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APOSTILA DPT2017

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APOSTILA DE DPT
PROFESSOR ADRIANO LAIMER
2017
	1 - Solução dos conflitos trabalhistas. Autodefesa, autocomposição,
heterocomposição, mediação, arbitragem. jurisdição.
2 - Conceito de Direito Processual do Trabalho.
3 - Autonomia do Direito Processual do Trabalho.
4 - Princípios do direito processual do Trabalho.
5 - Relações do Direito processual do Trabalho.
6 - Fontes do Direito Processual do Trabalho.
7 - Aplicação das normas de Direito Processual do Trabalho. Eficácia das leis no
tempo e no espaço; interpretação e integração.
8 - Órgãos da Justiça do Trabalho. Composição dos Tribunais.
9 - Competência em razão de matéria, das pessoas e do lugar. Competência funcional.
Conflitos de competência. 
10 - Atos, termos e prazos processuais.
11 - Nulidades. Preclusão. Perempção.
12 - Partes, procuradores e terceiros. Jus postulandi. Assistência Judiciária. Ética
no Processo do Trabalho (litigância de má-fé). Sucessão processual. Substituição
processual. Litisconsórcio. Intervenção de terceiros.
13 - Dissídio individual e dissídio coletivo. Distinções fundamentais.
14 - Dissídio individual (reclamação trabalhista). Procedimentos (ritos): ordinário,
sumário e sumaríssimo. Inquérito judicial para apuração de falta grave. Ação de
cumprimento. Mandado de segurança. Habeas Corpus. Ação de consignação em 
Pagamento. Prestação de Contas. Ações Possessórias. Habilitação Incidente.
Restauração de autos. Ação Civil Pública. Medidas Cautelares, nominadas e
inominadas.
15 - Reclamação trabalhista. Petição inicial. Requisitos. Comissão de Conciliação
Prévia.
16 - Audiência. Arquivamento. Revelia. Confissão. Conciliação. Resposta do
reclamado: exceções, preliminares, contestação, reconvenção, compensação.
17 - Instrução processual. Meios de prova. Ônus da prova. Presunções. Valoração da
prova.
18 - Razões finais. Sentença. Valor da condenação. Custas processuais. Publicação.
Trânsito em julgado.
SOLUÇÃO DOS CONFLITOS TRABALHISTAS. AUTODEFESA, AUTOCOMPOSIÇÃO, HETEROCOMPOSIÇÃO, MEDIAÇÃO, ARBITRAGEM, JURISDIÇÃO (INDIVIDUAL E COLETIVO)
CONFLITOS COLETIVOS E INDIVIDUAIS (CARLOS HENRIQUE BEZERRA LEITE)
1.AUTODEFESA(OU AUTOTUTELA) – GREVE E LOCAUTE
GREVE PARA CRIAR NORMAS E GREVE PARA FAZER CUMPRIR NORMAS
FORMALIDADES PARA A GREVE
LOCAUTE – NAS RELAÇÕES DE TRABALHO E EM OUTRAS MATÉRIAS
*não se configura nos conflitos individuais
2.AUTOCOMPOSIÇÃO – FORMA DIRETA DE COMPOSIÇÃO; SEM FORÇA; PARTES FAZEM CONCESSÕES RECÍPROCAS;
PODE SER UNILATERAL(RENÚNCIA) E BILATERAL (TRANSAÇÃO)
EXEMPLO:CONVENÇÃO COLETIVA\ACORDO COLETIVO, MEDIAÇÃO(LEI 10.192/2001, ART. 11), TERMO DE CONCILIAÇÃO FIRMADO PERANTE CCP, CONCILIAÇÃO
3.HETEROCOMPOSIÇÃO – SOLUÇÃO DE CONFLITOS POR TERCEIRO.
EXEMPLO:ARBITRAGEM E JURISDIÇÃO
CONCEITO DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
SEGUNDO CARLOS HENRIQUE BEZERRA LEITE:
RAMO DA CIÊNCIA JURÍDICA, CONSTITUÍDO POR UM SISTEMA DE NORMAS, PRINCÍPIOS, REGRAS E INSTITUIÇÕES PRÓPRIAS, QUE TEM POR OBJETO PROMOVER A PACIFICAÇÃO JUSTA DOS CONFLITOS INDIVIDUAIS, COLETIVOS E DIFUSOS DECORRENTES DIRETA OU INDIRETAMENTE DAS RELAÇÕES DE EMPREGO E DE TRABALHO, BEM COMO REGULAR O FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS QUE COMPÕEM A JUSTIÇA DO TRABALHO.
A EMENDA CONSTITUCIONAL 45/2004 AMPLIOU OBJETO DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO: LIDES SINDICAIS, EXECUÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS E PENALIDADES APLICADAS POR ÓRGÃOS COMO AS DRT(S)
INTEGRA O DIREITO PÚBLICO, QUE CONSIDERA O DIREITO PROCESSUAL
AUTONOMIDA DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
DUAS CORRENTES DEFENDEM POSIÇÕES QUANTO À AUTONOMIA DO DPT:
OS MONISTAS
DPT É DESDOBRAMENTO DO DIREITO PROCESSUAL CIVIL, NÃO TENDO PRINCÍPIOS ( ORALIDADE, CELERIDADE, SIMPLICIDADE, PUBLICIDADE,… )E INSTITUTOS PRÓPRIOS (REVELIA, CONFISSÃO, COISA JULGADA, EXECUÇÃO DEFINITIVA…)
OS DUALISTAS
DEFENDEM A EXISTÊNCIA DE AUTONOMIA DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
DPT TEM NORMAS PRÓPRIAS, CAPÍTULO PRÓPRIO NA CLT
769 DA CLT CONFERE PAPEL DE SUBSIDIARIEDADE AO CPC
CRÍTICA:
APRESENTA PRINCÍPIOS PRÓPRIOS, TEM A PREVISÃO DA CLT (769),JUSTIÇA ESPECIALIZADA, PODER NORMATIVO, FINALIDADE SOCIAL.
AMPLIAÇÃO DA COMPETÊNCIA DISPERSA SEUS PRINCÍPIOS
A AUTONOMIA ESTÁ EM FORMAÇÃO, MAS ENCONTRA OBSTÁCULOS DIANTE DA AMPLIAÇÃO DO SEU OBJETO
PRINCÍPIOS PECULIARES DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO
BUSCA COMPENSAR AS DESIGUALDADES EXISTENTES NA REALIDADE
É A RAZÃO DE SER DO DIREITO DO TRABALHO
EXEMPLOS:ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA, JUSTIÇA GRATUITA, TENDÊNCIA DE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA, IMPULSO EX OFFICIO, ART. 844 (ARQUIVAMENTO), DEPÓSITO RECURSAL (899, PAR. 4)
PRINCÍPIO DA FINALIDADE SOCIAL
DIFERENCIA-SE DO PRINC. DA PROTEÇÃO NA MEDIDA EM QUE O JUIZ TEM ATUAÇÃO MAIS ATIVA EM FAVOR DO TRABALHADOR, SEM QUE TENHA PREVISÃO LEGAL PARA TANTO
PRINCÍPIO DA BUSCA DA VERDADE REAL
MAGISTRADO TEM AMPLA LIBERDADE NA DIREÇÃO DO PROCESSO (765 CLT)
EXEMPLO: VINCULO EMPREGATÍCIO DE COOPERADOS
PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE
EMADA DOS PRINCÍPIOS DE DIREITO MATERIAL – DA INDISPONIBILIDADE E IRRENUNCIABILIDADE
NORMAS DE ORDEM PÚBLICA QUE, ALIADAS AO INTERESSE SOCIAL, TRANSCENDE A VONTADE DAS PARTES
O DPT VISA AO CUMPRIMENTO DOS DIREITOS INDISPONÍVEIS DOS TRABALHADORES
PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO
PRINCÍPIO DA NORMATIZAÇÃO COLETIVA
FONTES DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
FONTES MATERIAIS, baseadas nos fatos sociais, políticos, econômicos, culturais, éticos, e, morais da sociedade.
FONTES FORMAIS DIRETAS (leis e costumes).
FONTES FORMAIS INDIRETAS (doutrina e jurisprudência).
 FONTES FORMAIS DE EXPLICITAÇÃO - analogia, princípios gerais do direito e eqüidade. Neste caso, também foi dado destaque aos conteúdos dos artigos 769 CLT (CPC como fonte subsidiária)e 126 do CPC (juiz deve decidir).
HERMENÊUTICA DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Hermenêutica tem por objeto o estudo e a sistematização dos processos aplicáveis à determinação do sentido e alcance das expressões do Direito.
INTERPRETAÇÃO
Cuida da determinação do sentido da lei. A interpretação precede à aplicação.
“Interpretar uma lei é revelar o seu sentido e o seu valor, estabelecendo qual a sua eficiência num dado meio social, onde tenha de atuar” (Miguel Maria de Serpa Lopes, in Comentário Teórico e Prático da lei de Introdução ao Código Civil, p. 117)
Todos interpretarão as normas, mas, efetivamente, no processo judicial, o juiz é que terá a função principal de interpretar.
MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO
A)GRAMATICAL OU LITERAL
É descobrir o sentido literal das palavras contidas nas normas jurídicas.
O exame é feito de forma isolada e sintaticamente.
Ex: interpretação do artigo 896, letra “c”, da CLT. Ao mencionar a possibilidade de confrontar a decisão atacada com literal disposição da Constituição, o legislador quis, de certa forma, determinar um caráter restritivo para o enquadramento nessa hipótese.
