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Política na Grécia Antiga
A organização política da Grécia era dada pelas condições geográficas e econômicas, pois ela era dividida em pequenas unidades econômicas, assim não foi capaz de criar grandes sistemas políticos. Para se proteger de ataques, constroem refúgios fortificados no topo das colinas, e o começo das cidades, que logo se tornam o centro da vida religiosa, social e política, morada dos reis e dos sacerdotes. O sistema de vida dessas comunidades é descrito por Homero (poeta grego séc. VIII ou VII a.C) na Ilíada e na Odisséia. “Esses poemas descrevem o passado, não o presente: eles se referem ao tempo em que a redistribuição dos ramos gregos estava ocorrendo por toda parte, e quando não poucas características do passado egeu eram observáveis na vida da aristocracia” 1 O que se observa é que, econômica, social e politicamente o elemento dominante comum a todas as cidades descritas por Homero é a aristocracia, corporificada nas famílias. Cada família é dividida em grupos – fatrias- de natureza militar e religiosa, abaixo vem à população, dividida segundo a ocupação, posição social e residência. Os membros dessa classe plebéia é que formam o Demos, há os que possuem terras, outros são locatários ou servos e cultivam a terra dos senhores, outros alugam seu trabalho, existem os artesãos que vivem nas cidades e há também os escravos produtos das guerras. Não se sabe como surgiu esse sistema social considera- se essas famílias governantes como descendentes de heróis, isso está mais relacionado com os mitos mais antigos sobre deuses e heróis. Apesar da origem divina, o rei não era um déspota, não se considerava um deus nem senhor dos seus súditos, era sim o líder o chefe do clã, da família que tinha descendência divina. Com o avanço das tribos guerreiras (Dórios, Eólios) houve uma migração e uma redistribuição do povo grego na Ásia Menor, no platô de Anatólia. “Uma das conseqüências das invasões dórias teria sido a destruição quase total da civilização micênica” 2 Quando os grupos vindos da Grécia conquistaram os reinos da Anatólia, a primeira providência foi a de estabelecer seu poder, definir as relações com os colonos. Eles pouparam os templos, essa política pode ser vista na cidade de Éfeso no famoso templo de Ártemis, com toda probabilidade os gregos e a aristocracia governante nas cidades conquistadas se uniram para criar uma só classe dominante, com a população local de lavradores e pastores trabalhando para eles.  A prosperidade dos gregos da Ásia Menor afeta a sua vida social e política, ao lado da aristocracia surgem os mercadores, os proprietários das vinhas e das fabricas e isso leva a uma ruptura nas famílias. A vida do fazendeiro pobre expulso pelos grandes para as colinas e pântanos é descrita na poesia de Hesíodo, um camponês beócio.  “Ele descreve a vida árdua num pequeno pedaço de terra sem nenhuma animação no presente, e com a constante preocupação pelo amanha e sem nenhuma esperança para o futuro.”

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