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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE CAXIAS CURSO DE MEDICINA DISCIPLINA: genética Humana PROFESSOR: Claudene Barros COAGULOPATIAS HEREDITÁRIAS Amanda Sthefeny Santana Rocha Maria Lindaiane Ferreira Campos CAXIAS 2016 O Processo da Hemostasia Hemostasia – grego, haima= sangue stasis= detenção Conceito: Mecanismos gerais envolvidos na manutenção do equilíbrio sanguíneo interno Vasos sanguíneos, plaquetas e fatores de coagulação O Processo da Hemostasia Resposta hemostática normal: Vasoconstrição Adesão e agregação plaquetária Ativação da cascata de coagulação Formação de Fibrina Destruição do coágulo sanguíneo (Fibrinólise) Vasoconstrição Ocorre no local de ruptura ou lesão do vaso sanguíneo Reduz a perda sanguínea Ruptura nos capilares e elasticidade natural das paredes dos vasos for normal Elasticidade diminuída ( ex.: pessoas idosas) Google imagens Vasoconstrição Prova do laço Número de Petéquias Google imagens Aderência, Agregação e liberação Plaquetária Plaquetas, fragmentação dos megacariócitos Quantidade (150000 a 450000/mm³), composição, sobrevida (7 a 10 dias) e dimensões Função Adesão e agregação Aderência, Agregação e liberação Plaquetária Secreção de serotonina e tromboxane A2 agregação plaquetária vasoconstrição Ativar fatores X e II da coagulação Fator von Willebrand (VWF) Aderência, Agregação e liberação Plaquetária Contagem de plaquetas Retração do coágulo Tempo de sangria Ativação do mecanismo de coagulação sanguínea Concorrem fatores plasmáticos de coagulação Cascata da coagulação (reações em sequência) Culmina na formação de trombina Fibrina > Tampões definitivos e estáveis Ativação do mecanismo de coagulação sanguínea Três fases Ativação do fator X Clivagem de Protrombina (fator II) em Trombina Polimerização do fibrinogênio em fibrina Ativação do mecanismo de coagulação sanguínea Coagulopatia = deficiência qualitativa ou quantitativa desses fatores Principais testes: Tempo de tromboplastina parcial (TTP), Tempo de protrombina (TP) e Tempo de trombina (TT) Formação de Fibrina Fibrina > Rede que estabiliza o coágulo > Crescimento e regeneração celular Trombomodulina Trombina + Trombomodulina = Proteína C Destruição do coágulo sanguíneo Fibrinólise, começa com quando plasminogênio é ativado em Plasmina Antiplasmina-α 2 Conter formação de coágulos: Proteína C e S Distúrbios vasculares e plaquetários hereditários Sangramento de mucosas e da pele Distúrbios vasculares e plaquetários hereditários Distúrbios Vasculares Hereditário Grupo heterogêneo, equimoses faciais, sangramentos espontâneo pequenos vasos Distúrbios vasculares e plaquetários hereditários Telangiectasia Hemorrágica hereditária(OMIM 187300; 9q34.1) -Dominante -Ingurgitamento vascular -Malformação arteriovenosas pulmonares e cerebrais -Anemia ferropênica crônica Distúrbios vasculares e plaquetários hereditários Distúrbios plaquetários hereditários Sangramento pele e mucosas Tempo de sangramento alongado Contagem normal de plaquetas Exemplos: Tromboastenia de Glanzmann e Naegeli e Síndrome de Bernad-Soulier COAGULOPATIAS HEREDITÁRIAS Hemofilia A Deficiência do Fator VIII Atinge 1 em cada 5.000-10.000 indivíduos sexo masculino Mulheres hemofílicas (translocação autossômica, dissomia uniparental) Gene F8, Xq28 (0,1% cromossomo X) Deleções, mutações pontuais, inserções e inversão (flip) 50% dos casos graves Surge na meiose 10x mais gameta masculino 26 Hemofilia A Mutações pontais – cél. Germinativas masculinas Deleções – cél. Germinativas Femininas Detecção de portadores e diagnóstico pré-natal Sondas de DNA (direta) Técnica de Southern (indireta) Hemofilia A Clinicamente: Sangramentos recorrente (espontâneos ou traumáticos) Gravidade varia a extensão da deficiência de fator VIII Hemartrose (invalidez permanente) Outros órgãos (cérebro, sistema digestório) Hemofilia A Fator VIII forma complexos : Fator VIII:C ou Fator VIII:Ag , Fator R ( von Willebrand) Hemofilia A Tratamento Reposição de Fator VIII Eficaz em 10 a 15% Imunosupressores de fator VIIa recombinante e concentrado de complexo protrombínico ativado Hemofilia B (doença de Christmas) Deficiência Fator IX (fator Christmas) Quadro clínico semelhante a hemofilia A Frequência 1/100.000 meninos Gene F9 ( Xq27.1-q27.2) Hemofilia B (doença de Christmas) Cascata de coagulação: Ativa Fator X Níveis reduzidos de Fator IX (Imunologicamente detectável) Não apresentam antígeno de fator IX [ ] normais no plasma, atividade anormal Principais causas: deleções pontuais Hemofilia B (doença de Christmas) “Doença Real” , mutação no sitio de encadeamento (splicing) Tratamento Hemofilia