B)MÉTODO LÓGICO
Por meio de raciocínios lógicos, o intérprete analisa partes da lei e as combina entre si, com o objetivo de atingir perfeita compatibilidade.
Ex: 895 da CLT. Mesmo mencionando decisões definitivas, também se deve considerar decisões terminativas.
C)MÉTODO HISTÓRICO
O intérprete busca nas causas que geraram a criação da norma.
Neste método, analisa-se o próprio processo legislativo.
Ex.: substituição processual – art. 8, III, – CF ( o processo legislativo teria evidenciado que o constituinte não quis inserir no inciso III, do artigo 8, da CF, a previsão de substituição processual)
D)MÉTODO SISTEMÁTICO
As normas não existem isoladamente, devendo ser analisadas em seu conjunto. Deve-se buscar uma coerência entre elas.
Exige amplo conhecimento das normas que integram o ordenamentojurídico.
Ao analisar as normas conjuntamente, é possível compreender o todo.
E)MÉTODO TELEOLÓGICO
O que vale são os fins sociais a que a norma se propõe.
Deve-se adaptar a finalidade da norma à realidade social, econômica e política que vai incidir na prática.
Está em sintonia com o artigo 5 da LICC (fins sociais).
F)INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO
Permite ao intérprete, depois de esgotar todas as interpretações convencionais possíveis, e não encontrando uma interpretação constitucional, desde que essa interpretação não se contraponha à Constituição, verificar se é possível “levar a efeito algum alargamento ou restrição da norma que a compatibilize com a Carta Magna.
Mas não pode ser afrontada a sua literalidade ou a vontade do legislador.
Será possível quando a norma apresentar vários significados, uns compatíveis com a norma constitucional e outros não.
INTEGRAÇÃO
Diz respeito ao surgimento de lacunas no sistema jurídico.
Constitui uma autorização do sistema jurídico para que o intérprete possa se valer de certas técnicas para solucionar um caso concreto, em caso de lacuna (Carlos Henrique Bezerra Leite).
Essas técnicas são a analogia, a eqüidade e os princípios gerais do direito (art. 126 e 127 do CC).
Na analogia, em decorrência de inexistência de prescrições positivas para regular certas relações jurídicas, recorre-se às disposições concernentes aos casos análogos e, com os princípios regulaladores destes, decide-se a pendência.
Eqüidade é a que se funda na circunstância especial de cada caso concreto, concernente ao que for justo e razoável.
Princípios gerais do Direito são idéias principais sobre a organização jurídica de uma comunidade, emanados da consciência social, que cumprem funções fundamentadoras, interpretativas e supletivas, a respeito de seu total ordenamento jurídico (Flórez-Valdez).
Dentre eles estão os da justiça, da igualdade, da liberdade e da dignidade da pessoa humana.
São verdadeiros valores, que na realidade são princípios que se concebem como origem.
APLICAÇÃO
É a adaptação dos preceitos normativos às situações de fato.
A aplicação é precedida de sua interpretação.
APLICAÇÃO DA NORMA PROCESSUAL TRABALHISTA NO TEMPO
SEGUE DOIS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS:
A)IRRETROATIVIDADE DAS NORMAS
ADOTA-SE O “SISTEMA DE ISOLAMENTO DOS ATOS PROCESSUAIS”
NÃO HÁ DIREITO ADQUIRIDO EM RELAÇÃO A DETERMINADAS MEDIDAS. MAS SE À ÉPOCA EM QUE RECORREU, O RECURSO, POR EXEMPLO, EXISTIA, TERÁ DIREITO AO JULGAMENTO
LEI NOVA REGULARÁ OS ATOS PROCESSUAIS QUE ESTIVEREM SOB SUA VIGÊNCIA
A NOVA NORMA PROCESSUAL DECORRENTE DA EC 45/2004 NÃO PODE RETROAGIR PARA PREJUDICAR PROCESSO FINALIZADO.
SE ANTES DA VIGÊNCIA DA EC 45/2004 JÁ HAVIA SENTENÇA, TERÃO AS PARTES DIREITO À APELAÇÃO E A COMPETÊNCIA PERMANECE NA JUSTIÇA COMUM; CASO AINDA NÃO TENHA SIDO PROFERIDA A SENTENÇA ANTES DA EC 45, A AÇÃO DEVERÁ SER ENCAMINHADA À JT
EMBORA SEJA ESSE O NOSSO ENTENDIMENTO, EXISTEM OUTRAS TEORIAS SOBRE A EFICÁCIA NO TEMPO DAS NORMAS PROCESSUAIS TRABALHISTAS, QUAIS SEJAM: A)A PRIMEIRA CORRENTE ENTENDE QUE O PROCESSO É UM TODO INDIVISÍVEL, MOTIVO PELO QUAL SUSTENTA QUE SE O PROCESSO FOI PROPOSTO NA JUSTIÇA COMUM ANTES DA LEI NOVA, NESSA JUSTIÇA DEVERÁ PERMANECER;
B)UMA SEGUNDA CORRENTE, ENTENDENDO QUE O PROCESSO É DIVIDIDO EM FASES PROCESSUAIS AUTÔNOMAS(POSTULATÓRIA, INSTRUTÓRIA, DECISÓRIA E RECURSAL), ENTENDE QUE A LEI NOVA DEVA INCIDIR SOBRE A FASE AINDA NÃO INICIADA;
C)UMA TERCEIRA CORRENTE ENTENDE QUE TODOS OS PROCESSOS EM CURSO NA JUSTIÇA COMUM QUE TRATEM DE MATÉRIA QUE PASSOU A SER DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO, DEVEM SER A ELA TRANSFERIDOS IMEDIATAMENTE, SALVO OS QUE TRANSITARAM EM JULGADO;
A ALTERAÇÃO DA COMPETÊNCIA NO JUDICIÁRIO NÃO ALTERA CURSO DE AÇÃO EM QUE JÁ TENHA SIDO PROFERIDA SENTENÇA
B)PRINCÍPIO DO EFEITO IMEDIATO – CONFORME ARTIGO 912 DA CLT – aplicação imediata dos dispositivos de caráter imperativo
NORMAS TERÃO APLICAÇÃO IMEDIATA ÀS RELAÇÕES PROCESSUAIS INICIADAS NÃO COBERTAS PELA COISA JULGADA, PODENDO REGULAR O PROCESSO E O JULGAMENTO DE FATOS ANTERIORES À SUA PROMULGAÇÃO.
EFICÁCIA DAS NORMAS PROCESSUAIS TRABALHISTAS NO ESPAÇO
O PRINCÍPIO A SER OBSERVADO É O DA TERRITORIALIDADE
APLICA-SE AOS BRASILEIROS E ESTRANGEIROS QUE TRABALHAM E RESIDEM NO BRASIL (ART. 5, CF, CAPUT, ART. 12 DA LICC)
ESTRUTURA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Existem três graus de jurisdição, quais sejam, as Varas do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho e o Superior Tribunal do Trabalho.
PRIMEIRA INSTÂNCIA - VARAS DO TRABALHO 
Julgam apenas dissídios individuais
A Vara compõe-se de um juiz do trabalho titular e um juiz do trabalho substituto. 
Nas comarcas onde não existir Varas, a lei pode atribuir a jurisdição trabalhista ao juiz de direito. 
Faz parte da competência das Varas conhecer de ações trabalhistas, de rito ordinário, sumário e sumaríssimo, inquéritos para apuração de falta grave, ações civis públicas, cautelares preparatórias ou incidentais em relação às ações de sua competência, procedimentos especiais, etc.
SEGUNDA INSTÂNCIA - TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO (TRT) 
  
Compete a eles o julgamento de recursos ordinários contra decisões de Varas do Trabalho, ações originárias  (dissídios coletivos de categorias de sua área de jurisdição - sindicatos patronais ou de trabalhadores organizados em nível regional), ações rescisórias e os mandados de segurança contra atos de seus juízes. 
 A Justiça do Trabalho conta com 24 TRT(s), e segundo a nova redação do artigo 112 da Constituição Federal, "A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-las aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho". 
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO
 
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região é composto por 94 Desembargadores Federais do Trabalho.
Dentre os seus órgãos, existem os seguintes:
a)Seção Especializada em dissídios coletivos (SDC) 
b)Seções Especializadas em dissídios individuais (SDI) de competência originária
Compete às Seções Especializadas em Dissídios Individuais – SDI, dentre outras atribuições, processar e julgar originariamente: a) as ações rescisórias das sentenças, dos acórdãos das Turmas e de seus próprios acórdãos; b) os mandados de segurança contra atos judiciais de seus Desembargadores ou de Juiz de primeiro grau; c) o habeas corpus, quando a autoridade coatora for Juiz de primeiro grau; d) os agravos contra decisões monocráticas dos Desembargadores da Seção.
Cabe, ainda, às SDIs do TRT da 2ª Região: dentre outras prerrogativas, processar e julgar em única instância: a) os conflitos de competência entre os Juízes de primeiro grau; b) os embargos de declaração opostos aos seus acórdãos.
c)18 Turmas, compostas de 5 (cinco) Desembargadores cada uma, sendo que a Turma funciona com a presença de 3 (três) Desembargadores.
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) 
O TST, com sede em Brasília-DF e jurisdição em todo o território nacional, tem por principal função uniformizar a jurisprudência trabalhista. De acordo com o artigo 111-A: "O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal". 
Julga recursos de revista, recursos ordinários e agravos de instrumento contra decisões de TRT(s) e dissídios coletivos de categorias organizadas em nível nacional, além de mandados de segurança, embargos opostos a suas decisões e ações rescisórias. 
