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Pós graduação em Direito do Trabalho e Previdenciário PUCMG 2020 - MÓDULO 07 MÓDULO 07 - DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO II OBJETIVO GERAL: Identificar os princípios gerais, institutos e normas que informam e disciplinam a formação das decisões, dos meios de impugnação destas decisões, especialmente os recursos, e como obter o cumprimento das decisões na fase executiva. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Proporcionar aos alunos o conhecimento teórico e prático do Direito Processual do Trabalho, levando-os a compreender a abrangência e a aplicabilidade desse ramo do direito no contexto da sociedade contemporânea; Aprimorar técnicas de hermenêutica processual diante das alterações normativas que impactaram o processo do trabalho, especialmente o Código de Processo Civil de 2015 e a Lei 13.467/17 (Reforma Trabalhista); Analisar as diretrizes pautadas pelo TST por meio de Instruções Normativas que sinalizam a interpretação jurisprudencial aplicável em matéria de processo. MÉTODOS: Em cada unidade você encontrará materiais didáticos específicos sobre os conteúdos a serem estudados, tais como as videoaulas e os textos. Após assistir e ler os conteúdos atentamente e participar dos Fóruns de Discussão, você possuirá aptidão teórica e técnica para formular as conclusões parciais acerca de cada tópico eleito como “questão-problema” pulverizados em cada Unidade de Ensino. Ademais, insta frisar a importância do ambiente coletivo de discussão, a fim de que o compartilhamento de idéias direcione o aprendizado. Ressalte-se ainda, que a referida metodologia fomenta a relação dialógica sujeito-aprendizado, fazendo com que o aluno participe ativamente da formação do conhecimento. Assim, o aluno será conduzido através do binômio ensino-aprendizagem de modo a articular os conteúdos apreendidos com suas habilidades e implementações práticas. Para tanto, utilizar-se-á dos seguintes recursos metodológicos: a) Estudo dos materiais disponibilizados no AVA. b) Atividades objetivas. c) Atividade subjetiva de aprofundamento temático. d) Debates no ambiente denominado “Fórum de Discussão” e) Videoaulas. EMENTA: Teoria geral dos Recursos. Recursos em Espécie. Ações Autônomas de Impugnação. Processo de Execução Trabalhista. UNIDADES DE ENSINO/CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: UNIDADE 1: 1. Teoria geral dos recursos 1.1 - Princípios recursais 1.2 - Efeitos recursais 1.3 - Juízo de Admissibilidade Recursal - pressupostos intrínsecos 1.4 - Juízo de Admissibilidade Recursal - pressupostos extrínsecos. UNIDADE 2: 2. Recursos em Espécie 2.1 - Embargos de declaração 2.2 - Agravo de instrumento 2.3 - Recurso ordinário 2.4 - Recurso adesivo. UNIDADE 3: 3. Recursos em Espécie e Ações Autônomas de Impugnação 3.1 - Recurso de Revista 3.2 - Agravo de Petição 3.3 - Ação Rescisória. UNIDADE 4: 4. Execução Trabalhista 4.1 - Execução Trabalhista (Aspectos Gerais) 4.2 - Princípios da Execução Trabalhista 4.3 - Títulos Executivos Judiciais e Extrajudiciais 4.4 - Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica. BIBLIOGRAFIA Bibliografia Básica: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do trabalho. 17. São Paulo Saraiva 2018 1 recurso online ISBN 9788553609758. PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Curso de direito processual do trabalho. 2. São Paulo Saraiva 2019 1 recurso online ISBN 9788553616213. SANTOS, Enoque Ribeiro dos. Curso de direito processual do trabalho. 4. Rio de Janeiro Atlas 2020 1 recurso online ISBN 9788597025040. Bibliografia Complementar: CLT interpretada artigo por artigo, parágrafo por parágrafo. 11. São Paulo Manole 2020 1 recurso online ISBN 9788520464397. JORGE NETO, Francisco Ferreira. Direito processual do trabalho. 8. Rio de Janeiro Atlas 2018 1 recurso online ISBN 9788597019162. PEREIRA, Leone. Manual de processo do trabalho. 6. São Paulo Saraiva 2018 1 recurso online ISBN 9788553610594. STRECK, Lenio Luiz; NUNES, Dierle José Coelho; CUNHA, Leonardo José Carneiro da (Org.). Comentários ao Código de Processo Civil. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. E-book ISBN 9788547220471. ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito processual do trabalho esquematizado. São Paulo Saraiva 2019 1 recurso online (Esquematizado). ISBN 9788553612239. UNIDADE 01: TEORIA GERAL DOS RECURSOS ORIENTAÇÕES DE ESTUDO: Olá! Nesta Unidade 01 abordar-se-á os aspectos relevantes da teoria geral dos recursos trabalhistas. Considerando a densidade temática, aprofundar-se-á em alguns pontos polêmicos, principalmente no tocante às influências da Codificação Processual Civil Reformada e ao tratamento conferido pelo TST, em matéria recursal, após o CPC/15. Dentre outras questões serão discutidos os aspectos principiológicos, os efeitos recursais e os pressupostos intrínsecos e extrínsecos de admissibilidade recursal. Importante consignar os avanços da legislação adjetiva civil com relação ao princípio da primazia do mérito e ao esforço em coibir a jurisprudência defensiva, temas de suma relevância no cenário trabalhista. OBJETIVOS DA UNIDADE: Com este intuito, em termos específicos, apontam-se os seguintes objetivos: Aprimorar técnicas de hermenêutica processual; Contextualizar a teoria geral dos recursos ante a nova codificação processual civil; Analisar os princípios que informam os recursos no processo do trabalho; Verificar os efeitos que podem ser atribuídos aos recursos no processo do trabalho; Pontuar os pressupostos intrínsecos e extrínsecos de admissibilidade recursal. TEMÁTICAS DA UNIDADE: Você estudará as seguintes temáticas na Unidade 01: 1. Teoria Geral dos Recursos; 1.1 Princípios recursais; 1.2 Efeitos recursais; 1.3 Pressupostos intrínsecos de admissibilidade recursal; 1.4 Pressupostos extrínsecos de admissibilidade recursal. Para melhor absorção do conteúdo, o aluno deverá se valer do seguinte roteiro de aula: 1.Assistir a videoaula "Princípios Recursais", acompanhando com a respectiva nota de aula. O texto de apoio sobre a referida temática encontra-se disponível no material complementar, intitulado "Princípio da dialeticidade como pressuposto objetivo de admissibilidade do Recurso Ordinário Trabalhista". Após, o aluno poderá verificar seus conhecimentos por meio da resolução da questão 01 e 02, da atividade objetiva (1). 2. Assistir a videoaula "Efeitos Recursais", acompanhando com a respectiva nota de aula. O texto de apoio sobre a referida temática encontra-se disponível no material complementar, intitulado "Os recursos no novo CPC e reflexos no processo do trabalho". Após, o aluno poderá verificar seus conhecimentos por meio da resolução das questões 03, da atividade objetiva (1). 3. Assistir a videoaula "Pressupostos intrínsecos de admissibilidade recursal", acompanhando com a respectiva nota de aula. O texto de apoio sobre a referida temática encontra-se disponível no material complementar, intitulado "Os recursos no novo CPC e reflexos no processo do trabalho". Após, o aluno poderá verificar seus conhecimentos por meio da resolução da questão 04, da atividade objetiva (1). 