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18/04/2016 1 PRODUÇÃO IN VIVO DE EMBRIÕES Profa. Joanna Maria Gonçalves de Souza-Fabjan Definição • Produção in vivo x MOTE x TE • Consiste em obter embriões de uma fêmea doadorae transferí-los para fêmeas receptoras, com afinalidade de completar o período de gestação • Considerada tão importantepara as fêmeas, quanto a IA épara os machos... Histórico da TE • Primeira TE descrita: coelho em 1890 • Cabrito e cordeiro: 1949 e no Brasil em 1985 • Bovino: 1951 e no Brasil em 1977 • Equinos: 1972 no Japão e 1987 no Brasil (Willett et al.) (Heape) (Warwick e Berry) (Oguri e Tsutsumi) (Fleury et al.) Vantagens… a. Incremento da capacidade reprodutiva (6/7 crias na vidax 15 a 20 no ano) b. Disseminação de genética superior c. Sanidade (recomendações técnico-sanitárias, reduzidorisco de transmissão de doenças, ZP..) d. Fêmeas impossibilitadas de gestar (traumas, idadeavançada) e. Conservação e multiplicação de raças/espécies ameaçadas de extinção a. Peculiaridades de algumas espécies b. Custo c. Requer experiência e habilidade do profissional d. Eficiência variável (ampla variabilidade daresposta superovulatória, RPCL) e. Pouco previsível... Desvantagens/Entraves… Etapas da TE • Seleção da doadora/receptora• Superovulação• Sincronização de receptoras• Acasalamento (MN ou Ia)• Coleta de embriões• Busca e avaliação de embriões• Transferência dos embriões• Criopreservação? 18/04/2016 2 Seleção da doadora • Importância.. • Genealogia (SRG) • Conformação corporal (raciais, aprumos, harmonia..) • Produção/desempenho • Progênie (desempenho dos descendentes) Além disso... • Cuidados com: – Sanidade – Nutrição – Instalações apropriadas minimizando o estresse – Exame ginecológico completo Seleção de receptora • Devem apresentar: – Histórico reprodutivo livre de complicações– Ciclos estrais regulares– Pós-parto superior a 100 dias– Livre de doenças– Tamanho compatível com a raça do embrião– Capaz de produzir leite suficiente para a cria– Categoria reprodutiva Além disso… • As receptoras selecionadas somente entrarão no programa de TE, se apresentarem: – Estro – Sincronismo com as doadoras – Presença de CL de boa qualidade (US ou LAP) Etapas da TE • Seleção da doadora/receptora• Superovulação• Sincronização de receptoras• Acasalamento (MN ou Ia)• Coleta de embriões• Busca e avaliação de embriões• Transferência dos embriões• Criopreservação? Foliculogênese • Crescimento folicular = desenvolvimento de um grupo sincrônico de folículos (onda); • Eventos morfologica e fisiologicamente caracterizados: – Emergência ou recrutamento – Seleção ou desvio– Dominâncias foliculares Supressão da síntese e liberação de FSH pela hipófise 18/04/2016 3 Foliculogênese Superovulação • Fornecimento de preparações hormonais queestimulam o crescimento e subsequente ovulação devários folículos A superovulação é o evento menos previsível, podendo ser o mais frustrante, no processo de produção de embriões Doadora SUPEROVULAÇÃO Observação de estro Sincronização de estro Superovulação QUEBRA DA DOMINÂNCIA FOLICULAR!!! Princípio básico: Substituição do FSH hipofisário pelo exógeno Superovulação • Limitações no uso do FSH exógeno: – Quantidade de folículos recrutados (só atua em antrais e não em primordiais) – Não seleciona os folículos (atua em sadios e nos que estavam em regressão) (Baldassarre, 2008) Oócito entrará em apoptose e não será fertilizado ou sofrerá degeneração prematura Protocolos hormonais - FSH • Mais utilizado atualmente• Origem: pFSH ou oFSH• Meia vida curta: < 5-6h• [ LH ] variáveis (altos níveis, ativação prematura do oócito)• Múltiplas doses decrescentes / 12h • FSH tem se mostrado superior ao eCG em taxas de ovulação/ fertilização e em produção de embriões de boa qualidade (Cognié , 1999) 18/04/2016 4 Protocolos hormonais – eCG • Primeira gonadotropina utilizada• Origem: eqüina• Meia vida longa: 40-72 h (10 d na circulação bov)• Dose única elevada, 24/48 h antes de retirar a P4. Gera perfis endócrinos anormais, folículos anovulatórios e reduzida qualidade embrionária• Anticorpos.. Combinação de FSH e eCG (no fim para fornecer LH) (Bó e Mapletoft, 2014) A eficiência de protocolos superovulatórios varia em função do estádio de crescimento folicular presente no ovário (Gonzalez-Bulnes et al., 1999) Sabe-se hoje que… Quando iniciar a SO ? Evitar a presença de folículos com diâmetro superior a 4 mm Praticamente impossível de se predizer este momento Utilização da primeira onda folicular ovariana Repetibilidade • Geralmente, as doadoras respondem de maneira semelhante ao primeiro, segundo e terceiro tratamento superovulatório (Jainudeen et al., 