ÓRGÃOS PRINCIPAIS
1)SEÇÃO ESPECIALIZADA EM DISSÍDIOS COLETIVOS, à qual compete: originariamente, dentre outras atribuições: a) julgar os dissídios coletivos de natureza econômica e jurídica, situadas no âmbito de sua competência ou rever suas próprias sentençasnormativas, nos casos previstos em lei; 
b) homologar as conciliações celebradas nos dissídios coletivos; 
c) julgar as ações rescisórias propostas contra suas sentenças normativas;
d)processar e julgar as ações em matéria de greve, quando o conflito exceder a jurisdição de Tribunal Regional do Trabalho. Em última instância, dentre outras prerrogativas, julgar: a) os recursos ordinários interpostos contra as decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho em dissídios coletivos de natureza econômica ou jurídica; b) os recursos ordinários interpostos contra decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho em ações rescisórias e mandados de segurança pertinentes a dissídios coletivos e a direito sindical e em ações anulatórias de acordos e convenções coletivas; c) os embargos infringentes interpostos contra decisão não unânime proferida em processo de dissídio coletivo de sua competência originária, salvo se a decisão atacada estiver em consonância com precedente normativo do Tribunal Superior do Trabalho ou com Súmula de sua jurisprudência predominante; e
 
2)Seção Especializada em Dissídios Individuais (Subseção I - Subseção II):
Dentre outras atribuições, cabe à Subseção I: a) julgar os embargos interpostos das decisões divergentes das Turmas, ou destas com decisão da Seção de Dissídios Individuais, com Orientações Jurisprudenciais ou com Súmula e, ainda, as que violarem literalmente preceito de lei federal ou da Constituição da República; e b) julgar os agravos e os agravos regimentais interpostos contra despacho exarado em processos de sua competência.
 
Dentre outras atribuições, cabe à Subseção II: em única instância, principalmente, julgar recursos ordinários contra acórdãos proferidos pelos TRTs em ações que se iniciaram nas SDIs dos TRTs.
3)TURMAS (8) – Compete, principalmente, a cada uma das Turmas julgar: I - os recursos de revista interpostos de decisão dos Tribunais Regionais do Trabalho nos casos previstos em lei; II - os agravos de instrumento dos despachos de Presidente de Tribunal Regional que denegarem seguimento a recurso de revista.
QUINTO CONSTITUCIONAL
A Justiça do Trabalho, nos TRT(S) e TST, deverá aplicar o preceito que garante a participação de representantes dos advogados e do Ministério Público. Um quinto dos lugares dos TRTs e TST será destinado a membros do Ministério Público e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
Competência é a medida da jurisdição de cada órgão judicial.
Competência legitima o exercício do poder jurisdicional.
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA
FUNDAMENTO DA COMPETÊNCIA MATERIAL DA JT ►ART. 114 CF
Decorre da natureza da relação jurídica material levada ao juízo
Competência material decorre da causa de pedir e do pedido
Se o autor expõe relação material com base na CLT e pedidos de natureza trabalhista, a competência será da Justiça do Trabalho, mesmo que se tenha que aplicar normas de direito civil.
Com a EC 45/2004 passou a integrar a competência da JT causas decorrentes da relação de trabalho.
A competência material da justiça do trabalho é exercida em primeiro grau, pelas varas do trabalho, em grau recursal ordinário, pelos TRT(s), e, em grau recursal extraordinário pelo TST e pelo STF
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
 I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
FOI CONCEDIDA LIMINAR PELO STF, CONFIRMADA PELO PLENÁRIO, NA ADI 3.395, SUSPENDENDO TODA E QUALQUER INTERPRETAÇÃO DADA AO INCISO “I” DO ART. 114, NA REDAÇÃO DADA PELA EC 45/2004, QUE INCLUA NA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO A APRECIAÇÃO DE CAUSAS CONTRA O PODER PÚBLICO E SEUS SERVIDORES VINCULADOS POR RELAÇÃO ESTATUTÁRIA OU DE CARÁTER JURÍDICO-ADMINISTRATIVO.
É A ATRIBUIÇÃO PARA JULGAR AS LIDES DECORRENTES DA RELAÇÃO DE EMPREGO; AQUELAS DECORRENTES DE CONFLITOS ENTRE EMPREGADOS E EMPREGADORES
PODEM ADVIR DE CONTRATOS EXPRESSOS OU TÁCITOS (CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO) OU DAS RELAÇÕES EMPREGATÍCIAS COLETIVAS (AQUELAS QUE SE FUNDAMENTAM NAS NORMAS GERAIS E ABSTRATAS PREVISTAS EM CCT (S), ACT(S) E SENTENÇAS NORMATIVAS.
RELAÇÃO DE EMPREGADO ADVÉM DA PREVISÃO DOS ARTIGOS 2º , 3º e 442 DA CLT E ENGLOBA EMPREGADOS URBANOS E RURAIS
MESMO ANTES DA EC 45/2004, A JT JÁ POSSUÍA COMPETÊNCIA PARA APRECIAR CAUSAS QUE TRATASSEM DE DANO MORAL (SÚMULA 392)
II - as ações que envolvam exercício do direito de greve;
GREVE – suspensão coletiva de prestação de serviço a empregador.
É inerente á relação de emprego.
Previsão do inciso II, do art. 114 da CF abrange servidores regidos pela CLT.
Compreende também ação de interdito proibitório (923, CPC) .
Ações possessórias – com origem na relação de emprego, em que o empregador reivindicar a posse do imóvel oferecido ao empregado como salário utilidade (art. 458, par. 3 e 4, da CLT). O empregado também pode ajuizar ação possessória em face do empregador para recuperar instrumento ou equipamento.
III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
REPRESENTAÇÃO SINDICAL – entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, entre sindicatos e empregadores.
CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA, SINDICAL E ASSISTENCIAL.
IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;
VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;
Também, em caso de acidente de trabalho – já existia entendimento na JT de que esta era competente para tratar de danos moral e patrimonial decorrentes de acidentes de trabalho.
Em 29.06.2005, o STF confirmou esse entendimento. Com isso, as ações de indenização propostas pelos empregados ou seus sucessores contra empregador, com base em acidente de trabalho, são da competência da JT.
VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;
VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
Descontos previdenciários e fiscais – compete à JT processar e julgar – a execução de ofício das contribuições sociais decorrentes das decisões que proferir, bem como imposto de renda e contribuição devida pelo trabalhador ao INSS (sum 368 TST)
A responsabilidade pelo recolhimento será do empregador, sendo que o ir será calculado sobre o montante, e, o INSS do empregado, calculado mês a mês. observando-se o limite do salário de contribuição
IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
Previsão se encontra no artigo 114, inciso IX, da CF(outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei”.
Requisitos para a competência material derivada: existência de lide decorrente da relação de trabalho, e, existência de lei prevendo expressamente que a competência para apreciar a lide é da JT.
Caso concreto – representante comercial – Carlos Henrique Bezerra Leite entende que, pelo fato da lei 4.886 – art. 39 - atribuir à Justiça Comum a competência para apreciar essas causas, a JT não terá competência para apreciá-las.
Caso concreto – trabalho eventual, autônomo prestado por profissional liberal (não sendo caso de relação de consumo), será da JT pelo fato de não existir lei atribuindo competência à Justiça Comum.
§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídiocoletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA PESSOA
A competência em razão da pessoa é estabelecida em razão da qualidade da parte que faz parte da relação processual. O art. 114 da CF estabelece a competência em razão da pessoa. Consequentemente, podem demandar na JT:
a)os sindicatos (art. 114, CF, inciso III),
b)os entes de direito público externo (art. 114, CF, I)
c)os órgãos da administração pública direta, autárquica ou fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na qualidade de empregadores (art. 114, CF, I),
d) a União, ao ajuizar ações envolvendo a penalidades administrativas contra os empregadores pelos órgãos de fiscalização do trabalho (VII, art. 114, CF),
e)o INSS, quando promove a execução das contribuições previdenciárias (art. 114, CF, VIII),
f)o MPT, no caso do § 3º, do art. 114, da CF, 
g) os trabalhadores. Considerando que os trabalhadores dividem-se em trabalhador autônomo e subordinado. Este pode ser subdividido em trabalhador subordinado típico e atípico.
Típicos são os empregados urbanos e o empregado rural, em relação aos quais se verifica o trabalho prestado por pessoa física, não eventual, prestado pessoalmente, mediante subordinação e oneroso.
Atípicos são considerados os trabalhadores: eventual, avulso, temporário, doméstico.
Neste caso dos atípicos, a competência será da JT se não existir lei que disponha o contrário, pois se trata de relação de trabalho. Mas poderá vir a ser da JT, se existindo lei estabelecendo competência, por exemplo,da Justiça Comum, essa lei vier a ser alterada para estabelecer a competência da JT.
Os autônomos não têm proteção do Direito do Trabalho. Mas podem propor ou responder a demandas na Justiça do Trabalho. O mesmo ocorre em relação aos trabalhadores eventuais. Já, quanto aos servidores, diante da existência de relação de emprego, com causa de pedir e pedido relacionados à relação de emprego, também podem demandar na JT.
Desde 1988 a JT é competente para julgar causas submetidas a sua competência e envolvendo esses servidores quando da existência de relação empregatícia.
Os domésticos e temporários são subordinados, mas com tutela especial. A competência em relação aos temporários consta da própria lei dos temporários (art. 19, lei 6.019). Mas ambos encontram respaldo no inciso I, do art. 114 da CF, para proporem e responderem ações na JT.