4. Assistir a videoaula "Pressupostos extrínsecos de admissibilidade recursal", acompanhando com a respectiva nota de aula. O texto de apoio sobre a referida temática encontra-se disponível no material complementar, intitulado "A deserção do recurso ordinário pela ilegibilidade das guias recursais no sistema de peticionamento eletrônico à luz do novo Código de Processo Civil". Após, o aluno poderá verificar seus conhecimentos por meio da resolução da questão 05, da atividade objetiva (1). AULA 01: PRINCÍPIOS RECURSAIS princípio da taxatividade: o artigo 22 da CF é claro ao dizer que é competência privativa da União legislar sobre matéria de processo, no campo trabalhista está no rol do art 893 da CLT e alguns recursos dispostos no CPC · pode ter agravo de instrumento, agravo de petição, recurso adesivo princípio da irrecorribilidade imediata os interlocutórios: sum 214 TST tem exceções ao princípio, ou seja, cabe recurso de imediato; Por interpretação lógica, apesar da alínea C do §1º, art 893 da CLT fale apenas de incompetência relativa (p outro trt), é interpretação lógica,conforme slide 10, também ser entendido como exceção nos casos de incompetência absoluta (remete para outra justiça) Na justiça trabalhista o princípio da fungibilidade recursal é mais flexibilizado - principalmente pelos princípios da simplicidade e jus postulandi - do que no CPC, que exige, p ex, somente o erro ou dúvida de caráter objetivo que vai gerar a aplicação do princípio Princípio da dialeticidade: sum 422 e 425 do TST - a diferença da exigência da fundamentação é pelo fato da diferença da matéria de direito - como a apresentada nos recursos ao tst e, por isso, necessário a constituição de um patrono - e as matérias de fato, q vide o jus postulandi das partes. PERGUNTAS E RESPOSTAS NO VÍDEO: 1. Com relação ao caso de decisão que acolhe a incompetência absoluta, a problemática só tem lugar para quem não a encara como terminativa do feito, não é mesmo? Nesta decisão há o acolhimento da incompetência pela pessoa ou matéria, retirando da competência da Justiça do Trabalho o prosseguimento desta ação. Para a Justiça do Trabalho, esta decisão é definitiva, pois finda a competência desta. As decisões com conteúdo definitivo, pondo termo ao processo, estão ressalvadas no parágrafo 1º do artigo 893 da CLT (“admitindo-se a apreciação das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva”), assim como no parágrafo 2° do artigo 799 da CLT que trata dos recursos das decisões que acolhem a exceção (“salvo, quanto a estas, se terminativas do feito). Há ressalvas garantindo que há recurso de tais decisões, então não haveria qualquer duvida sobre a recorribilidade: RECURSO ORDINÁRIO. DECISÃO QUE ACOLHE EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA MATERIAL. CARÁTER TERMINATIVO. CABIMENTO Consoante o § 2º do art. 799 da CLT, a decisão que acolhe a exceção de incompetência material admite a interposição de recurso ordinário porque ela é terminativa do feito, na medida em que encerra a sua tramitação no âmbito desta Justiça do Trabalho. (TRT-12 - RO: 00033020920125120050 SC 0003302-09.2012.5.12.0050, Relator: MARIA DE LOURDES LEIRIA, SECRETARIA DA 3A TURMA, Data de Publicação: 28/05/2014) RESPOSTA: Bom dia Helga, tudo bem? Primeiramente, se formos avaliar o conceito processual de decisão terminativa e definitiva de feitos, concluiremos que a principal diferença entre elas é o apreço ou não do mérito. Partindo desta premissa, tem-se que tanto a decisão que extingue o feito por reconhecimento da incompetência relativa ou absoluta seriam terminativas, pois o mérito não foi enfrentado. Na tentativa de regulamentar o artigo 799, § 2º da CLT, o TST editou a Súmula 214 que restringe o cabimento de recurso imediato em casos de reconhecimento de incompetência relativa, admitindo tão somente nas hipóteses em que o feito for remetido para TRT distinto, pelo caberá recurso ordinário para o TRT cuja Vara do Trabalho de origem esteja subordinada. A questão aludida em aula a título de problematização, tomando por base o entendimento do Prof. Carlos Henrique Bezerra Leite, e que se coaduna com o julgado que você colacionou, é justamente no sentido de conferir uma interpretação ampliativa ao inciso III da Súmula 214 do TST, para que também seja possível o manejo de recurso ordinário quando a decisão extingue o feito na Justiça do Trabalho e remete para a Justiça Comum, por exemplo. Particularmente, coaduno da referida interpretação, uma vez que, a irrecorribilidade imediata de uma decisão desta natureza poderia acarretar um grande prejuízo processual, pois, se o feito for remetido para a Justiça Comum, que processará e julgará o mérito, e a parte, ainda irresignada suscitar a questão da incompetência absoluta (que poder ser arguida a qualquer tempo e em qualquer grau de jurisdição) em sede de apelação e houver o reconhecimento por parte do Tribunal de Justiça, nesse caso, os autos retornariam para a Justiça do Trabalho, mas apenas após tramitar (indevidamente) em outro juízo durante todo o primeiro grau de jurisdição, o que iria de encontro com os próprios princípios que regem o processo do trabalho, como a duração razoável do processo e a primazia do mérito. Agradeço mais uma vez a interlocução. Abraços, Profa. Priscila. PERGUNTA NO MESMO TÓPICO: Professora, obrigada e desculpe. Confundi, porque no processo civil, a decisão interlocutória que acolhe a incompetencia relativa é atacada via agravo e não recurso ordinário. Aí confundi os conceitos de decisão definitiva / terminativa. Até porque, difere a sistemática de defesa entre o processo do trabalho e civil, com relação às incompetências (exceção/contestação). Como no processo civil a decisão que acolhe incompetência relativa não coloca termo ao processo, é atacada via agravo, ainda que não conste no artigo 1015 do CPC, me confundi mesmo, completamente, e peço desculpas. (https://draflaviaortega.jusbrasil.com.br/noticias/556271991/stj-decide-e-cabivel-agravo-de-instrumento-contra-decisao-relacionada-a-definicao-de-competencia) RESPOSTA DA PROFA: Não precisa se desculpar. Na verdade, após tantas aproximações entre o processo civil e o processo do trabalho, é comum termos dúvidas em relação aos pontos de distanciamento. Principalmente após o CPC/15 que permite a arguição da incompetência relativa em preliminar e não por meio de exceção, reforçando ainda mais o caráter interlocutório da decisão, que de fato é atacável por agravo. Continuo sempre à disposição. Abraços, Profa. Priscila. 