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APRESENTAÇÃO RECALQUE

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DESENVOLVIMENTO DE MINA
Métodos de lavra subterrânea
RECALQUE
Grupo: Bianca Júlia, Izabela Linhares, Nathiegan Silva.
João Monlevade -MG 2016
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INTRODUÇÃO
	
	A alta demanda no mercado da mineração vem fazendo com que a lavra subterrânea apresente um crescimento proporcional à procura pelos bens minerais. O número de minas subterrâneas dentre as 200 mais produtivas no Brasil passou do número de 12 em um intervalo de 7 anos para cerca de 47 em 2012 (minérios & Minerales, 2012). A lavra subterrânea é bastante específica, merecendo atenção para que os recursos cada vez mais profundos possam ser extraídos convenientemente. 
 	
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	Esse fato é um fator que motiva a busca por novas tecnologias que aumentem a recuperação de minério, diminuam a diluição e aumentem a produtividade do empreendimento. Sendo assim, propõem-se neste trabalho o estudo do método de lavra subterrânea por recalque (Shrinkage), envolvendo a produtividade, recuperação e a diluição na lavra, mostrando o patamar em que se encontra, já que se tratam de parâmetros decisivos na seleção de um método de lavra sendo, portanto, de suma importância para o planejamento de futuras minas.
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OBJETIVO
	
	O objetivo desse estudo é permitir o conhecimento básico sobre o método de lavra subterrânea por recalque, sob alguns aspectos e constatar o porquê de sua escolha. Dessa forma, nesse trabalho serão apresentados de maneira sucinta, entre outros, os conceitos relevantes do método, a fundamentação e aplicação.
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	Jazidas aflorantes ou muito próximas à superfície são lavradas por métodos a céu aberto. Em depósitos de minério que ocorrem em profundidade são utilizados métodos subterrâneos de lavra. As técnicas utilizadas na lavra dependem, principalmente, da forma e da posição do depósito de minério. Raramente o minério ocorre numa massa isolada, via de regra ele está disseminado ou encaixado em rocha estéril. Na lavra subterrânea o corpo mineralizado precisa ser muito bem delimitado por sondagens e galerias e os serviços de topografia devem ser muito precisos.
LAVRA SUBTERRÂNEA
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 	A escolha de um método de lavra dá-se em função de dois grupos de condicionantes: a geometria do corpo (inclinação e espessura) e características de resistência e estabilidade dos maciços que constituem o minério e as encaixantes. Com referência à estabilidade dos vazios criados pela lavra, os métodos subterrâneos podem ser assim classificados:
	
a) 	Métodos com realces autoportantes
	Nas aplicações tradicionais, parte do minério é deixada como pilares de sustentação das paredes das encaixantes (hangwall e footwall). Requerem continuidade geométrica e homogeneidade qualitativa do minério.
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 Room and Pillar (Câmaras e pilares);
 Sub Level Stoping (Realce em sub níveis);
 VCR - Vertical Crater Retreat (Desmonte Vertical em Recuo).
b)	Métodos com abatimento (Caving)
	São métodos, em geral, de alta produtividade e baixo custo unitário. Requerem minérios com facilidade de fragmentação. Pode ocorrer alta diluição.
 Sublevel Caving (Abatimento em sub-níveis);
 Block Caving (Abatimento em bloco);
 Longwall.
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c) 	Métodos com suporte das encaixantes
	O suporte pode ser dado pelo minério, que pode ser deixado em recalque, ou por material externo, que pode ser trazido aos realces. São métodos de menor produtividade quando comparados com métodos com aberturas auto-portantes em condições similares. 
	
	A menor produtividade se justifica em função dos desmontes menores (possibilitando trabalhar com menores vãos), de um maior número de operações conjugadas e da dificuldade própria de manuseio do minério em recalque ou do enchimento. 
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	Em geral, são empregados em minérios de alto valor unitário, pois os custos com enchimento e manutenção do minério em recalque são altos e a produtividade é baixa, onerando a lavra.
 Shrinkage (Recalque);
 Cut and Fill (Corte e enchimento).
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PARÂMETROS PARA ESCOLHA DO MÉTODO DE LAVRA SUBTERRÂNEA
	A seleção do método de lavra é um dos principais elementos, em qualquer análise econômica de uma mina, e sua escolha permite o desenvolvimento da operação. 
	Na fase de planejamento a escolha é baseada em critérios geológicos, sociais, ambientais levando se sempre em consideração, segurança meio ambiente e saúde. Aspectos relativos à estabilidade, recuperação de minério, produtividade e diluição nos métodos também devem ser considerados ao se fazer a escolha.
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	Os métodos são limitados pela disponibilidade e desenvolvimento dos equipamentos e, como todos os fatores que influenciam em sua seleção, devem ser avaliados levando-se em conta os aspectos tecnológico, social, econômico e político. 
	