Os avulsos, por força do artigo 643, caput, da CLT, podem propor a demanda na JT contra tomador do seu serviço, do operador portuário e do OGMO. Carlos Henrique Bezerra Leite, entende que poderia propor demanda contra o sindicato, conforme prevê o artigo 114, III, da CF.
Os servidores de cartórios extrajudiciais também terão suas causas apreciadas pela JT, conforme decisão do STF, Pleno, ac. 69642\/110, ementa 1.657-2, j. 19.6.91, rel. Min. Néri da Silveira, DJU 10.4.92, e, o artigo 236 da CF e lei 8.935/94.
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA FUNÇÃO
A competência funcionar é atribuída para as Varas do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e Tribunal Superior do Trabalho.
A CF, CLT, leis e regimentos internos dos Tribunais estabelecem a competência funcional.
Compete às VT:
CLT-Art. 652 - Compete às VT:
a) conciliar e julgar: 
I - os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado;	
II - os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de rescisão do contrato individual de trabalho;
III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice;
IV - os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho;
V - as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho. 
b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave (853-855 DA clt).
c) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência. 
CLT-Art. 653 - Compete, ainda, às Varas do Trabalho: 
a) requisitar às autoridades competentes a realização das diligências necessárias ao esclarecimento dos feitos sob sua apreciação, representando contra aquelas que não atenderem a tais requisições; 
b) realizar as diligências e praticar os atos processuais ordenados pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou pelo Tribunal Superior do Trabalho;
c) julgar as suspeições argüidas contra os seus membros;
d) julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas;
e) expedir precatórias e cumprir as que lhes forem deprecadas;
f) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, quaisquer outras atribuições que decorram da sua jurisdição.
g)presidir audiências das Varas;
h)processar e julgar ação civil pública.
De acordo com o art. 114, cabe às VT conciliar, processar e julgar ações, que envolvam relação de emprego e trabalho; o exercício do direito de greve (ressalvada a competência do TRT e TST); entre sindicatos e trabalhadores ou entre sindicatos e empregadores(ressalvados os dissídios coletivos de competência do TRT e TST); mandado de segurança, habeas corpus e hábeas data (inciso IV, 114, CF), relativa ao cumprimento de suas próprias decisões.
COMPETÊNCIA FUNCIONAL DOS TRT (S):
À SDC:
a) processar, conciliar e julgar originariamente os dissídios coletivos;
b) processar e julgar originariamente: as revisões de sentenças normativas; a extensão das decisões proferidas em dissídios coletivos e os mandados de segurança; (ressalvado o que dispõe o art. 114, IV e VII, da CF).
Às Turmas:
a) julgar os recursos ordinários previstos no art. 895, a; 
b) julgar os agravos de petição e de instrumento, estes de decisões denegatórias de recursos de sua alçada; 
À SDI:
Mandando de segurança, rescisória, habeas corpus, habeas data, conforme regimento interno do Tribunal.
Compete ao TRT, ainda:
Determinar a realização de atos aos juízes;
Fiscalizar o cumprimento de suas decisões; declarar nulidade de atos que as infrinjam; julgar suspeição contra seus membros; julgar exceções que forem opostas;
Requisitar diligências,
COMPETÊNCIA FUNCIONAL DO TST:
É regulada pela lei 7.701 e pela Resolução Administrativa TST 908/2002.
Cabe-lhe julgar RR, RO contra acórdãos em ações de competência originária de TRT e agravo de instrumento dissídios coletivos, mandado de segurança, ações rescisórias, embargos de declaração, cautelares.
Julgar conflitos de competência entre TRT (s).
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO LUGAR (FORO)
Guarda relação com a circunscrição territorial em que pode atuar um órgão jurisdicional.
A competência das Varas é determinada por lei federal.
A competência dos TRT (s) geralmente coincide com os Estados.
O TST tem competência em relação ao território brasileiro.
O art. 651 da CLT prevê:
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 
§ 1º - Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. 
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. 
OBS:NESSE CASO, A COMPETÊNCIA SERIA DA VT DA SEDE OU FILIAL DA EMPRESA NOBRASIL OU DO LOCAL DA CONTRATAÇÃO ANTES DE IR PARA O EXTERIOR.
CASO A EMPRESA NÃO TENHA SEDE NO BRASIL, PODERÁ A EMPRESA SER CITADA POR CARTA ROGATÓRIA.
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. 
OBS: NÃO IMPORTA SE O SERVIÇO É PRESTADO EM CARÁTER ESPORÁDICO OU PERMANENTE.
FORO DE ELEIÇÃO
O DPT NÃO ADMITE A ESTIPULAÇÃO PELAS PARTES, EIS QUE SE TRATA DE NORMA DE ORDEM PÚBLICA.
CABERIA UMA EXCEÇÃO, NO CASO DA RELAÇÃO DE TRABALHO: AUTÔNOMO, EVENTUAL, AVULSO, COOPERADO, ETC.
COMPETÊNCIA ABSOLUTA
NELA SÃO CONSIDERADAS AS COMPETÊNCIAS EM RAZÃO DA MATÉRIA, FUNCIONAL E PESSOA.
A SUA INOBSERVÂNCIA CONTAMINA TODOS OS ATOS PROCESSUAIS.
PODE SER DECRETADA EX OFFICIO PELO JUIZ. NÃO PODE SER PRORROGADA.
COMPETÊNCIA RELATIVA - NELA É CONSIDERADA A COMPETÊNCIA TERRITORIAL.
AINDA QUANTO À RELATIVA, PODE SER PRORROGADA SE A PARTE CONTRÁRIA NÃO APRESENTAR EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA
MENÇÃO DO ARTIGO 795, §1º, CLT, ao mencionar incompetência de foro, está se referindo à competência em razão da matéria e da pessoa.
ATO PROECSSUAL POR FAC-SIMILE
LEI 9.800/99 – ATOS QUE DEPENDAM DE PETIÇÕES ESCRITAS. ORIGINAIS DEVERÃO SER PROTOCOLADAS EM ATÉ 5 DIAS DO PRAZO PARA A PRÁTICA DO ATO (DO SEU TÉRMINO)
SÚMULA 387 TST
ATO PROCESSUAL POR E-MAIL
A JT ACEITA – IN 28/2005 – PARA PARTES, PROCURADOR E PERITOS. PODE-SE SUBSTITUIR AS PETIÇÕES ESCRITAS.
A IN CRIOU O e-DOC
SISTEMA BUSCA GARANTIR A AUTENTICIDADE, INTEGRIDADE, E VALIDADE JURÍDICA DE DOCUMENTOS EM FORMA ELETRÔNICA
POR HORA É FACULTATIVO
DEVE-SE TER IDENTIDADE DIGITAL – CERTIFICADO DIGITAL
154 CPC PREVIU MEIO ELETRÔNICO
TERMOS PROCESSUAIS
É A REDUÇÃO ESCRITA DO ATO
ART. 771 A 773 CLT + 166 A 171 CPC
NÃO SE PERMITE RASURAS E LANÇAMENTO A LÁPIS
ATOS E TERMOS PROCESSUAIS DEVEM SER ASSINADOS PELAS PARTES INTERESSADAS
ATOS RELATIVOS AO ANDAMENTO DOS PROCESSOS CONSTARÃO DE SIMPLES NOTAS, DATADAS E RUBRICADAS PELO CHEFE DE SECRETARIA OU ESCRIVÃO
PRAZOS PROCESSUAIS
QUANTO Á ORIGEM
A)LEGAIS – 895, A, B
B)JUDICIAIS – FIXADOS PELO JUIZ – 852-H, PARÁGRAFO 4, CLT
C)CONVENCIONAIS- PODE SER OBJETO DE ACORDO ENTRE AS PARTES – SUSPENSÃO DO PROCESSO PARA TENTATIVA DE ACORDO – COM LIMITE DE 6 MESES
NATUREZA
A)DILATÓRIOS – PRAXOS CONVENCIONAIS, JUIZ PODE AUTORIZAR DILAÇÃO DO PRAZO ANTES DO SEU TÉRMINO. SE OCORRER DEPOIS, JÁ TERÁ OCORRIDO A PRECLUSÃO
B)PEREMPTÓRIOS – FATAIS OU IMPRORROGÁVEIS; DECORREMTE DAS NORMAS COGENTES(garante a segurança dos seus destinatários), IMPERATIVAS OU DE ORDEM PÚBLICA
QUANTO AOS DESTINATÁRIOS
A)PRÓPRIOS – DESTINADOS ÀS PARTES. SÃO PREVISTOS EM LEI OU FIXADOS PELO JUIZ. SE NÃO HOUVER PREVISÃO LEGAL, VALE 5 DIAS (CPC 185)
ÓRGÃOS DA ADM. PÚBLICA DIRETA, AUTÁRQUICA, FUNDACIONAL DA UNIÃO, ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS – EM QUÁDRUPLO PAA CONTESTAR E EM DOBRO PARA RECORRER
191 CPC – QUANDO HOUVER LISTISCONSORTES TIVEREM DIFERENTES PROCURADORES, OS PRAZOS SERÃO CONTADOS EM DOBRO PAAR CONTESTAR, RECORRER - NO PT NÃO SE APLICA – OJ 310
B)IMPRÓPRIOS – LEGALMENTE DESTINADOS AOS JUIÍZES E SERVIDORES. SÃO VULNERÁVEIS EM RAZÃO DE NÃO GERAREM A PRECLUSÃO. MESO PRATICADOS FORA DO PRZO SÃO VÁLIDOS. EX. PRAZO DE 48 H PARA ENVIAR PET. INICIAL AO REU (841CLT)
CONTAGEM DOS PRAZOS
PRAZOS SÃO CONTADOS A PARTIR DO CONHECIMENTO SOBRE OS TERMOS DA NOTIFICAÇÃO
EXCLUI-SE O DIA DO COMEÇO E INCLUI-SE O DO VENCIMENTO
EX. PUBLICAÇÃO, DOE
SUMULA 1 TST
775, PAR. ÚNICO – VENCENDO NO SÁBADO, PRORROGA PARA A SEGUNDA
PRAZOS EMBARGOS DECLARAÇÃO, RO, RR, EMBARGOS TST, AGRAVO PETIÇÃO, AGRAVO DE INSTRUMENTO, ADESIVO, EMBARGOS EXECUÇÃO
SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DOS PRAZOS
SUSPENSÃO – PARALISA A CONTAGEM DO PRAZO. CESSADA A CAUSA SUSPENSIVA, O PRAZO VOLTA SER CONTADO.
