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3. OBRIGAÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS

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OBRIGAÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS
As obrigações compostas subdividem-se em OBRIGAÇÕES COMPOSTAS
PLURALIDADE DE OBJETOS
PLURALIDADE DE SUJEITOS
Obrigações cumulativas
Obrigações alternativas
Obrigações facultativas
Obrigações divisíveis
Obrigações indivisíveis
Obrigações solidárias
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OBRIGAÇÕES COMPOSTAS POR MULTIPLICIDADE DE OBJETOS
A obrigação cumulativa, também chamada conjuntiva, é uma relação obrigacional múltipla, ou seja, pode conter duas ou mais obrigações de dar, fazer ou não fazer alguma coisa, decorrentes da mesma causa. Deverão ser realizadas totalmente, pois o inadimplemento de uma acarreta o descumprimento total da obrigação. O credor não está obrigado a receber uma sem a outra (art.314,CC), mas o pagamento poderá ser simultâneo.
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Obrigações alernativas ou disjuntivas são aquelas que possuem duas ou mais prestações, com objetos distintos, da qual o devedor se libera com o cumprimento de apenas uma, mediante escolha sua ou do credor.
São características dessa modalidade de obrigação:
Dualidade ou multiplicidade de obrigações;
Exoneração do devedor com o cumprimento de apenas uma obrigação.
Efetuada a escolha pelo devedor ou credor ter-se –á a individualização da coisa. O ato de escolha é chamado de concentração.
 
 OU
 
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Obrigações facultativas são aquelas que possuem por objeto uma só prestação, mas permite a lei ou contrato ao devedor substituí-la por outra, para facilitar-lhe o pagamento.
Não foi regulamentada pelo CC, mas pelo Código argentino: 
“obrigação com faculdade de substituição do objeto”.
Trata-se de uma só prestação, mas poderá o devedor substituí-la por outra, se lhe convier.
Difere das obrigações alternativas em caso de inadimplemento: nas alternativas, ao perecer uma das prestações, a escolha incidirá sobre a outra coisa, enquanto na facultativa, se a prestação se tornar impossível, ainda que decorrente de caso fortuito ou força maior, a escolha não recairá na prestação substitutiva. 
O credor não poderá reclamar substituição, mas o devedor poderá optar por ela, se quizer.
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OBRIGAÇÕES COMPOSTAS POR MULTIPLICIDADE DE SUJEITOS
As obrigações divisíveis, indivisíveis ou solidárias são aquelas compostas pela multiplicidade de sujeitos. Essa pluralidade de sujeitos, apesar de se ter, aparentemente, uma só obrigação, encerra tantas obrigações quantas forem as pessoas dos credores e dos devedores. Tratam-se de obrigações múltiplas ou conjuntas.
Antes de mais nada, é necessário conceituar bem divisível e bem indivisível, nos termos dos arts 87 e 88,CC.
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São aquelas cuja prestação é suscetível de cumprimento parcial, sem prejuízo de sua substância ou de seu valor, art.257,CC.
Segundo a regra concursu partes fiunt, cada co-credor e cada co-devedor poderá exigir e responder somente pela parte que lhes caiba, excetuando-se as obrigações indivisíveis e as solidárias.
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São aquelas cuja prestação só pode ser cumprida por inteiro, não comportando, por sua natureza, cisão em várias obrigações parceladas e distintas, art.258,CC.
A obrigação poderá ser indivisível:
Fisicamente: caneta, estátua, quadro, cavalo
Legalmente: disposição legal, terreno 125 m2
Por convenção ou contrato: 1000 toneladas de açúcar por inteiro
Judicialmente: indenização em acidente de trabalho por inteiro 
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É aquela em que, havendo multiplicidade de credores e devedores, cada credor terá direito à totalidade da prestação, como se fosse um único credor e cada devedor está obrigado pelo débito todo, como se fosse o único devedor, art.264,CC.
 Características:
Pluralidade de devedores, credores ou ambos;
Multiplicidade de vínculos;
Unidade da prestação
Co-responsabilidade dos interessados.
Quanto à pluralidade subjetiva, a solidariedade pode ser ativa ou passiva.
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Relação jurídica entre vários credores de uma obrigação, em que cada credor tem direito de exigir do devedor a realização da prestação por inteiro, e o devedor se exonera do vínculo obrigacional pagando o débito a qualquer um dos co-credores.
Rara é a sua aplicação na prática. Ex: contas conjuntas em estabelecimentos bancários ou depósitos conjuntos em cofres de segurança.
O credor, ao receber sozinho, deverá reter a sua parte e entegar a quota dos demais credores. O INCOVENIENTE é se este credor se tornar insolvente perante os demais. 
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Relação obrigacional oriunda da lei ou da vontade das partes, com multiplicidade de devedores, sendo que cada devedor responde pelo cumprimento da obrigação na sua totalidade, como se fosse o único devedor.
“A SOLIDARIEDADE NÃO SE PRESUME, RESULTA DE LEI OU DA VONTADE DAS PARTES”.
Exemplos de solidariedade passiva legal: 
(comodatários) art.585 CC; (locatários) art.942, “§ú” CC; (reparação de danos) art.932 CC; 
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SOLIDARIEDADE E INDIVISIBILIDADE
Na obrigação solidária, o co-devedor deve a sua prestação por inteiro, já na indivisibilidade, deve apenas a sua quota-parte, mas é compelido ao pagamento total porque o objeto é indivisível.
A fonte da solidariedade é o próprio título, resulta da lei ou da vontade das partes, enquanto a fonte da indivisibilidade é a própria natureza da prestação, que não comporta execução fracionada.
A solidariedade perdura quando a obrigação se converte em perdas e danos, art.271,CC, enquanto isso não ocorre com a obrigação indivisível, art.263,CC.

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