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	Os trabalhos de infraestrutura estão diretamente relacionados com o método de lavra adotado. Embora possam ocorrer modificações durante os serviços de lavra, implicando custos adicionais, essas alterações, geralmente, não produzirão um projeto ótimo em termos de eficiência operacional, porém, caso seja necessária essa mudança, será preciso estabelecer um método que possua maior flexibilidade em termos de variações na técnica de extração (análise, dimensionamento dos equipamentos, disposição das aberturas e sequencia de lavra). 
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	A maioria das minas utiliza mais de um método de lavra na sua operação. Os principais objetivos da seleção do método estão relacionados com os aspectos ambientais, econômicos e sociais, o método escolhido deve ser seguro e produzir condições ambientais adequadas para os operários, os impactos causados ao meio ambiente devem ser reduzidos, deve permitir condições de estabilidade durante a vida útil, deve assegurar a máxima recuperação de minério com mínima diluição, deve ser flexível para se adaptar às diversas condições geológicas e à infraestrutura disponível e deve permitir atingir a máxima produtividade reduzindo, consequentemente, o custo unitário.
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ALGUMAS DEFINIÇÕES
Produtividade: relação entre quantidade e valor produzido e a quantidade ou valor dos insumos aplicados à produção.
Diluição: a diluição é representada pelo fator de diluição que caracteriza o percentual de estéril contido no material extraído. 
Recuperação: é a quantidade de minério que se consegue recuperar nas operações de lavra em relação à quantidade pré-existente. 
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RECALQUE
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RECALQUE
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RECALQUE
a)	 Índices gerais
Produtividade: produtividade baixa ( 4 a 15 t/homem x hora). 
Diluição: pequena (menos de 10%). 
Recuperação: alta, de 75 a 80%.
b)	Perfuração
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c)	Carregamento
d)	Transporte
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VANTAGENS (+)
Permite lavrar corpos estreitos;
 baixo custo de desenvolvimento;
 equipamentos simples para perfuração e carregamento.
DESVANTAGENS (-)
 O minério desmontado permanece como material de enchimento;
 o controle do teor do minério pode ser difícil;
 não é um método de alta produção;
 problemas de segurança de pessoal que trabalha dentro do stope.
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	O método foi empregado no Brasil em algumas minas metálicas: 
Várias minas de Morro Velho, ouro, hoje da Anglogold, na região de Nova Lima, Minas Gerais, atualmente em revisão dos projetos;
São Bento, ouro, da Eldorado, em Santa Bárbara, Minas Gerais; 
Itapicuru, da Anglo American, em Jacobina, Bahia, hoje paralisada. 
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CONCLUSÃO
A tendência atual da lavra subterrânea é adaptar-se ao crescimento da demanda de minérios no mundo. Isso leva as empresas a investirem cada vez mais em estudos geotécnicos e geológicos, buscar tecnologias disponíveis no mercado para reforço e suporte das escavações, que geram melhor estabilidade proporcionando uma menor diluição, maior recuperação, consequentemente melhor produtividade. Assim, o método de lavra subterrânea por recalque, devido a sua baixa produtividade, só é satisfatória sua escolha se o mineral possuir alto valor econômico.
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REFERÊNCIAS
GAMA, DIMAS C. Mineração Subterrânea. Universidade Técnica de Lisboa – V Congresso Brasileiro de Mina Subterrânea. Ibram. Belo Horizonte. 25 de dezembro de 2008. Disponível em: <http://www.ibram.org.br/sites/700/784/00001764.pdf>
 Acesso em: 11 de novembro de 2016.
ALVARENGA, JOSMAR DE FREITAS. Estudos de Índices Operacionais da Lavra Subterrânea no Brasil. Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP. Dezembro de 2012. Disponível em:<http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/3493/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O_Estudo%C3%8DndicesOperacionais.pdf>. Acesso em: 11 de novembro de 2016.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Lavra Subterrânea. Reprodução visual, aula 1. Disponível em:<http://www.ct.ufrgs.br/laprom/Lavra%20Subterranea%20aula%201.pdf>. Acesso em: 11 de novembro de 2016.
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(Raul Seixas)

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