INTERRUPÇÃO – CESSADA A CAUSA QUE INTERROMPEU O PRAZO, ELE SE REINICIA 
FERIADOS NA JT – SÃO CONTROVERTIDOS – SUSPENDEM PRAZO
SUMULA 262, II, TST
CONFLITOS DE COMPETÊNCIA
POSITIVO – DOIS ÓRGÃOS ENTENDEM SER COMPETENTES
NEGATIVO – DOIS ÓRGÃOS ENTENDEM NÃO SER COMPETENTES
CONFLITOS – ART. 803 CLT
PODEM SUSCITAR O CONFLITO DE COMPETÊNCIA – 805 CLT:
			-JUÍZES E TRIBUNAIS DO TRABALHO
			-MPT
			-PARTES INTERESSADAS
QUANTO ÀS PARTES INTERESSADAS – SE JÁ TIVER OPOSTO EXCEÇÃO NOS AUTOS NÃO PODERÁ MAIS SUSCITAR. A FINALIDADE É A MESMA – ART. 806 CLT
A PARTE QUE NÃO SUSCITOU NOS AUTOS PODE SUSCITAR O CONFLITO DE COMPETÊNCIA
PROVA- A PARTE QUE SUSCITOU DEVE PRODUZIR PROVA – DOCUMENTAL – ART. 807 CLT
CONFLITOS SERÃO RESOLVIDOS:
- PELOS TRT(S) –CONFLITOSD ENTRE VARAS E JUÍZOS DE DIREITO INVESTIDOS DE JURISDIÇÃO TRABALHISTA, OU ENTRE ELAS, NAS RESPECTIVAS REGIÕES
- PELO TST – ENTRE TRT(S) E – ENTRE VARAS E JUÍZOS DE DIREITO INVESTIDOS DE JURISDIÇÃO TRABALHISTA, DE REGIÕES DIVERSAS
RESSALVADO O DISPOSTO NA CF, ART. 102, I, o: STJ x QUAISQUER TRIB, TRIB SUP X TRIB SUP, TRIB SUP X OUTROS TRIBUNAIS
PROCESSAMENTO DO CONFLITO DE COMPETÊNCIA – ART. 809 E 810 CLT + REGIMENTO INTERNO DOS TRT(S)
NULIDADES PROCESSUAIS
ATOS PROCESSUAIS PODEM CONTER IRREGULARIDADES , VÍCIOS OU DEFEITOS QUE OS TORNAM NULOS OU ANULÁVEIS
PODEM SER:
MERAS IRREGULARIDADES SEM CONSEQÜÊNCIAS – NÃO SE REVESTEM DE FORMALIDADE , MAS NÃO PROVOCAM CONSEQÜÊNCIA ALGUMA
EX.:LAVRAR A ATA COM TINTA CLARA, CPC 169
IRREGULARIDADES COM SANÇÕES EXTRAPROCESSUAIS – INOBSERVÂNCIA DE REQUISITOS LEGAIS GERAM CONSEQÜÊNCIA FORA DO PROCESSO,
EX.: JUIZ QUE RETARDA PRÁTICA DE ALGUM ATO, ART. 133, II, CPC
IRREGULARIDADES QUE ACARRETEM NULIDADES PROCESSUAIS – HÁ CONSEQÜÊNCIA DE ACORDO COM A GRAVIDADE DA NULIDADE, QUE PODE SER RELATIVA OU ABSOLUTA
IRREGULARIDADES QUE ACARRETEM A INEXISTÊNCIA DO ATO PROCESSUAL
JUIZ DEIXA DE ASSINAR A SENTENÇA
ADVOGADO QUE ATUA SEM INSTRUMENTO
_________________________________________________________________________
VÍCIOS PODEM SER SANÁVEIS OU IN SANÁVEIS
SANÁVEIS – NULIDADE RELATIVA OU ANULABILIDADE DO ATO/ DEPENDE DO INTERESSADO/ NÃO PODE SER EX OFFICIO/ 
EX INCOMPETÊNCIA RELATIVA
INSANÁVEIS – IMPLICAM NULIDADE ABSOLUTA, OU AINDA NA INEXISTÊNCIA DO ATO
PODE SER DECRETADA DE OFFICIO PELO JUIZ
EX. CARÊNCIA DE AÇÃO – ART. 267, PAR. 3 CPC
_________________________________________________________________________
PRINCÍPIOS DAS NULIDADES PROCESSUAIS
ARTS. 794 A 798 CLT
PRINCIPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS
ATO PRATICADO DE OUTRA FORMA QUE ATINGIR FINALIDADE
CPC 154 E 244
CLT 795, 796, 798
EX. GUIA DE DEPÓSITO RECURSAL
PREJUÍZO OU DA TRANSCENDÊNCIA
NÃO HAVERÁ NULIDADE SEM PREJUÍZO DE NATUREZA PROCESSUAL MANIFESTO ÀS PARTES
ART. 794 CLT
EX. PARTE, EMBORA NÃO CITADA CORRETAMENTE, COMPARECE À AUDIÊNCIA
PRINCIPIO DA CONVALIDAÇÃO OU DA PRECLUSÃO
ART. 795 CLT – ARGUIR NA PRIMEIRA OPORTUNIDADE
EX. PROTESTO
APLICAVEL SÓ ÀS NULIDADES RELATIVAS
PRINCIPIO DA ECONOMIA PROCESSUAL
ART. 796, A, CLT
NULIDADE NÃO SERÁ PRONUNCIADA SE FOR POSSÍVEL SUPRIR-SE A FALTA OU REPETIR-SE O ATO
EX. PREPOSTO QUE COMPARECE SEM PREPOSIÇÃO À AUDIÊNCIA, JUIZ CONCEDE PRAZO, SE NÃO ATENDER, SERÁ REVEL
PRINCÍPIO DO INTERESSE
PARTE DEVE DEMONSTRAR PREJUÍZO AO SEU DIREITO DE DEMANDAR EM JUÍZO
MAS SOMENTE PODE ARGUIR NULIDADE SE NÃO CONCORREU DIRETA OU INDIRETAMENTE PARA A OCORRÊNCIA DO ATO
ATINGE NULIDADES RELATIVAS
ART. 796, B, CLT
PRINCÍPIO DA UTILIDADE
ART. 798, CLT
DEVE-SE APROVEITAR AO MÁXIMO OS ATOS
ATOS ANTERIORES AO ATO ANULADO NÃO SÃO ATINGIDOS
PARTES, PROCURADORES E TERCEIROS.
AS PARTES E OS PROCURADORES  
Na Justiça do Trabalho mantém-se o jus postulandi , ou seja, o direito de empregados, ex-empregados e empregador postularem na Justiça do Trabalho sem a necessidade de contar com a assistência de advogado. É o que disciplina o artigo art.791:”Os empregados e os empregadorespoderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final”.
		Os maiores de 18 (dezoito) poderão pleitear perante a Justiça do Trabalho sem a assistência de seus pais. Mas a demanda de menores de 18 anos somente poderá ser “feita por seus representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em Juízo”( art. 793, da CLT).
JUS POSTULANDI.
Súmula Nº 425 do TST
JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE.
O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA.
O parágrafo 3º do art.790 da CLT estabelece a justiça gratuita, que se diferencia de assistência judiciária:
§ 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família.
A lei 5.584/70 estabelece em seu art 14:
Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se refere a Lei nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo Sindicato da categoria profissional a que pertencer o trabalhador.  
§ 1º A assistência é devida a todo aquele que perceber salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ficando assegurado igual benefício ao trabalhador de maior salário, uma vez provado que sua situação econômica não lhe permite demandar, sem prejuízo do sustento próprio ou da família.  
§ 2º A situação econômica do trabalhador será comprovada em atestado fornecido pela autoridade local do Ministério do Trabalho e Previdência Social, mediante diligência sumária, que não poderá exceder de 48 (quarenta e oito) horas.  
§ 3º Não havendo no local a autoridade referida no parágrafo anterior, o atestado deverá ser expedido pelo Delegado de Polícia da circunscrição onde resida o empregado.  
ÉTICA NO PROCESSO DO TRABALHO (LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ).