2004) Etapas da TE • Seleção da doadora/receptora• Superovulação• Sincronização de receptoras• Acasalamento (MN ou Ia)• Coleta de embriões• Busca e avaliação de embriões• Transferência dos embriões• Criopreservação? Sincronização das receptoras • Sincronia embrião-útero• 7 ± 1 dia• TE ao 5º dia e 9º dia têm menor eficiência 18/04/2016 5 Etapas da TE • Seleção da doadora/receptora• Superovulação• Sincronização de receptoras• Acasalamento (MN ou Ia)• Coleta de embriões• Busca e avaliação de embriões• Transferência dos embriões• Criopreservação? Acasalamento • Pode ser feito por MN ou IA – MN: a proporção macho:fêmea doadora não deve exceder 1:3 (na estação de acasalamento) ou 1:2 (na contra-estação), além de previamente : EXAME ANDROLÓGICO – IA: São inseminadas mais freqüentemente e com aumento na dose inseminante Baixa taxa de Fertilização • Transporte inadequado dos espermatozóides apóssincronização do estro • Inadequada sincronia entre o momento da IA eovulações IA intra-uterina? (Cognié e Baril, 2002) Etapas da TE • Seleção da doadora/receptora• Superovulação• Sincronização de receptoras• Acasalamento (MN ou Ia)• Colheita de embriões• Busca e avaliação de embriões• Transferência dos embriões• Criopreservação? Colheita • Efetuada entre o 6º e 8º dia após a IA/MN• Antes: embriões no oviduto que não serãorecuperados• Depois, embriões rompem a ZP e iniciam aimplantação no útero.• Lavado uterino: diversos lavados com meio PBS• Diferentes técnicas em função de cada espécie Etapas da TE • Seleção da doadora/receptora• Superovulação• Sincronização de receptoras• Acasalamento (MN ou Ia)• Coleta de embriões• Busca e avaliação de embriões• Transferência dos embriões• Criopreservação? 18/04/2016 6 Rastreamento dos embriões Rastreamento dos embriões Estádio Características Mórula aglomerado celular, superfície blastômeros individuais podem ser distinguidos Mórula compacta blastômeros individuais não podem ser distinguidos na superfície do embrião Blastocisto inicial uma pequena cavidade, a blastocele, está visível, e a massa celular interna começa a se formar Rastreamento dos embriões Estádio Características Blastocisto O embrião ocupa a maior parte dentro da ZP, MCI mais distinta, diâmetro global do embrião, incluindo a ZP, permanece inalterado Blastocisto expandido diâmetro embrionário, ZP 1/3 da espessura original Blastocisto eclodido Ausência de ZP Rastreamento dos embriões Qualidade Características I ZP intacta e esférica, MCI homogênea células de tamanho uniforme, nenhum ou poucos fragmentos celulares no espaço perivitelino II alterações mínimas na forma e coloração com relação ao grau-I, alguns fragmentos ou debris celulares no espaço perivitelino e/ou pequenas formações vesiculares nos blastômeros Rastreamento dos embriões Qualidade Características III Claras alterações comparadas com o grau-II, embora com a maior parte da massa celular intacta IV Muitos fragmentos ou debris celulares no espaço perivitelino, vesículas maiores e em maior número e claras mudanças degenerativas nos blastômeros, com menos da metade da MCI A MANIPULAÇÃO 18/04/2016 7 Etapas da TE• Seleção da doadora/receptora• Superovulação• Sincronização de receptoras• Acasalamento (MN ou Ia)• Coleta de embriões• Busca e avaliação de embriões• Transferência dos embriões• Criopreservação? Transferência de embriões - inovulação • Cuidados com a receptora (já comentado) • Diferentes protocolos hormonais (sincronismocom a doadora) • Cada técnica depende da espécie Etapas da TE • Seleção da doadora/receptora• Superovulação• Sincronização de receptoras• Acasalamento (MN ou Ia)• Coleta de embriões• Busca e avaliação de embriões• Transferência dos embriões• Criopreservação? Próxima aula! Vamos por espécies… Como é feita em vacas? • Passou de 100% cirúrgico, para 100% não-cirúrgico Tratamentos alternativos... Variações na dosagem e/ou combinaçãohormonal, acasalamento, via de administração,número de aplicações 18/04/2016 8 Attempt… Caprinos • A exemplo de bovinos, também tem deixado de serrealizada por via cirúrgica e passa a ser totalmentenão cirúrgica • Principalmente no Brasil… RPCL • Mais comum em cabras superovuladas• Grande quantidade de folículos anovulatórios secretando estrógeno, secreção prematura de PGF• Ligado à ação da cicloxigenase e atividade de PGF sobre o CL Ovinos – formas de colheita Flores (2007) Shipley (2007) Laparotomia Transcervical Laparoscópica 18/04/2016 9 Hoje no mundo/Brasil... • 5-6 embriões viáveis / coleta • Em torno de 60% de taxas de gestação a fresco • Em torno de 50% taxas de gestação para embriões congelados /descongelados Obrigada!!!
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