2. Boa tarde, professora! Havendo sucumbência recíproca, como aplica-se o princípio da vedação da reformatio in pejus? É por meio de ponderação? Desde já, agradeço a resposta! RESPOSTA: Boa noite Rita, me perdoe se talvez eu não compreendi bem seu questionamento. Caso não fique claro, continuarei à disposição. A sucumbência recíproca, no processo do trabalho, será devida apenas com relação aos honorários e não as custas. Nesse caso, o cálculo será realizado por arbitramento, no liminar de 5% a 15%, tendo como parâmetro o (s) pedido (s) do reclamante que não foram providos. Para tanto, estamos considerando a decisão transitada em julgado. Agora, caso haja recurso, e outros pedidos do reclamante venham a sucumbir, teremos outra "base de cálculo" para os honorários, o que não fere a vedação da reformatio in pejus por ser decorrência indireta do apreço do mérito. Abraços, Profa. Priscila. PERGUNTA NO MESMO TÓPICO: Olá, professora. Peço perdão se não fui clara. Vou reformular: O princípio da Vedação da reformado in pejus; aduz que o tribunal não pode piorar a situação do recorrente, não é? Mas no caso de sucumbência recíproca, em que ambas as partes podem recorrer; ao decidir, o tribunal vai acabar "prejudicando" uma das partes não é? O que quero saber, é como o tribunal age em situações assim. Espero que tenha sido mais clara. Desde já, obrigada. RESPOSTA2: Boa tarde Rita, tudo bem? Agora entendi. Quando há sucumbência recíproca e ambas as partes recorrerem, será devolvida amplamente a matéria, nos limites dos capítulos recorridos (efeito devolutivo em profundidade). Assim, não haverá que se falar que o princípio da vedação da reformatio in pejus foi ferido. Agora, caso apenas uma parte recorra, e a outra, mesmo podendo fazê-lo não o faz, podemos considerar que houve a formação progressiva da coisa julgada, ou seja, naqueles pontos que não foram objeto de recurso o tribunal não poderá adentrar, pois estaria precluso. Por isso, caso apenas um recorrente maneje o recurso a decisão apenas poderá ser mantida ou melhorada. Exceto nas hipóteses de efeito translativo, por serem questões passíveis de conhecimento "ex officio". Continuo à disposição. Abraços, Profa. Priscila. AULA 02: EFEITOS RECURSAIS Existe efeito devolutivo horizontal (por extensão - seria a extensão dos pontos que escolha para recorrer) e vertical (por profundidade - dos pontos recorridos vão dar margem para que o tribunal possa aprofundar bem) possuem uma relação direta pois se você impugnar o capítulo de dano moral, dos honorários e dano material, as matérias que não foram impugnadas precluem, ou seja, o tribunal não vai poder apreciarpara reformar. · esses dois efeitos devolutivos da esfera cível é admitido na esfera trabalhista em âmbito de RO slide 8: aplicação da teoria da causa madura no âmbito do processo do trabalho efeito substitutivo: precisamos verificar duas situações - a. tenho a possibilidade de recorrer do erro in judicando, que é quando há um erro de aplicação da lei material e aí eu obtenho por meio do meu recurso a reforma da decisão. b. posso recorrer do erro in procedendo, ou seja, eu tive um erro na aplicação do procedimento, portanto, nesse caso eu busco a anulação da decisão. PERGUNTAS E RESPOSTAS NO VÍDEO: 1. Poderia explicar de forma clara e sucinta o conceito de efeito devolutivo em profundidade? RESPOSTA: Bom dia Jheymer, O efeito devolutivo em profundidade está previsto no § 1º do artigo 1.013 do CPC, o qual preleciona: "§ 1º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado". Desse modo, ele é um desdobramento do efeito devolutivo em extensão, pois se refere à amplitude de devolver ao tribunal "profundamente" todo o conhecimento da matéria relativa ao capítulo impugnado. Assim, o efeito devolutivo em profundidade permite que o Tribunal analise amplamente todos os fatos, fundamentos jurídicos, provas e decisões, desde a peça inaugural até o recurso, promovendo assim a ampla devolutividade, mas lembre-se, apenas com relação ao capítulo questionado. Continuo à disposição. Profa. Priscila. 2. Boa noite! tutela recursal e efeitos suspensivos no recurso é a mesma coisa? RESPOSTA: Boa tarde Fernanda, tudo bem? Não sei se quando você se refere a tutela recursal estaria se referindo à antecipação de tutela recursal. Se sim, as expressões não são sinônimas, mas possuem correlação, no seguinte sentido. Quando a lei não determina de plano o efeito suspensivo (ope legis) este pode ser deferido mediante análise de algumas circunstâncias (ope judicis). Conforme dispõe o § único do art. 995 do CPC, "Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso". Veja que os requisitos para análise do efeito suspensivo são justamente os mesmos para o deferimento da antecipação de tutela recursal, ou seja, se o relator do recurso perceber que existe grandes chances de provimento do recurso, de modo fundamentado poderá suspender os efeitos da decisão recorrida. Espero ter esclarecido e continuo à disposição.Abraços, Profa, Priscila. AULA 03: PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL São chamados assim pois intrínsecos a própria decisão ou que se extrai dos próprios autos. PERGUNTAS NOS COMENTÁRIOS DO VÍDEO: 1. Não entendi a diferença entre renúncia e desistência. RESPOSTA: Bom dia Jheymer, A renúncia significa deixar de praticar um ato processual que ainda não foi iniciado. No caso de recursos, por exemplo, é muito comum renunciar o prazo recursal nas hipóteses de acordo. Já a desistência se refere a retroceder em um ato já iniciado, por exemplo, a parte interpôs recurso ordinário e desistiu do mesmo ao longo de sua tramitação. AULA 04: PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL PERGUNTAS E RESPOSTAS: 1. O que seria jurisprudência defensiva ? RESPOSTA: A jurisprudência defensiva é uma técnica interpretativa utilizada pelos tribunais para endurecer o tratamento conferido aos aspectos formais, notadamente no caso dos recursos, em detrimento dos aspectos materiais. O CPC, ao contemplar o princípio da primazia do mérito, estabeleceu em vários de seus dispositivos mecanismos para coibir tal tipo de interpretação. Um exemplo na esfera laboral se dava pela antiga redação da OJ 140 da SDI-1 do TST que estatuía o seguinte: "Ocorre deserção do recurso pelo recolhimento insuficiente das custas e do depósito recursal, ainda que a diferença em relação ao "quantum" devido seja ínfima, referente a centavos". Veja que a referida OJ foi adequada por ocasião do Novo CPC e agora contempla: "140. DEPÓSITO RECURSAL E CUSTAS PROCESSUAIS. RECOLHIMENTO INSUFICIENTE. DESERÇÃO. (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 217/2017 - DEJT divulgado em 20, 24 e25.04.2017 Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou do depósito recursal, somente haverá deserção do recurso se, concedido o prazo de 5 (cinco) dias previsto no § 2º do art. 1.007 do CPC de 2015, o recorrente não complementar e comprovar o valor devido". Esta "segunda" chance para corrigir um vício sanável é um nítido exemplo de como a jurisprudência defensiva não tem mais lugar no plano interpretivo, não devendo os tribunais, portanto, "dificultar" a subida de recursos, mas sim privilegiar a resolução do mérito recursal. Espero ter sanado sua dúvida! Continuo à disposição. Abraços, Profa. Priscila. 