Pode ser percebida na decisão a seguir mencionada: LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. A presente ação foi ajuizada em 24/03/2010, posteriormente ao julgamento daquela que tramitou na 55ª Vara de Trabalho, ocorrido em 19/03/2010, cuja decisão foi disponibilizada no sítio da rede mundial de computadores (internet) nessa mesma data, conforme se constata às fls. 33. Portanto, o Reclamante deduziu verba anteriormente pleiteada e já julgada, incorrendo nos termos do inciso II, do art. 17, do CPC, já que não informou sobre o julgamento favorável já exarado. ACÓRDÃO Nº:  , 20101180599 , PROCESSO Nº: 00656-2010-080-02-00-0,      ANO: 2010   TURMA: 2ª,DATA DE PUBLICAÇÃO: 23/11/2010, PARTES: RECORRENTE(S):       Fabiano da Silva Carvalho , RECORRIDO(S): Graco Especialidades Ltda. EPP )
SUCESSÃO PROCESSUAL. 
Mantem-se a competência trabalhista caso o titular da demanda venha a falecer:
DANOS DECORRENTES DE DOENÇA ADQUIRIDA POR FORÇA DO CONTRATO DE TRABALHO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. FALECIMENTO DO TRABALHADOR NO CURSO DA AÇÃO. Não obstante o caráter personalíssimo do ressarcimento por vulneração moral, a sucessão processual por herdeiro devidamente habilitado, na hipótese de falecimento do trabalhador no curso da ação, não desloca a competência para a Justiça Estadual, prosseguindo, a reclamatória, na Justiça Especializada. Inteligência da Súmula nº 366 do E. STJ. (TIPO:  RECURSO ORDINÁRIO, DATA DE JULGAMENTO: 09/09/2009, RELATOR(A): MARIANGELA DE CAMPOS ARGENTO MURARO, REVISOR(A): JUCIREMA MARIA GODINHO GONÇALVES, ACÓRDÃO Nº:  , 20090774269, PROCESSO Nº: 01104-2002-313-02-00-1        ANO: 2009          TURMA: 2ª, DATA DE PUBLICAÇÃO: 06/10/2009)
SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL.
O Sindicato da categoria profissional pode atuar como substituto processual, tendo em vista art. 8º, III, da Constituição Federal e do art. 81, III, da Lei n. 8.078/90. Esse entendimento foi firmado pelo Supremo Tribunal Federal e acabou por levar ao cancelamento do Enunciado 310 (Res. 119/2003). Podem ser objeto de ações promovidas por sindicatos interesses ou direitos individuais homogêneos como aqueles decorrentes de origem comum.
LITISCONSÓRCIO.
São possíveis os litisconsórcios ativo e passivo, a teor dos artigos a seguir:
Art. 46. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente, quando: 
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide; 
II - os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito; 
III - entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir; 
IV - ocorrer afinidade de questões por um ponto comum de fato ou de direito.
Art. 47. Há litisconsórcio necessário, quando, por disposição de lei ou pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir a lide de modo uniforme para todas as partes; caso em que a eficácia da sentença dependerá da citação de todos os litisconsortes no processo.
No caso de litisconsórcio ativo facultativo, pode-se considerar o caso do disposto no art. 842, da CLT, o litisconsórcio ativo facultativo forma-se legitimamente, diante da existência de identidade de pedidos e causa de pedir, em várias ações, envolvendo empregados do mesmo empregador. 
OGMO. LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO. Nos termos do art. 18 da Lei 8630/93, compete ao OGMO tão somente administrar e intermediar a mão-de-obra dos trabalhadores avulsos. Dessa forma, ele não pode ser o único responsável pela remuneração devida ao trabalhador avulso. Trata-se, portanto, de litisconsórcio necessário. A inclusão dos operadores portuários que atuaram como tomadores da mão-de-obra dos trabalhadores avulsos constitui pressuposto de constituição e desenvolvimento válido do processo. A não indicação dosoperadores portuários, na petição inicial, enseja a extinção do processo sem resolução do mérito, nos termos do art. 267, IV do CPC c/c o art. 301, parágrafo 4º. do mesmo diploma legal. 
(TIPO:  RECURSO ORDINÁRIO EM RITO SUMARÍSSIMO, DATA DE JULGAMENTO: 27/10/2009, RELATOR(A): IVANI CONTINI BRAMANTE, REVISOR(A): ACÓRDÃO Nº:  20090956111 , PROCESSO Nº: 01708-2008-446-02-00-2        ANO: 2009          TURMA: 4ª , DATA DE PUBLICAÇÃO: 13/11/2009)
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
A intervenção de terceiros é possível desde que haja um interesse jurídico material, que se constata existir entre o terceiro e uma ou ambas as partes.
A intervenção de terceiro justifica-se diante da possibilidade dos efeitos da coisa julgada poder atingir os interesses o interveniente.
Pelo fato da CLT não ter regulação específica, seguem-se as regras do CPC.
A intervenção de terceiro pode ser de duas espécies, provocada ou espontânea.
São tratadas como provocadas a denunciação da lide, o chamamento ao processo e a nomeação à autoria.
São tratadas como espontâneas a assistência, oposição e embargos de terceiro.
ASSISTÊNCIA ARTS. 50 a 55 CPC
Pode ocorrer em qualquer procedimento, e em qualquer fase. O interveniente recebera o processo no estado em que se encontra.
O assistente torna-se sujeito mas não parte no processo, pois visa auxiliar uma das partes.
Pode ser simples ou litisconsorcial. Na simples, art. 50, CPC, o direito é só do assistido. O assistente atua como auxiliar da parte.
A Súmula 82 do TST trata sobre a assistência simples.
No caso do assistente litisconsorcial, conforme artigo 54 do CPC, a sentença influirá na relação entre ele e o adversário do assistido. Exemplo desse assistente encontra-se na Súmula 310, inciso IV, do TST.
OPOSIÇÃO – ART. 56 CPC
Normalmente, não é admitida na Justiça do Trabalho.Trata-se de uma ação incidental, que consta em apenso aos autos principais.
Na sua formulação deve ser observado o artigo 282 do CPC, sendo que não é admitida em execução.
Pode ser formulada contra o autor e contra o réu, ao mesmo tempo, pois o requerente deseja a coisa disputada em juízo.
Exemplo: um dissídio coletivo em que litigam o Banco do Brasil e a CONTEC, sendo esta uma das confederações que representam os bancários do Banco do Brasil. Imagine-se que uma outra confederação, que represente parte dos bancários do Banco do Brasil, deseje intervir nesse dissídio, para assumir a representação em relação à parcela dos empregados do BB. Nesse caso, a oposição parece ser a medida adequada, pois deseja a coisa disputada em juízo, no caso a possibilidade de solução jurisdicional quanto a conflitos de interesses entre o Banco e seus empregados.
NOMEAÇÃO À AUTORIA – 62 a 69 CPC
Essa forma de intervenção busca alterar a legitimação passiva ad causam. Com isso, visa substituir o réu, que entende ser parte ilegítima na relação processual.
A nomeação de que tratam os artigos 62 e seguintes do CPC deve ser feita em defesa, sendo cabível apenas no processo de conhecimento.
Exemplo: Pode-se citar o caso em que uma empresa acionou um empregado pelo fato deste ter provocado dano a veículo seu. O empregado, por seu turno, poderia nomear à autoria o seu supervisor, que deu a ordem para que dirigisse o veículo e o acompanhava em atividade da empresa na qual ocorreu o acidente.
DENUNCIAÇÃO DA LIDE – ARTS. 70 a 76 CPC
Não costuma ser aceita na Justiça do Trabalho.
Por meio dessa intervenção, busca-se concentrar em um processo pendências judiciais que se relacionam.
É o caso em que se o denunciante vier a ser condenado, será julgado concomitantemente a denunciação em relação àquele que teria a obrigação de ressarci-lo.
A Orientação Jurisprudencial 227, da SDI-I, que não admitia a utilização da denunciação da lide, foi revogada, o que abre a possibilidade de se debater a aplicação dessa intervenção na Justiça do Trabalho.
Exemplo: Pode ocorrer na relação de empreiteiro, subempreiteiro e empregado. Se empregado acionar o empreiteiro, este poderia denunciar à lide o subempreiteiro, conforme daria margem o art. 455 CLT.
CHAMAMENTO AO PROCESSO – ARTS. 77 a 80 CPC
Essa intervenção também não costuma ser aceita na Justiça do Trabalho.
Costumam as reclamadas invocar o chamamento ao processo, por exemplo, no caso em que um empregado de empresa terceirizada aciona o tomador do serviço diretamente, pleiteando vínculo empregatício. Nesse caso, o tomador costuma formular pleito com base no chamamento ao processo com o objetivo de trazer ao processo a empresa terceirizada, que possui a documentação do reclamante e, em princípio é a que deveria responder pelas obrigações contratuais do reclamante. Encontra suporte no artigo 77, inciso III, do CPC, ao alegar que, no caso exposto, responderiam o tomador e a terceirizada solidariamente, diante fraude alegada pelo autor.
Aliás, se for aceito o chamamento ao processo, poderá sê-lo apenas com base no fundamento do artigo 77, inciso III, do CPC.
Também não pode ser vindicado em execução e dissídio coletivo.
DISSÍDIO INDIVIDUAL E DISSÍDIO COLETIVO. DISTINÇÕES FUNDAMENTAIS. 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA. PETIÇÃO INICIAL. REQUISITOS. COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO
PRÉVIA.
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Antes mesmo de propor a ação trabalhista, faz-se necessário analisar cuidadosamente os fatos narrados pelo cliente.
É fundamental verificar a ocorrência de prescrição, a existência de direito a ser postulado em relação aos fatos em que esteve inserido o demandante, bem como se ele tem condições de apresentar as provas necessárias para fundamentar o acolhimento da pretensão.