B (M) : subgrupo, TP prolongado, quando exposto ao tecido cerebral bovino, baixo fator VII, forma estrutural anormal e inativa de fator IX, antigenicamente indistinguivel do normal fator IX Hemofilia B (doença de Christmas) Hemofilia B Leyden: mutações região promotora Expressão incomum, durante infância mais grave, melhorando na puberdade Doença de von Willebrand Distúrbio hemorrágico mais comum na espécie humana Frequência 1/250 para todas formas Deficiência ou função anormal do Fator von Willebrand Sangramento mucocutâneo (epistaxes, menorragia) Hemorragias pós-parto ou em cirurgias Doença de von Willebrand Gene VWF, (12p13.3), produto o VWF, glicoproteína multinumérica Hemostasia primária Hemostasia secundária Doença de von Willebrand Avaliação pré-operatória da Hemostasia ESTADOS HIPERCOAGULÁVEIS OU PRÉ-TROMBÓTICOS O que são trombos? Significado clinico dos trombos? Os trombos estão envolvidos na patogenia de quais doenças? Qual a idade de ocorrência ? O que é trombofilia? Estados hipercoaguláveis ou pré-trombóticos? Quadro 13.3 Alguns fatores de risco de trombose venosa Fonte: Hoffbrand e colaboradores Relacionados com alterações da coagulação Distúrbios hemostáticos hereditários Fator V Leiden Variante G20210A da protrombina Deficiência de proteína C Deficiência antitrombina Deficiência de proteína S Fibrinogênio anormal Plasminogênio anormal Distúrbios hemostáticos hereditários ou adquiridos Níveis plasmáticos aumentados de fator VII, VIII, IX ou XI Níveis plasmáticos aumentados de fibrinogênio Níveis plasmáticos aumentados dehemocisteína Deficiência deglicosilceramida Uso de concentrados de fator IX da coagulação Anticoagulantelúpico Tratamento com estrogênio (anticoncepcional oral ou reposição hormonal) Trombocitopenia induzida por heparina Gravidez e puerpério Cirurgia, especialmente do abdome e do quadril Traumatismo extenso Tumores malignos Infarto do miocárdio Trombocitemia Continuação do quadro 13.3 Relacionados a estase Insuficiência cardíaca Acidente vascular cerebral Imobilização prolongada Obstrução pélvica Síndrome nefrótica Desidratação Hiperviscosidade,poliglobulia Veias varicosas Relacionados com fatores desconhecidos Idade Obesidade Hemoglobinúria paroxística noturna Doença debehçet Fonte: Hoffbrand e colaboradores. DEFICIÊNCIA DE ANTITROMBINA III A antitrombina III é uma proteína que pertence a família das proteínas inibidoras de serina-protease. Neutraliza trombina e fatores IX, X, XI e XII da coagulação. Quais as consequências para um paciente com deficiência quantitativa e qualitativa de antitrombina III? O tipo clássico da deficiência hereditária de antitrombina III (OMIM 613118) é AD e o gene correspondente situando-se no cromossomo 1q23-q25. DEFICIÊNCIA DE PROTINA C A proteína C é uma glicoproteína Inibe fatores V e VIII Estimula a fibrinólise A deficiência hereditária de proteína C pode ser autossômica dominante (OMIM 17860) ou autossômica recessiva (OMIM 612304) ambas sendo expressões do gene PROC, localizado no cromossomo 2q13-q14. Deficiência dominante heterozigota Deficiência recessiva DEFICIÊNCIA DE PROTEÍNA S A proteína S é necessária para a ligação de proteína C Inibe fatores V, VIII e X da cascata de coagulação Deficiência hereditária de proteína S (OMIM 612336) pode ser causada por mutações dominantes ou recessivas no gene PROS1, localizado no cromossomo 3q11.2 Características clinicas ? MUTAÇÃO LEIDEN DO FATOR V DE COAGULAÇÃO, CONFERINDO RESISTÊNCIA À PROTEÍNA C ATIVADA É a causa mais comum do aumento do risco de trombose venosa E o que é o fator 5 ? Em 1990 foi descoberto que isso acontecia devido a um polimorfismo genético no gene F5, localizado no cromossomo 1q23, que causa a substituição de arginina por glutamina na posição 506 O fator 5 Hong- kong (mutação Arginina por uma glutamina na posição 306) e a mutação alélica de Arginina por treonina na posição 306 MUTAÇÃO LEIDEN DO FATOR V DE COAGULAÇÃO, CONFERINDO RESISTÊNCIA À PROTEÍNA C ATIVADA MUTAÇÃO LEIDEN DO FATOR V DE COAGULAÇÃO, CONFERINDO RESISTÊNCIA À PROTEÍNA C ATIVADA MUTAÇÃO G20210A DO GENE DO FATOR II DE (PROTROMBINA) O gene F2 localizado no cromossomo 11p11-q12 vai apresentar uma mutação do tipo substituição de uma guanina por uma adenina na região não traduzida 3’ (G20210A). Aumento de protombina ALTERAÇÕES NO SISTEMA FIBRINOLÍTICO Fibrínolise PLASMINOGÊNIO PLASMINA FIBRINA Alterações qualitativas ou quantitativas Deficiência congênita de plasminogênio Plasminogênio anormal Defeito do ativador tissular do plasminogênio e disfibrinogemia(OMIM 134820) AD Heterozigotos Maioria dos pacientes são assintomaticos
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