2. Nesses cinco dias, ao invés de realizar o preparo ou sua complementação, a parte pode juntar documento demonstrando sua insuficiência de recursos e requerer os benefícios da gratuidade de justiça? RESPOSTA: Boa tarde Fernanda, tudo bem? O requerimento de Justiça Gratuita deverá ser formulado no prazo alusivo ao recurso e não no prazo que o legislador concedeu para complementar o preparo. Veja o que dispõe a OJ 269 da SDI-1 neste sentido: "269. JUSTIÇA GRATUITA. REQUERIMENTO DE ISENÇÃO DE DESPESAS PROCESSUAIS. MOMENTO OPORTUNO (inserido item II em decorrência do CPC de 2015) - Res. 219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 – republicada - DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017 I - O benefício da justiça gratuita pode ser requerido em qualquer tempo ou grau de jurisdição, desde que, na fase recursal, seja o requerimento formulado no prazo alusivo ao recurso; II – Indeferido o requerimento de justiça gratuita formulado na fase recursal, cumpre ao relator fixar prazo para que o recorrente efetue o preparo (art. 99, § 7º, do CPC de 2015)". Espero ter esclarecido e continuo à disposição. Abraços, Profa. Priscila 3. Boa tarde Professora!!! Em caso de sentença de primeiro grau que reconhece a responsabilidade subsidiária de segunda acionada, como fica o depósito recursal, apenas a primeira reclamada faz o depósito recursal na sua integralidade. Obrigada RESPOSTA: Boa tarde Venuza, tudo bem? Segundo o inciso III da Súmula 128 do TST, apenas a responsabilidade solidária gera o aproveitamento automático do depósito recursal. A jurisprudência tem considerado, inclusive, que quando a empresa condenada subsidiariamente pleiteia sua exclusão da lide, o depósito realizado pela devedora principal não se aproveitaria. No entanto, a SDI-1 do TST já decidiu no sentido de aplicar a referida súmula, por analogia, aos casos de responsabilidade subsidiária, veja: "Para a ministra Calsing, portanto, o depósito recursal realizado pelo devedor principal serve para a empresa condenada subsidiariamente, desde que não haja pedido de exclusão da ação do devedor principal. Do contrário, a procedência dessa pretensão deixaria sem garantia o juízo, tendo em vista o levantamento dos valores. Entretanto, a relatora esclareceu que, na hipótese, há garantia do juízo, satisfeita pelo devedor principal que não requer exclusão da ação, o que justifica a aplicação analógica da súmula". Continuo à disposição. Abraços, Profa. Priscila. INDICAÇÕES DE LEITURA/REFERÊNCIAS: E, para melhor acompanhamento e aprofundando das discussões, sugerimos que você promova a leitura dos seguintes artigos, disponíveis para livre consulta na internet: BITARÃES, Ana Cecília de Oliveira; SANTOS, Michel Carlos Rocha. DA CONDIÇÃO DA MULHER EM CONTEXTO DE PRECARIZAÇÃO DA MÃO DE OBRA. Artigo publicado na Revista do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT3). Disponível para acesso em https://portal.trt3.jus.br/escola/institucional/revista/revista-99/@@cached-display-file/pdf_version_file/revista-99.pdf?m=2020_02_14_18_39_34 (Links para um site externo.)SCHEIFER, Camila Escorsin; MANDALOZZO, Silvana Souza Netto; CAMPAGNOLLI, Adriana de Fátima Pillatti. A Reforma Trabalhista e Relação de Emprego Doméstico. Disponível no portal eletrônico d**o Tribunal Superior do Trabalho: <https://juslaboris.tst.jus.br/bitstream/handle/20.500.12178/111532/2017_scheifer_camila_reforma_trabalhista.pdf?sequence=1&isAllowed=y (Links para um site externo.) TEODORO, Maria Cecília Máximo. O direito do trabalho da mulher enquanto "teto de vidro" no mercado de trabalho brasileiro. Artigo científico publicado em diversos sites e revistas. Disponível para livre acesso em https://www.migalhas.com.br/depeso/258792/o-direito-do-trabalho-da-mulher-enquanto-teto-de-vidro-no-mercado-de-trabalho-brasileiro GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Manual de direito do trabalho. 9. Rio de Janeiro Método 2016.Recurso online ISBN 9788530972219. E-book. LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito do trabalho. 8. ed. São Paulo, SP: Saraiva, 2017. Recurso online ISBN 9788547216870. E-book. MARTINEZ, Luciano. Curso de direito do trabalho: relações individuais, sindicais e coletivas do trabalho. 9a. Ed. São Paulo Saraiva 2018. recurso online ISBN 9788502638518. SOUZA JÚNIOR, Antonio Humberto de. O novo direito do trabalho doméstico: de acordo com a Lei Complementar n. 150/2015. São Paulo: Saraiva, 2015. UNIDADE 02: RECURSOS EM ESPÉCIE ORIENTAÇÕES DE ESTUDO: Aspectos Relevantes dos Recursos com ênfase na teoria geral. Nesta Unidade 02 abordar-se-á os aspectos relevantes dos recursos trabalhistas, com ênfase nos recursos de embargos de declaração, recurso ordinário, agravo de instrumento e recurso adesivo. Considerando a densidade temática, aprofundar-se-á em alguns pontos polêmicos dos recursos trabalhistas, principalmente no tocante às influências da Codificação Processual Civil Reformada e ao tratamento conferido pelo TST, em matéria recursal, após a Reforma Trabalhista. Mais uma vez, seu comprometimento é de suma importância para o atendimento dos objetivos do Curso, em especial no que se refere à necessária releitura do sistema recursal trabalhista. OBJETIVOS DA UNIDADE: Com este intuito, em termos específicos, apontam-se os seguintes objetivos: Analisar criticamente as reformas do CPC/15 em matéria recursal e sua influência no âmbito do processo do trabalho; Contextualizar o recurso de Embargos de Declaração, com o texto recentemente legislado e em contraponto com as súmulas dos Tribunais Superiores; Interpretar o Recurso Ordinário celestista e sua complementariedade com as regras do Recurso de Apelação no CPC/15. Lastrear os institutos que regem o recurso de Agravo de Instrumento no processo do trabalho, destacando as principais diferenças com o processo civil; Inteirar da interpretação das normas que regulamentam o recurso adesivo e sua aplicabilidade no processo do trabalho. TEMÁTICAS DA UNIDADE: Você estudará as seguintes temáticas na Unidade 02: 2. Recursos em Espécie 2.1 - Embargos de declaração 2.2 - Agravo de instrumento 2.3 - Recurso ordinário 2.4 - Recurso adesivo Para melhor absorção do conteúdo, o aluno deverá se valer do seguinte roteiro de aula: 1. Assistir a videoaula "Embargos de Declaração", acompanhando com a respectiva nota de aula. O texto de apoio sobre a referida temática encontra-se disponível no material complementar, intitulado "Os Embargos de Declaração no novo Código de Processo Civil e na Consolidação das Lei do Trabalho: Elementos para a compreensão das confluências e complementaridades". Após, o aluno poderá verificar seus conhecimentos por meio da resolução da questão 01 e 02, da atividade objetiva (2). 2. Assistir a videoaula "Recurso Ordinário", acompanhando com a respectiva nota de aula. O texto de apoio sobre a referida temática encontra-se disponível no material complementar, intitulado " TST regulamenta processamento de recursos a decisão parcial de mérito". A fim de complementar o referido texto, encontra-se disponibilizado o Ato conjunto TST.CSJT.CGJT nº03/2020 referente à matéria. Após, o aluno poderá verificar seus conhecimentos por meio da resolução da questão 03, da atividade objetiva (2). 3. Assistir a videoaula "Agravo de Instrumento", acompanhando com a respectiva nota de aula. O texto de apoio sobre a referida temática encontra-se disponível no material complementar, intitulado "Recurso de Revista e Agravo de Instrumento no processo trabalhista". Após, o aluno poderá verificar seus conhecimentos por meio da resolução das questões 04, da atividade objetiva (2). 