Aspecto relevante é esclarecer fatos que o cliente revela eventualmente de forma distorcida. É o que ocorre comumente com a marcação de cartões de ponto. Não é raro uma pessoa dizer que marcava o cartão de ponto quando na realidade marcava parcialmente a jornada neles. Caso isso não seja devidamente esclarecido ao magistrado, ou seja, relatando que marcava parte das horas trabalhadas nos cartões de ponto, o que pressupõem a existência de vício de consentimento, a ação poderá ser julgada improcedente.
Neste e em outros pleitos, caso a demanda seja proposta sem a correta explicitação dos fatos, certamente também será julgada improcedente.
Outra questão relevante é explicar ao cliente as perspectivas de tempo de finalização da ação, que geralmente demora em torno de oito anos, caso sejam utilizados todos os recursos, inclusive na execução, nas ações de procedimento ordinário.
Feitos esses esclarecimentos, passa-se a abordar a ação trabalhista.
NOMENCLATURA
A reclamação trabalhista, como faz referência a CLT em seu artigo 840, ou, ação trabalhista, como propicia a teoria geral do processo, abarca o conflito levado ao judiciário para que seja arbitrado. O conflito passível de solução por esse meio é o individual, pois o coletivo pode resolver-se pela negociação coletiva, pela arbitragem ou pelo dissídio coletivo.
A ação trabalhista faz parte do que a CLT chama de dissídio individual, para distinguir das causas definidas como dissídio coletivo, que é a ação que pode ser instaurada nos TRT (s) ou no TST para a resolução de conflitos de natureza coletiva.
Essa ação tem respaldo constitucional, na forma do artigo 114, que é transcrito a seguir para melhor compreensão da matéria:
"Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
  I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;[1: Foi suspensa por liminar provocada pela ADIN 3395, ‘toda e qualquer interpretação dada ao inciso I do art. 114 da CF, na redação dada pela EC 45/2004, que inclua, na competência da Justiça do Trabalho, a “(...) apreciação ... de causas que ... sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo”;]
  II - as ações que envolvam exercício do direito de greve;[2: Abarca não só os dissídios de greve, mas também os interditos proibitórios.]
  III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
  IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;
  V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;
  VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;
VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;
VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;
IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.
§ 1º ........................................
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.[3: De acordo com a redação anterior, a propositura de dissídio econômico poderia ser de iniciativa isolada de uma das partes envolvidas no conflito coletivo.]
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito."[4: Os dissídios de greve mencionados são de competência exclusiva do MPT.]
Todasas matérias relacionadas à relação de trabalho e não apenas à relação de emprego podem ser tratadas por meio de ação trabalhista.
Os parágrafos 1º, 2º e 3º do mesmo artigo relacionam-se ao dissídio coletivo. É importante salientar que o dissídio coletivo possibilita a criação de normas pelos tribunais do trabalho para a resolução de conflitos coletivos, como aqueles que advém de campanhas salariais.
Aquelas ações propostas pelo sindicato para fazer cumprir normas coletivas ou legais não são considerados dissídios coletivos, embora sejam ações de interesse da coletividade, pois não tem o intuito de provocar o poder normativo dos tribunais do trabalho, ou seja, o poder atribuído aos tribunais do trabalho de criarem normas com o objetivo de resolverem os conflitos e regularem as relações de trabalho.
		Considerando esses pressupostos, pode-se dizer que o dissídio individual abarca todo tipo de ação que não seja o dissídio coletivo, quais sejam, a ação trabalhista (ou reclamação trabalhista), o inquérito para apuração de falta grave, ação de consignação em pagamento, cautelares, ação de cumprimento, monitórias, etc.
		Considera-se ainda como dissídio individual a ação trabalhista plúrima, ou seja, ação que conte com diversos autores em razão de identidade de matéria, tendo em vista autorização do artigo 847 da CLT.
A SUBSIDIARIEDADE DO CPC
		Por força da previsão do artigo 769 da CLT, aplica-se o Código de Processo Civil, subsidiariamente, ao processo do trabalho. Portanto, desde que haja omissão nas normas do processo do trabalho e desde que não seja incompatível com essas normas, o Código de Processo Civil deverá ser aplicado subsidiariamente.
		Exemplo de utilização do CPC é a normatização da ação de consignação em pagamento, das cautelares, da reconvenção, do caso de extinção do processo sem resolução de mérito (art. 267), extinção do processo com resolução de mérito (art. 269), dos requisitos da petição inicial (art. 282), dentre tantos outros.
		Muito se debate acerca da correção de entendimentos de Juízes do Trabalho em utilizarem reiteradamente o CPC, quando da ausência de normatização específica no processo do trabalho, em detrimento da interpretação sistemática das normas e princípios do processo do trabalho. 
Mas, efetivamente, em decorrência de consistente entendimento jurisprudencial, constata-se que o CPC é amplamente utilizado, somente não se aplicando quando claramente exista norma prevista na CLT, em normativos da Justiça do Trabalho e em Regimentos dos Tribunais do Trabalho.
		Por isso, embora o artigo 840 da CLT estabeleça os requisitos para a elaboração da petição inicial, eles deverão ser complementados pelo disposto no CPC.[5: Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. § 1º- Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. § 2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou chefe de secretaria, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior.]
Como a Justiça do Trabalho exige a exposição dos fundamentos legais, que proporcionam a adequada abordagem da causa de pedir, faz-se necessário utilizar-se do CPC, notoriamente do disposto no artigo 282.
Outro aspecto importante a ser considerado diz respeito ao procedimento da ação, se sumário, sumaríssimo ou ordinário. Caso a causa se enquadre como procedimento sumário (até dois salários mínimos), bem como se no sumaríssimo (até 40 salários mínimos), os pedidos deverão ser liquidados, sob pena de extinção da ação.[6: Conforme lei 5584/70, art. 2º.]
É o que prevê o artigo 852-B, da CLT, em relação ao sumaríssimo:	
“Art. 852-B -Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: 
I- o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente; (...)
§ 1º- O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste Art. importará no arquivamento da reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa. (...)”
Como foi exposto, no processo do trabalho existem diversos procedimentos que dão parâmetros para a exordial, que devem, necessariamente, ser observados. Nos aspectos em que a CLT não estabeleça os parâmetros, deve-se considerar o CPC.
Caso a inicial não observe esses parâmetros, poderá ser indeferida e extinta, conforme preceitua o artigo 295 do CPC. Mas de modo geral, a Justiça do Trabalho não costuma acolher essa tese, embora a aplique para situações mais acentuadas. É comum o magistrado julgar a ação improcedente caso não compreenda algum item da causa ou do pedido quando do julgamento da causa, mesmo não tendo concedido oportunidade para emenda à exordial. Isso se deve ao fato de que muitas questões não são percebidas pelo autor ou pelo magistrado antes de ser oferecida a defesa pelo réu. A responsabilidade principal pelo melhor esclarecimento da petição inicial é do autor, motivo pelo qual essa preocupação reforça a necessidade de se garantir todos os requisitos da inicial, tal como preconizado pela C	LT e CPC.
	Outra questão importante diz respeito ao aditamento à exordial, que poderá ser formalizada até a citação do réu, conforme preceituam os artigos 264 e 294 do CPC. Afora essa hipótese, como aponta o artigo 264, somente será possível o aditamento com a concordância do réu.
DA DISTRIBUIÇÃO DA AÇÃO TRABALHISTA
		A distribuições das ações é um ato praticado pelo judiciário com o intuito de converter a controvérsia em processo, bem como proporcionar a divisão de atividades entre os magistrados e evitar que o autor escolha de antemão o julgador da causa.
		A distribuição deverá sempre ocorrer para uma das Varas da Justiça do Trabalho, podendo, no entanto, ser distribuída a uma Vara Cível, se lei específica assim estipular, conforme previsão na Emenda Constitucional 45: ”Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho."
		Os TRT(s) podem estipular procedimentos diferenciados para a distribuição das ações, mas os princípios acima expostos devem ser respeitados. Na distribuição, deve ser observado a “ordem rigorosa de sua apresentação ao distribuidor, quando o houver” (art. 783, da CLT). 
		Os dados das ações distribuídas deverão ser “registradas em livro próprio, rubricado em todas as folhas pela autoridade a que estiver subordinado o distribuidor”(art. 784, da CLT). No comprovante da distribuição realizada, que poderá ser a própria cópia da petição inicial protocolada, constarão os elementos essenciais, como o nome das partes, a data da distribuição, a Vara. Na Comarca de São Paulo, por exemplo, o autor sairá do distribuidor ciente da data da audiência, a Vara, o Horário em que se realizará a audiência.
		Quanto à reclamação verbal, o artigo 786 disciplina que ela “será distribuída antes de sua redução a termo”. O parágrafo único disciplina, ainda, que “Distribuída a reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo motivo de força maior, apresentar-se no prazo de 5 (cinco) dias, ao cartório ou à secretaria, para reduzi-la a termo, sob a pena estabelecida no art. 731”.
		Independentemente do procedimento da ação a ser distribuída, a petição inicial deverá ser apresentada em duas vias e ser acompanhada dos documentos que o autor entender necessários à fundamentação das alegações(art. 787, CLT).
MODELO ESQUEMÁTICO DE UMA AÇÃO TRABALHISTA
Para elaborar uma ação ou recurso no processo do trabalho é importante discernir, no caso em que se esteja analisando, o nome da ação, o juízo ao qual deve ser dirigido, o objeto da medida, o fundamento e o pedido.
