Resposta verbal 5 = lucido e orientado 4 = conversação confusa 3 = usa palavras inapropriadas 2 = sons incompreensíveis 1 = não emite sons História e exame inicial ao trauma associado Couro cabeludo com lacerações e fraturas Região periauricular com sinal de Battle, otorragia, otorréia cerebroespinhal Face: simetria, parestesia e paralisia Coluna cervical: todo trauma de cabeça também tem lesão de coluna cervical até que se prove o contrário. Uso do colar cervical. Exame de imagem. Sinais de lesão na coluna cervical: Flacidez deextremidades Respiração diafragmática Flexão do antebraço mas não extensão Contração facial Hipotensão de sem evidencia de hemorragia e priaprismo. Função ocular: Pupila Musculo extraoculares Reflexos III par (16%) óculo-motor = incapacitante IV par (32%) troclear = diplopia vertical VI par (17%) abducente = diplopia horizontal Manuseio de fraturas de crânio Fraturas simples -> observa Fraturas com depressão -> requerem cirurgia eletiva Fraturas abertas com depressão -> requerem cirurgia tão breve quanto seja possível Fraturas de base de crânio fazer: rinorragia x rinorréia ou Otorragia x otorréia Avaliação secundária e diagnóstico Exame físico detalhado Exames de imagem e laboratoriais Exploração do paciente Despir completamente o paciente Cobrir com cobertores Os fluidos cristalóides e o sangue infundidos devem estar aquecido a 39ºC Controle da hipotermia Indoplegia (íris não responde a qualquer estimulo) Midriase paralitica unilateral (aumento diâmetro) Midríase paralitica bilateral (aumento diâmetro) Anisicoria (tamanho desigual das pupilas) Avaliação oftalmológica inicial Iridoplegia (irís nao responde a qualquer estimulo) Midríase paralitica unilateral (aumento diâmetro) Midríase paralitica bilateral (aumento diametro) Anisocoria (tamanho desigual das pupilas) Diplopia Exoftalmia Enoftalmia Edema Hematoma Exame da região buco-maxilo-facial Exame da cavidade oral: tecidos moles (lacerações), nervos, esqueleto e dentição (trauma dento alveolar, má-oclusão) Simetria da região maxilo-facial Simetria facial, tecidos moles, pescoço, couro cabeludo, olhos, paralisia total ou parcial do VII e limitação da abertura bucal 1:22:48 Exame da região maxilo-facial Olhos: Equimose subconjuntival (esclera vermelha) Quemose (edema conjuntival) Lacerações Hifema (acúmulo de sangue na câmera anterior do olho) Diplopia (visão dupla) Amaurose (perda total da visão, sem lesão do olho mas com afecção do nervo óptico ou dos centros nervosos, deslocamentos da retina). Paralisia total ou parcial do VII par Diagnósticos por imagens Radiografias: exploração dos campos pleuro-pulmonares, exploração da coluna cervical, exploração da mandíbula, maxila e maciço facial. Tomografia Ultrassonografia Ressonância nuclear magnética Controle da infecção Limpeza cirúrgica Antibióticos bactericidas de amplo espectro Profilaxia antitetânica Profilaxia do tétano Indivíduo acidentado imunizado: Tratamento do foco Antibiótico quando indicado Reforço da vacina Cuidados definitivos: Cirurgia Tratamento conservador Suporte nutricional
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