4. Assistir a videoaula "Recurso Adesivo", acompanhando com a respectiva nota de aula. Após, o aluno poderá verificar seus conhecimentos por meio da resolução da questão 05, da atividade objetiva (2). AULA 01: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO São apresentados ao prolator da decisão, quando esta apresenta um vício que compromete a clareza e objetividade do julgado. Quando o embargo for p clarear algum ponto não precisa a outra parte ser intimada, mas se a decisão tiver o condão de modificar a decisão, precisa ser intimada a outra partr (slide 4) §2º do art 897A CLT Quando eu manejo ED eu interrompo o prazo do outro recurso e somente quando do julgamento do recurso dos ED é que o prazo do recurso que vai ser também cabível daquela decisão que vai começar a fluir. sum 421 do TST - inciso II (slide 10), a conversão é p o agravo, que é o agravo interno, também chamado de agravo regimental art 1024 §2º do CPC: contraria o inciso II da sum do TST, pois diz que mesmo havendo efeito modificativo pode haver o julgamento dos embargos slide 15: prequestionamento ficto, virtual ou presumida - tanto admitido pelo CPC (art 1025) quando na justiça do trabalho também PERGUNTAS E RESPOSTAS NO VÍDEO: 1. Boa tarde! Professora, para mim não ficou clara a explicação do art.1025. Voltei nesse ponto do vídeo diversas vezes, mas ainda assim não compreendi. Aguardo resposta. Desde já, obrigada! RESPOSTA: De fato, uma das questões mais tormentosas do NCPC foi a inclusão do que a doutrina já chamava de prequestionamento ficto, presumido ou virtual. Para que haja o atendimento do prequestionamento, a matéria precisa estar "decidida", ou seja, a questão precisa ser analisada no acórdão. Porém, considere um acórdão omisso, em que uma das questões ventiladas pela parte não foi objeto de apreciação. Nesse caso, haverá a interposição de embargos de declaração com efeito de prequestionamento, a fim de que a referida omissão seja sanada. Mesmo antes da alteração no CPC (com aplicação subsidiária no processo do trabalho) o TST já entendia pela incidência do prequestionamento ficto, por ocasião do inciso III da Súmula 297, veja: “III. Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de declaração”. Assim, mesmo que o Tribunal mantenha-se inerte e não “sane” a omissão levantada pela parte, ou seja, insista em não apreciar a tese, considerar-se-ão incluídos no acórdão as razões dos embargos (não acolhidos ou rejeitados) a fim de que o requisito do prequestionamento seja atendido. Se assim não o fosse, bastaria ao Tribunal não acolher ou rejeitar os embargos prequestionadores, a fim de evitar a “subida” do Recurso de Revista, uma vez que não havendo o enfrentamento da tese pelo Tribunal o TST não poderia “reformar” a questão que não foi objeto de apreciação no juízo “a quo”. Caso ainda não tenha ficado claro, continuarei à disposição. Abraços, Profa. Priscila. AULA 02: RECURSO ORDINÁRIO 23m49s É o recurso chamado de recurso de cassação, é aquele recurso que propriamente é utilizado para obter a reforma ou anulação da decisão ou de ato procedimental, a depender se estamos a tratar de erro in procedendo ou in judicando, que é o recurso ordinário, chamado de apelação do processo do trabalho e aqui com mais ênfase, pq o RO não é cabível apenas de sentença decisão definitiva (que faz coisa julgada material, aprecia o mérito) e das decisões terminativas (não apreciam o mérito) AULA 03: AGRAVO DE INSTRUMENTO Não é oimpugnar a decisão interlocutória, pois no processo do trabalho vigora o princípio da irrecorribilidade imediata dos interlocutórias, então o agravo de instrumento tem uma função de destrancar o recurso e não de obter a reforça de uma interlocutória qualquer O efeito suspensivo não é regra no processo do trabalho AULA 04: RECURSO ADESIVO 10M59S É um recurso acessório, nem consta no rol taxativo, tem previsão legal, e a doutrina tem sinalizado sendo perfeitamente cabível na ceara trabalhista É importante pois pode sinalizar uma segunda chance A dinâmica funciona assim, digamos que tenhamos uma sentença e eu tive uma sucumbência recíproca no caso dessa sentença, então uma parte ganhou e outra parte perdeu algo, não houve uma procedência integral dos pedidos, então abre-se margem para que as duas partes possam recorrer, e o prazo é comum, pode acontecer que apenas uma das partes recorra e aí a outra parte quando é intimada para apresentar suas contrarrazões ao recurso ela pode aproveitar, pegar carona no recurso principal, e realizar o seu recurso adesivo, e aí a nomenclatura, pois ele vai aderir ao recurso principal e vai ter o direito de ter suas razões recursais também apreciadas, embora que se nós avaliarmos na se tença que essa irresignação da parte já tivesse sido incluída pois ela teve o prazo de oito dias comuns igual a outra parte para recorrer no que lhe prejudicou a sucumbência recíproca e ela não se manifestou oportunamente. · por isso que é como se fosse uma segunda chance p pessoa que não manifestou recurso no prazo, ela vai pegar carona com o recurso da outra parte INDICAÇÕES DE LEITURA/REFERÊNCIAS: REFERÊNCIAS Os conteúdos das Unidades de Ensino devem ser estudados nas obras abaixo indicadas. Todas as obras referenciadas estão disponíveis na Biblioteca Virtual: Bibliografia Básica: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do trabalho. 17. São Paulo Saraiva 2018 1 recurso online ISBN 9788553609758. PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Curso de direito processual do trabalho. 2. São Paulo Saraiva 2019 1 recurso online ISBN 9788553616213. SANTOS, Enoque Ribeiro dos. Curso de direito processual do trabalho. 4. Rio de Janeiro Atlas 2020 1 recurso online ISBN 9788597025040. Bibliografia Complementar CLT interpretada artigo por artigo, parágrafo por parágrafo. 11. São Paulo Manole 2020 1 recurso online ISBN 9788520464397. JORGE NETO, Francisco Ferreira. Direito processual do trabalho. 8. Rio de Janeiro Atlas 2018 1 recurso online ISBN 9788597019162. PEREIRA, Leone. Manual de processo do trabalho. 6. São Paulo Saraiva 2018 1 recurso online ISBN 9788553610594. STRECK, Lenio Luiz; NUNES, Dierle José Coelho; CUNHA, Leonardo José Carneiro da (Org.). Comentários ao Código de Processo Civil. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. E-book ISBN 9788547220471. ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito processual do trabalho esquematizado. São Paulo Saraiva 2019 1 recurso online (Esquematizado). ISBN 9788553612239. UNIDADE 03: RECURSOS EM ESPÉCIE E AÇÕES AUTÔNOMAS DE IMPUGNAÇÃO ORIENTAÇÕES DE ESTUDO: Olá! Nesta Unidade 03 abordar-se-á os aspectos relevantes dos recursos trabalhistas e das ações autônomas de impugnação, com ênfase nos recursos de revista e agravo de petição, bem como na ação rescisória. A abordagem da ação rescisória, como ação autônoma de impugnação considerou não só o tratamento conferido pela CLT, mas também pelo CPC, pois, diante da aplicação supletiva e subsidiária da referida norma em relação ao processo do trabalho, imprescindível sua análise pormenorizada. Considerando a densidade temática, aprofundar-se-á em alguns pontos polêmicos dos recursos trabalhistas, principalmente no tocante às influências da Codificação Processual Civil Reformada e ao tratamento conferido pelo TST, em matéria recursal, após a Reforma Trabalhista. OBJETIVOS DA UNIDADE: Com este intuito, em termos específicos, apontam-se os seguintes objetivos: Analisar criticamente as reformas do CPC/15 em matéria recursal e sua influência no âmbito do processo do trabalho; Contextualizar o recurso de Revista em contraponto com as súmulas dos Tribunais Superiores; Interpretar o recurso de agravo de petição; Lastrear os institutos que regem a Ação Rescisória, destacando as principais diferenças com o processo civil. TEMÁTICAS DA UNIDADE: Você estudará as seguintes temáticas na Unidade 03: 3. Recursos em Espécie e Ações Autônomas de Impugnação 3.1 - Recurso de Revista 3.2 - Agravo de Petição 3.3 - Ação Rescisória Para melhor absorção do conteúdo, o aluno deverá se valer do seguinte roteiro de aula: 1. Assistir a videoaula "Recurso de Revista", acompanhando com a respectiva nota de aula. O texto de apoio sobre a referida temática encontra-se disponível no material complementar, intitulado "A (DES)NECESSIDADE DA TRANSCENDÊNCIA COMO PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO DE REVISTA". Após, o aluno poderá verificar seus conhecimentos por meio da resolução da questão 01 da atividade objetiva (3). 2. Assistir a videoaula "Agravo de Petição", acompanhando com a respectiva nota de aula. O texto de apoio sobre a referida temática encontra-se disponível no material complementar, intitulado "Agravo de petição deve delimitar valores impugnados, decide TRT-15" referente à matéria. Após, o aluno poderá verificar seus conhecimentos por meio da resolução da questão 02, da atividade objetiva (3). 3. Assistir a videoaula "Ação Rescisória - parte 01", acompanhando com a respectiva nota de aula. O texto de apoio sobre a referida temática encontra-se disponível no material complementar, intitulado "A AÇÃO RESCISÓRIA NO NCPC E NO ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL DO TST". Após, o aluno poderá verificar seus conhecimentos por meio da resolução das questões 03 e 04, da atividade objetiva (3). 4. Assistir a videoaula "Ação Rescisória - parte 02", acompanhando com a respectiva nota de aula. O texto de apoio sobre a referida temática encontra-se disponível no material complementar, intitulado "A AÇÃO RESCISÓRIA NO NCPC E NO ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL DO TST". Após, o aluno poderá verificar seus conhecimentos por meio da resolução da questão 05, da atividade objetiva (3). AULA 01: RECURSO DE REVISTA Tem natureza extraordinária, uma vez que ele é interposto perante o TRT prolator do acórdão, mas ele é julgado pelo TST, e essa natureza de extraordinariedade do recurso repousa justamente na temática, do efeito devolutivo restritivo, pois na verdade a devolutividade da matéria não vai ser tão ampla como nos recursos chamados de ordinários, uma vez que nessa perspectiva o recurso de revista vai tão somente tangenciar a matéria de direito, então, por isso, esse recurso tem esse natureza de extraordinariedade, assim como o recurso especial perante o STJ e o recurso extraordinário perante o STF Uma das mais importantes funções do recurso de revista é fazer com que haja uma uniformidade do entendimento, na compreensão das regras e normas laborais, e essa perspectiva de ter um órgão de natureza extraordinária que vai julgar o recurso a nível nacional a fim de obter uniformidade nas decisões, tangencia principalmente dois princípios muito importantes do processo: a. segurança jurídica b. isonomia, para que situações correlatas sejam decididas nos mesmos moldes. Verticalização da jurisprudência - uniformização das decisões Cabe na fase de execução O tribunal de origem faz o juízo de admissibilidade, e pode tb, segundo o §14 (slide 17) o relator do recurso pode fazer o juízo de admissibilidade tb (2 juízos de admissibilidade pode ter) O requisito da transcendência de assemelha muito ao requisito da repercussão geral do recurso extraordinário, então, podemos dizer que a transcendência seria a repercussão geral do recurso de revista slide 20 - §2º do art 896A - aqui o agravo cabível é o agravo interno e não o agravo de instrumento pq meu objetivo aqui não é destrancar o recurso, aqui o recurso já foi admitido nos tocante aos seus requisitos gerais de admissibilidade e agora está a avaliar um pressuposto específico de admissibilidade e por issovai ser chamado o colegiado para essa apreciação Esse requisito da transcendência ele tão somente é uma matéria específica de conhecimento por parte do TST então quem faz a análise valorativa, circunstanciado acerca deste requisito específico de admissibilidade do recurso de revista é o TST, o TRT não vai mensurar nem analisar se há ou não transcendência do recurso PERGUNTAS E RESPOSTAS NO VÍDEO: 1. Professora, boa noite! Li, não me recordo onde, que diante da decisão denegatória do TST (no 2° juízo de admissibilidade) seria cabível Agravo Regimental, e não Agravo de Instrumento; sob o argumento de que o Agravo de Instrumento seria cabível apenas para destrancar recurso denegado pelo juízo a quo, no 1° juízo de admissibilidade. Essa informação está correta, ou está equivocada? Desde já, agradeço a resposta! RESPOSTA: Ei Rita, boa tarde. Você está correta. Se o TST denega seguimento a recurso, em 2o juízo de admissibilidade, provavelmente, a decisão será proferida pelo Ministro Relator; e então, caberá o agravo regimental para que a Turma também avalie o tema. PERGUNTA NO MESMO TÓPICO: Olá professor! Boa tarde! Obrigada pelo esclarecimento. Agravo Regimental e Agravo interno, são sinônimos? Estou perguntando, pois consultei o Regimento Interno do TST atualizado, e lá consta o seguinte: Art. 265. Cabe agravo interno contra decisão dos Presidentes do Tribunal e das Turmas, do Vice-Presidente, do Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho ou de relator, nos termos da legislação processual, no prazo de 8 (oito) dias úteis, pela parte que se considerar prejudicada. ( SEÇÃO III,art.265) De outro lado, o art.252, dispõe:Art. 252. O agravo de instrumento interposto contra decisão denegatória de recurso de competência desta Corte será autuado e distribuído, observada a competência dos órgãos do Tribunal, aplicando-se, quanto à tramitação e julgamento, as disposições inscritas nesta Seção. (...) Nesse circunstância, trata-se dos casos em que, por exemplo, não houve admissibilidade do RR pelo TRT? Desde já, agradeço o esclarecimento! RESPOSTA2: Isso mesmo Rita. O regimental recebe o nome de agravo interno em alguns tribunais, conforme você identificou pelo RI do TST. O art. 252, mencionado, se refere ao processamento do agravo de instrumento (que visa destrancar recurso preso na origem) e que terá sido interposto perante um TRT quando este fez o primeiro juízo de admissibilidade. 