		De modo geral, em uma ação trabalhista, as partes que devem compô-la são as seguintes:
DEDICATÓRIA
EXCELENTÍSSIMOSENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO
ESPAÇO
PREÂMBULO
NOME AUTOR, nacionalidade, estado civil, profissão, data de nascimento, nome da mãe, portador da carteira de identidade nº XXXXX, do CPF nº XXXXXX e da CTPS nº XXXX Série XXXX-SP, residente e domiciliado à rua XXXXXXXX, nº XXX, Bairro XXXXXXX, São Paulo, Capital, CEP XXX-XX, representado por seu advogado infra-assinado, que deverá receber as intimações no endereço à Rua XXXXXXXXXXXXX, vem à presença de V. Excia propor RECLAMAÇÃO TRABALHISTA ( Rito Ordinário) em face de NOME DO RÉU, CNPJ XXXXXXXXXXXXX, situada na Rua XXXXXXXXX, São Paulo, Capital, CEP XXXXX-XXX, pelas razões que a seguir passa a expor:
CORPO
O reclamante foi contratado pela Reclamada em XX/XX/XXXX e demitido sem justa causa em XX/XX/XXXX, com indenização do aviso prévio.
Recebeu como última remuneração o valor de R$XXX,XX.
EXPOSIÇÃO DOS FATOS E FUNDAMENTOS POR PLEITO 
EXEMPLO: O reclamante desenvolveu a função de auxiliar administrativo a partir da admissão até 14.3.2003, sendo que a partir de 15.3.2003 passou a desenvolver a função de assistente administrativo, mas continuando a receber o mesmo salário de R$600,00.
Ocorre que o Sr. Carlos passou a desenvolver essa mesma função a partir de 8/2003, mas passou a ganhar em torno de R$900,00 por mês.
Em razão de desenvolverem a mesma função a partir de 8/2003, o reclamante deseja pleitear equiparação ao paradigma, Sr. Carlos.
Espera que seja deferida a equiparação do reclamante ao paradigma a partir de 8/2003, determinando o pagamento das diferenças salariais, tendo em vista a previsão do artigo 461 da CLT, bem como que sejam deferidos reflexos em férias acrescidas de 1/3, 13º salário e 8% de FGTS, inclusive em verbas rescisórias, como aviso prévio indenizado, 13° e férias acrescidas de 1/3, FGTS e 40%.
Requer que seja a reclamada intimada a juntar os comprovantes de pagamento do paradigma aos autos a partir de 8/2003, sob pena dos efeitos do artigo 359 do CPC.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
PEDIDOS
Diante do exposto, REQUER:
a)equiparação salarial do reclamante ao paradigma a partir de 8/2003;
b)reflexos das diferenças salariais em férias acrescidas de 1/3, 13º salário e 8% de FGTS, inclusive em verbas rescisórias, como aviso prévio indenizado, 13° e férias acrescidas de 1/3, FGTS e 40%.
CLÁUSULAS SALUTARES
Todos os pedidos serão objeto de apuração em liquidação de sentença, os quais deverão ser acrescidos de correção monetária e juros sobre o capital corrigido na forma da legislação em vigor. 
Requer a citação do Reclamado para, querendo, vir responder aos termos da presente, no prazo legal, sob pena de incorrer nos efeitos da revelia e pena de confissão.
Requer que a presente reclamação trabalhista seja julgada PROCEDENTE, com a condenação do reclamado nos pedidos formulados acima, custas e demais cominações legais. 
 Requer que sejam os fatos provados por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do Reclamado, desde já requerido, bem como pela oitiva de testemunhas, prova pericial e documental.
Dá-se à causa, o valor de R$XXXXXX.
Pede Deferimento.
São Paulo, __ de _____ de _______ .
ASSINATURA
NOME DO ADVOGADO
OAB/SP
AÇÃO TRABALHISTA PODE SER FORMULADA:
►PELOS SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO, AVULSOS, PESSAOALMENTE OU POR REPRESENTANTE;
			 ►SINDICATOS EM NOME DA CATEGORIA
			 ►MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
►AUTÔNOMOS, EVENTUAIS, VOLUNTÁRIOS, ESTAGIÁRIOS E SEUS CONTRATANTES
►UNIÃO NAS CAUSAS EM QUE DESEJA COBRAR MULTAS APLICADAS AOS EMPREGADORES PELA DRT
 ►SINDICATOS NAS AÇÕES CONTRA OUTROS SINDICATOS OU ENVOLVENDO SEUS REPRESENTADOS E FILIADOS
 
PETIÇÃO VERBAL – VÁLIDA PARA TODAS AS SITUAÇÕES, À EXCEÇÃO DE LIDES SOBRE REPRESENTAÇÃO SINDICAL, MS, HABEAS CORPUS, HABEAS DATA, RELATIVAS ÀS PENALIDADES ADMINISTRATIVAS APLICADAS PELA DRT , TENDO EM VISTA QUE ESTAS TRATAM DE MATÉRIA TÉCNICA. E POR ESSE CARÁTER, DEVEM SER SUBSCRITAS POR ADVOGADO.
PRINCÍPIO DA SIMPLICIDADE DAS FORMAS (SIMPLIFICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS)► QUE INTEGRA O PROCESSO DO TRABALHO E PROCESSO CIVIL
DISSÍDIO COLETIVO (856 CLT) E INQUÉRITO (853 CLT) ► PETIÇÃO DEVE SER ESCRITA
NOTIFICAÇÕES – VALIDADE – SE NÃO FOR INFORMADO NOVO ENDEREÇO, VALE A REALIZADA – ART. 238 CPC + 852-B, § 2º, CLT
ADITAMENTO – APÓS CITAÇÃO – SOMENTE COM CORCORDÂNCIA DO RECLAMADO – 294 CPC
EMENDA À INICIAL – 284 CPC – CASO EM QUE GERARÁ O INDEFERIMENTO DA PEÇA. CASO NÃO SEJAM OBSERVADOS OS ARTIGOS 282 E 283 DO CPC, PODE SER DETERMINADA A EMENDA.
OBS.: NÃO É POSSÍVEL NO SUMARÍSSIMO – 852-B, § 1º, CLT.
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA – 273 DO CPC – ANTECIPAÇÃO TOTAL OU PARCIALMENTE DOS EFEITOS DA TUTELA PLEITEADA, DESDE QUE HAJA PROVA INEQUÍVOCA DA VEROSSIMILHANÇA + RECEIO DE DANO IRREPARÁVEL OU DIFÍCIL REPARAÇÃO + FIQUE CARACTERIZADO O ABUSOD E DIREITO DE DEFESA OU O MANIFESTO PROPÓSITO PROTELATÓRIO DO RÉU.APLICA-SE SUBSIDIARIAMENTE AO PROCESSO DO TRABALHO – 769 CLT.
ART. 659, XI e X CLT CONFEREM POSSIBILIDADE DE LIMINAR (TRANSFERÊNCIA E REINTEGRAÇÃO DE DIRIGENTE SINDICAL) 
COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA - SUBMISSÃO DA CONTROVÉRSIA TRABALHISTA AO SEU EXAME. As Comissões de Conciliação Prévia constituem apenas mais um meio de solução extrajudicial de conflitos, pelo que a submissão da controvérsia trabalhista ao seu exame não consubstancia pressuposto ou condição da ação (Súmula nº 2 do E. TRT de 2ª Região). A finalidade da Lei nº 9.958/00 foi a de fazer com que o trabalhador receba mais depressa, mediante eventual transação firmada perante a CCP, as verbas que entenda devidas, e não a de servir de óbice ao exercício do direito constitucional de ação (art. 5º, XXXV, da CF/88). Recurso patronal a que se nega provimento, no aspectoTIPO:  RECURSO ORDINÁRIO, DATA DE JULGAMENTO: 05/10/2010, RELATOR(A): ANELIA LI CHUM, REVISOR(A): JOSÉ RUFFOLO , ACÓRDÃO Nº:  , 20101008079 , PROCESSO Nº: 01202-2008-383-02-00-5        ANO: 2009          TURMA: 5ª , DATA DE PUBLICAÇÃO: 15/10/2010 
 
PROCEDIMENTOS (RITOS): 
	PROCEDIMENTO
	VALOR
	Nº
TEST.
	ADIAMENTO
AUDIÊNCIA
UNA
	PEDIDOS CERTO-DETERMINADO COM VALOR
	RÉPLICA
EM AUDIÊNCIA
OU PETIÇÃO
	CITAÇÃO POR EDITAL
	PRAZO JULGAMENTO
	SENTENÇA
COM
R-F-D
	SUMÁRIO L.5584/70
	ATÉ
2 SM
	3
	AUSÊNCIA TEST.
	EXIGIDO
	AUDIÊNCIA
	SIM
	NÃO HÁ
	R-F-D
	SUMARÍS
SIMO
852-A-852-I
	ATÉ
40 SM
	2
	AUSÊNCIA TEST. NOTIFICADA
	EXIGIDO
	AUDIÊNCIA
	NÃO
	15 DIAS DO AJUIZAMENTO OU 30 DIAS NO CASO DE ADIAMENTO
	 F-D
	ORDI
NÁRIO
	ACIMA
DE 40 SM
	3
	AUSÊNCIA TEST.
	SEMPRE QUE POSSÍVEL
	DEPENDE
DO JUIZ
	SIM
	NÃO HÁ
	R-F-D
	ESPE
CIAL
	INDEPEN
DE
	3
	AUSÊNCIA TEST.
	SEMPRE QUE POSSÍVEL
	DEPENDE
DO JUIZ
	SIM
	NÃO HÁ
	R-F-D
	OBS
	
	6 (inquérito)

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