2. Olá, professora! Gostaria, se possível, de um exemplo concreto de uma situação em que há transcendência por uma questão social; e também de um exemplo de uma questão que demonstre transcendência jurídica. Desde já, agradeço. RESPOSTA: Prezadas alunas Rita e Jamily, boa tarde! A transcendência social é bem ampla pois poderá se dar sempre que o recorrente arguir ofensa a direito social garantido constitucionalmente, ou seja, todos os estampados no artigo 7º da CRFB. A crítica que se tem feito ao referido requisito é a limitação que o legislador operou em permitir tal arguição apenas pelo reclamante (que geralmente é o trabalhador), ferindo pois o princípio da isonomia. Já a transcendência jurídica se dá quando existe dúvida quanto a interpretação da lei, sem que haja um direcionamento claro da jurisprudência no sentido de uniformização. Ainda, mesmo que a questão já tenha sido objeto de uniformização, também poderá ser demonstrada a transcendência nos casos em que se esteja a levantar a tese do overruling ou distinguishing. Explica-se. Nos moldes do artigo 489, VI do CPC, não se considera fundamentada a decisão que “deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento”. Ou seja, é possível tentar afastar a incidência de precedentes por meio da alegação de que o caso concreto não se enquadra nos mesmos parâmetros fáticos que serviram para construir aquela súmula ou tese prevalente, ou que esta deverá ser revista em virtude de sua superação. Continuo à disposição. Abraços, Profa. Priscila. AULA 02: AGRAVO DE PETIÇÃO Cabível na fase de execução no âmbito do processo do trabalho Atingido o valor da condenação, nenhum novo depósito é mais exigido para interposição de recurso (inciso I da sum 128 do TST - slide 8), isso pq a natureza jurídica do depósito recursal é de garantia do juízo, então se eu já atingi o valor da condenação não justifica continuar exigindo o cumprimento desse depósito recursal AULA 03: AÇÃO RESCISÓRIA - PARTE 1 É tipicamente considerada uma ação autônoma de impugnação, muito confundida com recurso, mas ela não tem natureza recursal uma vez que eu preciso analisar que eu vou ajuizar um outro procedimento, eu vou dar início a um novo procedimento para rediscutir a formação de coisa julgada em outros autos, então precisamos perceber que o procedimento originário, onde houve a formação da coisa julgada, ele está extinto. Houve a formação da coisa julgada que vai trazer a definitividade da decisão, mas em sendo cabível dentro das hipóteses que são contempladas no artigo 996 do CPC, vemos que a CLT abarca superficialmente a ação rescisória, por isso vamos ter a aplicação subsidiária dos dispositivos legais a respeito da rescisória aqui. A ação rescisória trabalha com um dos dogmas do direito que é a segurança jurídica, então não seria factível que se abrisse um leque por demais no maneja dessa ação pq ela visa desconstruir um acertamento de direitos que já foi esgotado, já teve um devido processo legal, o processo já tramitou por anos e ainda depois estaríamos tentando rediscutir a formação dessa coisa julgada, óbvio que o tratamento dessa demanda se dá no plano da excepcionalidade e por isso que esse rol é taxativo. Muito se tem discutido a cerca de nas hipóteses em que não há a previsão expressa do maneja da rescisória, jurisprudencialmente se construiu, principalmente quando a coisa julgada afronta à constituição, ou seja, o que chamamos de coisa julgada constitucional, muito se tem falada da relativização da coisa julgada inconstitucional, digamos, será que a coisa julgada realmente tem esse poder? ela tem o poder de após a sua formação ela torna realmente indiscutível essa matéria? e se o vício que repousa a cerca dessa decisão seja um tanto quanto grave quando nós temos uma inconstitucionalidade, p ex? Nessa perspectiva tem-se admitido a ação de querelas nullitatis insanabilis, ou seja, uma ação que visa atacar um vício insanável que, por vezes, é tido como essa inconstitucionalidade latente, e aí não teríamos que ficar rigorosamente presos nem nos prazos da rescisória nem nas hipóteses de cabimento da mesma. Agora, partindo da premissa que se trata de caso de rescisória, ou seja, eu tenho um processo, houve a formação da coisa julgada, e eu quero averiguar se estaríamos dentro das hipóteses do 966 do CPC Decisão de mérito = coisa julgada material PERGUNTAS E RESPOSTAS NO VÍDEO: 1. Olá professora! A respeito da ação rescisória fundada em nulidade de citação da reclamada. Considera-se cabível sua aplicabilidade com fundamento no art. 966 V ou VIII? Verifiquei que a jurisprudência do TST é bem controvertida nesta questão. RESPOSTA: Ei Renata! Vou te responder com fundamento na doutrina do prof. Carlos Henrique Bezerra Leite, segundo o qual o inciso VIII explicita que existe erro de fato quando a decisão rescindenda admitir fato inexistente. Se a citação é nula, o ato processual não pode ser considerado como ato existente em termos de validade no processo. Por isso, parece ser mais adequado fundamentar no inciso VIII e não no V. Mas como você bem destacou, diante da divergência do TST sobre o tema, vale a pena, por cautela, fundamentar a rescisória em ambos incisos, pensando na perspectiva da prática da advocacia. AULA 04: AÇÃO RESCISÓRIA - PARTE 2 A ação rescisória é tratada em um único artigo na CLT - 836 - o qual diverge do CPC, então em que pese que saibamos que o CPC vai ser aplicado subsidiária e supletivamente na matéria de rescisória por ocasião do processo do trabalho,neste prisma, no viés do depósito que é exigido na ação rescisória, o tratamento é mais grave, o legislador na CLT quis conferir uma ênfase maior nesse valor que tem que ser depositado na rescisória O valor da despesa do depósito na CLT é de 20%, com o objetivo de desestimular a interposição da rescisória. INDICAÇÕES DE LEITURA/REFERÊNCIAS: REFERÊNCIAS Os conteúdos das Unidades de Ensino devem ser estudados nas obras abaixo indicadas. Todas as obras referenciadas estão disponíveis na Biblioteca Virtual: Bibliografia Básica: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do trabalho. 17. São Paulo Saraiva 2018 1 recurso online ISBN 9788553609758. PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Curso de direito processual do trabalho. 2. São Paulo Saraiva 2019 1 recurso online ISBN 9788553616213. SANTOS, Enoque Ribeiro dos. Curso de direito processual do trabalho. 4. Rio de Janeiro Atlas 2020 1 recurso online ISBN 9788597025040. Bibliografia Complementar CLT interpretada artigo por artigo, parágrafo por parágrafo. 11. São Paulo Manole 2020 1 recurso online ISBN 9788520464397. JORGE NETO, Francisco Ferreira. Direito processual do trabalho. 8. Rio de Janeiro Atlas 2018 1 recurso online ISBN 9788597019162. PEREIRA, Leone. Manual de processo do trabalho. 6. São Paulo Saraiva 2018 1 recurso online ISBN 9788553610594. STRECK, Lenio Luiz; NUNES, Dierle José Coelho; CUNHA, Leonardo José Carneiro da (Org.). Comentários ao Código de Processo Civil. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. E-book ISBN 9788547220471. ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito processual do trabalho esquematizado. São Paulo Saraiva 2019 1 recurso online (Esquematizado). ISBN 9788553612239. UNIDADE 04: EXECUÇÃO TRABALHISTA ORIENTAÇÕES DE ESTUDO: Olá! Vamos iniciar, nesta Unidade 04, o estudo da Execução Trabalhista, mais uma vez, com ênfase nas inovações trazidas pela legislação processual civil reformada. Para tanto, serão abordados os aspectos gerais da execução trabalhista, os princípios da execução trabalhista com ênfase nos mecanismos que privilegiam a execução indireta, especialmente no que tange à amplitude dos poderes mandamentais do juiz, os títulos executivos judiciais e extrajudiciais e, ao final, o incidente de desconsideração da personalidade jurídica. OBJETIVOS DA UNIDADE: Com este intuito, em termos específicos, apontam-se os seguintes objetivos: Problematizar os mecanismos de efetivação da execução civil e sua incidência no processo laboral; Analisar os princípios da execução trabalhista; Discutir a aplicabilidade do art. 139, IV do CPC/15 no processo do trabalho; Revisitar os títulos executivos judiciais e extrajudiciais; Analisar o instituto do incidente de desconsideração da personalidade jurídica. TEMÁTICAS DA UNIDADE: Você estudará as seguintes temáticas na Unidade 04: 4. Execução Trabalhista 4.1 - Execução Trabalhista (Aspectos Gerais) 4.2 - Princípios da Execução Trabalhista 4.3 - Títulos Executivos Judiciais e Extrajudiciais 4.4 - Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica Para melhor absorção do conteúdo, o aluno deverá se valer do seguinte roteiro de aula: 1. Assistir a videoaula "Aspectos gerais da execução", acompanhando com a respectiva nota de aula. O texto de apoio sobre a referida temática encontra-se disponível no material complementar, intitulado "A nova execução trabalhista". Após, o aluno poderá verificar seus conhecimentos por meio da resolução da questão 01 da atividade objetiva (4). 2. Assistir a videoaula "Princípios da execução trabalhista", acompanhando com a respectiva nota de aula. O texto de apoio sobre a referida temática encontra-se disponível no material complementar, intitulado "A reforma trabalhista e a desconsideração da personalidade jurídica". O referido artigo aborda questões de caráter principiológico. Após, o aluno poderá verificar seus conhecimentos por meio da resolução das questões 02 e 03 da atividade objetiva (4). 3. Assistir a videoaula "Títulos Executivos", acompanhando com a respectiva nota de aula. O texto de apoio sobre a referida temática encontra-se disponível no material complementar, intitulado "Dos títulos executivos no novo CPC e no processo do trabalho". Após, o aluno poderá verificar seus conhecimentos por meio da resolução da questão 04, da atividade objetiva (4). 4. Assistir a videoaula "Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica", acompanhando com a respectiva nota de aula. O texto de apoio sobre a referida temática encontra-se disponível no material complementar, intitulado "Incidente de desconsideração da personalidade jurídica: forma de aplicação no direito processual do trabalho". Após, o aluno poderá verificar seus conhecimentos por meio da resolução da questão 05, da atividade objetiva (4). AULA 01: ASPECTOS GERAIS DA EXECUÇÃO TRABALHISTA Com o CPC 15 tivemos o sincretismo, que foi tão somente em relação à matéria de execução, podendo ter o cumprimento de sentença como desdobramento da fase cognitiva, da tradicional, conferindo celeridade e economia processual. PERGUNTAS E RESPOSTAS NO VÍDEO: 1. O CPC é aplicado em último caso? RESPOSTA: Boa noite Jheymer! O CPC é fonte subsidiária do processo do trabalho, devendo ser assim aplicado nos termos do art. 769 da CLT. AULA 02: PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO TRABALHISTA Normalmente o exequente é o empregado Caráter patrimonial das execuções Ideia da utilidade da execução precisa ser contemplada nesse viés, no sentido de que, caso a penhora não seja eficaz, ela vai ficar suspensa até que se encontre bens passíveis de adimplir a obrigação trabalhista AULA 03: TÍTULOS EXECUTIVOS PERGUNTAS E RESPOSTAS NO VÍDEO: 1. Professora, boa tarde! Quanto à questão dos acordos, a súmula diz: (...) e acordos, quanto aos valores que homologar. Ou seja, nessa circunstância, um valor em dinheiro foi acordado entre as partes, né? Então se esse valor não for pago, não se transformaria o acordo, em título executivo? Talvez, a súmula do TST seja nesse sentido, não? Desde já, agradeço a resposta. RESPOSTA: Bom dia Rita, A questão mais polêmica são as decisões de natureza declaratória, que apenas reconhecem o vínculo empregatício. Nesse caso não formaria o título executivo judicial. Agora, caso o objeto do acordo sejam as verbas trabalhistas, com a homologação haverá sim a formação do título executivo. Sua colocação está correta. Abraços, Profa. Priscila. AULA 04: INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA É na fase de execução que comumente acontece esse incidente. Importante detalhar essa questão: o incidente suspende a fruição/fluência do feito principal quando se faz em caráter incidental, mas quando esse requerimento já é feito na inicial, como eu disse o próprio trâmite, o desenrolar da fase da cognição do processo já poderá ser exercida como mecanismo de defesa da pessoa do sócio que está sendo citado junto com a pessoa jurídica - e não na pessoa - a defesa vai ser híbrida, também vai contemplar os argumentos. Lembrando que os requisitos legais deverão ser exigidos, sendo assim, se estar-se-á a requerer a desconsideração subjetiva, vou ter que me pautar no código civil, já se for a objetiva ou técnica, muitas vezes vou ter que me pautar no CDC, p ex. INDICAÇÕES DE LEITURA/REFERÊNCIAS: REFERÊNCIAS Os conteúdos das Unidades de Ensino devem ser estudados nas obras abaixo indicadas. Todas as obras referenciadas estão disponíveis na Biblioteca Virtual: Bibliografia Básica: LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do trabalho. 17. São Paulo Saraiva 2018 1 recurso online ISBN 9788553609758. PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Curso de direito processual do trabalho. 2. São Paulo Saraiva 2019 1 recurso online ISBN 9788553616213. SANTOS, Enoque Ribeiro dos. Curso de direito processual do trabalho. 4. Rio de Janeiro Atlas 2020 1 recurso online ISBN 9788597025040. Bibliografia Complementar CLT interpretada artigo por artigo, parágrafo por parágrafo. 11. São Paulo Manole 2020 1 recurso online ISBN 9788520464397. JORGE NETO, Francisco Ferreira. Direito processual do trabalho. 8. Rio de Janeiro Atlas2018 1 recurso online ISBN 9788597019162. PEREIRA, Leone. Manual de processo do trabalho. 6. São Paulo Saraiva 2018 1 recurso online ISBN 9788553610594. STRECK, Lenio Luiz; NUNES, Dierle José Coelho; CUNHA, Leonardo José Carneiro da (Org.). Comentários ao Código de Processo Civil. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. E-book ISBN 9788547220471. ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito processual do trabalho esquematizado. São Paulo Saraiva 2019 1 recurso online (Esquematizado). ISBN 9788553612239. Diane Brunoro Lyra dblyra@hotmail.com mapas mentais no @estudosdidi